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Quais os benefícios da amamentação depois dos seis meses do bebê?

Parece que as pessoas se incomodam mais com a minha amamentação do que eu mesma, que fico horas por dia sentada no sofá, na cama ou na cadeira. São frequentes os questionamentos: “Vai amamentar até quando? Você não acha que ela está grande? Dê mamadeira! Ah, por isso que ela é tão apegada a você. Esse apego, a longo prazo, pode fazer mal”. Haja paciência.

No começo, eu tirava sarro. Mas, agora, cansei. O curioso é as pessoas questionarem a amamentação, algo tão natural e reforçada a sua importância, por exemplo, pela Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Sociedade Brasileira de Pediatria, e não o uso indiscriminado da mamadeira – quero deixar claro que não sou contra a mamadeira, afinal, cada pessoa sabe o que é melhor para si e para seu filho e em alguns casos elas são fundamentais para a saúde da criança.

Também é interessante essa associação que fazem do bebê se apegar mais a mãe (!) por conta da amamentação. Como se fosse melhor inexistir essa intensa ligação entre mãe e filho ou melhor a independência da criança antes mesmo dela andar e falar com segurança. Ou pior, induzindo ao raciocínio que mães e pais que dão mamadeira têm laços de união mais fracos com o seu filho. Ideia que pode ser cruel e equivocada.

Se você acha que apenas sai água após seis meses de amamentação, veja o vídeo! Irá se surpreender com alguns dos benefícios para mães e filhos (e para as finanças da família) que listo. Mas é claro que há muito mais entre o céu e a terra, a mãe e o filho, do que sonha nossa vã filosofia. Um beijo e até o próximo!

Parto normal ou cesárea?

gravida
Emily Cahal/ SXC.hu

Vou fazer uma pausa nas discussões sobre as manifestações aqui no blog para falar de outro assunto atual ao menos na minha timeline do Facebook: partos. Muitas amigas minhas estão grávidas ou tiveram filhos recentemente. Além das fotos dos bebês lindos e dos barrigões redondões, vez ou outra as conversas faceboquianas acabam em parto. Ouço muitas dúvidas e até ideias equivocadas sobre o assunto. Por isso, gostaria de ajudar as mulheres a debaterem a importância de um parto normal e saberem quando a cesárea é necessária.

De modo geral, a cesárea é uma cirurgia indicada quando a mãe ou o bebê correm risco em um parto normal. Alguns exemplos de indicação: quando o bebê “não vira”, está com a bundinha para baixo (isso porque, geralmente, o maior diâmetro do corpo do bebê é a cabeça, assim, pode ser que ele fique entalado com metade do corpo preso); quando a mãe não tem dilatação suficiente para o bebê sair; ou, quando há o sofrimento fetal (o ritmo cardíaco do bebê é instável, ele faz cocô dentro da barriga da mãe, etc).

Na maioria dos países desenvolvidos, o parto normal é feito quando não há esses riscos – leia o texto a epidemia da cesárea. E, por que o sistema de saúde deles prefere o parto normal? Além de ser mais barato por lá, ele traz muitos benefícios para a mãe e para o bebê. Abaixo, listo algumas dessas vantagens baseadas em pesquisas científicas para ajudar a desmitificar esse tipo de parto. Quando há a opção de escolha, por que não ser favorável ao parto normal – ou parto natural, se preferir (aquele em que se faz a menor intervenção possível como não anestesiar a mãe)?

Seguem algumas observações sobre o parto normal (se quiser saber mais, clique nos respectivos links):

Vale ressaltar que as condições da mãe e do bebê devem ser avaliadas pelo médico durante o acompanhamento da gravidez e, claro, durante o parto. Essa acesso a médicos e a recursos de qualidade garantem um parto mais seguro, seja normal ou com acesso necessário à cesárea. Tendo esse apoio, cuide da sua saúde para ter um parto e um bebê saudável e… Parabéns!

Obs.: Não sou médica. O que escrevo é de acordo com relatos de médicos, com o que li e com o que apurei para fazer matérias sobre o tema. Portanto, doutores, me corrijam se eu estiver errada.