Psicanálise (2)
Nunca recebi tantos e-mails como após o post anterior. Em virtude disso, talvez, estive afastado deste blog por tempo maior que o habitual. A leitora Eliana Teixeira, muito sensata em suas ponderações, acredita que a psicanálise sempre acrescentará um algo a mais, além de toda a cultura que um indivíduo possa carregar. Diz Eliana: Embora aprecie bons livros e tenha bem uns três bons amigos, me submeto à psicanálise. É verdade que, e já tive o enorme prazer de viver a experiência, um psicanalista erudito pode ser um enorme diferencial. Por puro deleite. Mas o fato é que o processo psicanalítico não é um embate intelectual; o que é realmente necessário é que a formação do profissional permita a ele vislumbrar em nossa alma o que ainda não quisemos ou não pudemos perceber. E neste caso, por mais que já tenhamos lido em algum lugar a grande verdade que pode ser a cura daquele nosso mal, só o bom profissional vai nos levar a nos abrirmos para receber, apreender, a tal verdade. Já o leitor José Eugênio acredita que a psicanálise só é útil quando o analisado possui um mínimo de cultura. Psicanálise para analfabetos ou um pouco melhor que isso é inútil. A cultura é pré-requisito para que haja aproveitamento do momento psicanalítico. É ela que estabelece relações de simetria, analogia e escancara as portas da razão para o entendimento. E o que digo eu? Depois de muito pensar, acredito que seja hora de procurar por um bom profissional. Mea culpa. Mea maxima culpa.
Discussão - 1 comentário
Até os grandes às vezes se ajoelham. Parabéns!