Pensar no não-pensamento

Fonte: NERDWORKING
Autor: Felipe Novaes

Em resumo fazer zazen é parar de fazer tudo,
ficar de frente para a parede e sentar,
sendo apenas você mesmo que é somente o self, o eu, o si mesmo – Daissen
zazen
zen-budismo não é uma religião, tão pouco uma filosofia – ao menos não no estilo grego que conhecemos. Como li certa vez num post no blog do monge Gensho, trata-se de um pragmatismo dialético psicológico. E como tudo vindo do Oriente, é misterioso à primeira vista. Um de seus pressupostos mais intrigantes é o de que para vermos as coisas como são, devemos abdicar da dualidade constante que caracteriza nossas vidas – bom e ruim, escuro e claro, chato e legal, difícil e fácil – permeadas pela linguagem.

ResearchBlogging.orgO Zen é uma via direta, sem intermediários, por isso ele não se detem muito em argumentações longas como provavelmente um filósofo grego faria com prazer. Entretanto, nossa mente ocidental clama por uma explicação sistemática sobre o que diabos os zen-budistas querem dizer com ausência de linguagem, experiência direta e ausência de dualidade. Quem pratica o zen diz constatar isso pela prática, mas como podemos saber se isso não é uma mera ilusão psicológica? Bom, a ciência é um bom método para isso. Passeando pelas bases de dados de artigos, encontrei um interessante estudo que buscou desvelar exatamente esse mistério.

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