Arquivo da categoria: natureza

Ministério tem site apenas sobre orgânicos

ministerioagriculturaorganico.jpgO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento inaugurou um site completo sobre orgânicos. Ele disponibiliza uma lista sobre onde comprar produtos orgânicos em cada estado brasileiro, possui uma biblioteca online com cartilhas e vídeos, fala sobre legislação e explica curiosidades. Navegue aqui.
Aliás, segundo o endereço… “Os produtos orgânicos são cultivados sem o uso de agrotóxicos, adubos químicos e outras substâncias tóxicas e sintéticas. A ideia é evitar a contaminação dos alimentos ou do meio ambiente. (…) A agricultura orgânica busca criar ecossistemas mais equilibrados, preservar a biodiversidade, os ciclos e as atividades biológicas do solo”.

Hoje é o Dia Nacional da Mata Atlântica

Created with flickr slideshow.

É o bioma mais lindo do mundo. Apesar de não conhecer todos do planeta, tenho certeza da minha afirmação. Desde a minha infância, fico encantada com a muralha da Serra do Mar. E com as Florestas de Araucárias. E com os animais que vivem nesses locais. E todos os outros detalhes do bioma.
Para quem não sabe, a Mata Atlântica se distribui em faixas litorâneas, florestas de baixada, matas interioranas e campos de altitude. Ela é formada por florestas ombrófila densa, ombrófila mista, estacional semidecidual e estacional decidual e os ecossistemas associados como manguezais, restingas, brejos interioranos, campos de altitude e ilhas costeiras e oceânicas. Infelizmente, estou sem tempo para explicar cada um desses detalhes. Sugiro que dê um Yahoo!.
Eu não queria é, mesmo, perder a oportunidade no dia 27 de maio de homenagear a mata do meu coração. Sempre que cruzo a Serra do Mar emito algo como: “Que paredão fantástico”. E abro os vidros do carro para sentir o cheiro e o frio. E toda vez que viajo para minha terra natal, o Paraná, ou para regiões serranas paulistas lamento a diminuição das imponentes Florestas de Araucárias.
A favor da preservação de incansável beleza, organizei um rápido protesto fotográfico. Acima, são oito paronâmicas da Mata Atlântica paulista – metade litorânea e outra serrana.

Três filmes sobre meio ambiente

Certo dia, há uns dez anos, vi um documentário maravilhoso sobre antropologia e meio ambiente. Ele não tinha falas, era repleto de batuques e com imagens de tirar o fôlego. Queria indicar no Xis-Xis. Só que meu cérebro não conseguiu fazer as ligações devidas para recuperar o nome do dito cujo da memória. Tristemente, por mais que fucei na internet, também não encontrei em lugar algum o raio do filme “cabeça-viagem” – bem do tipo que amo. Então, resolvi fazer uma pequena lista com três películas hollywoodianas, mesmo, que abordam questões ambientais. Um filme usa uma teoria científica, outro sugere um futuro porco se continuarmos poluindo e um último tira sarro dos ecochatas. Tchan tchan tchan tchan:
avatar.jpgAvatar
Sei que todo mundo escreveu sobre esse filme. E que ele possui vários clichês. O fato é que, além das imagens gráficas lindas, o diretor James Cameron criou uma representação da Teoria de Gaia. Segundo James Lovelock, o autor da teoria criada nos idos dos anos 70, a bioesfera (bio+esfera = parte da Terra em que pode existir vida, segundo o Michaelis) é capaz de manter o planeta em equilíbrio estável. Para ele, tudo que há na Terra – minerais e seres vivos, por exemplo – se relacionam para manter o planeta ok. “Munito”, como diriam parentes meus crianças.
wall-e.jpgWall-E
Esse filme é gracinha. Fiquei emocionada com o robozinho. A história é de um robô solitário que vive no meio do lixo que se tornou o planeta. Enquanto isso, os humanos navegam pelo universo em uma nave espacial que lembra 2001: Uma Odisséia no Espaço. O filme dá uma mensagem clara: se continuarmos poluindo, gerando lixo, a Terra será coberta por ele. Até termos que fugir do próprio ambiente sujo que criamos. Além disso, também possui uma “pitada” de inteligência artificial – ciência da computação destinada a dar um pouco de inteligência e talvez de sentimentos às máquinas.
ossimpsonsofilme.jpgOs Simpsons – o Filme
Esse vi algumas vezes… E ri em todas. O sem-noção Homer Simpson resolve ter como bicho de estimação um porco. Até aí, cada um com seus problemas. Mas o animal fazia muitas fezes. Homer resolve colocar tudo em um silo – uma construção cilíndrica – que se enche rapidamente. O chefe da casa cria um desastre ambiental de grandes proporções ao despejar todo aquele cocô no rio. A animação retrata os ecochatos, os problemas ambientais, as formas que os governos usam para “solucionar” a poluição e por aí vai. É uma tiração de sarro com boas sacadas.

Você sabe o que é um geoparque?

Estava em uma gruta na Ilha do Mel, no Paraná. Viajando como se estivesse na caverna de Platão. Só era possível entrar no local quando a maré estava baixa. Enquanto eu pasmava naquelas paredes pretas úmidas escorrendo água, meu pai disse: “Fique aí, porque vou fazer uma foto geológica”. A filha dele no centro e um bando de rocha em volta. Viajar com geólogo é história. Creio que o local não poderia servir como um geoparque. Mas isso é um exemplo de turismo geológico.
Antonio Theodorovicz, coordenador regional do Projeto Geoparks, em São Paulo (SP), explica que para se enquadrar como geoparque é necessário que a região possua excepcionalidade geológica com importância científica e características únicas – com atributos geológicos e paleontológicos extraordinários. “A Unesco, com a criação dos geoparques, pretende preservar regiões que contam a evolução dos continentes, a herança geológica da Terra. E, ainda, aliar a preservação, necessariamente, ao desenvolvimento social e econômico dessas regiões por meio do geoturismo”, explica.
Os geoparques estão organizados pela Rede Global de Geoparques (Global Geoparks Network) fundada em 2004 e por 64 geoparques distribuídos por 19 países. Segundo eles, com base no tripé conservação, educação e desenvolvimento sustentável. Não sou muito a favor do turismo, porque creio que sempre impacta na região explorada – muito ou pouco, dependendo de como é feito. Mas, como gera renda, é uma forma de preservar o meio ambiente. É uma maneira de dinheiro dar em árvore. Ou melhor, neste caso, brotar no solo.
Por meio do Projeto Geoparks, o Serviço Geológico do Brasil busca a identificação, levantamento, descrição, inventário, diagnóstico e divulgação de áreas com potencial para futuros geoparques no território nacional. Um exemplo é o Geopark Araripe. Segundo Theodorovicz, ele tem jazidas fossilíferas entre as mais antigas do mundo. Além disso, a região possui atributos naturais – como chapadas e cachoeiras, ideais para a prática do turismo – e o monumento de Padre Cícero, em Juazeiro do Norte (CE).
A região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, pleiteia a chancela de geoparque. Conhecida pelas jazidas de minério, tem uma topografia incomum, resposta das rochas aos processos deformacionais ocorridos ao longo da evolução geológica. A área da Bodoquena também busca o enquadramento na categora de geoparque. Na região, contemplada pela beleza paisagística de destinos como o Pantanal e Bonito, encontra-se o fóssil Corumbella com 580 milhões de anos, considerado um dos mais antigos registros da vida animal. Como já disse por aqui, Bonito é maravilhoso. Boa sexta.

Tudo sobre água

12072009312.jpgAi, que sede… Minha amiga que escreve o blog Saúde e bem estar recebeu um documento sobre água e, fofa, repassou para mim. E, yo, publico para você! Reflita sobre esses dados interessantes da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb):

  • Na água surgiu a primeira forma de vida do planeta há milhões de anos. Dela o processo evolutivo caminhou até formar nossa espécie e continua a manter toda a diversidade que conhecemos;
  • 3/4 da superfície do nosso mundo são cobertos por água, sendo 97% salgada e, apenas, 3% doce;
  • Do percentual da água doce existente, a maior parte encontra-se sob a forma de gelo nas calotas polares e geleiras, outra é gasosa e um pouco líquida – representada pelas fontes subterrâneas e superficiais
  • Os rios e lagos, nossas principais formas de abastecimento, correspondem a apenas 0,01% desse percentual, aproximadamente;
  • Há 2.000 anos, a população mundial correspondia a 3% da população atual, enquanto o volume de água permanece o mesmo;
  • Desde 1950, o consumo de água, em todo o mundo, triplicou. O consumo
  • médio de água, por habitante, foi ampliado em cerca de 50%;
  • Para cada 1.000 litros de água utilizada pelo homem resultam 10.000 litros de água poluída (ONU, 1993);
  • No Brasil, mais de 90% dos esgotos domésticos e cerca de 70% dos efluentes industriais não tratados são lançados nos corpos d’água;
  • O homem pode passar até 28 dias sem comer, mas apenas 3 dias sem água;
  • O gotejamento de uma torneira chega a um desperdício de 46 litros por dia;
  • Um buraco de 2 milímetros no encanamento pode causar um desperdício de
  • 3.200 litros por dia, o que corresponde a mais de três caixas d’água;
  • Cerca de 70% do oxigênio do ar é proveniente de microscópicas algas habitantes da água.

Obs.: A foto foi tirada no Núcleo Pedra Grande do Parque Estadual da Serra da Cantareira, em São Paulo. Quem gosta de caminhada, natureza e paisagem belíssima, tem que conhecer o lugar.

Sabia que o mar brilha a noite?

Noite dessas, estava na praia com amigos. Parênteses: amo ir à praia a noite, observar as estrelas e sentir a brisa fria vinda do oceano. É outra vibe. Fecha parênteses. Estávamos em uma praia do litoral norte, com poucas luzes artificiais, onde é possível avistar um monte de estrelas cadentes – ou meteoro, se não quiser fazer pedidos.
A gente sofre com a poluição luminosa – luz excessiva e desnecessária – nas nossas praias. Até as tartarugas marinhas apresentam problemas na desova. Por causa da violência, falta de costume, entre outros, apontam-se um monte de refletores para as praias mais visitadas no Brasil. Triste. O que impede as pessoas de se encantarem com um fenômeno fantástico da natureza: a bioluminescência. Quando um ser vivo, como o vaga-lume, produz luz.
Eu parecia uma doida. Da beira da água, falava alto: “Venham ver o mar brilhar”. Acho que as pessoas não acreditavam em mim. Eu completava: “É cientificamente verdade”. Até que o primeiro foi conferir… e os outros, relutantes, acompanharam.
Foi uma catarse. Todos ficaram encantados com aquele brilho verde que parecia fluorescente. Quanto mais as pessoas se mexiam na água, mais ela brilhava. É fantástico. Lindo. Incrível. Até que surgiu a dúvida: “Por que o mar está brilhando?”
Algumas espécies de plânctons – “bichinhos” minúsculos – se autoiluminam ao serem incomodadas. Pelo que pesquisei por aí, ainda é incerto o porquê de “acenderem”. Uma das ideias é de que os plânctons “brilham” quando um peixe pequeno se alimenta deles. O que atrairia peixes maiores que comeriam os pequenos – leia aqui e outra história bacana aqui, do vizinho Rainha Vermelha.
Se tiver a oportunidade, mergulhe “de cabeça” com os plânctons – cuidado com o mergulho, trata-se de um modo de falar.

Inspeção veicular: a sua hora vai chegar

Confesso que resmunguei um bocado para fazer a Inspeção Ambiental Veicular. Vulgo levar o carro para a Controlar. Primeiro, porque temos que pagar mais uma taxa, de R$ 56,44, que não veremos de volta. Segundo, por levar o carro até eles.
O único horário “bom” para mim e para meu trabalho era 7h36 da manhã – sorte que existe uma Controlar perto de casa. Delícia, hein? Fui com aquele bom humor, mesmo sendo extremamente bem humorada pelas manhãs.
Duvidei do horário britânico que os caras disponibilizaram. Mas não é que cheguei e fui atendida rapidamente? É tipo uma produção em série. Um drive-thru.
Ao entrar no lugar, pela placa do carro a recepcionista diz seu horário. Em seguida, fala para você seguir para um dos locais de análises – no caso, eram oito. Lá, você sai do carro e senta em uma cadeira em frente a ele.
Como aquelas propagandas que, supostamente, se passam em fábrica de carros alemães, os funcionários de jaleco e máscara colocam uma espécie de mangueira no veículo. Aceleram de diversas maneiras, enquanto a mangueira passa as informações para um computador. Cola um adesivo no para-brisa. Depois, fala baixo que seu carro passou no teste – meu caso. Entrega um papelzinho com a medição dos gases.
Tudo isso levou menos de 10 minutos. Dei o braço a torcer. Se ajudar a reduzir, principalmente, os caminhões, ônibus e motos que chamam chuva*, será um alívio para o meu nariz. De acordo com o Instituto Akatu, “uma pessoa que vai para o trabalho de carro contribui para o aquecimento global, em dois dias, o mesmo que se tivesse feito essa trajetória de metrô durante um mês inteiro”.
*Sei que explicar a piada perde a graça. Mas… “chamam chuva” porque emitem sinais de fumaça. Pegou?

Vote Xis-Xis como melhor blog de sustentabilidade


Foi dada a largada! Rola uma votação na irternê para o melhor, entre outros, blog de sustentabilidade. O Xis-Xis foi indicado! Em seguida cadastrei e ele está concorrendo. Quer fazer uma pessoa feliz? Sua boa ação do dia? Clique aqui e vote no Xis-Xis.
Haverá o vencedor eleito pelo público e pelo júri. O concurso se chama Top Blog Prêmio e foi criado, em 2008, pela empresa MIX Mídia Digital. Simples, assim. Obrigada desde já. Que seja recompensado na mesma moeda!

Aqui quem fala é da Terra!

terra_globe0047.jpgEm ritmo de samba: “Parabéns pra você (tchica tchica bum), nesta daaata queriiida (*cuíca*). Muitas feeelicidaaades, muitos aaanos de viiida!”. Na verdade, a gente não tem muito o que comemorar. Para variar, só estou bem humorada. A música é dedicada ao Dia da Terra, que faz 40 aninhos hoje.
A data nasceu quando o americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacional – lá nos EUA, correto – contra a poluição. Aos poucos, os países foram aderindo ao movimento. A data nada mais é que um alerta. Estamos poluindo nossa agradável casa azul.
Porque, na verdade, calcula-se que nosso planetinha perdido no universo possui entre de 4,5 a 4,6 bilhões de anos. Esses cálculos foram feitos por meio de rochas radioativas, provenientes da crosta terrestre. Quando elas sobem para superfície, se solidificam – por exemplo, por meio de erupções tais como o do vulcão islandês de nome impronunciável Eyjafjallajokull.
Esse tipo de rocha mais antiga encontrada até hoje data de 3,8 bilhões de anos. Elas estão na Groenlândia. Analisando esse dado, conclui-se que a Terra já havia se solidificado nessa remota época. Assim, os cientistas analisaram meteoritos. Com as duas contas, chegaram à idade da Terra. Mesma época em que acreditam que teriam se formado os primeiros corpos “sólidos” do Sistema Solar. Seja lá o que isso significa.
Agora, voltando para o Dia da Terra, vamos lembrar-nos de cuidar da nossa casinha azul. Afinal, se algo mais catastrófico acontecer devido a nossas ações poluidoras – como o aquecimento global -, a Terra continuará seguindo seu caminho pelo universo e sua rota elíptica em torno do Sol. Nós, por outro lado, nos tornaremos poeira desse belo planeta.
Foto: Nasa, claro.

Como saber se a madeira é proveniente de desmatamento?

Ando mergulhada nas certificações – florestais, da agricultura, orgânicas… O que é útil para os leitores que saberão distinguir o melhor, para mim que aprendo a cada pauta e para os próximos – coitados, ouvem querendo ou não novas dicas a cada matéria por mim apurada.
Certo é: depois que escrevi esta matéria “Aprenda a identificar a procedência da madeira usada para construção ou reforma” há umas semanas, fiquei um téquinho mais ecochata. Comerciantes de madeira se preparem, porque aí vou eu.
Leu a matéria indicada no link? Então, agora tome nota desse resumo. Fiz um roteirinho para metralhar com perguntas a loja onde está adquirindo madeira bruta ou o produto final feito dela. Veja o que exigir na hora de comprar, em ordem decrescente:

  • Cheque se a madeira possui o selo FSC (Forest Stewardship Council, em inglês) – se tiver, vai fundo e esqueça os passos a seguir;
  • Solicite o Documento de Origem Florestal (DOF) ou a Guia Florestal (GF) – uma espécie de RG da madeira;
  • Para quem mora em São Paulo, confira se a loja possui o selo “Madeira Legal”;
  • Veja se a madeira possui a Certificação do Manejo Florestal pelo Programa Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor);
  • Na dúvida, compre móveis feitos de MDF ou outros aglomerados de madeira;
  • Independente de qualquer ação acima, exija sempre a nota fiscal – ela torna o sistema da ilegalidade mais caro.