Comerciais engraçados com astronautas

Adoro propagandas comerciais com astronautas. Quem não gosta? Eles mexem com o imaginário das pessoas – olha a conotação sexual… Para se divertir um pouco, separei cinco comerciais, do YouTube, engraçados ou bem-sacados sobre o tema. Veja nos links:
Skol Beats – quero ir para essa rave do vídeo. Aliás, quero ficar em todas as propagandas de cerveja. Praia, sol, gente jovem, bonita, animada + bebida na faixa. O que mais pedir?
Nokia – essa prendeu minha atenção. Muito bem bolada.
Jobwinner – engraçada. De uma empresa suíça que faz recrutamento de candidatos.
Timex – relógios. Ainda bem que eu não era astronauta, porque tenho mudado.
Heinz – marca de uma sopa do Reino Unido. A idéia é boa.

Livro sobre as idéias na física

“Deus não joga dados com o universo” escreveu, em 1954, Albert Einstein ao amigo Max Born – Nobel de física. O gênio estava falando sobre o “Princípio da Incerteza” e sua frase se tornou emblemática. Para leigos, estudantes e especialistas entenderem como caminham e evoluem essas estórias na física, Antônio S. T. Pires, professor da matéria, lança o livro “Evolução das Idéias da Física”. Nele são explicados o tal “Principio da Incerteza”, formulado pelo alemão Werner Karl Heisenberg , e outras idéias como a “Teoria Quântica” defendida por Einstein. O livro é vendido por R$ 49, preço promocional, na Livraria da Física. Clique aqui para ver.
Serviço:
Evolução das idéias da Física
Antonio S. T. Pires
478 páginas
ISBN 9788588325968

Com emoção, o Museu da Fiocruz

“Você deu trabalho para seu anjo da guarda!”, me disse um simpático diretor de escola de samba do Rio. Tudo porque eu tentei duas vezes – consegui na segunda – visitar o Museu da Vida da Fiocruz, no Rio de Janeiro (RJ). Entrar no museu, em si, foi o problema relevante para mim. Mas, primeiramente, o diretor da escola de samba se referia ao bairro Manguinhos, onde está localizada a atração turística-científica.
Antes de ir, minha tia fez uma interessante pergunta: “Você quer com emoção ou sem?” – uma referência aos fabulosos bugues do Nordeste. Como não pedi para ela me levar de carro, optei pelo “com emoção” de ônibus. Por lá, Manguinhos, um monte de camelô vende nos pontos de ônibus desde pilhas até pastéis. Os prédios comerciais tem os vidros, as persianas, os batentes blindados. Para chegar ao museu, temos que atravessar a Av. Brasil por uma passarela pendenga e pendendo a tomar uma bala encontrada – se ela te achou, não pode ser perdida! Por essas e outras, o agradecimento ao meu corajoso anjo da guarda.
Fui no último feriado emendado, na sexta-feira. Ao chegar, dei a cara no vidro verde contra balas. A mocinha da recepção explicou: “Hoje o museu não abre. Apesar de ser dia útil, o pessoal resolveu tirar folga”. “O jornal publicou que ele estaria aberto e disponibiliza um trem para andar pela propriedade”, eu disse. “Sinto muito. Tente voltar amanhã, mas ligue antes para confirmar”. Bárbaro. Lembrando que a Fiocruz está ligada ao Governo Federal.
No dia seguinte… Consegui, enfim, conhecer o local a pé. O jornal esqueceu de colocar que o trenzinho está quebrado. Apesar desses imprevistos, a visita foi produtiva. O museu é lindo, cercado pela Mata Atlântica. Conferi uma exposição temporária sobre biologia, no centro de recepção – que lembra uma estação de trem inglesa. Seguindo pelo lado esquerdo, cheguei ao Parque da Ciência. Ideal para crianças, pois possui brinquedos que explicam as leis da física, da biologia e outros estudos – foto abaixo. Ao lado dele, há uma biblioteca e um teatro que estavam fechados.
Andando à direita, encontrei o Espaço Biodiversidade. Trata-se do centro de exposições que fica em uma antiga Cavalariça – era ali que no início do século passado os animais eram usados na fabricação de vacinas. Ao lado dele, está, enfim, o prédio mais lindo do local: o Castelo Mourisco – primeira foto acima.
A construção neo-mourisca – os mouros eram os árabes que invadiram para ficar na Península Ibérica – foi idealizada pelo cientista Oswaldo Cruz. O arquiteto português Luiz de Moraes Júnior projetou tendo com base os croquis do médico. Para entrar no edifício, é preciso esperar um monitor como o Bruno, que forneceu as explicações.
Além da excêntrica construção, o lugar é cheio de particularidades. Tem gente que acha que o castelo foi, um dia, habitado por um rei, nobreza ou alguém com muito dinheiro. Nada disso. Ele foi criado para a Fiocruz. Seu desenho é repleto de detalhes para que, no futuro como hoje, as pessoas não quisessem destruir o lugar da ciência. Para a ciência não ficar sem casa.
Mais curiosidades sobre o museu: o design das lâmpadas é o mesmo do tubo de ensaio; o banheiro foi construído “destacado” do prédio para que os dejetos humanos não afetassem as pesquisas; o elevador mais antigo do Rio em funcionamento está no prédio, instalado em novembro de 1909; o material para a construção chegou de outros países de barco, onde hoje é a Av. Brasil antes era o mar, havia ali um mini porto. Veja tudo isso nas fotos. Não vou contar mais para deixar um gostinho de “quero visitar” na boca. Também, porque não sou estraga-surpresas.
Obs.: Perdi horas de um lindo sol de outono na praia de Ipanema, mas o lugar é bacana e grande. Quem quiser conferir suas atrações, deve chegar na hora em que abre. A entrada é gratuita. Ah e, claro, precisa ligar antes para conferir se estará aberto e os horários dos passeios. Veja mais sobre o museu aqui. Leia sobre a Fiocruz ali.

Na ciência não existe igualdade entre sexos

Não existe igualdade entre os sexos na investigação científica, sugere um estudo financiado pela Comissão Européia e publicado na European Molecular Biology Organization (EMBO). Chamado “Gender and Science” (Gênero e Ciência), foi baseado em um questionário de múltipla escolha respondido por 143 pesquisadores.
Os dados sugerem nós, pobres mulheres, recebemos salários inferiores, temos menor possibilidade de conseguir um contrato permanente ou subir na carreira ocupando uma posição mais influente. Também que, embora o número de mulheres tenha aumentado na investigação científica, somos mais encontradas em algumas áreas – como biologia e medicina – do que nas outras.
Apenas no início da carreira científica há um equilíbrio. Segundo a pesquisa, no decorrer da carreira, 83,6% dos homens eram empregados em regime permanente contra 56% das mulheres. As razões? Ao certo, nem Freud explica. De acordo com os dados 76,6% de nós, mulheres, achamos que os homens dominam a área e apenas 47,3% deles concordam. Em cada dez, sete mulheres pesquisadoras científicas e seis homens acreditam que é muito difícil combinar a carreira com o cuidado aos filhos.
Até nas “Europas” existe discriminação. Durante a faculdade eu tinha um querido – por todos – professor que era um visionário. Certa vez, ele disse: “O dia que as mulheres puderem ter filhos sozinhas, não vão precisar dos homens para nada. Elas já são, totalmente, mais independente que nós. Seremos apenas um acessório. O que nos resta é tratar elas muito bem”. Fofo. Isso já aconteceu, mas a mãe Natureza, prevendo nossa capacidade de sermos melhores em inúmeros aspectos, aperta os genes da maternidade. Deixando eles mais fortes do que os da independência dos maridos. Leia mais aqui no Cordis.

Jet ski movido a pulo

Tem gente que não possui o que fazer. E ainda ganha dinheiro com esse “ócio criativo”! “Don’t just walk on water. Hop on it”, é o slogan do AquaSkipper. Feito de fibra de vidro e alumínio, essa espécie de jet ski “liga” com a força humana. É simples, basta fazer força como se fosse pular e pronto! Ele sai “voando” sobre a água. Veja ao lado que manobra radicaaaal.
A engenhoca pesa por volta de 11 quilos. Ela flutua devido a uma espécie de asa que fica na água e que, também, não exerce muita tração. Aumentando a sua velocidade. Na parte de trás, há uma mola para fazer a propulsão. O AquaSkipper pode ser adquirido no site Inventist – repleto de invenções úteis ou fúteis! Custa US$495.95. Uma pechincha. Leia mais sobre a geringonça aqui. E veja um vídeo dela funcionando aqui – bem coisa de europeu.
Veja o lado positivo: ele é silencioso, não gasta combustível e ainda te deixa magrinho!

O verde vai dominar o rádio

Esses dias, eu estava contribuindo para o aquecimento global, engarrafada no trânsito de São Paulo. Sozinha no meu carro – não tinha como dar carona ou usar nosso escasso/ péssimo/ desorganizado transporte público (falando nisso, viram o resultado do laudo do IPT sobre o desabamento da estação Pinheiros da linha quatro do Metrô? Clique aqui para ler).
Mi filosofia es: mi coche, mi casa. Levo tudo nele. Havaianas, maquilagem, guarda-chuva, perfuminho, livro, revistas e, claro, meu rádio com controle remoto. Assim, o trânsito me fez uma boa ouvinte de rádio. Sou viciada em notícias, notícias, notícias. Nesse fatídico dia, eis que resolvi tirar um pouco do noticiário. O calor da poluição do trânsito somado às buzinas e vozes aveludadas dos companheiros locutores me irritou.
É comum as rádios criarem quiz de perguntas sobre música. Os ouvintes que acertam a maioria delas ganham prêmios. Não é que o verde agora invadiu as ondas eletromagnéticas? A rádio Metropolitana FM mudou de ares. Lançou o “Desafio Impacto Ambiental”.
Os interessados respondem, ao vivo, perguntas sobre meio ambiente e ecologia. A cada acerto ganham cinco anos de oxigênio – algo do tipo. Mas, até esse dia, apenas uma pessoa conseguiu acertar seis perguntas. De mais ou menos dez. As questões são assim: “Em que ano ocorreu a ECO-92?” Conclusões óbvias: as empresas estão percebendo que o verde pode trazer saborosos frutos e as pessoas precisam estudar mais ou controlar a ansiedade.

Plantando crédito de carbono

Cultivar soja ou trigo é coisa do passado. A moda agora é refazer o ecossistema – não rimou, mas lembrou da música infame? Bom, os agricultores do Paraná – meu estado lindo – vão cultivar floresta para vender os créditos de carbono às empresas interessadas. Isso mesmo!
Rasca Rodrigues, secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, inaugurou no município de Loanda a primeira Cooperativa de Produtores Familiares de Crédito de Carbono do país (Coopercarbono). Ela comercializa o gás carbônico gerado pela manutenção das florestas em Áreas de Preservação Permanente (APP).
Formada por 187 agricultores que possuem propriedades de até 30 hectares, a Coopercabono deu o primeiro passo vendendo 40 toneladas. A empresa ACMA, especializada em construção civil, adquiriu a tonelada por US$ 10. Pagando um total de US$ 650. Até Enam Akoetey, pesquisadora da Embrapa em Gana, na África, veio conhecer o exemplo.
O incentivo para criação da Coopercarbono é do Programa Paraná Biodiversidade, com o apoio do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e Embrapa. O programa contribui com os custos de implantação do projeto. É gasto cerca de R$ 1,5 mil por hectare para subsidiar a compra de instrumentos como cercas, sementes, adubos e formicidas. Neste caso, o total investido foi de R$ 600 mil.
Em 20 anos, eles esperam “seqüestrar” mais de 100 mil toneladas de carbono equivalente (tCO2). Em pensar que fui conhecer Tibagi – cidade de esportes radicais – e na estrada de um lado havia apenas milho. Do outro, soja. Leia mais na Agência Estadual de Notícias (AEN).

Diminui o preconceito relativo às opções sexuais

Desde o causo do jogador de futebol Ronaldo, quando saiu com três travestis, busquei postar algo científico sobre as opções sexuais. Afinal, hoje em dia é possível inserir a sociedade somente nas três “categorias” hetero, homo e bi? Algumas pessoas da área médica me disseram que… não. E, quem sai com travesti? Depende, essas mesmas pessoas e as pesquisas que realizei me responderam.
Mesmo na nossa sociedade machista e “semi-laica”, o preconceito com todas as diferenças – sejam elas sexuais ou não – está diminuindo. Principalmente, nas grandes cidades como São Paulo. Conseqüentemente, a cada dia que passa será mais fácil para a ciência explicar detalhes sobre a natureza humana. Existe muito por descobrir e os pesquisadores estão em busca de respostas.
Fiz um apanhado de notícias relevantes que comprovam o que eu disse. Abaixo segue um resumo de cada e, respectivamente, o link:
 

  • Por que homens procuram travestis? Muitos parecem precisar de uma forma atenuada de sexo com outro homem. Outros saem com eles por se parecerem lindas mulheres. “Embora acompanhasse os travestis todas as noites, não consegui distinguir um cliente típico”, diz o antropólogo americano Don Kulick. Época

 

  • “É provar duas teses ainda inéditas: que dentro dessas salas – “cinemas” do centro de Sampa – nomenclaturas como hétero, homo ou bissexualidade não são mais do que rótulos (…), a interação que há dentro das salas foge às explicações formais da psicanálise e dos psicologismos. E que o politicamente correto vem criando uma malha fina para que grandes atitudes preconceituosas sejam tomadas de forma velada, criando assim uma difícil contra resposta da comunidade que se encontra na situação preterida”, afirmou o mestrando em semiótica (!) Givago Oliveira sobre o objetivo do seu trabalho. Mix Brasil

 

 

  • O Ministério da Saúde vai incluir na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) procedimentos cirúrgicos de mudança de sexo. Ministério da Saúde

 

 

  • A Advocacia Geral da União (AGU) apresentou parecer favorável ao reconhecimento de união entre casais homossexuais para assegurar o pagamento de benefícios previdenciários aos servidores públicos no Estado do Rio. Folha de S. Paulo

 

  • “Já que tem uma Parada do Orgulho Gay porque a gente não cria uma Parada do Orgulho Hetero? A pessoa deve ter orgulho do que ela é. Defendemos a liberdade de expressão”. Mix Brasil e Diário do Grande ABC

Intercâmbio Brasil-Japão de Ciência e Inovação Tecnológica em SP

Em comemoração aos 100 anos da imigração japonesa, acontecerá o Simpósio Intercâmbio Brasil-Japão em Economia, Ciência e Inovação Tecnológica no Anhembi, em São Paulo. Realizado entre os dias 14 a 16 de junho, discutirá temas nas áreas de infra-estrutura, transporte, economia, educação universitária, nanotecnologia, meio ambiente, saúde, comunicações, gás e petróleo. Especialistas farão exposições do que acontece na terra do sol nascente e apresentarão as inovações do território tupiniquim.
Na abertura, Heizo Takenaka, ex-ministro de Política Econômica Japonesa, falará sobre as relações econômicas Brasil-Japão. Entre os palestrantes brasileiros estão José Goldemberg, ex-reitor e professor titular da USP, que ministrará palestra sobre tecnologia e meio ambiente; e o cirurgião Adib Jatene, sobre os avanços tecnológicos na área de cardiologia. O simpósio é promovido pela entidade sem fins lucrativos Associação Brasil – Japão de Pesquisadores (SBPN). Para saber mais clique aqui – últimos dias de inscrição.
Ah, essa figurinha aí ao lado é meu nome – Isis – escrito em japonêsQuer saber como fica o seu? Clique neste link. E, na mesma semana do simpósio acontece o São Paulo Fashion Week (SPFW) em homenagem ao… Japão! Mulheres, acompanhem as novidades dos desfiles pelo SPFW JOURNAL que sai no Estadão.

Cursos e palestras. Programe-se!

Após um final de semana de tempestades nos Estados Unidos, tremores na Grécia e na China, voltemos a nossa vidinha mundana brasiliana… Mudando to-tal-men-te de assunto, tenho dicas de eventos para quem está no estado de São Paulo. E quer saber mais sobre ciência de maneira fácil, rápida e sem complicações (ó!).
Neste final de semana, quem não tem namorado pode se distrair com palestras. No sábado, na Estação Ciência (cartaz ao lado), o físico Álvaro Vannucci explica que um dia conseguiremos usar a energia limpa e praticamente inesgotável das estrelas. Em alta temperatura e pressão, elas são “bolas” de hidrogênio em um quarto estado da matéria (!), chamado de plasma – sensacional. Leia mais aqui.
Domingo, às 11h, a revista Pesquisa Fapesp e a exposição Revolução Genômica apresentam a palestra do Rob DeSalle. Ele é curador da exposição e da seção de zoologia de invertebrados do Museu de História Natural de Nova York (uau). Tema abordado: “A genômica no museu“. Mais aqui.
Por fim, as inscrições para os minicursos da 60ª Reunião Anual da SBPC – na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) entre os dias 13 e 18 de julho – estão disponíveis até dia 30 de junho. Escolha aqui seu tema preferido. Tem coisa pra caramba… Desde nanotecnologia, história da Terra, meteorologia, trânsito, peixes venenosos, desenvolvimento econômico, plantas medicinais, estresse e saúde, fazer tinta com solos, educação física, economia, sistema monetário, português como língua estrangeira, até… Eu quero participar de vários! O detalhe é que a maioria deles acontecerá durante a semana.