São Paulo de chimpanzés
Nesta última quinta-feira, 28 de fevereiro, estive na sessão solene de abertura da exposição “Revolução Genômica”, que foi aberta ao público a partir de ontem, no Pavilhão Armando de Arruda Pereira, no Ibirapuera. Trata-se de uma parceria entre o Museu de História Natural de Nova York e o Instituto Sangari, parceria essa que já trouxe, no último ano, a exposição “Darwin” , que aconteceu no MASP. A exposição é parada obrigatória para toda criança a partir de 10 anos de idade, quando os conceitos de célula, núcleo celular, DNA e RNA já não são tão estranhos. Há painéis atrativos, bem ilustrados, além de inúmeras representações plásticas da dupla hélice de DNA (bastante interessante é ver essa estrutura construída com o auxílio de velhas listas telefônicas empilhadas). Também estão lá estações interativas, em que o visitante pode, por exemplo, opinar sobre a legitimidade da opção dos pais na escolha do sexo do bebê a partir da manipulação genética. Infelizmente, há alguns poucos erros de ortografia e acentuação nos painéis, que não chegam a comprometer a grandeza da exposição. Triste mesmo foi o comportamento do público. Durante os rápidos discursos inaugurais, em que o presidente do Instituto Sangari se esforçou para falar em português (aliás, com bastante êxito) e o prefeito Kassab deu os votos de boas-vindas aos convidados, a barulheira era infernal, digna de platéia de show de heavy metal. Somos bastante assemelhados aos macacos, bonobos e chimpanzés além de questões meramente genéticas…
Discussão - 4 comentários
É Amigo, esse é o nosso zoológico chamado Brasil. Seja bem-vindo!!!
AMigo de Montaigne, sou formado em arquitetura mas nunca exerci a profissão. Fui à exposição e não entendi muita coisa não. Será que as crianças de 10 anos de hoje são melhores que eu, um adulto de mais de 40?
Querido Amigo,se eu fosse bom em onomatopéias, reproduziria aqui os grunhidos de chita, parceira do Tarzan no seriado de minha infância...Abraço!
Caro Castanho, é uma questão de afinidade e interesse, apenas. Caro Theo, é o que mais se assemelharia aos convivas...