Publicado
18 de jun de 2014
Será que você veio parar nesse vídeo por causa do título dele? Ou por que você estava de bom humor hoje e saiu clicando em todos os links que viu? Ou por causa da imagem que você viu do vídeo? O tema do vídeo de hoje é como processamos informações de maneira automática ou controlada e como isso impacta as nossas ações, desde a nossa simples percepção de linhas até como dirigimos de volta para casa.
[youtube_sc url=”http://youtu.be/sFJPEjAN2pk”]
A sua própria decisão de ver esse vídeo pode ter sido influenciada pelo processamento automático da imagem do vídeo, já que ela é considerada um tipo de imagem que chama mais a atenção das pessoas. Embora isso talvez não seja surpreendente para você, normalmente não estamos totalmente conscientes desses fatos nos influenciando antes de tomarmos uma decisão – nós simplesmente realizamos as ações e temos quase sempre a impressão de que nossas decisões são tomadas de maneira racional, embora muitas vezes isso não seja verdade.
Referências recomendadas
Mlodinow, L. (2012). Subliminar: Como o inconsciente influencia nossas vidas. Rio de Janeiro: Zahar.
Nesse livro, o autor descreve como o processamento automático influencia muitos outros aspectos de nossas vidas. Além de descrever os estudos sobre provadores de vinho, ele também fala sobre a automaticidade envolvida na percepção visual (algo que ilustramos no início do vídeo). Eu publiquei aqui no blog uma resenha que fiz desse livro.
Kahneman, D. (2012). Rápido e devagar: Duas formas de pensar. São Paulo: Objetiva.
Quando o assunto é processamento automático e controlado, esse deve ser o livro mais recente e importante sobre o assunto. Um dos maiores nomes da psicologia que se debruçou por anos sobre essa questão descreve a sua trajetória profissional e as descobertas científicas sobre como a nossa mente funciona.
Publicado
28 de jun de 2010
A psicologia cognitiva surgiu formalmente entre 1950 e 1970, na tentativa de investigar os processos mentais subjacentes ao comportamento humano (Anderson, 2004). A Segunda Guerra Mundial, o computador e a lingüística foram as três principais influências para o desenvolvimento posterior desse campo de pesquisa. A Segunda Guerra Mundial proporcionou financiamento para pesquisas envolvendo desempenho humano e atenção, uma pesquisa de natureza prática que não era atraente para os behavioristas naquele momento.
O desenvolvimento dos computadores e da Inteligência Artificial forneceu um modo de pensar metafórico sobre nossa inteligência, sendo o cérebro um “hardware” e a mente um “software” nessa idéia (Anderson, 2004). As analogias e utilizações de conceitos de computação são facilmente constatáveis na produção de conhecimento que surgiu desse novo campo de estudo. Continue lendo…