Ok. Vamos deixar de lado que quase toda construção – por requerer material explorado da natureza e n outros motivos – é ambientalmente insustentável. Relevando esse fato… Ainda não tive tempo de visitar o local, mas algumas soluções são interessantes. Vale para refletir e, quem sabe, aplicar na própria casa ou empreendimento.
A intitulada Eco House possui uma pista de dança que gera energia pela movimentação das pessoas – as placas foram importadas da Holanda. A pista foi construída em cima do reservatório de água da chuva, permitindo a visualização do reservatório e do abastecimento da energia produzida por quem se joga na balada. Cada placa acumula 30 watts de energia que são armazenadas em baterias. Junto à pista de dança, o Generator Meter – uma torre – mostra instantaneamente a quantidade de energia que o piso está gerando.
O local também possui iluminação natural, iluminação com Leds (“lâmpadas” que utilizam menos energia), coleta seletiva de lixo, aquecimento solar, compostagem e jardim com espécies ameaçadas de extinção. A madeira utilizada na construção e decoração é proveniente de reflorestamento – a maioria possui certificado ambiental. Interessante o que eles fazem com as flores e sd plantas que sobram das festas: são doadas para hospitais e asilos.
Quanto à área gastronômica, parte do cardápio é feito com alimentos orgânicos e alguns temperos e frutas são provenientes de uma plantação na laje do local. Ainda na cozinha, o calor dos fornos é usado para esquentar a água empregada na limpeza dos utensílios. Fica a ideia.
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Palestra sobre Linguagem e Divulgação Científica
Leitor! Hoje, quarta-feira (4), ministrarei uma palestra sobre Linguagem e Divulgação Científica grátis para quem quiser! Não sou a dona da verdade, mas vou compartilhar o pouco que aprendi nesses anos.
Quer conferir? Será na Universidade Presbiteriana Mackenzie, às 18:15h, no auditório do Prédio 9. Esse pessoal aqui organizou e me convidou para participar do ciclo de palestras. Maravilha, não? Veja neste link o folder da programação.
Até daqui a pouco!
Dez lugares para conhecer no Brasil antes de morrer
Muitos brasileiros desprezam o próprio país, incluindo suas descobertas científicas e até as belezas naturais – acredite. Aliás, prefiro concluir que isso se dá devido a falta de educação – formal, mesmo. O que, como consequência, reflete no “novo” Código Florestal – assunto para outro post – e, claro, no desmatamento. Bobinhas essas pessoas. Na matéria que escrevi sobre quais seriam as dez maiores descobertas da arqueologia, figuravam duas brasileiras. Ju-ro.
Uma era a nossa vovó Luzia – “O crânio de 11.500 anos de uma mulher (Homo sapiens), desenterrado em Minas Gerais, revolucionou as teorias sobre a ocupação do continente americano. Sugeriu que os humanos com traços negróides migraram para a América três milênios antes dos antecessores dos índios”. A outra, o Parque Nacional Serra da Capivara – “O homem já vivia na região do Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí, há 100 mil anos – foram cadastrados 1.301 sítios arqueológicos e 292 vestígios como aldeias. No local, duas figuras rupestres possuem 36 mil anos. ‘A descoberta derrubou a teoria de que a América do Norte teria sido povoada inicialmente e somente por volta de 15 mil anos atrás os homens teriam chegado à América do Sul’, explica a arqueóloga Niéde Guidon, diretora presidente da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham)”.
É óbvio que pirei, principalmente, no parque. Afinal, a Luzia está guardada no Museu Nacional/UFRJ, no Rio de Janeiro. Estive lá e não vi o crânio. Agora, as pinturas rupestres do Piauí tenho mais chance de conhecer pessoalmente. E requer o contato com a natureza! Divagando com meus pensamentos – para variar -, concluí que preciso conhecer muitos lugares no Brasil, antes que eles sejam destruídos. Locais de valor, principalmente, ambiental e, consequentemente, científico. Assim, resolvi fazer uma lista com os dez lugares brasileiros que todos deveriam conhecer antes de morrer – ou de serem destruídos.
Priorizei os valores ambientais – ou científicos muito antigos – do país. Infelizmente, ainda não conferi todos com meus próprios olhos. Mas a lista serve para lembrar que temos muito o que preservar e valorizar no Brasil. Haja tempo e dinheiro para tanta viagem. Bom, vamos à lista. E os dez lugares no Brasil para conhecer antes de morrer são:
Abrolhos
O arquipélago é o primeiro parque marinho do país com a maior biodiversidade no mar do Atlântico Sul.
Bonito
Localizado no Cerrado, possui águas transparentes graças ao calcário e abriga fósseis de mamíferos gigantes.
Cataratas do Iguaçu
Suas quedas possuem, em média, 65 m de altura e sua formação geológica data de aproximadamente 150 milhões de anos.
Chapadas
São as formações de relevo mais antigas do Brasil, entre elas estão a da Diamantina, dos Guimarães e dos Viadeiros.
Fernando de Noronha
O arquipélago vulcânico abriga as maiores colônias reprodutoras de aves em ilhas oceânicas do Atlântico Sul Tropical.
Floresta Amazônica
Possui o Arquipélago de Mariuá, maior de água fluvial do mundo, e tudo o mais que a floresta abriga.
Lençóis Maranhenses
São 155 mil hectares com dunas de até 40 metros de altura e lagoas de água doce, raro fenômeno geológico.
Mata Atlântica do Estado de São Paulo
Nesta, eu roubei. Incluo o Petar, com mais de 300 cavernas, a Serra do Mar e o Litoral Norte de beleza indescritível.
Pantanal
A maior planície alagável do mundo, ligado às Bacias do Prata e Amazônica.
Parque Nacional Serra da Capivara
Localizado na Caatinga, possui pinturas rupestres e indícios de que o homem esteve por lá 100 mil anos atrás.
Conheça todas as trilhas de São Paulo
Você sabia que existem várias trilhas submarinas no estado de São Paulo? É a prática do snorkeling – ou mergulho com snorkel – acompanhada por um guia. Uma delas fica na Ilha Anchieta, meia hora de barco de Ubatuba. Para falar a verdade, quando estive na ilha – quando era jovem, brincadeira – não consegui fazer a trilha. A bióloga que acompanhava já havia saído da água.
Na realidade, descobri essa trilha lá. Entrei de gaiato no navio porque meu pai foi escavar uma espécie de antigo engenho de açúcar junto com a orientanda dele. Aproveitei a carona para conhecer a ilha – lê-se fazer trilhas. Claro que fiquei um tempo no meio do mato, naquele calor úmido, acompanhando a escavação. E fazendo mil perguntas sobre como eles sabiam que aquele amontoado de pedras foi, um dia, um forno – devido ao formato e aos restos de pó encontrados dentro dele.
Depois de ter matado a curiosidade, resolvi deixar os pesquisadores trabalhar em paz. Peguei um bote para seguir até a parte principal da ilha, que recebe as escunas e outras embarcações. Além do antigo presídio, que é possível visitar, fiz as duas trilhas: do Saco Grande e da Praia do Sul.
A segunda é mais bacana. O mirante no meio do caminho é de tirar o fôlego – mesmo porque é uma subida, ai como estou engraçada. Ao chegar na praia, encontra-se uma pequena piscina natural formada pela maré. Fiquei sozinha pasmando nos peixinhos coloridos.
Depois, voltei para a outra parte da ilha, em busca de um antigo cemitério que havia no local. Me avisaram: “Não tente encontrá-lo, porque não há trilha e você vai se perder”. Sabe como é… Pensei, “pelo barulho das ondas acho a praia de volta”. Ãham. Dez metros dentro daquela vegetação meio rasteira, já não ouvia o barulho do mar. Não querendo dar trabalho para os bombeiros, retornei.
Dei toda essa volta para contar que existe um site mantido pelo governo do estado sobre todas as trilhas que há dentro das unidades de conservação paulistas. O “Trilhas de São Paulo” possui uma lista com todas elas, o grau de dificuldade, onde ficam, mas não passa muitos detalhes a mais. De qualquer maneira, mostra que o estado ainda oferece mais do que a capital de concreto – graças.
E aí, se interessou pela maravilhosa a ilha? Leia mais sobre o Parque Estadual da Ilha Anchieta aqui. Até a próxima caminhada.
Vídeos educacionais sobre ciência e meio ambiente
A ciência é mais incompreensível do que os altos e baixos hormonais femininos? Calma. Dizem que para tudo há solução. É verdade que para entender algo mais complexo, relativo à ciência e ao meio ambiente, precisamos de uma base. Se você quer ler mais e mais e mais sobre assuntos básicos sobre os temas, além – claro – do Science Blogs Brasil e do Ecoblogs, deixo uma maravilhosa e confiável dica. O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), elaborou apresentações sobre temas que são sempre discutidos, principalmente, pelos meios de comunicação.
São apresentações com desenhos bem facinhas de entender. Eles levaram o “quer que eu desenhe?” a sério. Um narrador explica, enquanto as figuras e gráficos exemplificam. Os temas mais vistos no site – adivinhe – são: mudanças ambientais globais, efeito estufa e ciclo do carbono. Na página, também há explicações sobre a natureza da radiação, balanço hídrico, doenças de plantas e o clima, El Niño e La Niña, movimentos na atmosfera, mudanças climáticas, relevo e clima, satélite na agricultura, sensoriamento remoto e solo. Quer conferir? Clique aqui e divirta-se!
Site disponibiliza informações sobre árvores brasileiras
Como estou sem tempo para escrever textos analíticos, posto no Xis-Xis dicas interessantes. Como esta. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) possui um site com informações sobre 31 árvores brasileiras – de todos os biomas. O melhor: qualquer um pode acessar a coleção.
De acordo com a instituição, as informações foram obtidas por meio de revisão de literatura – artigos científicos – e complementadas com informações técnicas inéditas. Se precisar fazer um trabalho sobre as árvores do Brasil, está começando uma pesquisa, vai escrever um texto ou, simplesmente, é curioso, entre no site aqui.
“Cada espécie aborda informações referentes à taxonomia e nomenclatura; descrição botânica; biologia reprodutiva e eventos fenológicos; ocorrência natural; aspectos ecológicos; biomas/tipos de vegetação; clima; solos; sementes; produção de mudas; características silviculturais; melhoramento e conservação de recursos genéticos; características da madeira, produtos e utilizações; e principais pragas e doenças”, escreve a Embrapa.
É isso aí. “As árvores somos nozes”.
Saiba como enviar sua foto para o espaço
Tem muita coisa bacana que quero postar, discutir e expor aqui. Uma delas é… enviar a foto para o espaço. Não escondo de ninguém. Quero ir para o espaço. Alô, estão me ouvindo? Se algum dia alguém quiser mandar, literalmente, uma blogueira ou jornalista para o espaço, lembre de mim, ok?
Enquanto meu sonho de criança não se realiza, me contento em enviar a fotinho ao lado esquerdo do blog para o espaço. Interessou? É simples. Entre neste site da Nasa e siga as instruções. Aliás, você pode escolher! Se quer enviar o arquivo a bordo do ônibus espacial Discovery – missão STS-133 prevista para setembro – ou do ônibus espacial Endeavour – missão STS-134, em novembro.
Aproveite antes que os ônibus sejam aposentados! Minha foto vai no primeiro, Discovery, por garantia. Fui.
Ministério tem site apenas sobre orgânicos
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento inaugurou um site completo sobre orgânicos. Ele disponibiliza uma lista sobre onde comprar produtos orgânicos em cada estado brasileiro, possui uma biblioteca online com cartilhas e vídeos, fala sobre legislação e explica curiosidades. Navegue aqui.
Aliás, segundo o endereço… “Os produtos orgânicos são cultivados sem o uso de agrotóxicos, adubos químicos e outras substâncias tóxicas e sintéticas. A ideia é evitar a contaminação dos alimentos ou do meio ambiente. (…) A agricultura orgânica busca criar ecossistemas mais equilibrados, preservar a biodiversidade, os ciclos e as atividades biológicas do solo”.
Hoje é o Dia Nacional da Mata Atlântica
É o bioma mais lindo do mundo. Apesar de não conhecer todos do planeta, tenho certeza da minha afirmação. Desde a minha infância, fico encantada com a muralha da Serra do Mar. E com as Florestas de Araucárias. E com os animais que vivem nesses locais. E todos os outros detalhes do bioma.
Para quem não sabe, a Mata Atlântica se distribui em faixas litorâneas, florestas de baixada, matas interioranas e campos de altitude. Ela é formada por florestas ombrófila densa, ombrófila mista, estacional semidecidual e estacional decidual e os ecossistemas associados como manguezais, restingas, brejos interioranos, campos de altitude e ilhas costeiras e oceânicas. Infelizmente, estou sem tempo para explicar cada um desses detalhes. Sugiro que dê um Yahoo!.
Eu não queria é, mesmo, perder a oportunidade no dia 27 de maio de homenagear a mata do meu coração. Sempre que cruzo a Serra do Mar emito algo como: “Que paredão fantástico”. E abro os vidros do carro para sentir o cheiro e o frio. E toda vez que viajo para minha terra natal, o Paraná, ou para regiões serranas paulistas lamento a diminuição das imponentes Florestas de Araucárias.
A favor da preservação de incansável beleza, organizei um rápido protesto fotográfico. Acima, são oito paronâmicas da Mata Atlântica paulista – metade litorânea e outra serrana.
Lindas sacolas e carteiras recicladas
A dica de hoje são sacolas, bolsas e carteiras feitas com material reciclado. Não costumo escrever sobre produtos reciclados, mas o material chamou atenção pela beleza. Quem coloca a mão na massa são presidiários Núcleo Prisional Ferreira Neto, em Niterói, por meio da ONG carioca TemQuemQueira. Eles utilizam como matéria-prima o lixo gerado pela realização de eventos e publicidade como lonas vinílicas, fundos de palco, banners e outdoors. “Acreditamos que boas idéias e atitudes simples podem transformar o nosso planeta”, diz a instituição. Veja os produtos aqui.