“Não” é a resposta que mais ouço. Então, também não sabe o que está perdendo! Certo dia, há um tempo, uma empresa me enviou um cartão impresso em “papel semente”. No verso, as instruções diziam que se eu plantasse aquele cartão, nasceria uma flor. “Ah, mentira”, pensei já deslumbrada.
Claro que, imediatamente, cavei um espaço para o papel em um vasinho. Dias depois… a surpresa: uma plantinha brotou! Inacreditável! Minha mãe e eu comemoramos o achado.
Enfim, mas o que seria o papel semente? Recorri à internet. Pesquisando sobre o assunto, encontrei a empresa Papel Semente – @papelsementes e Facebook. Segundo ela, como o nome indica, trata-se de um papel – que pode ter diversas gramaturas e ser reciclado – com inúmeras sementes dentro dele, literalmente. Ou seja, ainda em fase de produção, uma camada de papel reciclado úmido recebe as sementes. Por cima delas, vai mais uma camada.
A curiosa tentou encontrar as sementes no papel. Tarefa árdua. Como ele era reciclado, não consegui identificá-las. O que deu mais charme à ideia.
A Papel Semente contou que testando, por tentativa e erro, mesmo, descobriu que diversas sementes podem ser aproveitadas para dar origem ao material. São elas: de rúcula, agrião, salsinha, manjericão; de flores, como cravinho da Índia, cósmea, boca-de-leão; e, de chá, como erva doce ou camomila.
Para saber mais, indico o programa da Globo News, “Cidades e Soluções”, transmitido esta semana. Uma matéria, realizada com a empresa, explica o passo a passo da fabricação. Veja no vídeo abaixo. Ah, sugestão, espere ele carregar e vá aos 9 minutos e 20 segundos – início dessa específica reportagem. Divirta-se:
Mais dois detalhes. De acordo com a entrevista da diretora Andréa Carvalho, cedida ao programa, o produto é fabricado e comercializado tendo em vista o cuidado socioambiental. Há uma parceria feita com cooperativas de catadores e a tinta empregada na impressão é a base de água, o que evita poluir o meio ambiente.
Obs.: Ao menos o cartão de papel semente que recebi veio com instrução de como plantar. Primeiro, era necessário picar e molhar o papel. Em seguida, enterrá-lo com uma camada fina de terra sobre ele. Diariamente, essa terra precisou ser regada. Até que, em menos de dez dias, a plantinha germinou! Adorei!