Sonhos (vídeo)

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O que você sonhou ontem? Ainda lembra? Hoje falaremos sobre o que são sonhos, como eles se relacionam com o funcionamento do cérebro e também falaremos sobre algumas das principais teorias que tentam explicar porque sonhamos. Você pode ver o vídeo de hoje abaixo ou clicando aqui.

[youtube_sc url=”https://youtu.be/SQHWWE9XYcM”]

Referências recomendadas

Uma das nossas principais referências para o vídeo de hoje foi o livro “A vida secreta da mente”. No vídeo, a gente divulgou o sorteio de um exemplar do livro. Participe! Dá uma olhada nesse material sobre sonhos que se você se interessa pelo assunto vai ler sobre muita coisa interessante: link, link, link, linklink, link, link, link, link, link, link, linklink, link, link, linklink, link, link, linklink, link, link, link, link, link, link, linklink, link.

Racionalidade (vídeo)

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Você se considera uma pessoa racional? O pensamento racional pode ser lento como um tartaruga, mas ele representa uma das capacidades mais incríveis do nosso cérebro! É graças à ele que podemos raciocinar, planejar e criar coisas como naves espaciais e smartphones. No vídeo de hoje, vamos falar um pouco sobre a racionalidade. Você pode ver o vídeo de hoje abaixo ou clicando aqui.

[youtube_sc url=”https://youtu.be/8jkwwiNSTgY”]

Referências recomendadas

Assim como no vídeo anterior, uma das nossas maiores inspirações para o vídeo de hoje veio do livro abaixo, uma referência muito importante no estudo da cognição social.

Fiske, S. T., & Taylor, S. E. (2008). Social cognition: From brains to culture (1 ed.). New York: McGraw-Hill.

Outro livro que foi uma base importante pra algumas informações que apresentações foi o livro Rápido e devagar: Duas formas de pensar escrito pelo psicólogo Daniel Kanheman. Além disso, vou disponibilizar aqui alguns artigos científicos e páginas especializadas que abordam em muito mais detalhes os temas que abordamos no vídeo de hoje e no da semana passada também: link, link, link, link, link, link, link, link, link.

O que é a meditação?

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O que é a meditação?

Há poucos anos atrás, o estudo científico da meditação era praticamente inexistente. Foi isso o que afirmou Philippe Goldin, um pesquisador da Universidade de Stanford, em uma palestra que ele deu sobre esse assunto na universidade. Entretanto, nos últimos anos, esse cenário mudou drasticamente. A meditação se tornou um dos assuntos mais “quentes” (e sexy) na psicologia e na neurociência. Ela é comumente associada ao Budismo, embora diversas culturas tenham desenvolvido e praticado ela ao redor do mundo desde tempos muito remotos (segundo a Wikipédia, desde que a humanidade existe praticamente O.O).

Ao contrário do que muitos pensam, a prática meditativa em si não precisa envolver crenças religiosas ou espirituais – apesar de exótica, ela não é necessariamente mística. Também diferente do que muitos acreditam, ela não é uma única coisa, tal como é simbolizado no esteriótipo de uma pessoa sentada no chão em uma posição de lótus (como na imagem acima) que tenta esvaziar a sua mente de pensamentos ou não pensar em nada. Na verdade, existem diversas “meditações” – tipos e variações de técnicas meditativas.

Diversos estudos têm demonstrado que a prática da meditação pode trazer muitos benefícios, tais como: nível maior de emoções positivas, redução de sintomas relacionados à depressão, raiva, ruminação mental, estresse, ansiedade, alteração do padrão de atividade cerebral, de conexões neurais, aumento da empatia, de bem-estar… essa é só uma pequena lista perto dos outros benefícios que essa avalanche de estudos tem encontrado. A melhor parte de pensar na meditação como uma aplicação prática para promover bem estar e saúde mental é a sua acessibilidade – tudo o que você precisa para começar a praticá-la é de uma mente, de um pouco de informação e de vontade de praticá-la!

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Pensar no não-pensamento

Fonte: NERDWORKING
Autor: Felipe Novaes

Em resumo fazer zazen é parar de fazer tudo,
ficar de frente para a parede e sentar,
sendo apenas você mesmo que é somente o self, o eu, o si mesmo – Daissen
zazen
zen-budismo não é uma religião, tão pouco uma filosofia – ao menos não no estilo grego que conhecemos. Como li certa vez num post no blog do monge Gensho, trata-se de um pragmatismo dialético psicológico. E como tudo vindo do Oriente, é misterioso à primeira vista. Um de seus pressupostos mais intrigantes é o de que para vermos as coisas como são, devemos abdicar da dualidade constante que caracteriza nossas vidas – bom e ruim, escuro e claro, chato e legal, difícil e fácil – permeadas pela linguagem.

ResearchBlogging.orgO Zen é uma via direta, sem intermediários, por isso ele não se detem muito em argumentações longas como provavelmente um filósofo grego faria com prazer. Entretanto, nossa mente ocidental clama por uma explicação sistemática sobre o que diabos os zen-budistas querem dizer com ausência de linguagem, experiência direta e ausência de dualidade. Quem pratica o zen diz constatar isso pela prática, mas como podemos saber se isso não é uma mera ilusão psicológica? Bom, a ciência é um bom método para isso. Passeando pelas bases de dados de artigos, encontrei um interessante estudo que buscou desvelar exatamente esse mistério.

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Como adivinhar de verdade o que alguém está pensando

Lendo pensamentos no cérebro

Quem nunca brincou de tentar adivinhar o que outra pessoa estava pensando? Será que conseguiremos algum dia pedir para alguém pensar em alguma coisa e então adivinhar, sem que a pessoa fale absolutamente nada? Ao que parece, os primeiros passos para isso acontecer estão sendo dados pelo pessoal do Gallant Lab, na Universidade da Califórnia, Berkeley.

Eu já havia traduzido um texto aqui no blog comentando sobre o artigo publicado na revista Current Biology onde o pessoal deste laboratório conseguiu, a partir de registros da atividade neural dos participantes, reconstituir de maneira aproximada as imagens que os participantes observavam. Neste link, tem o vídeo comparando as reconstituições obtidas com as imagens que de fato os participantes olharam.

ResearchBlogging.orgDesta vez, os destemidos membros deste laboratório publicaram um estudo na revista PLoS Biology onde eles conseguiram, novamente a partir da atividade neural, reconstruir palavras nas quais os participantes estavam pensando. Em outras palavras, eles conseguiram adivinhar a palavra que a pessoa estava pensando só a partir da atividade elétrica do cérebro dos participantes! Sim, é isto mesmo, você não está lendo nada errado!

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Modelo dual de processamento de informações

Em inúmeras situações do nosso cotidiano, fazemos coisas aparentemente sem pensar muito, como quando dirigimos um carro, trancamos a porta de casa mas logo em seguida não lembramos se de fato fechamos, ou subimos escadas de um edifício. “Aonde eu estava com a cabeça” uma pessoa pode dizer ao se dar conta de que jogou na máquina de lavar a roupa limpa que ia usar e vestiu a roupa suja que ia colocar na máquina.

Em casos mais extremos, agir de forma “instantânea” pode ter resultados muito piores do que trocar roupas. Vejamos um exemplo dado por Fiske e Taylor (2008): Pedro está no shopping e vê de repente dois homens negros sendo perseguidos por um segurança branco, ambos vindo em sua direção. Quando Pedro se dá conta do que está acontecendo, o primeiro dos dois homens estava passando ao seu lado, mas ao ver o segundo homem se aproximar Pedro se levanta e o segura, achando que poderia deter ao menos um dos ladrões que o segurança perseguia. O homem agarrado diz que é o dono da loja e que o ladrão (o primeiro homem) estava fungindo.

Esses são exemplos de situações onde as pessoas parecem não estar muito atentas ao que fazem, de tão acostumadas que já estão em realizar certas ações ou de tão pouco tempo que dispõe para tomar uma decisão. Uma parte dos nossos comportamentos parece se dar de forma automática, sem que precisemos deliberar e planejar de forma consciente cada detalhe das nossas ações. A maioria das situações cotidianas demanda que nos comportemos de forma rápida e eficiente, sendo que se tornaria inviável para fins práticos se tivessemos que pensar sobre cada detalhe das nossas ações antes de realizá-las. Isso é o que vários estudos em Cognição Social tem investigado nos últimos anos.

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