Quando o cérebro dá tilt (vídeo)

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Nosso cérebro é muito sofisticado e nos permite realizar certas coisas sem qualquer esforço, tais como reconhecer rostos, objetos, falar e entender o que outra pessoa está falando. Mas às vezes o nosso cérebro pode dar um tilt e deixar de funcionar como antes, nos impedindo de fazer coisas que considerávamos banais. É sobre isso que o vídeo de hoje no Minutos Psíquicos tratará! Veja o vídeo abaixo (ou aqui).

[youtube_sc url=”http://youtu.be/dUCQdMti3rM”]

Referências recomendadas

Os livros do Oliver Sacks são ótimos de ler e trazem vários relatos de casos tão peculiares quanto o do homem que confundiu a sua mulher com um chapéu. Por sinal, esse é o nome de um dos livros mais famosos dele.

Sacks, O. (1997). O homem que confundiu a sua mulher com um chapéu. São Paulo: Companhia das Letras.

Ramachandran, V. S. (2014). O que o cérebro tem para contar: Desvendando os mistérios da natureza humana. Rio de Janeiro: Zahar.

Se você achou o assunto do vídeo interessante, deveria tentar comprar esse livro do Ramachandran! Essa tradução para o Português de um dos livros mais famosos dele foi lançada mês passado, vale a pena conferir!

Rostos em montanhas e dragões em nuvens (vídeo)

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Quem nunca viu uma nuvem que lembrava uma criatura, silhueta ou símbolo? Essa semana exploraremos porque identificamos padrões e intenções na natureza tão facilmente ao nosso redor e até que consequências essas propensões podem nos levar. Veja o vídeo abaixo (ou aqui).

[youtube_sc url=”http://youtu.be/IlsOsD4V5tU”]

Você pode ver abaixo uma das imagens que a NASA divulgou nos anos 1970 e que levou muitas pessoas a identificar um rosto em um local da superfície de Marte. Como Carl Sagan já mencionou uma vez, os seres humanos estão constantemente projetando na natureza a sua própria natureza. Anos depois dessa polêmica, novas tecnologias permitiram desmistificar a situação (ver aqui também).

Martian_face_viking

 Esse fenômeno é muito valorizado no meio religioso, e o pessoal do Bule Voador ilustrou de maneira cômica isso nessa página aqui, que mostra as aparições do fervoroso Bule Voador.

Preconceito e estereótipo

14_teaser preconceito

Você sabe qual é a diferença entre preconceito, estereótipo e discriminação? E você sabia que é possível possuir preconceito contra um grupo sem ter consciência desse preconceito? Essas são algumas das questões que exploraremos no vídeo hoje. Veja o vídeo abaixo (ou aqui, caso o player não funcione).

[youtube_sc url=”http://youtu.be/7m-yuzFljpc”]

Gostaríamos de fazer um agradecimento especial ao João Gabriel Modesto por ajudar na elaboração do roteiro!

Referências recomendadas

O blog do professor Marcos Emanuel é uma fonte de material sobre o assunto abordado no vídeo.

McConnell, A. R.,& Leibold, J. M. (2001). Relations among the Implicit Association Test, discriminatory behavior, and explicit measures of racial attitudes. Journal of Experimental Social Psychology, 37, 435–442.

Esse é o artigo que nós descrevemos no vídeo que mostra a relação entre maior preconceito implícito e maior discriminação.

Payne, B. K. (2006). Weapon bias: Split second decisions and unintended stereotyping. Current Directions in Psychological Science, 15, 287-291.

A tarefa mostrada no início do vídeo foi uma ilustração da weapon-bias task. Sua natureza e implicações são discutidas nesse artigo (que pode ser acessado aqui).

Ideias à prova de balas (vídeo)

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Algumas ideias são imunes a qualquer coisa – nada poderia contradizê-las. Quando uma afirmação é feita de tal maneira que nenhuma circunstância poderia indicar que a ideia estava errada dizemos que essa é uma ideia não falsificável. Não temos como saber se ela é verdadeira, já que não temos como saber se ela é falsa – ela sempre vai parecer verdadeira, mesmo diante de informações aparentemente contraditórias. Para entender melhor esse assunto, falaremos sobre isso no vídeo de hoje do Minutos Psíquicos (caso o player não esteja funcionando abaixo, clique aqui).

[youtube_sc url=”http://youtu.be/R3usjdBMRI8″]

Aproveitando a deixa, vale a pena conhecer o podcast Dragões de Garagem aqui no ScienceBlogs!

Referências recomendadas:

Popper, K. R. (1992). A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix.

Esse é um dos livros mais importantes sobre o assunto. É nele que o filósofo Karl Popper apresenta e descreve o conceito de falseabilidade e a sua importância para distinguir entre uma teoria científica e uma não científica.

Sagan, C. (2006). O mundo assombrado pelos demônios: A ciência vista como uma vela no escuro. São Paulo: Companhia das Letras.

O dragão na garagem é descrito em um dos capítulos desse livro, que é um dos livros mais famosos de Carl Sagan.

Agressivo, passivo ou assertivo?

12_teaser assertividade

Qual é a diferença entre os estilos de comunicação agressivo, assertivo e passivo? Hoje falaremos um pouco sobre essas diferenças e como podemos responder à diferentes situações usando esses diferentes estilos. Você conhecerá um pouco do que é o treinamento em habilidades sociais, um conjunto de técnicas e procedimentos usado vastamente na psicologia clínica! Veja o vídeo abaixo ou clicando aqui.

[youtube_sc url=”http://youtu.be/rd1mCZVNnxE”]

Vale a pena fazer algumas ressalvas sobre o vídeo. Primeiro, ninguém é necessariamente agressivo o tempo todo ou passivo. Quando dizemos que algumas pessoas possuem um estilo de comunicação agressiva, queremos dizer que ela predominantemente responde dessa maneira em situações que envolvem algum conflito com outras pessoas ou que demandam uma resolução de problemas em colaboração com outros.

Estilos de comunicação são aprendidos ao longo de nossas vidas e muitas vezes as pessoas não são ensinadas a, por exemplo, serem assertivas ao invés de agressivas em certas situações (ou sequer qual é a diferença entre essas duas coisas), o que torna a sua resolução de problemas Continue lendo…

Você vai decidir ver esse video? (vídeo)

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Será que você veio parar nesse vídeo por causa do título dele? Ou por que você estava de bom humor hoje e saiu clicando em todos os links que viu? Ou por causa da imagem que você viu do vídeo? O tema do vídeo de hoje é como processamos informações de maneira automática ou controlada e como isso impacta as nossas ações, desde a nossa simples percepção de linhas até como dirigimos de volta para casa.

[youtube_sc url=”http://youtu.be/sFJPEjAN2pk”]

A sua própria decisão de ver esse vídeo pode ter sido influenciada pelo processamento automático da imagem do vídeo, já que ela é considerada um tipo de imagem que chama mais a atenção das pessoas. Embora isso talvez não seja surpreendente para você, normalmente não estamos totalmente conscientes desses fatos nos influenciando antes de tomarmos uma decisão – nós simplesmente realizamos as ações e temos quase sempre a impressão de que nossas decisões são tomadas de maneira racional, embora muitas vezes isso não seja verdade.

Referências recomendadas

Mlodinow, L. (2012). Subliminar: Como o inconsciente influencia nossas vidas. Rio de Janeiro: Zahar.

Nesse livro, o autor descreve como o processamento automático influencia muitos outros aspectos de nossas vidas. Além de descrever os estudos sobre provadores de vinho, ele também fala sobre a automaticidade envolvida na percepção visual (algo que ilustramos no início do vídeo). Eu publiquei aqui no blog uma resenha que fiz desse livro.

Kahneman, D. (2012). Rápido e devagar: Duas formas de pensar. São Paulo: Objetiva.

Quando o assunto é processamento automático e controlado, esse deve ser o livro mais recente e importante sobre o assunto. Um dos maiores nomes da psicologia que se debruçou por anos sobre essa questão descreve a sua trajetória profissional e as descobertas científicas sobre como a nossa mente funciona.

Esse é o seu cérebro (vídeo)

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Você já parou pra pensar que o órgão mais complexo que conhecemos está ai, dentro da sua cabeça, indo com você pra onde você for? E que é a partir desse amontoado de células dentro da sua cabeça que surgem nossos pensamentos, emoções e consciência? Hoje falaremos sobre algumas curiosidades do cérebro humano e como ele funciona. Veja o novo vídeo do Minutos Psíquicos abaixo (se o player não funcionar, clique aqui).

[youtube_sc url=”http://youtu.be/hk37Avkusv0″]

Referências recomendadas

Esse texto faz uma breve descrição da anatomia do sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal).

Essa página da internet traz uma compilação de informações sobre o caso de Phineas Gage.

Damásio, A. R. (1996). O erro de Descartes: Emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Companhia das Letras.

Esse é o clássico livro de divulgação científica de Damásio, no qual ele descreve o caso de Phineas Gage, a relação entre emoção e razão e as descobertas mais impactantes na época do livro sobre a relação entre o cérebro e a mente.

Aqui você pode ver uma matéria falando sobre o caso do tumor no cérebro de um professor que nós descrevemos no vídeo.

Ps (31/07/2014): Acabo de ler esse texto dizendo que a lesão neural que Gage sofreu talvez não explique a sua mudança cognitiva e comportamental. O que parece mais plausível ter ocorrido diante de novas análises feitas é que infecções posteriores à lesão tenham ocasionado as mudanças drásticas observadas nele.

Ver para crer ou crer para ver? (vídeo)

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Você vê para crer ou crê para ver? A segunda opção, embora não seja tão popular quanto a primeira, descreve algo que ocorre conosco todos os dias, das ações mais cotidianas às mais complexas. Nossas crenças moldam aquilo que vemos, prestamos atenção, damos importância e nos lembramos. O vídeo de hoje do Minutos Psíquicos trata sobre algo conhecido na psicologia como viés de confirmação. Veja o vídeo abaixo (se o player estiver com problema, veja aqui o vídeo).

 [youtube_sc url=”http://youtu.be/LJ9L7aVTmmE”]

Referências recomendadas

Nesse texto do site Why We Reason, é feita uma ótima descrição do que é o viés de confirmação.

Nickerson, R. S. (1998). Confirmation bias: A ubiquitous phenomenon in many guises. Review of General Psychology, 2(2), 175–220. doi:10.1037//1089-2680.2.2.175

Nesse trabalho acadêmico de revisão, os autores discutem o conceito de viés de confirmação e descrevem as pesquisas até aquela época que identificaram essa propensão humana (clicando aqui, você tem acesso ao pdf do artigo).

O que fumar tem a ver com barba? (vídeo)

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Você sabia que existe uma relação entre fumar e ter barba? E que quanto maior é a venda de protetores solares, maior é o número registrado de ataques de tubarão? Mas o que está por detrás dessas relações? Como exatamente essas coisas podem estar relacionadas? É sobre isso e outras coisas que discutiremos hoje no novo vídeo do Minutos Psíquicos. Veja o vídeo abaixo (se tiver problemas para ver ele, clique aqui).

[youtube_sc url=”http://youtu.be/TkPGCtQWJqY”]

Apesar de ser um tema muito básico em qualquer curso sobre métodos de pesquisa, é impressionante perceber como o viés da correlação ilusória (aqui)  e interpretações indevidas de pesquisas são coisas disseminadas. Nosso propósito com o vídeo era ilustrar como que o fato de duas coisas ocorrerem conjuntamente não indica que elas necessariamente estão relacionadas.

A “co-ocorrência” de dois eventos pode se dever ao mero acaso, a um erro sistemático ou a uma relação genuína que existe entre as duas coisas. Apenas constatar que duas coisas variam conjuntamente não nos permite inferir qualquer relação causal entre ambas, pois nesse caso não temos meios de saber se a variável A causa a variável B, se a variável B causa a variável A ou se uma variável C varia conjuntamente com A e B, dando a ilusão de que A e B estão relacionadas diretamente.

Essa é a grande limitação do método de pesquisa conhecido como correlacional. Para lidar com esse problema, cientistas normalmente se apoiam apenas inicialmente em pesquisas correlacionais a fim de explorar as relações gerais entre variáveis e então o método preferido para clarificar qual é a relação (se é que existe alguma) entre duas ou mais variáveis é o método experimental. Nele, é possível variar sistematicamente aspectos de uma situação para testar se a inserção ou remoção de um aspecto tem um grande impacto individual em uma ou mais variáveis.

Referências recomendadas

Referências

Nesse texto escrito aqui no blog, discuti o que é um experimento e algumas noções mais formais de causalidade que complementam o conteúdo do vídeo.

Pearl, J. (2009). Causality: models, reasoning, and inference (2th ed.). Cambridge: Cambridge University Press.

O livro é uma referência na área sobre causalidade. Ele aprofunda de uma maneira muito mais ampla o conceito de causalidade e suas implicações em diferentes áreas.

Wilson, T. D., Aronson, E., & Carlsmith, K. (2010). The art of laboratory experimentation. Handbook of Social Psychology (Vol. 1, pp. 51-81). New Jersey: John Wiley and Sons.

Essa é uma referência importante para a discussão crítica do método experimental especificamente no contexto da psicologia. Super bem escrito por alguns dos escritores mais famosos em psicologia social, esse capítulo vale a pena de ler do começo ao fim.

Por que tarefas demoram mais tempo do que esperamos? (video)

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Quantas vezes você já se atrasou para terminar um trabalho? E quantas vezes você já não gastou mais dinheiro do que esperava durante uma viagem? É muito comum que as pessoas vivam esses problemas. Você se lembra da última vez em que se planejou para terminar uma tarefa? Consegue se lembrar exatamente o que você fez para se planejar?

Normalmente, as pessoas reúnem as diversas informações que possuem sobre a tarefa, como o assunto, o prazo e o tamanho do tarefa para estimar o tempo que precisarão. No caso de tarefas mais complexas, não demora muito até ficar claro que a sua estimativa de tempo foi otimista demais. Isso tem a ver com algo conhecido na psicologia como falácia do planejamento e esse é o tema do vídeo de hoje no Minutos Psíquicos! A imagem acima é a nova logo do canal, feita pelo talentosíssimo Pedro Tavares.

[youtube_sc url=”http://youtu.be/rwGtb_8634A”]

Se o player acima não funcionar, clique aqui para ver o vídeo.

Referências recomendadas

Buehler, R., Griffin, D., & Peetz, J. (2010). The planning fallacy: Cognitive, motivational, and social origins. Advances in Experimental Social Psychology, 43(10), 1–62. doi:10.1016/S0065-2601(10)43001-4

Esse é o trabalho de revisão da literatura mais recente sobre a falácia do planejamento, discutindo outras formas de evitar a falácia do planejamento e extensões do modelo interno-externo descrito no vídeo. Clicando aqui, você terá acesso ao artigo completo.