“Porque sim” não é resposta (vídeo)
Se você quisesse saber o quão fundo é um buraco, qual método você acha que seria o mais confiável para obter uma resposta precisa? Adivinhação? Medir com uma trena? Pular dentro do buraco?
As conclusões às quais chegamos sobre como as coisas funcionam no universo dependem das evidências que temos disponíveis para usar como base, e o quão informativas são essas evidências depende muito da qualidade do método que foi usado para produzi-las. Por isso, julgar conclusões desse tipo depende da nossa capacidade de julgar o método subjacente à essas conclusões e é sobre isso que falaremos hoje! Assista o vídeo dessa semana abaixo (ou clicando aqui).
[youtube_sc url=”https://youtu.be/uEYsz-wpuqU”]
Referências recomendadas
De Houwer, J., Teige-Mocigemba, S., Spruyt, A., & Moors, A. (2009). Implicit measures: A normative analysis and review. Psychological Bulletin, 135, 347-368.
Esse é um artigo bem específico que discute aspectos conceituais envolvidos no uso de medidas implícitas, mas nele é ilustrada a discussão sobre como os pressupostos teóricos por detrás de um método adotado devem ser verificados para que as conclusões tiradas a partir do seu uso sejam justificáveis, e foi inspirados na maneira como esses autores abordam o assunto que tentamos abordar em parte essa discussão no vídeo.
Sobre a condutância da pele ou atividade eletrodérmica, a internet está cheia de materiais. Alguns links úteis são esses aqui (aqui, aqui, aqui e aqui).
A ciência brasileira precisa mesmo de mais celebridades?
Eu to decepcionado com o que aconteceu há umas semanas atrás, mas esqueci de escrever algo sobre. Vou contar resumidamente para quem não viu nada sobre isso (tem esse link aqui também que conta em mais detalhes). Na última reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), foram divulgados os dados de uma pesquisa que visou avaliar a percepção que as pessoas possuem da ciência no Brasil. Parece que a percepção é boa (ufa!), as pessoas geralmente veem os cientistas de maneira positiva.
A partir da divulgação desses dados, tanto o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (Aldo Rebelo) quanto a presidente da SBPC (Helena Nader) e o presidente da Academia Brasileira de Ciência (Jacob Palis) parecem concordar com um ponto: precisamos de mais cientistas “celebridades”, mais “heróis” na ciência, assim como existem no futebol, para incentivar mais as pessoas a serem cientistas. É sério isso gente? Essa é a melhor ideia que conseguimos ter para incentivar o progresso da ciência?
Vou dar a minha opinião: heróis na ciência podem ser um incentivo? Continue lendo…
Notícias Psíquicas #2 Sobre as rugas do cérebro (vídeo)
Quer saber o que anda rolando no mundo da ciência? Confira nosso novo segmento: Notícias Psíquicas! Se ainda não viu o primeiro Notícias Psíquicas, veja aqui. Veja o vídeo de hoje abaixo (ou clicando aqui).
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Veja também nossos outros vídeos sobre o cérebro nessa playlist.
Referências recomendadas
Mota, B. & Herculano-Houzel, S. (2015). Cortical folding scales universally with surface area and thickness, not number of neurons. Science, 349 (6243), 74-77. DOI:10.1126/science.aaa9101
Esse foi o artigo publicado na Science pelos pesquisadores da UFRJ.
Como se fosse a primeira vez (vídeo)
Já parou pra pensar como seria viver sem a capacidade de memorizar as coisas? No vídeo de hoje, falaremos sobre o que são memórias, como novas memórias são formadas e como essa capacidade pode impactar nossas vidas. Veja o vídeo abaixo (ou aqui).
[youtube_sc url=”https://youtu.be/XpZlYp1-B5I”]
Referências recomendadas
Baddeley, A. D. (1999). Essentials of human memory.UK: Psychology Press
Esse é considerado um dos livros mais clássicos e importantes sobre a memória humana até hoje em dia. No livro, Baddeley sintetizou em uma escrita muito fluída e didática o que anos de pesquisa sobre memória haviam relevado até aquele momento. Ele foi uma base muito importante para redigirmos o nosso roteiro.
Anderson, J. R. (2004), Psicologia cognitiva e suas implicações experimentais (5a. Ed.). São Paulo: Editora LTC.
Aqui no Brasil, esse talvez seja um dos melhores e mais usados livros didáticos sobre psicologia cognitiva. Muitos dos capítulos desse livro lidam diretamente com diferentes aspectos da memória, bem como de outros processos cognitivos, tais como percepção e atenção.
Sternberg, R.J. (2010). Psicologia cognitiva (5a.ed.). São Paulo: CENGAGE.
Também vale citar esse livro que, junto com o do Anderson, é um dos livros mais usados e mencionados atualmente e felizmente já conta com a tradução para o Português da sua última edição. Dois livros ótimos para quem quer se aprofundar na compreensão da memória!
Schacter, D. (2003). Os sete pecados da memória: Como a mente esquece e lembra. São Paulo: Editora Rocco.
Também não podia deixar de citar esse excelente livro de Daniel Schacter, professor de psicologia cognitiva da Universidade de Harvard, no qual ele fala de várias coisas esquisitas que acontecem com as nossas memórias, tais como os fenômenos de bloqueio, o poder da sugestão e amnésia.
Observação (10/06/2015): Saiu recentemente uma matéria no famoso jornal The New York Times sobre as formas mais eficazes de tratar a insônia (para ler, clique aqui). Parece que, quando olhamos para as evidências em si, a conclusão é que os medicamentos, embora sejam a forma mais procurada e usada para lidar com a insônia, não são necessariamente a melhor escolha a longo prazo.
Quanto custa uma floresta? (vídeo)
Todo mundo sabe que dinheiro não da em árvore… ou será que dá? Imagine, por exemplo, os animais que polinizam as plantas que nós comemos. Sem eles a produção de alimento cairia, ou possivelmente o preço da comida aumentaria. A queda nas populações de animais polinizadores é, de fato, um problema econômico em várias partes do mundo. Nesse vídeo falamos sobre o caso específico das plantações de maçã em Maoxian na China, e muito mais sobre serviços ecossistêmicos e valoração ambiental.Veja o vídeo abaixo ou aqui.
[youtube_sc url=”https://youtu.be/QJbg4hyUKlQ”]
Referências recomendadas
Para mais informações sobre o assunto abordado no vídeo, vale a pena consultar os seguintes links: esse, esse, esse e esse.
O sono e a insônia (vídeo)
O que acontece com a gente enquanto estamos dormindo? Quais são os impactos do sono em nossa mente e corpo? Porque as pessoas tem insônia e o que pode ser feito para lidar com ela? Essas são algumas das questões que exploraremos no vídeo de hoje! Veja o vídeo dessa semana abaixo (ou clicando aqui).
[youtube_sc url=”https://youtu.be/9YtebqIFB9Q”]
Referências recomendadas
Edinger, J. D., & Carney, C. E. (2008). Overcoming insomnia: A cognitive-behavioral therapy approach – therapist guide. Oxford University Press: New York.
Esse é um manual importante de terapia cognitivo-comportamental relacionada à insônia e foi uma fonte muito valiosa de informações para a elaboração do roteiro desse vídeo.
Walker, M. P., & Stickgold, R. (2006). Sleep, memory, and plasticity. Annu. Rev. Psychol., 57, 139–66
doi: 10.1146/annurev.psych.56.091103.070307
Essa é uma revisão de literatura que descreve várias pesquisas que relacionaram o sono com a memória e a plasticidade cerebral, também foi uma fonte importantíssima de informações para embasar o conteúdo do vídeo dessa semana.
Nesse post aqui, eu descrevi uma técnica cognitiva desenvolvida para lidar com cognições pré-sono que geram excitação fisiológica, vale a pena conhecê-la (e testá-la!). No post eu também cito outras informações e fontes interessantes para quem se interessa por esse assunto.
Um olhar para a natureza (vídeo)
Cada pessoa tem uma forma de olhar para o mundo à sua volta e entendê-lo. Dentre diferentes formas de olhar e entender a realidade, a ciência pode ser vista como uma forma de pensar sobre o universo e de interrogá-lo ceticamente. No vídeo de hoje, falaremos sobre 5 ideias básicas centrais no pensamento científico e que embasam como os cientistas olham para a natureza em busca da produção de conhecimento sobre ela. Você pode ver o vídeo abaixo (ou aqui).
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Boiou com os desenhos de alguma parte do vídeo? Tudo bem, acontece! Essa aqui é uma das cenas representadas em um dos desenhos (cena do filme “300”).
No quarto princípio, nós fizemos referência aos Tentilhões (os passarinhos) que tanto chamaram a atenção de Charles Darwin em seus estudos sobre a origem das espécies. Para ver mais coisas sobre isso, clica aqui.
Referências recomendadas
A melhor referência para o vídeo de hoje é a série televisiva Cosmos (que por uma incrível coincidência, foi recentemente adicionada ao catálogo do Netflix, então corre pra lá e vê todos os episódios!), em sua versão reformulada e apresentada por Neil Tyson. Qualquer livro do Astrônomo Carl Sagan também é recomendável, já que muito do que falamos no vídeo é uma postura em relação à ciência que Sagan dedicou boa parte da sua vida propagando de diferentes formas (livros como Pálido ponto azul e O mundo assombrado pelos demônios são boas recomendações).