O que é consciência? (vídeo)

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Hoje vamos falar de um dos assuntos mais complicados na ciência: a consciência. Ainda há muito o que aprender sobre esse fenômeno misterioso, mas já aprendemos várias coisas sobre ela também e queremos compartilhar com vocês uma parte desse conhecimento. Você pode ver o vídeo de hoje abaixo ou clicando aqui.

[youtube_sc url=”https://youtu.be/ujqgVWHcBjc”]

Referências recomendadas

A nossa principal referência para o vídeo de hoje é o manual de psicologia cognitiva de Eysenck. Super atualizado, publicado em português e tratando dos mais diversos temas relacionados ao funcionamento da mente humana, super vale a pena conferir!

Eysenck, M. W. (2017). Manual de psicologia cognitiva (7. ed.). Porto Alegre: Artmed.

Aqui vai uma lista também de vários materiais discutindo diferentes aspectos relacionados à consciência: link, link, link, link, link, linklink, link, link, link, link, linklink, link, link, link, link.

Como se fosse a primeira vez (vídeo)

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Já parou pra pensar como seria viver sem a capacidade de memorizar as coisas? No vídeo de hoje, falaremos sobre o que são memórias, como novas memórias são formadas e como essa capacidade pode impactar nossas vidas. Veja o vídeo abaixo (ou aqui).

[youtube_sc url=”https://youtu.be/XpZlYp1-B5I”]

Referências recomendadas

Baddeley, A. D. (1999). Essentials of human memory.UK: Psychology Press

Esse é considerado um dos livros mais clássicos e importantes sobre a memória humana até hoje em dia. No livro, Baddeley sintetizou em uma escrita muito fluída e didática o que anos de pesquisa sobre memória haviam relevado até aquele momento. Ele  foi uma base muito importante para redigirmos o nosso roteiro. 

Anderson, J. R. (2004), Psicologia cognitiva e suas implicações experimentais (5a. Ed.). São Paulo: Editora LTC.

Aqui no Brasil, esse talvez seja um dos melhores e mais usados livros didáticos sobre psicologia cognitiva. Muitos dos capítulos desse livro lidam diretamente com diferentes aspectos da memória, bem como de outros processos cognitivos, tais como percepção e atenção.

Sternberg, R.J. (2010). Psicologia cognitiva (5a.ed.). São Paulo: CENGAGE.

Também vale citar esse livro que, junto com o do Anderson, é um dos livros mais usados e mencionados atualmente e felizmente já conta com a tradução para o Português da sua última edição. Dois livros ótimos para quem quer se aprofundar na compreensão da memória!

Schacter, D. (2003). Os sete pecados da memória: Como a mente esquece e lembra. São Paulo: Editora Rocco.

Também não podia deixar de citar esse excelente livro de Daniel Schacter, professor de psicologia cognitiva da Universidade de Harvard, no qual ele fala de várias coisas esquisitas que acontecem com as nossas memórias, tais como os fenômenos de bloqueio, o poder da sugestão e amnésia.

Observação (10/06/2015): Saiu recentemente uma matéria no famoso jornal The New York Times sobre as formas mais eficazes de tratar a insônia (para ler, clique aqui). Parece que, quando olhamos para as evidências em si, a conclusão é que os medicamentos, embora sejam a forma mais procurada e usada para lidar com a insônia, não são necessariamente a melhor escolha a longo prazo.

A sua memória é boa?

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Você já teve a experiência de lembrar vividamente de um acontecimento, e depois acabou descobrindo que, na verdade, as coisas aconteceram de um jeito diferente do que você lembrava? Ou então uma situação na qual você e outra pessoa passaram por uma mesma experiência (ex: observaram duas pessoas discutindo agressivamente), mas depois vocês discordaram quanto a algum detalhe do que realmente havia acontecido? Ou você já lembrou de ter dito algo que, na verdade, não tinha dito a outra pessoa?

Não importa se você tem uma memória muito boa ou muito ruim, provavelmente você já viveu alguma experiência similar a essas e é sobre esse assunto que o Minutos Psíquicos traz orgulhosamente hoje um vídeo sobre uma das funções cognitivas mais complexas do cérebro e importantes para as nossas vidas – a memória. Veja ele primeiro (abaixo) Continue lendo…

GoCognitive: Aprenda neurociência cognitiva com os próprios pesquisadores

Se você se interessa pelo estudo da cognição humana, assim como eu, hoje você terá um presentinho aqui no blog!

Minha última descoberta na web foi o projeto GoCognitive.

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Psicologia Brazuca: Gerson A. Janczura e a memória

Gerson A. Janczura

O professor Gerson A. Janczura estuda a memória humana no Laboratório de Processos Cognitivos da Universidade de Brasília (UnB). Sendo um dos pioneiros da área, Gerson teve um papel importante na introdução e expansão da psicologia cognitiva no Brasil. Nesta entrevista que ele gentilmente nos cedeu, o professor explorou um pouco do conhecimento que possuímos hoje acerca de como a memória humana funciona, de como somos capazes de formar memórias falsas, das intervenções práticas que a psicologia cognitiva pode subsidiar e das dificuldades que a psicologia cognitiva enfrenta para ganhar espaço no Brasil.

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Medidas implícitas: Indo além da consciência

Indo além da consiência

Como comecei a comentar no último texto, a psicologia têm desvendado nos últimos anos a dimensão implícita ou inconsciente de nossas mentes, que na maior parte do tempo não somos capazes de perceber ou não temos motivação para relatar. Isso significa que, a princípio, podemos possuir avaliações negativas de grupos, como conservadores ou homossexuais, das quais nem nos damos conta ou nos sentimos desencorajados a revelar em público, mas que podem ainda assim enviesar nossos pensamentos e ações no cotidiano.

ResearchBlogging.orgPara lidar com estes problemas – o da limitada capacidade de introspecção e da falta de motivação para relatar certas informações -, os psicólogos buscaram alternativas para as medidas de auto-relato, e foi a partir dai que o estudo da cognição implícita passou a se tornar uma vasta área de pesquisa não só na psicologia social, mas abrangendo os mais diversos tópicos de interesse – preconceito racial, auto-estima, relacionamento romântico, religião, transtornos mentais, tendências suicidas, vício em drogas [1, 2] – e subáreas da psicologia – psicologia clínica, psicologia forense, psicologia política, psicologia do desenvolvimento, psicologia da saúde e psicologia do consumidor [1, 2]. Uma das principais contribuições que essa área ofereceu foi o desenvolvimento das chamadas medidas implícitas, que nos permitiram tentar responder a perguntas sobre o que estava além da consciência.

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Estudo inteligente: Aproveite ao máximo o seu tempo de estudo com essas dicas tiradas de pesquisas

Fonte: gradPSYCH Magazine*
Autor: Lea Winerman
Tradutor: André Rabelo

Dicas de como estudar tiradas da psicologia cognitiva

Você provavelmente pensa que sabe como estudar.

Afinal de contas, você chegou ao ensino superior. Você entregou com sucesso tarefas de casa e passou em exames por pelo menos 16 anos. E existe uma grande chance de que você tenha um conjunto de rotinas de estudo, quer seja um copo de chá e o seus livros-texto na cama ou um canto em uma biblioteca calma que você alegou ser seu.

Mas pode ser que os hábitos de estudo que você desenvolveu por uma década ou duas não estejam te servindo tão bem quanto você pensa que eles estão.

Pesquisas têm mostrado que algumas técnicas de estudo do “senso comum” — como sempre ler no mesmo local calmo ou gastar horas em um momento de concentração em um assunto — não promovem aprendizagem de longo prazo. E alguns hábitos que você deve suspeitar não são tão bons, como o estudo de últimos minutos antes de exames, podem até ser pior do que você pensou.

Nós sumarizamos três princípios, tirados a partir de décadas de pesquisa na psicologia cognitiva, para te ajudar a aproveitar o máximo das suas horas de estudo (continua depois do parágrafo abaixo).

* Este material originalmente apareceu em inglês como [Winerman, L. (2011, November). Study Smart. gradPSYCH. Retrieved from http://www.apa.org/gradpsych/2011/11/study-smart.aspx]. Copyright © 2011 pela American Psychological Association. Traduzido e reproduzido com permissão. A American Psychological Association não é responsável pela precisão desta tradução. Esta tradução não pode ser reproduzida ou distribuída adiante sem uma permissão prévia escrita da APA.

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Fatos interessantes sobre a memória humana

Fonte: Learning Mind
Autora: Anna
Tradutor: André Rabelo

O que é a memória?

A memória é uma das funções mentais e tipos de atividade mental direcionada para preservar, armazenar e reproduzir informações.

Graças à memória usamos em nossa vida cotidiana nossa própria experiência e a de gerações prévias. É possível melhorá-la? Do que ela depende? Vamos tentar responder a estas perguntas.

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Cientistas Desde Cedo

Um número crescente de evidências têm apontado que mesmo crianças muito novas possuem uma capacidade de identificar padrões estatísticos sofisticados e relações causais em suas interações com o ambiente, e que muitos aspectos centrais do pensamento científico já estão presentes mesmo em etapas iniciais do desenvolvimento infantil humano. Isso é o que o psicólogo cognitivo Frank Keil da Universidade Yale relata em um artigo publicado recentemente na revista Science (Keil, 2011). Alguns exemplos comentados no artigo serão brevemente ilustrados a seguir.

Os cientistas recorrem diariamente a uma vasta gama de habilidades cognitivas essenciais para a realização do seu ofício como quando detectam correlações, inferem causas e descrevem mecanismos para explicar suas observações. O que é mais impressionante nos recentes estudos sobre desenvolvimento cognitivo é que muitas dessas habilidades podem ser observadas em crianças nos seus primeiros meses de vida.

ResearchBlogging.orgPodemos encontrar um exemplo disso na forma como crianças adquirem linguagem. Uma criança aprendendo a usar a linguagem precisa perceber a frequência com que certas sílabas ocorrem assim como “inferir padrões emergentes de ordem superior a partir dessas sílabas” (Keil, 2011). Um estudo de 2009 demonstrou que crianças com 5 meses de idade  aprendendo uma linguagem eram capazes de identificar os sons das sílabas assim como padrões visuais associados com cada sílaba. Continue lendo…

Uma Conversa com Vinícius Ferreira sobre Psicologia Cognitiva

Vinicius Thomé Ferreira é doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRGS) e atualmente é professor da Escola de Psicologia da Faculdade Meridional (IMED). Tem experiência em intervenção terapêutica, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde, bioética, psicopatologia, psicologia evolucionista, psicologia cognitiva, avaliação psicológica e psicoterapia.

Além disso, mantém um ótimo blog de divulgação científica, o Psicologia Cognitiva. A seguir vocês poderão ler uma entrevista concedida gentilmente por ele para o blog Ciência – Uma Vela no Escuro, explorando uma série de aspectos acerca da psicologia cognitiva, da ciência cognitiva e da terapia cognitiva.

Vinicius, o que é a psicologia cognitiva?

A psicologia cognitiva é uma área da psicologia que se ocupa de estudar os fenômenos mentais, especialmente aqueles que envolvem as informações que temos sobre o mundo (recepção, organização, armazenamento, processamento e expressão). Esses fenômenos são chamados de processos cognitivos, pois permitem que tenhamos algum tipo de representação, um conhecimento do mundo e de nós mesmos.

Qual a importância da psicologia cognitiva hoje no panorama mundial da psicologia?

Ela é uma das correntes psicológicas mais influentes na atualidade. Ela cresceu muito com a necessidade de termos na psicologia um referencial teórico que conseguisse lidar com o pensamento tão bem como o behaviorismo lida com o comportamento. Talvez o grande mérito da psicologia cognitiva seja o esforço de analisar com experimentação controlada os fenômenos mentais como o pensamento, a percepção, a memória e a linguagem, estabelecendo de forma robusta o conhecimento sobre estes fenômenos. Além disso, possui uma aplicação prática na educação, auxiliando no desenvolvimento de materiais educacionais de melhor qualidade, e na psicoterapia. No campo organizacional, permite a compreensão mais afinada dos processos de comunicação, além de ser um recurso que pode aumentar a eficiência e a eficácia do trabalho. Continue lendo…