Todos os posts de Isis Nóbile Diniz

Vou para o espaço, depois de decifrar meu DNA

Uau, parece coisa de ficção científica. A ciência e a tecnologia estão proporcionando experiências incríveis. Tenho me animado. Veja o que logo irei fazer:

  • Turismo espacial. Este é um sonho de criança! Imagine só ver a Terra do alto… Deve ser lindo. “Ela é azul”. Vou contatar as empresas Rocketplane Global e Virgin Galactic. Desenbolsando US$ 200 mil, mais ou menos, acho que dá. Para me hospedar fora do nosso mundinho, vou conversar com a Bigelow Aerospace e ver qual quarto do hotel possui a vista mais interessante. Será que escolho com janelinha para a Lua ou à Terra?
  • Analisar os meus genes. Sou apegada à família e aos antepassados. Também, quero saber a quais doenças sou propensa e entender mais a minha personalidade. Vou ligar agora mesmo para as empresas deCODEme e 32andME. Fiquei sabendo que o serviço custa mil dólares.
  • Usar laser contra os pêlos. Afinal, por que tê-los? Como os dois itens acima estão mais distantes da minha realidade – leia-se dinheiro – falarei com a dermatologista. Para marcar já uma depilação. Dessa maneira, aproveito para comemorar o “Dia da Invenção do Primeiro Laser” – hoje – usando a ciência e a tecnologia a meu favor!

Caso Isabela: reflita pela Semiótica

Super-homem, Pelé, Einstein, Che Guevara, etc. Já reparou que o herói – qualquer que seja – segue sempre o mesmo caminho? Ele vive de forma comum e estável. Até que, de repente… descobre quem tem ou adquire um “super poder”. Neste momento, é “chamado” para participar de um mundo estranho, diferente do que vivia. Aí, ele começa a enfrentar desafios. E os supera. Sempre é assim. Esse é o chamado “Mito do Herói”, descrito por Joseph Campbell, pesquisador da área de mitologia. E muito citado na Semiótica.
Mesmo depois de prenderem Alexandre Nardone e Ana Carolina Jatobá, o “Caso Isabela” – nome que, aliás, não sei se escreve com dois ou um “l”, pois em toda a mídia foi publicado das duas maneiras – continua sendo discutido. Teve até repercussão em veículos estrangeiros como jornais franceses e ingleses. Eles tentaram explicar o porquê de tamanho Ibope, literalmente. A violência familiar, a agressão contra crianças, a condição financeira e a classe média brasileira foram alguns dos temas analisados.
Não excluindo nenhuma das conclusões publicadas – todas possuem uma fatia de verdade para mim -, sugiro a observação pelo “ângulo” semiótico. O casal se encaixa perfeitamente como o “anti-herói” do que coloquei acima. Eles viviam como toda a classe média brasileira. Até que um crime inaceitável foi cometido. E o casal, culpado por ele. Assim, foi obrigado a viver em um mundo totalmente diferente do anterior. Os dois ficaram “famosos”. A rotina mudou. Estão passando por vários desafios como não poder sair de casa, convencer de que são inocentes e superar a prisão. Até que tudo isso vai culminar no fim. No fim do anti-herói – saberemos qual.
Isso tudo para expor a Semiótica. Ela é a ciência que estuda os sintomas (signos) dos fenômenos culturais. Ou, grosseiramente falando, a Semiótica pesquisa as representações das coisas do mundo que estão em nossa mente. Deriva da palavra grega “semeiotiké” – traduzindo, “arte dos sinais” – e tem origem na medicina. Para ler mais sobre o assunto, clique aqui. Este link da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) reúne sites interessantíssimos sobre o tema. Entre eles, o CISC possui biblioteca e artigos bacanas.
Anexo: De maneira simplista, existem as Ciências Biológicas, Exatas e… HUMANAS – onde está a Semiótica! Por que todos esquecem das humanas, minha área!?! Geralmente, porque as pesquisas não são muito divulgadas, nem consideradas de interesse da população e muitos cientistas acham subjetivos os trabalhos realizados nesse campo. O que abre espaço para a discussão do “se é verdade ou não”. Mas, é ciência sim. E vale a leitura!

Dados inéditos de idosos com disfunções urinárias

Levantar-se à noite duas ou mais vezes para ir ao banheiro. Essa é uma das necessidades de 45,3% dos idosos entrevistados em pesquisa inédita realizada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP). Os resultados revelam as principais queixas sobre disfunções urinárias e seus anseios por tratamentos para melhorar a qualidade de vida.
A pesquisa considerou 742 questionários respondidos de um total de cerca de 2.100 distribuídos junto a pessoas de 60 anos ou mais. O questionário compreendia 42 perguntas que avaliavam dados sócio-econômicos e a saúde urológica. Em relação às disfunções urinárias, a pesquisa considerou os parâmetros tradicionais como a urgência em urinar (17,9% sofre disso), freqüência (17,1%), necessidade de se levantar durante a noite para ir ao banheiro (45,3%) e perda urinária (17%). Como conseqüência, 15,9% usam fraudas em cinco ou mais dias na semana.
Essas pesquisas são importates porque a estimativa do tempo de vida está aumentando. Conversei com alguns médicos sobre o assunto. Eles disseram que é natural que apareça ou aumente o número dessas doenças – incluindo o Alzheimer e outras. Porém, ele contou que não precisamos nos preocupar muito. As pesquisas tendem a aumentar, gerando soluções. Também, porque a própria natureza irá se adaptar – e se acostumar – para vivermos mais e melhor. Espero ser como minha bizavó. Viver até 105 anos e com saúde!

Final dos tempos

Em duas semanas, a Terra sacolejou. Bombas na Índia, possível guerra civil no Líbano, tornados e queimadas nos EUA, terremotos na China, ciclones em Mianmar. Até o Brasil, internacionalmente conhecido como “abençoado por Deus”, não escapou. Temos terremotos no Nordeste e Sudeste. Ciclones, no Sul. Queimadas e guerras, no Norte e Centro-Oeste. Alguém olhou para o céu hoje?
Como dizia minha avó – extremamente sensata e sábia – uma vez o planeta acabou na água. Agora vai ser no fogo. Observe que na época em que falou essa frase não “existia” o aquecimento global. Para o ano de 2079, veja como alguns esperam o inverno aqui ou ali. Coisa de menino. Só rindo mesmo.

Grandes erros da astronomia

A-ha! Existe um site um português que explica, didaticamente, alguns erros cometidos pelos… cientistas. Na área da astronomia. É engraçadinho e, para quem não entende nada, uma mão na roda. Chama-se “Astronomia no Zênite”. Clique aqui para ler.
Veja algumas bizarrices: Mercúrio gira em torno do Sol como bambolê; a Terra recebe duas luas; Vênus possui uma; o Sol deixa de brilhar durante o dia e não era eclipse; existiu um décimo Planeta “X” – lembro da discussão na escola -; o Universo deveria ser branco. E por aí vai.

A vida antes da morte

Macabro, mas poético. Até dia 18 de maio, ficará exposta em Londres uma mostra com fotos das mesmas pessoas vivas e mortas. Chamada de “Life Before Death”, foi realizada pela jornalista Beate Lakotta e pelo fotógrafo Walter Schels. Os dois acompanharam, com fotos e depoimentos, 24 doentes terminais em seus últimos dias de vida.
No site, observe os olhos com vida e os traços pós-morte. Tem-se sensação de que as pessoas, realmente, perderam a expressão. Como se a vida desvanecesse. Uma inquietação que foi apagada. E, a certeza de que esse é o ciclo da natureza. Veja as fotos aqui. Aliás, a galeria Wellcome Collection apresenta uma série de exposições sobre ciência. Faça uma visita virtual.

O aquecimento global existe?

Saiba que 52% dos brasileiros não acreditam que a mudança climática seja um problema grave. Enquanto, 46% se preocupam com a situação. Esse é o resultado do estudo “Barômetro Ambiental”, realizado pela Market Analysis, instituto de pesquisa e opinião pública. Com relação às conseqüências do aquecimento global, o maior medo é que a água acabe (23%), as espécies sejam extintas (16%) e o clima fique cada vez mais “radical” (14%).

Apesar disso, apenas 40% dos entrevistados se sentem capaz de realizar mudanças pessoais para ajudar o meio ambiente. “Existe uma fraca associação entre perceber o fenômeno ambiental como crítico no plano pessoal e se sentir capaz de mudar a situação”, disse Fabián Echegaray, diretor da Market Analysis. A margem de erro de é de, aproximadamente, 3,4%. A pesquisa foi feita com 802 adultos, entre 18 e 69 anos, e moradores de oito capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife e Brasília.

Saiba como mudar o futuro assombroso… A CPFL Energia, empresa privada do setor elétrico, lançou o portal “Canal da Energia”. Ele possui dicas de economia, orienta sobre os dados contidos na conta de energia e explica os direitos dos consumidores. Veja aqui.

Debate sobre transgênicos, e aí?

Enfrentei o frio do escondido Pavilhão Armando de Arruda Pereira, no Ibirapuera, sábado. A causa era interessante. Fui conferir o debate de Walter Colli, presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), e Hertor Escobar, jornalista de O Estado de S. Paulo. O tema era “Transgênicos e mídia”, promovido pela revista Pesquisa FAPESP em parceria com os organizadores da exposição Revolução Genômica.
Durante o encontro, foi colocado que muitas matérias ou artigos que ganharam destaque na mídia ou na internet são contra os transgênicos. Também, que há uma falta de conhecimento sobre o tema, principalmente, por parte da população. Natural. É um assunto complexo e nossa educação básica é precária. Muitas vezes, noticiar sobre ciência requer espaço nos veículos de comunicação – para explicar cada detalhe e nomenclatura – o que nem sempre é possível.
Uma pergunta instigante foi feita pela Mariluce Moura, diretora de redação da revista Pesquisa FAPESP: “Por que a discussão sobre a liberação dos transgênicos é tratada de forma tão passional?” Resumindo a discussão, isso seria conseqüência da falta de respeito pelo conhecimento científico e de interesses econômicos. Também, porque os transgênicos estão diretamente ligados a um item básico para nossa sobrevivência, a comida. Segundo o que foi falado, até o momento, as pesquisas científicas indicam que o uso de transgênicos é seguro.
Você sabia que consome transgênicos todo dia? O médico Colli passou uma lista deles: insulina (hormônio que metaboliza o açúcar), interferon alfa (medicação), lipase (enzima responsável pela digestão), enzimas de sabão em pó (!), quimosina (enzima usada na fabricação do queijo), vacinas contra hepatite B e contra gripe aviária.
Mais curiosidades abordadas:

  • Hertor disse que foi feita uma pesquisa na Itália. Questionaram a população. O tomate “normal” tem DNA? E o transgênico? A maioria respondeu que o comum não tinha, mas que o transgênico sim.
  • Conforme foi apresentado por Colli, as plantas transgênicas são mais produtivas. Isso diminuiria o volume de terra usada para as plantações.
  • Nenhuma pesquisa é 100% segura, mas cientistas brasileiros analisam com base científica qual produto transgênico pode ou não ser liberado.

Mas, o que é esse tal de transgênico? É toda espécie que possui material genético de outra. Por exemplo, pode-se jogar agrotóxico para matar as larvas que comem o milho. Ou, colocar no milho o gene da bactéria que “mata” a larva.
Desde que as pesquisas não indiquem riscos ao meio ambiente e para a saúde humana, não vejo problema com os transgênicos. Claro que deve-se ter o controle deles para não causar um desequílibrio ecológico. Quanto à saúde, é importante sempre acompanhar seus efeitos. E você, o que pensa sobre o assunto?
E, já anote na agenda:
Semana que vem haverá uma palestra que promete ser bacana. Jan Hoeijmakers falará sobre “Envelhecimento e longevidade: quanto duram seus genes?”. Será dia 18/05, domingo, às 11h no Parque do Ibirapuera. Hoeijmakers é pesquisador de genética molecular e professor da Universidade Erasmus em Roterdã (Holanda). Ele fez estudos sobre os princípios de organização e processos de reparo de DNA em células vivas. Isso permitiu investigar as bases moleculares do envelhecimento e da expansão do tempo de vida. Com isso, espera combater doenças comuns da velhice. Em 2004, criou a empresa Dnage, que desenvolve produtos contra o envelhecimento a partir desses estudos.

Você sabia que…

Adoro curiosidades “inúteis”. Odeio quando falam que “elas não servem para nada”. Falta de imaginação dessas pessoas… Para um domingo paulistano friorento como hoje, separei algumas sobre ciência do manjado site Guia dos Curiosos. É bom relaxar às vezes. Divirta-se:
Adianta proteger o vidro do carro com a mão para que uma pedra não o quebre?
De acordo com o engenheiro John McNeill Ingham, este costume tem bons fundamentos teóricos. Em contato com o vidro, o corpo é capaz de absorver parte da energia da pedra e, além disso, pode evitar uma possível vibração, que propagaria pequenas trincas. “Na prática, porém, os dedos surtem pouco efeito”, garante o profissional. Ele próprio já teve o vidro estilhaçado durante uma viagem em estrada de cascalho, mesmo com um amigo apoiando o pé na superfície do vidro.
É verdade que o cloro da piscina deixa os cabelos loiros com aparência esverdeada?
Não é cloro da piscina que deixa verde o cabelo tingido de loiro. O verdadeiro responsável é o cobre presente na água. Segundo especialistas, o metal reage com substâncias da tintura presentes no cabelo. O cabelo esverdeado é resultado dessa reação química.
O sol queima mais a pele no litoral ou na montanha?
Na montanha, a incidência solar é maior pelo fato de o ar ser mais rarefeito. Além disso, muitas vezes o litoral tem o sol mais suave por conta da umidade alta (quanto mais úmida a região, mais fresca será).
Por que a circunferência tem 360 graus?
Não se sabe ao certo o motivo pelo qual se estabeleceu que a circunferência seria dividida em 360 graus. Existem pelo menos duas possibilidades. Na primeira delas, o número teria sido estabelecido por uma civilização que acreditava ser a terra o centro do universo e cujo calendário teria 360 dias. De acordo com a suposta civilização, o Sol caminharia, então, um grau por dia, totalizando os 360 graus da circunferência. Outra possibilidade é a de que os babilônios usavam 60 como base para seus cálculos. Por esse motivo, os gregos teriam dividido o raio do círculo em 60 partes. Como já seria conhecido que o comprimento da circunferência equivaleria a 2.Pi.r – duas vezes Pi vezes o raio – e que Pi valia aproximadamente 3, então teria se estabelecido que a circunferência teria 360 graus (2 x 3 x 60 = 360).
Por que, na matemática, o símbolo de infinito é um oito deitado?
O símbolo que indica o número infinito foi proposto por John Wallis em 1655 em seu tratado Des Sectionibus Conicis. Nele, o autor declarou: “Isto pois denota o número infinito”. Seu formato, um oito deitado, é inspirado na antiga notação romana do 1000.
Qual é a origem da foto em que Albert Einstein está mostrando a língua?
Muitas são as versões sobre a foto. A mais plausível – e que consta, inclusive, no site com os arquivos do físico, desenvolvido pela Universidade de Jerusalém – é a de que ela foi tirada em 14 de março de 1951, no seu 72º aniversário. Não se sabe quem é o fotógrafo mas ele trabalhava para a agência United Press International (UPI). Ao pedir ao físico que sorrisse, este, em resposta, mostrou a língua.

2º Encontro Nacional de Cidades Históricas

A Universidade Católica de Goiás, por meio do Instituto de Pré-História e Antropologia, realizará o 2º Encontro Nacional de Cidades Históricas. O objetivo é analisar o “Financiamento do Restauro e Conservação do Patrimônio Cultural”. O encontro contará com prefeitos e representantes das principais cidades históricas brasileiras, profissionais dos Ministérios da Cultura e das Cidades, representantes da Unesco e dos  institutos de restauro e conservação de Portugal, entre muitos outros.
Serviço
Período: 10/06 até 13/06
Local: Pirenópolis (GO)
Contato: (62) 3251-0513
Email: cidadeshistoricas2008@gmail.com
Ficha de inscrição aqui.