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Qual o gosto do sorvete de astronauta?

DSC00441.JPGAtenção. Já contei que eu comi sorvete de astronauta, de verdade? Sim, comi porque ele é consistente – só derrete quando está na boca.
Tudo começou com esse post aqui. Daí, uma pessoa muito linda me fez a surpresa. Foi para os “Esteites” e trouxe o pacotinho. Fiquei tão emocionada, mas tão emocionada, que demorei dias para criar coragem de devorá-lo.
Imagine só, eu, simples mortal, me alimentando com o que os astronautas comem lá no espaço? Me senti com um pé na Estação Espacial Internacional. Aliás, a emoção foi tanta que acabei tendo problema na hora de passar as fotos do sorvete em si para o computador. Perdi todas. Essa ao lado é do pacotinho aberto – que guardei, claro.
Agora, eis a questão, qual o gosto do tal sorvete de astronauta? (Suspense) Antes de comer, me disseram que tinha sabor de sorvete de verdade, mas sem ser cremoso. Depois que comi, me disseram que era ruim. Será?
Olhe, gostoso, assim, como um belo sorvete italiano, não é mesmo. Ruim, também não. Ele parece uma bolacha, bem gordurosa quando colocamos na boca e estremamente seca. Ele esfarela bastante depois de mordido ou cortado – dividi o pão com todos em casa, para ninguém ter lombriga de curiosidade.
De acordo com meu irmão, que é engenheiro químico, é importante tirar a água do alimento para ele durar mais. Porém, apesar da secura, rapidamente, o tal do sorvete derrete apenas na boca.
E as calorias? São muitas: 210. Afe, deve ser para dar energia máxima para os astronautas. Coisa que eu preciso mais gastar do que ganhar.
Enfim, de qualquer modo, indico a experiência. Que prove o tal sorvete. Afinal, é uma maneira de sentir próximo o gosto do grande sonho: observar a Terra do espaço. Dizem que é azul…

Saiba como enviar sua foto para o espaço

Tem muita coisa bacana que quero postar, discutir e expor aqui. Uma delas é… enviar a foto para o espaço. Não escondo de ninguém. Quero ir para o espaço. Alô, estão me ouvindo? Se algum dia alguém quiser mandar, literalmente, uma blogueira ou jornalista para o espaço, lembre de mim, ok?
Enquanto meu sonho de criança não se realiza, me contento em enviar a fotinho ao lado esquerdo do blog para o espaço. Interessou? É simples. Entre neste site da Nasa e siga as instruções. Aliás, você pode escolher! Se quer enviar o arquivo a bordo do ônibus espacial Discovery – missão STS-133 prevista para setembro – ou do ônibus espacial Endeavour – missão STS-134, em novembro.
Aproveite antes que os ônibus sejam aposentados! Minha foto vai no primeiro, Discovery, por garantia. Fui.

É um avião? Não! Um asteroide!

nasaasteroidepapagaiodepirata.jpgOs cientistas focavam na nebulosa Tadpole, um berçário de estrelas da constelação de Auriga, localizada a cerca de 12 mil anos-luz da Terra. Depois de tiradas as fotinhos, resolveram dar um zoom. Quando… la la la la la… Viram que a foto captou dois asteroides aparecidos que passavam pelo nosso Sistema Solar!
Chamado 1719 Jens, deixou seu rastro em toda a imagem – veja os pontos verde e amarelo em destaque no centro. Outro asteroide, chamado UZ5 1992, também apareceu como papagaio de pirata – caixas no canto superior esquerdo. A imagem foi feita pelo satélite explorador infravermelho Wide-field Infrared Survey Explorer.
Para saber mais, clique aqui, em inglês. Para ver a foto em tamanho maior, clique nela. Bom final de semana. Aproveite.

Parabéns ao telescópio brasileiro!

tel160.jpgO Observatório do Pico dos Dias (OPD), localizado em Minas Gerais, completou 30 aninhos! Ele possui três telescópios sendo, um deles, o maior em solo brasileiro com espelho de 1,6 m – esses “bichos” são medidos pelo tamanho da lente. Ok, é pequeno se comparado aos Keck, no Havaí, com 10 m cada um dos dois. Mas eles são 15 anos mais novos…
O importante é frisar que nem só de macaco vive o Brasil. Na nossa selva, temos um telescópio bacanérrimo que, graças a ele, um astrônomo conterrâneo meu fez uma descoberta que deixou o mundo de queixo caído.
O paranaense Augusto Damineli, da Universidade de São Paulo (USP), desde 1989 observava a Eta Carinae – a maior e mais luminosa estrela da nossa galáxia, a Via Láctea. Assim, graças ao pesquisador e ao OPD, descobriu se que, na realidade, a Eta Carinae era duas estrelas. Leia mais sobre a pesquisa aqui.
Não é divertido? O OPD faz parte do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) que, por sua vez, é uma das unidades de pesquisa integrantes da estrutura do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Para saber mais, clique aqui. Au revoir!

Ainda verei o homem – melhor, uma mulher – pisar em Marte?

Sol2179B_P2585_L256atc_br.jpgEscrevi uma matéria sobre a possibilidade dos humanos irem até Marte, há um ano e meio. Na época, os entrevistados estavam otimistas. A Agência Espacial Européia (ESA) e o Instituto Russo de Problemas Biomédicos (IBMP) divulgavam inscrições de voluntários para participar de uma simulação de vida em Marte. A Nasa, por sua vez, dizia que mandaria mais “robôs” para o Planeta Vermelho, para continuar investigando o local.
Hoje, com o cancelamento feito pelo presidente dos EUA, Barack Obama, da missão elaborada pelo seu antecessor Bush – leia aqui um resuminho da história -, tenho lá minhas dúvidas. Será que estarei viva quando o homem – melhor se for uma mulher – pisar em Marte? Aliás, será que viajaremos até lá?
Tem gente que deve achar que ir até Marte é jogar dinheiro fora. Não. Chegar ao solo marciano trará muitas descobertas científicas, novas possibilidades de horizontes e novidades tecnológicas – para viver tanto tempo no espaço em terras vermelhas, teremos que elaborar muita tecnologia nova. Aliás, veja o que já foi inventado aqui. Só para constar: a sonda Phoenix demorou dez meses para chegar até o planeta vizinho.
Os otimistas dizem que, sim, eu verei a proeza. Hoje em dia, vou colocar minhas esperanças na ESA, Agência Espacial Federal Russa e na Agência Espacial Chinesa (CNSA), que mandou um chinês para o espaço em 2003. Apesar que, pensando bem, a Nasa não gostará de ficar para trás. Numa viagem tão longa, será necessário, mesmo, o esforço de todos juntos.
Enquanto a discussão – e minha dúvida – permanece, deixo meu apelo: se quiser enviar alguém para fora da Terra, lembre-se de mim! Adoraria passar uma semaninha de férias na Estação Espacial Internacional (ISS). Ao menos, tiraria fotos e postaria no Twitter em português. Não em japonês, como o astronauta Soichi Noguchi escreve – “leia” aqui!

Quer comer “comida de astronauta”?


Está cansada do arroz com feijão da mamãe? Não aguenta mais jantar miojo? A macarronada do domingão não atrai mais? Seus problemas acabaram. Encontrei um site que vende marmitas de astronautas! Isso mesmo, a comida que os astronautas consomem lá no espaço afora!
O site Space-Food – clique aqui, em inglês – conta qual é o gosto das “comidas de astronautas”, do que elas são feitas e dá links de onde comprá-las por um preço mais barato! A-do-rei!
Eu fiquei com água na boca ao ver o sorvete napolitano… Hummmm, no calor de São Paulo, cairia super bem. De acordo com o site, esse sorvete tem gosto de… sorvete, mas é crocante! Isso porque ele foi congelado após sua água ser retirada por sublimação – sem passar pelo estado líquido. O sorvete pode ser armazenado por três anos. Na Amazon, é vendido por 3,49 libras. Uma pechincha!
Bom, enquanto meu sonho de ver a Terra do espaço não se concretiza, super aceito uma comidinha dessas como presente de Natal. Já é um consolo… Para saber mais sobre a “comida dos astronautas”, também indico este link da Nasa.
Mais uma dica: O site Think Geek vende brinquedinhos de ciência nunca antes vistos no Brasil. Fiquei apaixonada pelo kit de plantas carnívoras. Não é cutcho, cutcho?

Água dos oceanos é proveniente de asteróides

Há um tempo não escrevo sobre minha adorada astronomia… Então, agora vai bomba! Um estudo publicado na Nature, hoje, mostra que a água dos oceanos foi trazida por asteróides cobertos de gelo. A pesquisa foi feita pela equipe do geoquímico francês Francis Albarède, da Escola Normal Superior de Lyon (França). Leia aqui.
Segundo o cientista, asteróides enormes – do tamanho de Marte? – cobertos de gelo se chocaram com o planeta cerca de 100 milhões de anos após a formação da Terra. Com isso, todos concordamos. Porém esses gigantes eram cobertos de gelo. E, assim, deixaram no planeta suas reservas de água.
Quando essa água infiltrou no manto terrestre, permitiu o aparecimento de placas tectônicas. Segundo esse comunicado – em francês, cherie – do Centre National de la Recherche Scientifique (ou Centro Nacional de Investigação Científica) da França, a “vinda” desses asteróides também seria responsável pela formação da atmosfera terrestre.
Vamos mudar os livros escolares?
Gente, meu mundo caiu. O culpado pelo desaparecimento dos dinossauros não é mais o asteróide, mas uma série de erupções vulcânicas. Nosso belíssimo oceano foi trazido por gigantes “bolas” com gelo. Agora, só falta provarem que a vida na Terra é extraterrestre. Ah, tenha santa paciência!
Obs.: Aquele mar maravilhoso da foto é de Japaratinga (AL).

O Hubble voltou a funcionar!

Lembra-se que astronautas foram, em maio, até o Hubble dar um tapa no equipamento? Então… O telescópio espacial voltou com a corda toda! O site do Hubble publicou as novas lindas imagens captadas pelo meu herói. São galáxias distantes coloridas, um aglomerado de densas estrelas, algo que eles chamam de “pilar da criação” – seja lá o que isso significa – e uma nebulosa – uma nuvem de poeira e hidrogênio – em forma de borboleta. Delicie-se aqui.
Com o novo espectrógrafo – equipamento que registra as partes da luz – em fucionamento, os pesquisadores tentarão mapear a estrutura do universo e rastrear a distribuição de elementos fundamentais para a vida. Também querem fazer um censo de quantas coisas “bóiam” no Cinturão de Kuiper – uma região no final do Sistema Solar lotada de corpos celestes -, testemunhar o nascimento de planetas em torno de estrelas e investigar as atmosferas de outros mundos.
Por fim… a cereja do bolo. Captando a luz infravermelha, os cientistas vão checar o comportamento de galáxias “bebês” que possuem apenas 500 milhões de anos – calcula-se que o universo tem cerca de 13,5 bilhões de anos. De tabela, se o Hubble ajudar a desvendar o que é a tal da energia escura – uma força repulsiva misteriosa que está empurrando o universo para a expansão cada vez mais rápido – a curiosa aqui agradecerá!