É o bioma mais lindo do mundo. Apesar de não conhecer todos do planeta, tenho certeza da minha afirmação. Desde a minha infância, fico encantada com a muralha da Serra do Mar. E com as Florestas de Araucárias. E com os animais que vivem nesses locais. E todos os outros detalhes do bioma.
Para quem não sabe, a Mata Atlântica se distribui em faixas litorâneas, florestas de baixada, matas interioranas e campos de altitude. Ela é formada por florestas ombrófila densa, ombrófila mista, estacional semidecidual e estacional decidual e os ecossistemas associados como manguezais, restingas, brejos interioranos, campos de altitude e ilhas costeiras e oceânicas. Infelizmente, estou sem tempo para explicar cada um desses detalhes. Sugiro que dê um Yahoo!.
Eu não queria é, mesmo, perder a oportunidade no dia 27 de maio de homenagear a mata do meu coração. Sempre que cruzo a Serra do Mar emito algo como: “Que paredão fantástico”. E abro os vidros do carro para sentir o cheiro e o frio. E toda vez que viajo para minha terra natal, o Paraná, ou para regiões serranas paulistas lamento a diminuição das imponentes Florestas de Araucárias.
A favor da preservação de incansável beleza, organizei um rápido protesto fotográfico. Acima, são oito paronâmicas da Mata Atlântica paulista – metade litorânea e outra serrana.
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Lindas sacolas e carteiras recicladas
A dica de hoje são sacolas, bolsas e carteiras feitas com material reciclado. Não costumo escrever sobre produtos reciclados, mas o material chamou atenção pela beleza. Quem coloca a mão na massa são presidiários Núcleo Prisional Ferreira Neto, em Niterói, por meio da ONG carioca TemQuemQueira. Eles utilizam como matéria-prima o lixo gerado pela realização de eventos e publicidade como lonas vinílicas, fundos de palco, banners e outdoors. “Acreditamos que boas idéias e atitudes simples podem transformar o nosso planeta”, diz a instituição. Veja os produtos aqui.
Três filmes sobre meio ambiente
Certo dia, há uns dez anos, vi um documentário maravilhoso sobre antropologia e meio ambiente. Ele não tinha falas, era repleto de batuques e com imagens de tirar o fôlego. Queria indicar no Xis-Xis. Só que meu cérebro não conseguiu fazer as ligações devidas para recuperar o nome do dito cujo da memória. Tristemente, por mais que fucei na internet, também não encontrei em lugar algum o raio do filme “cabeça-viagem” – bem do tipo que amo. Então, resolvi fazer uma pequena lista com três películas hollywoodianas, mesmo, que abordam questões ambientais. Um filme usa uma teoria científica, outro sugere um futuro porco se continuarmos poluindo e um último tira sarro dos ecochatas. Tchan tchan tchan tchan:
Avatar
Sei que todo mundo escreveu sobre esse filme. E que ele possui vários clichês. O fato é que, além das imagens gráficas lindas, o diretor James Cameron criou uma representação da Teoria de Gaia. Segundo James Lovelock, o autor da teoria criada nos idos dos anos 70, a bioesfera (bio+esfera = parte da Terra em que pode existir vida, segundo o Michaelis) é capaz de manter o planeta em equilíbrio estável. Para ele, tudo que há na Terra – minerais e seres vivos, por exemplo – se relacionam para manter o planeta ok. “Munito”, como diriam parentes meus crianças.
Wall-E
Esse filme é gracinha. Fiquei emocionada com o robozinho. A história é de um robô solitário que vive no meio do lixo que se tornou o planeta. Enquanto isso, os humanos navegam pelo universo em uma nave espacial que lembra 2001: Uma Odisséia no Espaço. O filme dá uma mensagem clara: se continuarmos poluindo, gerando lixo, a Terra será coberta por ele. Até termos que fugir do próprio ambiente sujo que criamos. Além disso, também possui uma “pitada” de inteligência artificial – ciência da computação destinada a dar um pouco de inteligência e talvez de sentimentos às máquinas.
Os Simpsons – o Filme
Esse vi algumas vezes… E ri em todas. O sem-noção Homer Simpson resolve ter como bicho de estimação um porco. Até aí, cada um com seus problemas. Mas o animal fazia muitas fezes. Homer resolve colocar tudo em um silo – uma construção cilíndrica – que se enche rapidamente. O chefe da casa cria um desastre ambiental de grandes proporções ao despejar todo aquele cocô no rio. A animação retrata os ecochatos, os problemas ambientais, as formas que os governos usam para “solucionar” a poluição e por aí vai. É uma tiração de sarro com boas sacadas.
Você sabe o que é um geoparque?
Estava em uma gruta na Ilha do Mel, no Paraná. Viajando como se estivesse na caverna de Platão. Só era possível entrar no local quando a maré estava baixa. Enquanto eu pasmava naquelas paredes pretas úmidas escorrendo água, meu pai disse: “Fique aí, porque vou fazer uma foto geológica”. A filha dele no centro e um bando de rocha em volta. Viajar com geólogo é história. Creio que o local não poderia servir como um geoparque. Mas isso é um exemplo de turismo geológico.
Antonio Theodorovicz, coordenador regional do Projeto Geoparks, em São Paulo (SP), explica que para se enquadrar como geoparque é necessário que a região possua excepcionalidade geológica com importância científica e características únicas – com atributos geológicos e paleontológicos extraordinários. “A Unesco, com a criação dos geoparques, pretende preservar regiões que contam a evolução dos continentes, a herança geológica da Terra. E, ainda, aliar a preservação, necessariamente, ao desenvolvimento social e econômico dessas regiões por meio do geoturismo”, explica.
Os geoparques estão organizados pela Rede Global de Geoparques (Global Geoparks Network) fundada em 2004 e por 64 geoparques distribuídos por 19 países. Segundo eles, com base no tripé conservação, educação e desenvolvimento sustentável. Não sou muito a favor do turismo, porque creio que sempre impacta na região explorada – muito ou pouco, dependendo de como é feito. Mas, como gera renda, é uma forma de preservar o meio ambiente. É uma maneira de dinheiro dar em árvore. Ou melhor, neste caso, brotar no solo.
Por meio do Projeto Geoparks, o Serviço Geológico do Brasil busca a identificação, levantamento, descrição, inventário, diagnóstico e divulgação de áreas com potencial para futuros geoparques no território nacional. Um exemplo é o Geopark Araripe. Segundo Theodorovicz, ele tem jazidas fossilíferas entre as mais antigas do mundo. Além disso, a região possui atributos naturais – como chapadas e cachoeiras, ideais para a prática do turismo – e o monumento de Padre Cícero, em Juazeiro do Norte (CE).
A região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, pleiteia a chancela de geoparque. Conhecida pelas jazidas de minério, tem uma topografia incomum, resposta das rochas aos processos deformacionais ocorridos ao longo da evolução geológica. A área da Bodoquena também busca o enquadramento na categora de geoparque. Na região, contemplada pela beleza paisagística de destinos como o Pantanal e Bonito, encontra-se o fóssil Corumbella com 580 milhões de anos, considerado um dos mais antigos registros da vida animal. Como já disse por aqui, Bonito é maravilhoso. Boa sexta.
Imagens de satélite do ano de 1958
Fantástico! Existe um site, chamado Geoportal, que disponibiliza imagens de satélite – como vemos no Google Maps -, mas do ano de 1958! É deveras curioso. Veja aqui.
As imagens estão em preto e branco, com menos definição do que as que temos hoje, obviamente. Só que não deixa de ser incrível. Dá para localizar áreas desmatadas, checar o crescimento desordenado das cidades e muito mais. Meu prédio, naquela época, nem estava construído. Aliás, as ruas eram de terra!
No entanto, creio que não existem imagens de satélite de todas as cidades brasileiras. Procurei minha queria terrinha natal, Telêmaco Broba (PR), e não encontrei fotos de 1958. O Geoportal foi criado pela empresa Multispectral.
Obs.: Na imagem, está a Av. Paulista. Repare que havia poucos prédios nela e no entorno. Clique na imagem para vê-la maior.
Tudo sobre água
Ai, que sede… Minha amiga que escreve o blog Saúde e bem estar recebeu um documento sobre água e, fofa, repassou para mim. E, yo, publico para você! Reflita sobre esses dados interessantes da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb):
- Na água surgiu a primeira forma de vida do planeta há milhões de anos. Dela o processo evolutivo caminhou até formar nossa espécie e continua a manter toda a diversidade que conhecemos;
- 3/4 da superfície do nosso mundo são cobertos por água, sendo 97% salgada e, apenas, 3% doce;
- Do percentual da água doce existente, a maior parte encontra-se sob a forma de gelo nas calotas polares e geleiras, outra é gasosa e um pouco líquida – representada pelas fontes subterrâneas e superficiais
- Os rios e lagos, nossas principais formas de abastecimento, correspondem a apenas 0,01% desse percentual, aproximadamente;
- Há 2.000 anos, a população mundial correspondia a 3% da população atual, enquanto o volume de água permanece o mesmo;
- Desde 1950, o consumo de água, em todo o mundo, triplicou. O consumo
- médio de água, por habitante, foi ampliado em cerca de 50%;
- Para cada 1.000 litros de água utilizada pelo homem resultam 10.000 litros de água poluída (ONU, 1993);
- No Brasil, mais de 90% dos esgotos domésticos e cerca de 70% dos efluentes industriais não tratados são lançados nos corpos d’água;
- O homem pode passar até 28 dias sem comer, mas apenas 3 dias sem água;
- O gotejamento de uma torneira chega a um desperdício de 46 litros por dia;
- Um buraco de 2 milímetros no encanamento pode causar um desperdício de
- 3.200 litros por dia, o que corresponde a mais de três caixas d’água;
- Cerca de 70% do oxigênio do ar é proveniente de microscópicas algas habitantes da água.
Obs.: A foto foi tirada no Núcleo Pedra Grande do Parque Estadual da Serra da Cantareira, em São Paulo. Quem gosta de caminhada, natureza e paisagem belíssima, tem que conhecer o lugar.
Sabia que o mar brilha a noite?
Noite dessas, estava na praia com amigos. Parênteses: amo ir à praia a noite, observar as estrelas e sentir a brisa fria vinda do oceano. É outra vibe. Fecha parênteses. Estávamos em uma praia do litoral norte, com poucas luzes artificiais, onde é possível avistar um monte de estrelas cadentes – ou meteoro, se não quiser fazer pedidos.
A gente sofre com a poluição luminosa – luz excessiva e desnecessária – nas nossas praias. Até as tartarugas marinhas apresentam problemas na desova. Por causa da violência, falta de costume, entre outros, apontam-se um monte de refletores para as praias mais visitadas no Brasil. Triste. O que impede as pessoas de se encantarem com um fenômeno fantástico da natureza: a bioluminescência. Quando um ser vivo, como o vaga-lume, produz luz.
Eu parecia uma doida. Da beira da água, falava alto: “Venham ver o mar brilhar”. Acho que as pessoas não acreditavam em mim. Eu completava: “É cientificamente verdade”. Até que o primeiro foi conferir… e os outros, relutantes, acompanharam.
Foi uma catarse. Todos ficaram encantados com aquele brilho verde que parecia fluorescente. Quanto mais as pessoas se mexiam na água, mais ela brilhava. É fantástico. Lindo. Incrível. Até que surgiu a dúvida: “Por que o mar está brilhando?”
Algumas espécies de plânctons – “bichinhos” minúsculos – se autoiluminam ao serem incomodadas. Pelo que pesquisei por aí, ainda é incerto o porquê de “acenderem”. Uma das ideias é de que os plânctons “brilham” quando um peixe pequeno se alimenta deles. O que atrairia peixes maiores que comeriam os pequenos – leia aqui e outra história bacana aqui, do vizinho Rainha Vermelha.
Se tiver a oportunidade, mergulhe “de cabeça” com os plânctons – cuidado com o mergulho, trata-se de um modo de falar.
Nem toda planta que vive na água é alga
Ouvi no rádio uma colega falando de um helicóptero: “As algas do rio Pinheiros se espalharam para outros lugares”. Porém, nem toda planta que vive na água é alga. Sei que não posso atirar uma pedra porque cometi o mesmo erro. Essas plantas se chamam macrófitas. Acredite, se puder.
Observe a foto ao lado. Parece que o veleirinho está navegando na grama, correto? Mas toda essa plantaiada é a tal da macrófita aquática. Ou, tais. Aí, onde há verde, deveria estar visível a água da represa Guarapiranga.
Apurando uma matéria, descobri que existem mais de 80 espécies de macrófitas aquáticas habitando a represa. Algumas chegam a atingir 12 metros de comprimento. Olhando de perto, é meio nojento. Porque o lixo da represa fica preso nessa rede natural.
Mas, ao contrário do que se pensa, em número controlado, a fonte disse que elas fazem bem por oxigenar a água. Elas crescem bastante em ambientes com muito nutriente – seriam as chuvas que levam nutrientes para as águas? Ou tudo?
Na represa Guarapiranga e no rio Pinheiros, elas formam bancos de plantas que flutuam para um lado e para o outro de acordo, geralmente, com o vento. Se eu fosse você, nem mexeria com elas.
Inspeção veicular: a sua hora vai chegar
Confesso que resmunguei um bocado para fazer a Inspeção Ambiental Veicular. Vulgo levar o carro para a Controlar. Primeiro, porque temos que pagar mais uma taxa, de R$ 56,44, que não veremos de volta. Segundo, por levar o carro até eles.
O único horário “bom” para mim e para meu trabalho era 7h36 da manhã – sorte que existe uma Controlar perto de casa. Delícia, hein? Fui com aquele bom humor, mesmo sendo extremamente bem humorada pelas manhãs.
Duvidei do horário britânico que os caras disponibilizaram. Mas não é que cheguei e fui atendida rapidamente? É tipo uma produção em série. Um drive-thru.
Ao entrar no lugar, pela placa do carro a recepcionista diz seu horário. Em seguida, fala para você seguir para um dos locais de análises – no caso, eram oito. Lá, você sai do carro e senta em uma cadeira em frente a ele.
Como aquelas propagandas que, supostamente, se passam em fábrica de carros alemães, os funcionários de jaleco e máscara colocam uma espécie de mangueira no veículo. Aceleram de diversas maneiras, enquanto a mangueira passa as informações para um computador. Cola um adesivo no para-brisa. Depois, fala baixo que seu carro passou no teste – meu caso. Entrega um papelzinho com a medição dos gases.
Tudo isso levou menos de 10 minutos. Dei o braço a torcer. Se ajudar a reduzir, principalmente, os caminhões, ônibus e motos que chamam chuva*, será um alívio para o meu nariz. De acordo com o Instituto Akatu, “uma pessoa que vai para o trabalho de carro contribui para o aquecimento global, em dois dias, o mesmo que se tivesse feito essa trajetória de metrô durante um mês inteiro”.
*Sei que explicar a piada perde a graça. Mas… “chamam chuva” porque emitem sinais de fumaça. Pegou?
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