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Quem mora perto de fast-food tem mais chance de sofrer AVC

O estudo feito nos Estados Unidos, onde muita gente come em fast-food, é interessante. A chance de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) é maior onde existem muitos restaurantes de comida rápida. A descoberta foi realizada por pesquisadores, incluindo Lewis B. Morgenstern, da  Universidade de Michigan.
Os cientistas estudaram a cidade de Nueces County, no Texas, que possui 262 restaurantes de fast-food. Entre janeiro de 2000 e junho de 2003, foram registrados  1.247 casos de AVC. Nas áreas com mais restaurantes do tipo, a chance de sofrer de AVC era 13% maior. Aliás, essa porcentagem era proporcional. Quanto mais fast-food nos lugares, mais pessoas com esse problema de saúde.
Pelo que entendi, os pesquisadores continuaram os estudos em outras cidades para ver se uma coisa tem a ver com a outra. Como o polêmico caso da masturbação causar câncer de próstata – leia aqui – a relação não prova que comer esse tipo de comida aumenta o risco de AVC. Mas… é estranho, não?
It doesn’t matter. Para mim, hoje já é carnaval. Nessa época de perder calorias, um lanchinho desses cai mais que bem. Leia a matéria aqui no site da CNN, em inglês.
Foto: Um kebab de frango que devorei em Amsterdã.

O gosto dos tomates não é mais o mesmo

Evito comer tomates, ultimamente. Maduros ou levemente verdinhos, nem coloco no prato. Logo eu que não vivo sem salada.
Há seis meses, tenho notado que esse fruto que compramos – na feira, fresco – está estranho. Para conferir minha dúvida, perguntei para minha mãe: “Notou que o gosto dos tomates não é mais o mesmo?”
“Sim!”, respondeu de imediato. Sei lá o que acontece. Nunca bebi agrotóxico puro, mas agora tenho a impressão de comer esse produto no lugar do tomate. Mais alguém concorda comigo?
Mesmo assim, às vezes cedo à nostalgia. Ontem de madrugada, mandei a ver num lanche irresistível de tomate pelado. Fome!
Obs.: Segunda-feira, dia 16, estarei no programa “Todo Seu”, apresentado pelo “bonitinho” Ronnie Von, para falar sobre blogs. Mais colegas participarão também. Entre eles, dos blogs Pergunte ao Urso e Nova Corja Censurado. Ueba.

Tá na hora tá na hora, tá na hora de doar

Hoje é o aniversário do meu querido Charles Darwin. Parabéns para seus 200 aninhos! Um dia chego lá.
Então, folião, anote na agenda. Segunda-feira, dia 16, sai o Bloco da Solidariedade com bateria, rainha Raíssa Oliveira, mestre-sala e porta-bandeira da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis. Com o enredo “Tá na hora de doar”, de Clovis Pê e Gilson Bernini, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) quer incentivar a doação de sangue. Os bailarinos Carlinhos de Jesus e Ana Botafogo, padrinhos da campanha, mostrarão o samba no pé.
A meta da instituição é conseguir 450 doações de sangue na semana que vem. Na época do carnaval, o INCA afirma que o estoque do Banco de Sangue fica reduzido em 50% devido à baixa procura por parte dos doadores.
Quer sair no bloco? Anote o endereço:
Rio de Janeiro, 11 horas, no pátio do prédio da Coordenação de Administração do Instituto, na Rua do Rezende 128, Centro.
Quer doar sangue? Veja os requisitos:
Qualquer pessoa entre 18 e 65 anos, em boas condições de saúde e que esteja pesando mais de 50 kg pode doar. Os homens podem doar de dois em dois meses, até quatro vezes ao ano. As mulheres, de três em três meses até três vezes ao ano. O Banco de Sangue do INCA situa-se na Praça Cruz Vermelha, nº 23, no Centro do Rio de Janeiro.

Masturbação causa câncer de próstata

Hoje iria fazer um post espacial, mas depois de ler esse trabalho não resisti. Homens que são muito ativos sexualmente em seus 20 e 30 anos são mais propensos a desenvolver câncer de próstata, principalmente se se masturbam com frequência. Esse é o resultado de um estudo com mais 800 machos liderado pela inglesa Universidade de Nottingham e publicado no jornal britânico BJU International. Vale ressaltar que o maior problema foi visto na masturbação – e não nas relações sexuais.
Veja você mesmo – retirei do abstract:

Whereas frequent overall sexual activity in younger life (20s) increased the disease risk, it appeared to be protective against the disease when older (50s). Alone, frequent masturbation activity was a marker for increased risk in the 20s and 30s but appeared to be associated with a decreased risk in the 50s, while intercourse activity alone was not associated with the disease.

Homens com câncer de próstata se masturbavam mais do que os homens sem a doença. A maior diferença apareceu nos 20 anos – 34% x 24%, respectivamente – e 30 – 41% x 31%. Elas foram menos acentuadas aos 40 anos, 34% e 28%, e 50 anos, 25% e 26% – ué, inverteu!
“Os hormônios parecem desempenhar um papel fundamental no câncer de próstata. É muito comum usar como tratamento a redução deles”, diz – aqui, em inglês – o autor principal, Polyxeni Dimitropoulou. “O sexo do homem também é regulado pelos seus níveis hormonais, assim esse estudo analisou a teoria de que ter uma intensa atividade sexual afeta o risco do câncer de próstata”, completa.
Mais dados curiosos que surgiram no estudo:

  • 59% dos homens disseram que tinham relação sexual ou masturbação 12 vezes por mês ou mais nos seus vinte e poucos anos. Aos 30, a frequencia foi para 48%; aos 40, 28%; e aos 50, 13%;
  • 39% dos homens com câncer tiveram seis ou mais parceiras, em comparação com 31% do grupo controle;
  • homens com câncer de próstata eram mais propensos a ter doenças sexualmente transmissíveis;
  • não houve associação significativa entre a atividade sexual e câncer de próstata em um homem de 40 anos. Uma teoria para isso é que o corpo já consegue se defender devido às toxinas acumuladas com o tempo.

Não vou concluir nada. Só que esse é um blog de meninas – nós, mulheres, somos melhores -, mas nos interessamos por meninos, não? – no meu caso, claro – Bom, vou deixar cada uma matutar consigo mesma sobre o resultado dessa pesquisa.

Protetor solar não prejudica “absorção” de vitamina D

Seguindo com a temática mais avassaladora do momento, com o deus mais temido e clamado pela maioria das civilizações antigas: o Sol. Nunca pensei nisso, mas não é que a pesquisa é curiosa? Veja: estudo comprova que usar protetor solar sempre não prejudica a síntese de vitamina D. Aquela que obtemos após tomar banho de sol – bebês e presidiários entram na lista. Ela é importante no processo de absorção de cálcio e fósforo, crescimento e reparo dos ossos que conseguimos por meio do banho de sol – veja aqui.
Saiba mais:
Estudo recente realizado por médicos da Clínica de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e patrocinado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional do Estado de São Paulo (SBD RESP) demonstrou que o uso contínuo do filtro solar não impede a síntese da vitamina D, cuja produção pelo organismo é estimulada pela exposição ao sol. Ela previne a osteoporose, o raquitismo e outras doenças – inclusive alguns tipos de câncer.
“Estudos têm sugerido que a prática da fotoproteção para prevenção do câncer da pele poderia provocar deficiência de vitamina D. Como consequência, futuras alterações na mineralização óssea. Nosso estudo mostrou que, apesar de as concentrações de vitamina D em indivíduos fotoprotegidos [que usam protetor solar] serem menores, não são suficientes para causar hipovitaminose [falta da vitamina]”, afirma Marcus Maia, o autor do estudo e professor adjunto da disciplina de Dermatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Publicado nos “Anais Brasileiros de Dermatologia”, o estudo foi vencedor do “Prêmio Saúdepromovido pela revista de mesmo nome. Como já dito, o objetivo da pesquisa foi avaliar os níveis de vitamina D em pacientes com intensa proteção solar – incluindo evitar os horários de maior radiação solar, permanecer na sombra, uso correto do filtro solar fator 30, chapéus e camisetas. O estudo envolveu 50 pacientes de pele clara, com idades entre 35 e 60 anos.
Mais detalhes ainda:
Foram comparados grupos de pacientes fotoprotegidos com indivíduos que não praticam qualquer tipo de fotoproteção. Além disso, avaliou-se a relação da proteção solar com a produção do paratormônio (PTH), hormônio secretado pela glândula paratireóide, cuja função principal é de regular o teor de cálcio e fósforo no organismo. Segundo os médicos, para obtenção da quantidade necessária de vitamina D, bastaria a exposição da pele a pequenas quantidades de sol do cotidiano e, por esse motivo, a fotoproteção tem sido recomendada com boa margem de segurança pelos dermatologistas.
“É evidente que o bloqueio completo da radiação ultravioleta causaria diminuição significante na produção de vitamina D, mas num país tropical como o Brasil a proteção solar absoluta é impossível de ser praticada. De acordo com os resultados do trabalho, portanto, deve-se ter mais preocupação em proteger a pele do sol do que temer o prejuízo ósseo”, conclui Maia.
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