Dia da Carona Solidária


Daqui uma semana, dia 28 de maio, será “comemorado” o Dia da Carona Solidária. O nome não necessita de muitas explicações. A idéia é dividir o carro para diminuir a poluição da cidade. Claro, o trânsito também terá uma melhora… O estado de São Paulo até criou uma promoção. Frases sobre “Como melhorar a qualidade do ar?” poderão valer ingressos para o Zôo Safari. Veja aqui o regulamento.
A carona é comum em alguns lugares “desenvolvidos”. Um amigo alemão me contou que, no país dele, existe o “site da carona”. Funciona assim. No site, o dono do carro registra para onde vai – pode ser uma viagem dentro da cidade ou entre municípios -, quando e quantas pessoas cabem no seu veículo. Os interessados pela carona se registram no site. No dia da viagem, eles dividem os gastos com o combustível e os pedágios. Perguntei se não tem perigo, afinal, as pessoas não se conhecem. “Não, que idéia a sua”, ele respondeu. Não é uma maravilha?
Agora, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Curitiba e por aí vai… Primeiro, é necessário investir em metrô e trem para conter a poluição – e o insuportável trânsito. Quando contei para um casal de franceses como era o transporte em São Paulo, eles ficaram chocados. “E o meio ambiente? Por que não colocam bonde, então, que é mais simples?”. Pois é… Tiraram todos de circulação!
Lembrando: Como diz um tio meu que mora no Rio… “Paulista é muito unido. Quando um vai para praia, todos seguem juntos. Na hora de voltar, a mesma coisa”. Hoje é o último feriadão do ano. Paulistas, velas para a Santa Paciência e a Mãe Natureza.

Primeira vez no Science Museum

Hall de entrada do Science Museum, em Londres“Escolha o que quer conhecer. Hoje, posso te acompanhar”, disse minha fofa- e- prestativa- super- amiga que morava em Londres. Era meu último dia na capital. Entre os lugares que ainda faltava conferir, estava o Science Museum.

Aquele monte de gente de credos diferentes indo e vindo pelo túnel sombrio. As paredes de tijolinhos úmidos vermelho-escuro. Algumas partes pichadas. Outras pareciam janelas com grades e vista para terrenos, aparentemente, baldios. Caminhávamos em silêncio. Ao sair do metrô, fui transportada para a Revolução Industrial. Esse clima me assustou.
Passado o passado e os rostos desconhecidos, saímos do túnel – do tempo – em direção à rua. Avistamos o museu em um edifício comum. Quando colocamos o pé direito porta adentro… Paralisamos. De volta para o futuro! Um saguão de três andares se abriu. No centro, uma luz girava de acordo com leis da física dentro de um anel com, aproximadamente, cinco metros. O lugar é incrível.
O Science Museum possui sete andares. Só pelo tamanho já dá para perceber que uma hora é pouco para visitar com calma todo o local. Nós começamos pelo subsolo. E fomos subindo. Eles disponibilizam ao menos quatro elevadores para os visitantes. Esse museu de ciência deixa os nossos tímidos.
O local é totalmente high tech. Foi subdividido por áreas de pesquisa ou do conhecimento como medicina e agricultura. Em cada uma, estão dispostos objetos antigos, novos ou “do futuro”. É possível interagir por meio de computadores com dados e ilustrações sobre os temas. Em alguns ambientes também pode-se tocar em objetos expostos – como uma espécie de cadeira-voadora do futuro.
Ficamos por lá duas horas, confesso que foi corrido. Observamos atenciosamente as áreas que mais nos interessaram: da ciência do século XVIII, do tempo e da energia. De qualquer maneira, conhecemos todo o museu. Fiquei realizada. Dentro de uma realidade quase virtual. “Quase” porque as coisas eram palpáveis.
O mais bacana é que o museu expõe o conhecimento de forma simples, mas não óbvia. Aconselho a visita. Inclusive, o lugar é ideal para quem possui filhos ainda crianças – ou quem quer voltar a ser! Além das exposições, é possível entrar nos simuladores e em outros “brinquedinhos”. Estes ingressos são cobrados à parte. Porém a entrada para o museu é gratuita.
Visite o site do Science Museum. Em “museum map” é possível navegar pelo museu e ver quanto tempo é sugerido para conhecer cada área dele. Dica: é melhor visitar em mais de um dia para não ficar cansativo.
Obs.: Na foto acima é possível ver o hall de entrada. Ao lado, a foto foi tirada de uma exposição temporária que comemora os 100 anos da invenção do plástico.

Couro Ecológico x Couro Natural

Conversei com alguns designers europeus sobre as tendências da decoração. Disseram que, atualmente, para revestir mobílias o mercado de lá prefere o couro “natural” no lugar do sintético. Nesse momento, questionei por que não utilizam o chamado “couro ecológico”. A resposta também veio como pergunta: “Quer couro mais ecológico do que o natural?”
Explico. O couro sintético ou “ecológico” é feito de PVC. Este, composto por cloro (derivado do sal de cozinha) e eteno (do petróleo). Por sua vez, o “couro natural” é a pele das queridas vaquinhas – ou de outros animais – que passa por processos químicos de tratamento.
Quem emprega o PVC alega que ele é mais resistente e que não há desperdício de petróleo na sua fabricação. Os defensores do “natural” afirmam que é mais aconchegante. Agora, fica a escolha do cliente. Prefere o desmatamento causado por algumas criações de animais ou o uso do petróleo? Na vida, tudo requer escolhas.

Lâmpadas purificam ambientes

Nunca utilizei nenhuma delas… Mas aí vai. Para tentar diminuir os problemas respiratórios, a empresa de iluminação Golden Plus lançou a linha da lâmpadas Purify. O produto possui um gerador de íons negativos que garante purificar o ambiente.
Segundo a empresa, os íons negativos limpam do ar partículas como pó, vírus, germes, fumaça de cigarros e outros agentes nocivos à saúde. Eles também agem no corpo. Aceleram a oxigenação das células e tecidos, mantendo a temperatura corporal mais estável. E, ajudam no humor, no controle da ansiedade, no alívio da dor e na melhora da atenção.
As lâmpadas Purify estão disponíveis nas opções fluorescente compacta e LED – ambas econômicas. Independente da potência da lâmpada, os íons negativos prometem purificar até 8 m³/h.
Obs.: Outras empresas comercializam lâmpadas iônicas, como a Alergohouse e a Polishop. Inclusive, existem lâmpadas de esterilização que emitem radiação ultravioleta com ação germicida. Elas matam ou neutralizam bactérias, vírus e outros organismos. Veja a da Germetec.

“Pra que dividir sem raciocinar, na vida é sempre bom multiplicar”


“Musica est exercitium arithmeticæ occultum nescientis se numerare animi”, disse o filósofo e matemático alemão Gottfried Wilhelm von Leibniz. Não entendeu? Meu amigo Leon de Almeida, fera em latim, traduziu para nós: “A música é um exercício aritmético oculto da alma que lida com os números sem saber”. Lindo.
Até os compositores Antonio Carlos Jobim e Marino Pinto fizeram uma alusão à matemática na letra “Aula de Matemática” – seus versos deram o título ao post. Aliás, essa música faz parte da Bossa Nova. Ritmo que completa 50 aninhos! Uma simples mortal como eu poderia deixar de homenagear a Bossa Nova? Jamais. Por isso, veja duas descobertas recentes que unem música e matemática.
Em um encontro de neurologistas que aconteceu nos Estados Unidos, os pesquisadores concluíram que as artes são necessárias para o aprendizado. “De todas as formas de arte, no entanto, a música parece ser aquela que mais efeitos tem sobre o cérebro, sobretudo melhorando a capacidade para a matemática, a geometria e a leitura.” Essa frase faz parte de um artigo publicado, ontem, no jornal Destak de Portugal.
Na Science, os professores de música Clifton Callender, Ian Quinn e Dmitri Tymoczko descreveram o método chamado “Teoria Geométrica da Música”. Seqüências de notas, ritmos, acordes e escalas foram agrupadas em “famílias”. Estas “famílias” – ou grupos (!) – podem ser representadas em espaços geométricos. Dessa forma, cada grupo forma uma figura geométrica diferente. Agora, a música poderá ser estudada como uma matemática! Porém ainda prefiro o método que aprendi a tocar violão aos sete anos…
Mais: Chega de saudade! Se quiser testar os conhecimentos sobre Bossa Nova, acesse este especial bacaninha. Na foto ao lado temos Vinicius de Moraes e Tom Jobim. Desde criança sou apaixonada por ambos e, claro, pela Bossa Nova. Depois, no meu coração estão os sambas e algumas músicas eletrônicas – adoro a batucada. Não sei o porquê. As pessoas com as quais cresci preferem MPB, rock e outros ritmos…

Vou para o espaço, depois de decifrar meu DNA

Uau, parece coisa de ficção científica. A ciência e a tecnologia estão proporcionando experiências incríveis. Tenho me animado. Veja o que logo irei fazer:

  • Turismo espacial. Este é um sonho de criança! Imagine só ver a Terra do alto… Deve ser lindo. “Ela é azul”. Vou contatar as empresas Rocketplane Global e Virgin Galactic. Desenbolsando US$ 200 mil, mais ou menos, acho que dá. Para me hospedar fora do nosso mundinho, vou conversar com a Bigelow Aerospace e ver qual quarto do hotel possui a vista mais interessante. Será que escolho com janelinha para a Lua ou à Terra?
  • Analisar os meus genes. Sou apegada à família e aos antepassados. Também, quero saber a quais doenças sou propensa e entender mais a minha personalidade. Vou ligar agora mesmo para as empresas deCODEme e 32andME. Fiquei sabendo que o serviço custa mil dólares.
  • Usar laser contra os pêlos. Afinal, por que tê-los? Como os dois itens acima estão mais distantes da minha realidade – leia-se dinheiro – falarei com a dermatologista. Para marcar já uma depilação. Dessa maneira, aproveito para comemorar o “Dia da Invenção do Primeiro Laser” – hoje – usando a ciência e a tecnologia a meu favor!

Caso Isabela: reflita pela Semiótica

Super-homem, Pelé, Einstein, Che Guevara, etc. Já reparou que o herói – qualquer que seja – segue sempre o mesmo caminho? Ele vive de forma comum e estável. Até que, de repente… descobre quem tem ou adquire um “super poder”. Neste momento, é “chamado” para participar de um mundo estranho, diferente do que vivia. Aí, ele começa a enfrentar desafios. E os supera. Sempre é assim. Esse é o chamado “Mito do Herói”, descrito por Joseph Campbell, pesquisador da área de mitologia. E muito citado na Semiótica.
Mesmo depois de prenderem Alexandre Nardone e Ana Carolina Jatobá, o “Caso Isabela” – nome que, aliás, não sei se escreve com dois ou um “l”, pois em toda a mídia foi publicado das duas maneiras – continua sendo discutido. Teve até repercussão em veículos estrangeiros como jornais franceses e ingleses. Eles tentaram explicar o porquê de tamanho Ibope, literalmente. A violência familiar, a agressão contra crianças, a condição financeira e a classe média brasileira foram alguns dos temas analisados.
Não excluindo nenhuma das conclusões publicadas – todas possuem uma fatia de verdade para mim -, sugiro a observação pelo “ângulo” semiótico. O casal se encaixa perfeitamente como o “anti-herói” do que coloquei acima. Eles viviam como toda a classe média brasileira. Até que um crime inaceitável foi cometido. E o casal, culpado por ele. Assim, foi obrigado a viver em um mundo totalmente diferente do anterior. Os dois ficaram “famosos”. A rotina mudou. Estão passando por vários desafios como não poder sair de casa, convencer de que são inocentes e superar a prisão. Até que tudo isso vai culminar no fim. No fim do anti-herói – saberemos qual.
Isso tudo para expor a Semiótica. Ela é a ciência que estuda os sintomas (signos) dos fenômenos culturais. Ou, grosseiramente falando, a Semiótica pesquisa as representações das coisas do mundo que estão em nossa mente. Deriva da palavra grega “semeiotiké” – traduzindo, “arte dos sinais” – e tem origem na medicina. Para ler mais sobre o assunto, clique aqui. Este link da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) reúne sites interessantíssimos sobre o tema. Entre eles, o CISC possui biblioteca e artigos bacanas.
Anexo: De maneira simplista, existem as Ciências Biológicas, Exatas e… HUMANAS – onde está a Semiótica! Por que todos esquecem das humanas, minha área!?! Geralmente, porque as pesquisas não são muito divulgadas, nem consideradas de interesse da população e muitos cientistas acham subjetivos os trabalhos realizados nesse campo. O que abre espaço para a discussão do “se é verdade ou não”. Mas, é ciência sim. E vale a leitura!

Dados inéditos de idosos com disfunções urinárias

Levantar-se à noite duas ou mais vezes para ir ao banheiro. Essa é uma das necessidades de 45,3% dos idosos entrevistados em pesquisa inédita realizada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP). Os resultados revelam as principais queixas sobre disfunções urinárias e seus anseios por tratamentos para melhorar a qualidade de vida.
A pesquisa considerou 742 questionários respondidos de um total de cerca de 2.100 distribuídos junto a pessoas de 60 anos ou mais. O questionário compreendia 42 perguntas que avaliavam dados sócio-econômicos e a saúde urológica. Em relação às disfunções urinárias, a pesquisa considerou os parâmetros tradicionais como a urgência em urinar (17,9% sofre disso), freqüência (17,1%), necessidade de se levantar durante a noite para ir ao banheiro (45,3%) e perda urinária (17%). Como conseqüência, 15,9% usam fraudas em cinco ou mais dias na semana.
Essas pesquisas são importates porque a estimativa do tempo de vida está aumentando. Conversei com alguns médicos sobre o assunto. Eles disseram que é natural que apareça ou aumente o número dessas doenças – incluindo o Alzheimer e outras. Porém, ele contou que não precisamos nos preocupar muito. As pesquisas tendem a aumentar, gerando soluções. Também, porque a própria natureza irá se adaptar – e se acostumar – para vivermos mais e melhor. Espero ser como minha bizavó. Viver até 105 anos e com saúde!

Final dos tempos

Em duas semanas, a Terra sacolejou. Bombas na Índia, possível guerra civil no Líbano, tornados e queimadas nos EUA, terremotos na China, ciclones em Mianmar. Até o Brasil, internacionalmente conhecido como “abençoado por Deus”, não escapou. Temos terremotos no Nordeste e Sudeste. Ciclones, no Sul. Queimadas e guerras, no Norte e Centro-Oeste. Alguém olhou para o céu hoje?
Como dizia minha avó – extremamente sensata e sábia – uma vez o planeta acabou na água. Agora vai ser no fogo. Observe que na época em que falou essa frase não “existia” o aquecimento global. Para o ano de 2079, veja como alguns esperam o inverno aqui ou ali. Coisa de menino. Só rindo mesmo.

Grandes erros da astronomia

A-ha! Existe um site um português que explica, didaticamente, alguns erros cometidos pelos… cientistas. Na área da astronomia. É engraçadinho e, para quem não entende nada, uma mão na roda. Chama-se “Astronomia no Zênite”. Clique aqui para ler.
Veja algumas bizarrices: Mercúrio gira em torno do Sol como bambolê; a Terra recebe duas luas; Vênus possui uma; o Sol deixa de brilhar durante o dia e não era eclipse; existiu um décimo Planeta “X” – lembro da discussão na escola -; o Universo deveria ser branco. E por aí vai.