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Cientistas descobrem como são “feitas” as memórias duradouras

Após uma semana sumida devido ao mergulho no trabalho… Estou de volta com uma novidade que pode trazer soluções para a falta de memória – e doenças relacionadas. Pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, descobriram o mecanismo que controla a capacidade do cérebro de criar memórias duradouras.
Explicando de maneira simplificada… Os cientistas usaram ratos geneticamente modificados – com um gene extra – para as experiências. Eles conseguiram “ligar” e “desligar”, por meio do gene receptor com a adição de um aditivo na água dos ratinhos, a capacidade dos animais formarem essas memórias.
Quando o gene extra foi “desligado”, os ratos mantiveram a capacidade normal de formar memórias de longo prazo. Assim, os pesquisadores desconfiam que a inativação do gene é importante para a criação desse tipo de memória.
“Sabemos que o abalo pode fazer com que alguém esqueça os eventos que ocorreram na semana antes da lesão – o que chamamos de amnésia retrógrada -, embora possa lembrar de eventos que aconteceram antes de uma semana. Acreditamos que isso coincide com nossos resultados”, disse Alexandra Karlén, uma das cientistas envolvidas no estudo.
A capacidade de converter novas impressões sensoriais em memórias duradouras é a base para toda a aprendizagem do ser humano. Mas, segundo a instituição, pouco se sabe sobre os primeiros passos desse processo – aqueles que conduzem algumas horas a memórias duradouras. E menos se sabe sobre como as mudanças químicas nas sinapses – ligações entre as fibras nervosas – são convertidas em memórias duradouras armazenadas no córtex cerebral – a camada mais externa do cérebro.
Os pesquisadores esperam que os resultados sejam úteis no desenvolvimento de novos tratamentos para perda de memória – como derrames e os relacionados com a doença de Alzheimer. Os estudos foram conduzidos em colaboração com investigadores americanos do Instituto Nacional de Abuso de Drogas (NIDA, em inglês).
A pesquisa foi publicada na revista científica Proceedings of National Academy of Science (PNAS). Para saber mais, leia aqui – em inglês.

Sorteio do livro “Seis Graus”!

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Valendo! Quer ganhar o livro “Seis Graus”, escrito por Mark Lynas e editado pela Jorge Zahar Editor? É simples. Basta escrever nos comentários deste post o que você faz para evitar o aquecimento global. Seja criativo! Os comentários poderão ser postados até o dia 20 de novembro. Em seguida, sortearei todos os inscritos. É o Xis-xis de Natal! Ho ho ho!
Sobre a obra
Meu coleguinha Mark Lynas, jornalista e ambientalista, um belo dia teve um insight. Ele mora a cerca de um quilômetro e meio da Biblioteca Científica Radcliffe, Universidade de Oxford, na Inglaterra. Segundo o autor, a maioria dos estudos sobre aquecimento global eram enviados para o local “onde permaneciam intocados por semanas, ou até anos”. “Dei-me conta de que era quase o mesmo que ter um oráculo de Delfos logo ali no meu jardim dos fundos, ou Nostradamus morando na casa ao lado”, escreveu.
Curioso, o jornalista foi xeretar os trabalhos científicos. E percebeu que, com o material, poderia montar um guia, grau por grau, sobre o futuro calorento do aquecimento global – se ele se concretizar. E essa é a história do “Seis Graus”. Lynas esclarece que parte dos trabalhos científicos foram feitos baseados em projeções, sendo que muitas vezes cada uma utilizava um modelo diferente. Ele foi encaixando os estudos em cada grau. No final do livro, colocou as referências para quem quiser tirar a prova.
O livro foi impresso no Brasil em papel reciclado. Recebi a obra esta semana, estou ainda no primeiro grau. Mas já deu para perceber um pouco sobre a prosa. Ela não é toda catastrófica. Além de bem humorado, de acordo com os temas, aos poucos o autor explica fenômenos da natureza – contextualizados com história e geografia – como as correntes marítimas. Veja duas informações curiosas que grifei:

  • Há 70 mil anos, uma erupção vulcânica na Indonésia lançou muito, mas muito mesmo enxofre e poeira na atmosfera. Tanto que até cortou o calor do sol. Assim, a temperatura do planeta despencou, aproximadamente, seis graus. A população humana foi reduzida para 15 mil a 40 mil indivíduos;
  • Na Idade Média, em meados de 1100 d.C., estima-se que as temperaturas no interior norte-americano foram até dois graus mais quentes do que agora. Índios morreram por falta de recursos naturais e em brigas violentas. Na Europa, os vikings colonizaram a Groenlândia e vinhedos eram cultivados no norte da Inglaterra – hoje eles são plantados no Mediterrâneo.

Quer comer “comida de astronauta”?


Está cansada do arroz com feijão da mamãe? Não aguenta mais jantar miojo? A macarronada do domingão não atrai mais? Seus problemas acabaram. Encontrei um site que vende marmitas de astronautas! Isso mesmo, a comida que os astronautas consomem lá no espaço afora!
O site Space-Food – clique aqui, em inglês – conta qual é o gosto das “comidas de astronautas”, do que elas são feitas e dá links de onde comprá-las por um preço mais barato! A-do-rei!
Eu fiquei com água na boca ao ver o sorvete napolitano… Hummmm, no calor de São Paulo, cairia super bem. De acordo com o site, esse sorvete tem gosto de… sorvete, mas é crocante! Isso porque ele foi congelado após sua água ser retirada por sublimação – sem passar pelo estado líquido. O sorvete pode ser armazenado por três anos. Na Amazon, é vendido por 3,49 libras. Uma pechincha!
Bom, enquanto meu sonho de ver a Terra do espaço não se concretiza, super aceito uma comidinha dessas como presente de Natal. Já é um consolo… Para saber mais sobre a “comida dos astronautas”, também indico este link da Nasa.
Mais uma dica: O site Think Geek vende brinquedinhos de ciência nunca antes vistos no Brasil. Fiquei apaixonada pelo kit de plantas carnívoras. Não é cutcho, cutcho?

Água dos oceanos é proveniente de asteróides

Há um tempo não escrevo sobre minha adorada astronomia… Então, agora vai bomba! Um estudo publicado na Nature, hoje, mostra que a água dos oceanos foi trazida por asteróides cobertos de gelo. A pesquisa foi feita pela equipe do geoquímico francês Francis Albarède, da Escola Normal Superior de Lyon (França). Leia aqui.
Segundo o cientista, asteróides enormes – do tamanho de Marte? – cobertos de gelo se chocaram com o planeta cerca de 100 milhões de anos após a formação da Terra. Com isso, todos concordamos. Porém esses gigantes eram cobertos de gelo. E, assim, deixaram no planeta suas reservas de água.
Quando essa água infiltrou no manto terrestre, permitiu o aparecimento de placas tectônicas. Segundo esse comunicado – em francês, cherie – do Centre National de la Recherche Scientifique (ou Centro Nacional de Investigação Científica) da França, a “vinda” desses asteróides também seria responsável pela formação da atmosfera terrestre.
Vamos mudar os livros escolares?
Gente, meu mundo caiu. O culpado pelo desaparecimento dos dinossauros não é mais o asteróide, mas uma série de erupções vulcânicas. Nosso belíssimo oceano foi trazido por gigantes “bolas” com gelo. Agora, só falta provarem que a vida na Terra é extraterrestre. Ah, tenha santa paciência!
Obs.: Aquele mar maravilhoso da foto é de Japaratinga (AL).

Estamos na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia!

Todos os anos, desde 2004, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) lança a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). No ano passado, foram realizadas cerca de 11.000 atividades, em 450 municipios. Este ano, a participação deve ser maior.
Como funciona? Entre no site oficial, aqui, e veja o que as instituições prepararam para sua cidade. São palestras, lançamentos de livros, apresentação de vídeos, novidades em planetários e por aí vai. Se achar algo muito interessante, me conte!

Segundo encontro de blogs de ciência foi sucesso

Pelos boatos que ouvi… O II Encontro de Weblogs Científicos em Língua Portuguesa (EWCLiPo) foi um arraso. Mais de 60 pessoas conferiram as palestras, as oficinas e os debates no final de semana passado, na linda Arraial do Cabo (RJ). Muito infelizmente mesmo, a blogueira que vos escreve não pode participar fisicamente. O que me deixou mais contente foi acompanhar os preparativos e palpitar um tequinho.
Para você – e eu – que não estivemos presentes, selecionei – meio que aleatoriamente – quatro posts dos meus colegas de ScienceBlogs sobre o evento. A saber:
1.Ideias que rolaram no EWCLiPo
2.II EWCLiPo: um pequeno grande evento
3.Ewclipo (hein?, eclipse?) 2009
4.O primeiro dia do II Encontro de Blogs Científicos
Quem tiver escrito mais ou souber de outros blogs que também postaram sobre o EWCLiPo, peço que deixe o link nos comentários. Apesar que, depois de ter feito este post, vi que meu colega do Semciência criou uma lista deveras mais completa. Leia sem falta aqui! Imperdível.
Obs. 1: Pelas fotos, vi que teve discussão sobre ciência e blogs naquelas praias feias… É, gente. Estudando biologia, geologia, oceanografia ao vivo.
Obs. 2: As histórias e estórias sobre minha viagem pelo Nordeste prosseguem amanhã. Fui.

Xis-xis premiado como blog de ciência

Voltando de viagem, recebo uma ótima notícia! O Xis-xis foi um dos vencedores na votação sobre os melhores blogs de ciência. Categoria: “Ciência Geral, Política Científica”!
A iniciativa foi ideia dos organizadores do Anel de Blogs Científicos (ABC). O site reúne todos os blogs de ciência escritos em língua portuguesa. Um detalhe: apenas os blogueiros de ciência, cadastrados no ABC, puderam votar.
O Xis-xis dividiu o honrado terceiro lugar com o Semciência, escrito pelo pesquisador e professor Osame Kinouchi. Em primeiro lugar, ficou meu colega 100nexos e, em segundo, outro colega, o 42.
Nas demais categorias – Ambiente e Ciências da Terra; Ciências da Vida; Química, Física e Astronomia, Matemática e Computação; Ciências Sociais e Humanidades , Educação e Blogs Didáticos; Mente e Cérebro, Saúde e Medicina – mais premiados que fazem parte do ScienceBlogs Brasil. Veja o resultado completo aqui.
Meus parabéns para todos os vencedores!!!! E obrigada pelos votos!!!!

O Hubble voltou a funcionar!

Lembra-se que astronautas foram, em maio, até o Hubble dar um tapa no equipamento? Então… O telescópio espacial voltou com a corda toda! O site do Hubble publicou as novas lindas imagens captadas pelo meu herói. São galáxias distantes coloridas, um aglomerado de densas estrelas, algo que eles chamam de “pilar da criação” – seja lá o que isso significa – e uma nebulosa – uma nuvem de poeira e hidrogênio – em forma de borboleta. Delicie-se aqui.
Com o novo espectrógrafo – equipamento que registra as partes da luz – em fucionamento, os pesquisadores tentarão mapear a estrutura do universo e rastrear a distribuição de elementos fundamentais para a vida. Também querem fazer um censo de quantas coisas “bóiam” no Cinturão de Kuiper – uma região no final do Sistema Solar lotada de corpos celestes -, testemunhar o nascimento de planetas em torno de estrelas e investigar as atmosferas de outros mundos.
Por fim… a cereja do bolo. Captando a luz infravermelha, os cientistas vão checar o comportamento de galáxias “bebês” que possuem apenas 500 milhões de anos – calcula-se que o universo tem cerca de 13,5 bilhões de anos. De tabela, se o Hubble ajudar a desvendar o que é a tal da energia escura – uma força repulsiva misteriosa que está empurrando o universo para a expansão cada vez mais rápido – a curiosa aqui agradecerá!