Publicado
2 de out de 2014

A empatia é uma capacidade que nos permite se colocar no lugar do outro e compartilhar a dor ou alegria que alguém está sentindo. No vídeo de hoje, falaremos sobre o que é empatia, como ela se diferencia de algo conhecido na psicologia como teoria da mente e como essas duas capacidades fazem toda a diferença no caso de pessoas com psicopatia e autismo. Veja o vídeo abaixo (ou veja aqui).
[youtube_sc url=”http://youtu.be/aPs6q5vqnFs”]
Referências recomendadas
Singer, T., & Tusche, A. (2013). Understanding others: Brain mechanisms of theory of mind and empathy. In P. W. Glimcher, & E. Fehr (Eds.), Neuroeconomics: Decision making and the brain (2nd ed., pp. 513-532). London: Academic Press.
O capítulo de livro acima faz uma descrição e diferenciação entre empatia e teoria da mente, enfatizando os aspectos neurais subjacentes à essas capacidades. Muito do que citamos no vídeo é explorado nesse trabalho.
De Waal, F. B. M. (2008). Putting the altruism back into altruism: The evolution of empathy. Annual Review of Psychology, 59, 279–300. doi:10.1146/annurev.psych.59.103006.093625
Já esse artigo, embora também focado na empatia, explora mais as questões biológicas e evolutivas da empatia. Muitos trabalhos comparativos com outros animais são descritos no trabalho, bem como algumas das mais influentes teorias da evolução da empatia.
Baron-Cohen, S. et al. (2001). The “reading the mind in the eyes” test revised version: A study with normal adults, and adults with Asperger Syndrome or high functioning Autismm. Journal of Child. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 42(2), 241-251.
Simon Baron-Cohen, um dos maiores pesquisadores sobre o assunto, desenvolveu uma medida de teoria da mente utilizada vastamente na psicologia, as imagens que exibimos no início do vídeo são também usadas nessa medida.
Decety, J. & Ickes, W. (2009). The social neuroscience of empathy. Cambridge: MIT Press.
Por fim, esse livro é uma compilação da pesquisa em neurociência social da empatia nos últimos 20 anos. O simples fato de existir um livro tão específico sobre esse tema demonstra a importância que a empatia têm recebido nessa área.
Também vale citar o livro da Tania Singer sobre compaixão e meditação disponibilizado de maneira gratuita na internet já divulgado aqui no blog, no qual treinamentos de empatia são descritos além de muitos outros temas.
Publicado
23 de set de 2014

Como você decidiu em quem irá votar nessas eleições? E o que você acha que leva as pessoas a votarem em um candidato ao invés de votar em outro? Exploraremos no vídeo de hoje o que às vezes está por detrás das nossas escolhas políticas. Uma dica: nem sempre, essas escolhas são feitas apenas pelos motivos racionais que imaginamos. Veja o vídeo logo abaixo (ou aqui).
[youtube_sc url=”http://youtu.be/gIe4dbl0OcQ”]
Referências recomendadas
Nosek, B. A., Graham, J., & Hawkins, C. B. (2010). Implicit political cognition. In B. Gawronski & B. K. Payne (Eds.), Handbook of implicit social cognition (pp 548-564). New York: Guilford.
Muito do que falamos sobre atitudes implícitas no vídeo é resumido nesse capítulo de livro que revisa as pesquisas sobre vieses automáticos envolvidos na cognição política, explorando muitos outros aspectos além do que exploramos no vídeo.
Todorov, A., Mandisodza, A. N., Goren, A., & Hall, C. C. (2005). Inferences of competence from faces predict election outcomes. Science, 308, 1623-1626.
Esse é principal trabalho científico sobre percepção de competência pela face descrito no vídeo. Os estudos subsequentes reafirmaram e estenderam ainda mais a generalidade desse efeito em outros países.
Sussman, A. B., Petkova, K., & Todorov, A. (2013). Competence ratings in US predict presidential election outcomes in Bulgaria. Journal of Experimental Social Psychology, 49, 771-775.
Esse é um dos último estudos publicados por pesquisadores dessa linha de pesquisa. Esse é o estudo citado no vídeo no qual os resultados das eleições para presidente na Bulgária foram preditos com alto nível pela aparência dos candidatos.
Publicado
12 de ago de 2014

Neurônios são células especiais que compõem o nosso sistema nervoso e estão por detrás da aparente magia que é o funcionamento da mente humana. Elas são diferentes das células que compõem os outros órgãos do nosso corpo, pois são especializadas na transmissão rápida de informações. Falaremos hoje sobre o que são neurônios, células da glia e sobre um dos processos mais básicos que ocorrem no nosso sistema nervoso – como neurônios transmitem informações uns para os outros. Você pode ver o vídeo abaixo (ou aqui).
[youtube_sc url=”http://youtu.be/XsLNJSshq34″]
Observação (21/08/2014): Nós falamos no vídeo que a sinapse é o ponto no qual o axônio de um neurônio entra em “contato” com os dendritos ou corpo celular de outro neurônio, mas não há um contato físico literalmente falando entre eles. Essa é apenas a região na qual eles se comunicam, ficando bem perto um do outro. Normalmente o espaço entre eles varia de 20 a 40 nm. Agradecemos ao telespectador atento que nos chamou a atenção para isso.
Referências recomendadas
Bear, M. F, Connors, B. W., & Paradiso, M. A. (2008). Neurociências: Desvendando o sistema nervoso. Porto Alegre: Artmed.
Esse é um dos livros didáticos de referência sobre neurociências em Português, para quem quiser começar a estudar mais a sério o assunto, esse é um bom começo!
Publicado
31 de jul de 2014

O que são emoções? Para que servem as emoções? Veja hoje no Minutos Psíquicos um pouco sobre a psicologia das emoções! Veja o vídeo abaixo, (ou aqui).
[youtube_sc url=”http://youtu.be/GyFQj64amhY”]
Agradeço especialmente o Hugo Rodrigues, um aluno de doutorado especialista em emoções que escreveu comigo o roteiro do vídeo! Ainda falaremos mais sobre esse assunto, aguardem!
Referências recomendadas
Ekman, P. (2007). Emotions revealed: Recognizing faces and feelings to improve communication and emotional life. Nova York: Holt.
Esse é um livro de divulgação científica escrito por aquele que pode ser considerado um dos maiores, se não o maior, pesquisadores sobre o assunto. O psicólogo Paul Ekman foi pioneiro no estudo da expressão das emoções e hoje é uma referência mundial no assunto.
Lewis, M., Haviland-Jones, J. M., & Barrett, L. F. (2008). Handbook Of emotions. Nova York: Guilford Press.
Esse é um dos trabalhos acadêmicos mais completos sobre emoções. Trata-se de um handbook sobre emoções. Esse é um tipo de publicação no qual alguns dos principais pesquisadores de uma área (normalmente de um a quatro pesquisadores) se juntam para organizar uma compilação densa e volumosa das pesquisas mais relevantes na área, convidando os pesquisadores mais ativos e importantes de cada linha de pesquisa sobre o tema para escrever um capítulo do handbook. É uma obra, portanto, que sintetiza o conhecimento produzido sobre um assunto até aquele momento.
Schachter, S., & Singer, J. E. (1962). Cognitive, social and physiological determinantes of emotional states. Psychological Review, 69, 379-399.
Esse é o trabalho que descrevemos no vídeo sobre como as pessoas percebiam a emoção que estavam sentindo depois de tomar uma dose de adrenalina na presença de outra pessoa.
Publicado
23 de jul de 2014

Nosso cérebro é muito sofisticado e nos permite realizar certas coisas sem qualquer esforço, tais como reconhecer rostos, objetos, falar e entender o que outra pessoa está falando. Mas às vezes o nosso cérebro pode dar um tilt e deixar de funcionar como antes, nos impedindo de fazer coisas que considerávamos banais. É sobre isso que o vídeo de hoje no Minutos Psíquicos tratará! Veja o vídeo abaixo (ou aqui).
[youtube_sc url=”http://youtu.be/dUCQdMti3rM”]
Referências recomendadas
Os livros do Oliver Sacks são ótimos de ler e trazem vários relatos de casos tão peculiares quanto o do homem que confundiu a sua mulher com um chapéu. Por sinal, esse é o nome de um dos livros mais famosos dele.
Sacks, O. (1997). O homem que confundiu a sua mulher com um chapéu. São Paulo: Companhia das Letras.
Ramachandran, V. S. (2014). O que o cérebro tem para contar: Desvendando os mistérios da natureza humana. Rio de Janeiro: Zahar.
Se você achou o assunto do vídeo interessante, deveria tentar comprar esse livro do Ramachandran! Essa tradução para o Português de um dos livros mais famosos dele foi lançada mês passado, vale a pena conferir!
Publicado
18 de jun de 2014

Será que você veio parar nesse vídeo por causa do título dele? Ou por que você estava de bom humor hoje e saiu clicando em todos os links que viu? Ou por causa da imagem que você viu do vídeo? O tema do vídeo de hoje é como processamos informações de maneira automática ou controlada e como isso impacta as nossas ações, desde a nossa simples percepção de linhas até como dirigimos de volta para casa.
[youtube_sc url=”http://youtu.be/sFJPEjAN2pk”]
A sua própria decisão de ver esse vídeo pode ter sido influenciada pelo processamento automático da imagem do vídeo, já que ela é considerada um tipo de imagem que chama mais a atenção das pessoas. Embora isso talvez não seja surpreendente para você, normalmente não estamos totalmente conscientes desses fatos nos influenciando antes de tomarmos uma decisão – nós simplesmente realizamos as ações e temos quase sempre a impressão de que nossas decisões são tomadas de maneira racional, embora muitas vezes isso não seja verdade.
Referências recomendadas
Mlodinow, L. (2012). Subliminar: Como o inconsciente influencia nossas vidas. Rio de Janeiro: Zahar.
Nesse livro, o autor descreve como o processamento automático influencia muitos outros aspectos de nossas vidas. Além de descrever os estudos sobre provadores de vinho, ele também fala sobre a automaticidade envolvida na percepção visual (algo que ilustramos no início do vídeo). Eu publiquei aqui no blog uma resenha que fiz desse livro.
Kahneman, D. (2012). Rápido e devagar: Duas formas de pensar. São Paulo: Objetiva.
Quando o assunto é processamento automático e controlado, esse deve ser o livro mais recente e importante sobre o assunto. Um dos maiores nomes da psicologia que se debruçou por anos sobre essa questão descreve a sua trajetória profissional e as descobertas científicas sobre como a nossa mente funciona.
Publicado
10 de jun de 2014

Você já parou pra pensar que o órgão mais complexo que conhecemos está ai, dentro da sua cabeça, indo com você pra onde você for? E que é a partir desse amontoado de células dentro da sua cabeça que surgem nossos pensamentos, emoções e consciência? Hoje falaremos sobre algumas curiosidades do cérebro humano e como ele funciona. Veja o novo vídeo do Minutos Psíquicos abaixo (se o player não funcionar, clique aqui).
[youtube_sc url=”http://youtu.be/hk37Avkusv0″]
Referências recomendadas
Esse texto faz uma breve descrição da anatomia do sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal).
Essa página da internet traz uma compilação de informações sobre o caso de Phineas Gage.
Damásio, A. R. (1996). O erro de Descartes: Emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Companhia das Letras.
Esse é o clássico livro de divulgação científica de Damásio, no qual ele descreve o caso de Phineas Gage, a relação entre emoção e razão e as descobertas mais impactantes na época do livro sobre a relação entre o cérebro e a mente.
Aqui você pode ver uma matéria falando sobre o caso do tumor no cérebro de um professor que nós descrevemos no vídeo.
Ps (31/07/2014): Acabo de ler esse texto dizendo que a lesão neural que Gage sofreu talvez não explique a sua mudança cognitiva e comportamental. O que parece mais plausível ter ocorrido diante de novas análises feitas é que infecções posteriores à lesão tenham ocasionado as mudanças drásticas observadas nele.
Publicado
3 de jun de 2014

Você vê para crer ou crê para ver? A segunda opção, embora não seja tão popular quanto a primeira, descreve algo que ocorre conosco todos os dias, das ações mais cotidianas às mais complexas. Nossas crenças moldam aquilo que vemos, prestamos atenção, damos importância e nos lembramos. O vídeo de hoje do Minutos Psíquicos trata sobre algo conhecido na psicologia como viés de confirmação. Veja o vídeo abaixo (se o player estiver com problema, veja aqui o vídeo).
[youtube_sc url=”http://youtu.be/LJ9L7aVTmmE”]
Referências recomendadas
Nesse texto do site Why We Reason, é feita uma ótima descrição do que é o viés de confirmação.
Nickerson, R. S. (1998). Confirmation bias: A ubiquitous phenomenon in many guises. Review of General Psychology, 2(2), 175–220. doi:10.1037//1089-2680.2.2.175
Nesse trabalho acadêmico de revisão, os autores discutem o conceito de viés de confirmação e descrevem as pesquisas até aquela época que identificaram essa propensão humana (clicando aqui, você tem acesso ao pdf do artigo).
Publicado
15 de maio de 2014

Se preparem para o 3º Congresso Brasileiro de Terapia Cognitiva da Infância e Adolescência, mais conhecido como Concriad! Ele vai acontecer durante os dias 6, 7 e 8 de novembro de 2014 no Hotel Pestana em Curitiba – PR. Vale a pena ler o que o presidente do congresso tem a dizer sobre a importância do evento:
Surgido de uma constatação de que os terapeutas cognitivos que trabalham com crianças e adolescentes não possuíam um fórum específico para debate, ensino e pesquisa, lançamos este desafio. Segundo nossas consultas à época da primeira edição, essa condição não era restrita ao nosso país. Infância e adolescência, embora tivessem aumentadas sua representatividade em congressos nacionais e internacionais, não haviam evoluído ao ponto de ter um fórum exclusivo no mundo das terapias cognitivas. Se levarmos em conta a sensível fase do desenvolvimento com a qual estamos lidando, o foco de atenção deveria ser redobrado – afinal, intervenções bem realizadas na infância, tanto no nível clínico quanto no nível preventivo, evitariam inúmeras situações patológicas na vida adulta.
Antes disso, no dia 6, também ocorrerá no mesmo local o 1º Seminário Brasileiro de Processos Cognitivos nas Escolas que tem como objetivo aproximar a Terapia Cognitiva do âmbito escolar.

Torço para que os interessados pela terapia cognitiva em tais contextos possam comparecer ao congresso e fortalecer a área no Brasil. Acesse também a página do congresso no Facebook para mais informações.
Publicado
13 de maio de 2014

Você já achou que o juiz estava roubando pro time adversário? Ou quando alguém discordou de você sobre um assunto do qual você entende, já teve a impressão de que essa pessoa estava teimosamente discordando de você sem razão, já que obviamente você estava certo sobre aquele partido político, time de futebol ou artista? O vídeo de hoje do Minutos Psíquicos discute algo que Continue lendo…