Ideias à prova de balas (vídeo)
Algumas ideias são imunes a qualquer coisa – nada poderia contradizê-las. Quando uma afirmação é feita de tal maneira que nenhuma circunstância poderia indicar que a ideia estava errada dizemos que essa é uma ideia não falsificável. Não temos como saber se ela é verdadeira, já que não temos como saber se ela é falsa – ela sempre vai parecer verdadeira, mesmo diante de informações aparentemente contraditórias. Para entender melhor esse assunto, falaremos sobre isso no vídeo de hoje do Minutos Psíquicos (caso o player não esteja funcionando abaixo, clique aqui).
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Aproveitando a deixa, vale a pena conhecer o podcast Dragões de Garagem aqui no ScienceBlogs!
Referências recomendadas:
Popper, K. R. (1992). A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix.
Esse é um dos livros mais importantes sobre o assunto. É nele que o filósofo Karl Popper apresenta e descreve o conceito de falseabilidade e a sua importância para distinguir entre uma teoria científica e uma não científica.
Sagan, C. (2006). O mundo assombrado pelos demônios: A ciência vista como uma vela no escuro. São Paulo: Companhia das Letras.
O dragão na garagem é descrito em um dos capítulos desse livro, que é um dos livros mais famosos de Carl Sagan.
Ciência e inferência. Parte II: Popper e a tese do holismo.
Fonte: Bule Voador
Autor: Rodrigo Véras
A tentativa de escapar do dilema Humeano perpetrada por Popper – ao encarar a inferência científica como um processo hipotético-dedutivo falsificacionista – parece não ter surtido o efeito esperado. Os críticos muito rapidamente perceberam que esta abordagem destoava de boa parte das práticas dos cientistas. As aspirações normativas do modelo Popperiano de oferecer um critério de demarcação capaz de diferenciar a ciência da pseudociência, de maneira clara e simples, também não prosperaram, ainda que a refutabilidade de uma hipótese possa ser um guia útil em muitas situações, como estratégia preliminar na prática demarcatória.
Ciência e inferência. Parte I: A dúvida de Hume e a solução de Popper.
Fonte: Bule Voador
Autor: Rodrigo Véras
Ao imaginar um cientista, muitos ainda devem visualizar um indivíduo que coleta várias dados e faz muitas observações, às vezes ao longo de uma vida inteira, e a partir delas obtém leis gerais sobre algum fenômeno. No cerne desse procedimento está uma forma de inferência de extrema importância, a indução. De uma maneira bem simples, quase caricata, na indução se parte de observações ou casos isolados e se chega à generalizações. Dependemos, o tempo todo, em nosso dia a dia, deste tipo de raciocínio. Ao valermo-nos dele, empregando-o intuitivamente, acreditamos que algo que deu certo antes dará certo de novo, que o dia se seguirá à noite e que efeitos se seguirão às causas. Porém, pelo menos desde Hume, existem pensadores que acreditam que há algo de pernicioso em relação à indução. Algo de intrinsecamente irracional estaria oculto por trás desta inocente forma de inferência, e acabaria por contaminar todos nossos esforços em busca de conhecimento e nem mesmo as ciências estariam imunes. Continue lendo…
Simpósio Internacional de Filosofia da Biologia
Fonte: Evolucionismo
Autor: André Rabelo
Recentmente a UnB sediou o Simpósio Internacional de Filosofia da Biologia, organizado pelo professor Paulo Abrantes do departamento de filosofia da UnB. Eu tive o privilégio de participar de dois dos três dias do Simpósio, e trago aqui um breve relato das discussões que mais me interessaram.
Anteriormente ao simpósio, houve a publicação no começo desse ano do livro Filosofia da Biologia. Pesquisadores internacionais e nacionais, tanto biólogos como filósofos, integram os colaboradores do livro assim como boa parte deles também foram palestrantes no simpósio, juntamente com outros pesquisadores convidados.
De um modo geral, as comunicações dos palestrantes estimularam e ilustraram uma visão muito clara e enfatizada pelo professor Abrantes: ciência e filosofia estão intimamente atreladas, uma tendo contribuições fundamentais para oferecer avanços à outra. Não me refiro aqui à óbvia relação histórica entre ambas, mas à atual de dependência entre elas. A ciência necessita de uma discussão filosófica que esclareça seus problemas de investigação e que facilite a sua construção teórica através de uma ênfase na clareza e na lógica do uso de seus conceitos e de suas teorias. A filosofia precisa usar o conhecimento produzido pela ciência se quiser ter avanços em suas investigações, do contrário ela perde uma grandiosa contribuição. Continue lendo…