Vinhos fazem mal à saúde: metais pesados

Depois do leitinho… É a vez da bebida dos deuses, do Dionísio. Pesquisadores britânicos afirmaram ter encontrado metais pesados em mais de 100 tipos de vinhos de 12 países! As bebidas continham vanádio, cobre e manganês em concentrações acima das sugeridas pela Environmental Protection Agency (EPA, Agência Ambiental Protetora, em português).
Manganês, por exemplo, pode – de novo – causar Mal de Parkinson e deixar a pessoa maléficamente lerda. Cobre pode estimular astrite e doenças cardiovasculares.
Os cientistas não souberam explicar como os metais foram parar nos vinhos. Fontes possíveis são solo, fermento ou agrotóxicos.
Os vinhos problemáticos são procedentes dos países: Áustria, República Checa, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Jordânia, Macedónia, Portugal, Sérvia, Eslováquia e Espanha. Boa notícia, a bebida dos deuses da Argentina, do Brasil e da Itália não apresentaram o problema. Vamos estimular nossos produtores!
Leia a matéria completa aqui, em inglês.
Obs.: A foto é mais uma da série bebendo com os amigos na ilha mágica de Ibiza, na Espanha. Puxa, não lembro se era vinho espanhol…

Mau humor pode ser doença

Essa eu deixo para os rabugentos de plantão. “O mau humor pode ser uma doença”, diz Karen Camargo, psicóloga clínica. Sabe aquela pessoa que nunca está contente com nada? Que só reclama? Apenas vê o lado o negativo de tudo? Então, pare de brigar. Ela pode estar doente. Sofrer da chamada distimia.
Essa incógnita é um transtorno que pode ser entendido como uma forma crônica de depressão, podendo muitas vezes apresentar sintomas como alterações no apetite, na qualidade e quantidade de sono, baixa energia ou fadiga, isolamento social, sentimentos de desesperança e insegurança. Muitas vezes o distímico – paciente que sofre com a doença – atribui a culpa a outras pessoas, as “responsáveis” pela sua desfavorável situação.
A distimia é um dos transtornos do humor mais comuns. Estima-se que esse distúrbio acometa entre 3% a 5% da população geral, afetando igualmente homens e mulheres. Porém, como disse, muitas pessoas portadoras da doença não sabem que têm tal problema. Eles acreditam que os sintomas de pessimismo, negativismo, tristeza e baixo nível de energia são normais.
A doença não deve ser subestimada, pois Karen afirma que o doente corre um risco 30% maior de desenvolver quadros depressivos graves. Qual o tratamento? De acordo com a psicóloga, sessões de psicoterapia e o uso medicamentos – antidepressivos. Se acabou a leitura resmungando – ou lembrou de alguém rabugento – procure um médico. Tristeza não tem fim, mas pode ter cura.

Quer seqüenciar o seu genoma?

Eu tenho a solução. Não é feitiçaria, é tecnologia! A empresa norte-americana Illumina disponibiliza um serviço de primeiro mundo. Os cientistas criaram um novo sistema chamado Genome Analyzer que lê o genoma em oito semanas.
A cada sete dias ele armazena até oito gigabases – sejá lá o que isso significa. O custo da brincadeira egocêntrica é, relativamente, barato. Não para mim, claro. Desembolsando menos de US$ 500 mil você terá seu DNA inteirinho, em folha.
O mais divertido de tudo isso é o site da empresa. Há uma animação em flash – em inglês, veja aqui – que mostra a preparação do DNA. Nele, o Genome Analyzer “system” também garante: exatidão superior a 90% de perfeição de leitura e qualidade dos resultados com pequeno número de execuções; a partir de um mísero DNA, em menos de quatro horas, fazer até oito amostras; e grandes estudos completos em semanas. Refrescando a memória, o Projeto Genoma Humano foi concluído após mais de dez anos de trabalho! Bom, interessou? Entre em contato com a empresa por aqui.
Fonte: Leia a matéria sobre como é essa nova técnica de seqüenciamento no canal de Ciência e Saúde do portal G1 – clique aqui. Quem sabe você não será o primeiro latino americano a mapear seu genoma, hein?
Obs.: A imagem postada ao lado é a foto do Genome Analyzer. O site da Illumina é engraçado, vende mesmo o serviço. Só vendo. E, últimos dias para responder à enquete abaixo!
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Tomar leite pode causar Mal de Parkinson

Estudo publicado no American Journal of Epidemiology afirma que o consumo diário de laticínios, especialmente o leite, aumenta o risco do homem de desenvolver o Mal de Parkinson. Feito com  57.689 homens e 73.175 mulheres, entre 1992 e 2001, mostrou que homens que ingeriram produtos à base de leite tinham 60% mais chance de desenvolver a doença.
Esse risco, nos homens, aumentou proporcionalmente à quantidade de ingestão de leite. Nas mulheres, a ingestão de leite parece sem ligação com a incidência da doença. Pesquisas anteriores já haviam feito a relação entre Mal de Parkinson e consumo de laticínios, mas o motivo é ainda desconhecido. Apenas sabe-se que o cálcio, a vitamina D e a gordura não são os causadores da doença.
Obs. 1: O queijo e o iogurte mostraram-se menos perigosos que o leite em si.
Sobre a doença
O Mal de Parkinson tende a afetar mais os idosos machos. Aproximadamente, 60.000 novos casos aparecem por ano no mundo. Tire dúvidas sobre a doença aqui, site da Associação Brasil Parkinson.
Obs. 2: Era o que me faltava… Sou completamente apaixonada por laticínios e derivados, principalmente os divinos queijos. Vai ser difícil esquecer o leitinho. Aliás, nós, mulheres, temos maior propensão a ter osteoporose, especialmente as caucasianas. Ainda bem que a bebida apenas faz mal para os homens. O que é estranho, não?

O segredo de Atlântida

Ficção científica não é a minha praia – aliás, após escrever essa frase paro, respiro fundo e pasmo no mar azul marinho, estou no litoral, também mereço! Mesmo assim, óbvio que adoro ciência, suas invenções, descobertas, filosofias, discussões e algumas das histórias mirabolantes. Principalmente, aquelas com certa ideologia como “1984” e “Admirável Mundo Novo” – geniais.
Recentemente, fiquei incumbida de uma missão quase impossível. Descobrir a “verdade” sobre o mito de Atlântida. A ilha da fantasia existiu? Então, onde estariam suas ruínas? Matutei… E parti para a pesquisa. O que achei de obras esotéricas sobre o tema não está escrito. Mas eu queria algo o mais científico possível. Daí, conversei com oceanógrafos. Até eles disseram: “Que difícil”!
De link em link, livro em livro, texto em texto, encontrei um pesquisador bem interessante. Poxa, os primeiros escritos sobre a cidade foram feitos pelo Platão, em “Timeu e Crítias, ou Atlântida”. Então… nada melhor do que entrevistar um historiador, melhor ainda se ele também for arqueólogo! Eis que encontro a pessoa na Unicamp, chamada Pedro Paulo Abreu Funari.
É certo que alguns pesquisadores até encontraram vestígios de ruínas no fundo de vários mares. Porém comprovar cientificamente que eles são os restos da tal Atlântida – que existiu há mais de 10.000 anos – é outra história. Nesta, eu encotrei a cidade perdida. Duvida? Então, leia a matéria aqui.
Obs.: Este breve post faz parte do tema do mês, relação entre ficção científica e divulgação científica, do blog Roda de Ciência – espaço de discussão. Por favor, deixe os comentários aqui. A foto das ilhas tirei no meu preferido Posto 9, em Ipanema, Rio de Janeiro.