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Existe bicicletário em shopping?

Passei minhas últimas horas em Santiago, no Chile, dentro de um shopping. Não gosto de lugares fechados repletos de luz artificial durante o dia, de experimentar roupas e nem de comprar compulsivamente. Porém, resolvi conferir se os produtos vendidos no Brasil são, realmente, mais baratos no Chile como muita gente me contou antes de eu embarcar. É verdade: no vizinho há menos imposto sobre produtos importados. Apesar dessa oferta, o que realmente me marcou foi o “pequeno” bicicletário do tal shopping.

Veja na foto acima o tamanho da bicicleta – calculo que tenha cerca de 3 metros – informando que ali há estacionamento para as magrelas. Uau. Não consegui contar quantas estavam ali estacionadas, mas havia lugar para 50. O bicicletário é coberto, tem segurança e está localizado logo na entrada do shopping. Trazendo essa memória para o cotidiano paulistano, não lembro de ter visto sequer um bicicletário semelhante em um dos cerca de 50 shoppings que existem em São Paulo. A nossa capital das compras.

 

Recentemente, sem querer encontrei um pequeno e escondido estacionamento para dez magrelas próximo à entrada de pedestres de um shopping da Zona Oeste da capital paulista. Sem informações difundidas pelo shopping indicando o local do bicicletário. Caro leitor, se você conhecer algum bicicletário de destaque em lojas no Brasil, por favor, escreva nos comentários. Se você é logista, deixo a dica. Tenha uma boa pedalável semana!

Pra que tanta embalagem?

Comprei uma sandália nova – linda e em super promoção, diga-se de passagem. Bom, entendo que comprar é uma afronta ao meio ambiente – já que estamos consumindo recursos ao ter tal ação. Mas, como sou econômica, na maioria das vezes adquiro o que necessito. Agora, algumas coisas não precisavam vir junto com o produto.
Alguém me explica: por que as caixas de sapato estão repletas de papel dentro? Para que embrulhar a sandália em tantos, mas tantos papéis? Não tolero nem aquele bolinho de papel, que colocam onde deveria estar o pé, para deixar a sandália “no formato”.
O que fazer para as empresas entenderem o desperdício?
Uma amiga adora uma bolacha – biscoito para os cariocas – carinha, aí. A bolacha vinha em um pacote e cada unidade embrulhada em saquinhos diferentes dentro desse pacote. Além disso, a embalagem tinha uma base de plástico para proteger o produto.
Minha amiga, cansada de pagar caro pela bolacha, começou a encher o saco da empresa. Ela sugeriu que parasse de embrulhar cada bolacha individualmente – o que, convenhamos, é tão desnecessário quantos aos papéis do sapato. Isso diminuiria o custo do produto para o consumidor final e pouparia o meio ambiente. O argumento deu certo. Eis que, passado um tempinho, a empresa aboliu essa embalagem individual. Pense nisso.

Quanto as mulheres mudam de ideia rapidamente?

Mais uma pimentinha na discussão entre gêneros. A marca de desodorantes Axe, em parceria com o instituto QualiBest – especializado em pesquisa de mercado -, fez um estudo com mulheres. Tchan, tchan, tchan… A pesquisa revelou que elas – nós – mudam cerca de 44 vezes de opinião sobre assuntos polêmicos – como política, sexo e religião -, 52 vezes sobre o estilo de roupa e 21 vezes sobre produtos de uso pessoal ao ano.
A pesquisa foi feita com 882 mulheres de dez locais: Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Distrito Federal. As entrevistadas creem que a “mudança” define a mulher brasileira moderna. E, essas mulheres, se veem como agentes de inovação. Maria Arminda do Nascimento Arruda, Professora Titular de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) e consultora da pesquisa, explica: “Com tantas quebras de paradigmas, necessidade de mudança e busca pelo novo, para as mulheres, as coisas podem perder o frescor, o caráter de novidade”.
Segundo o instituto, as mulheres relatam que algumas das influências para elas mudarem de opinião rapidamente são: “maior facilidade de se adaptarem às mudanças do ambiente onde vivem” (49%), “observar que a opinião anterior estava errada” (46%), “ser convencida pelos argumentos de outra pessoa” (42%), “ser uma característica da própria pessoa” (38%), “as mudanças repentinas de humor” (36%), entre outros.
Quando questionadas sobre os aspectos visuais que elas mudariam naquele momento, a maioria, 28%, disse que seria o “corte de cabelo”, seguido por “tipo de roupa” (20%), “cor de cabelo” (19%), “algum tipo de acessório” (13%) e “cor do esmalte das unhas” (7%). Apenas 6% não mudariam nada.
Sobre os momentos que mais mudam de ideia: “na escolha de roupas para sair” (49%), “durante a compra de roupas, acessórios e sapatos” (48%) e “durante a compra no supermercado” (39%).
Mulheres x homens
A pesquisa também procurou entender as mulheres em seus relacionamentos. Elas dizem que para cada situação relacional, os homens precisam apresentar determinadas características – ok, coitados de vocês. Por exemplo, para casar, os homens precisam: fazê-las se sentirem únicas e especiais, ser um bom ouvinte, ter um emprego estável, entre outros. Para namorar: serem bem-humorados, perfumados, surpreenderem com pequenos presentes e “ter pegada”. Para simplesmente ficar: precisa ser bonzinho, bonito, fazer o tipo cafajeste, malandro e vestir-se bem, na moda. Anotado?