O Ceará é lindo. Além da beleza do interior – pegou? – as praias são de tirar o fôlego. Principalmente, em Fortaleza, a praia de Porto das Dunas. Preciso dizer que ela possui dunas incríveis de areia fininha branca que acabam no mar, fazem divisa com mangues e rios e, droga, com casas e hotéis?
Bom, caminhando em direção ao mar, nessa praia, o piso me chamou a atenção. O complexo Beach Park Suites Resort usou garrafas de vidro para criar a calçada em determinada área que faz divisa com a areia da praia e com o chão acho que de concreto – não sei que material era aquele.
Bacana, não? A areia da praia que a gente, sem querer – mesmo -, leva presa ao nosso corpo, vestuário e acessórios acaba ficando nesse mosaico. E, assim, preenchendo os vãos entre as garrafinhas. Acredito que, devido à calçada, a areia acaba até voltando para a praia. Veja as fotos da tal praia aqui no Flickr do Yahoo! Notícias. Tenha um ótimo feriadão.
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Uma joaninha curiosa!
Essa eu não poderia deixar de postar para um sábado mais colorido. Enquanto escrevia o post anterior aqui no Xis-Xis, essa joaninha dividiu o travesseiro comigo! Eu só percebi depois que desliguei o computador. A criaturinha linda mal sabe o risco que correu de ser esmagada sem querer. Depois de pousar para as fotos – clique na imagem para ampliar -, deixei o bichinho do lado de fora da janela. Creio ser mais seguro e proveitoso. Agora, fui.
As piranhas de Palmas
Uma historinha para descontrair. Já expliquei aqui que dormi em um acampamento durante o Rally dos Sertões. Em Palmas, o lugar foi escolhido a dedo. Ficava em frente à Praia da Graciosa com aquela água azul-turquesa-esverdeado. Logo que cheguei, fui almoçar e me ambientar. Dei uma volta para entender onde estava (!) – a viagem começou para a maioria em Goiás. E, claro, aproveitar para reportar tudo em fotos.
Estranhei, apesar do calor e do rio/ represa convidativo, as pessoas não entrarem na água. E nem haver muitas embarcações como veleiros sobre ela. Mesmo assim, caminhando no píer, parei para molhar o dedo na água. Ainda mexi bem para dar uma refrescada na mão – sabe como a gente faz para chamar peixes? Quem estava por perto parou com cara de interrogação. Hum.
Apenas a noite uma moça que estuda na cidade me explicou: o rio não está para peixe. Mas para piranhas. Por isso, colocaram aquele cercadinho feio (clique aqui para ver foto) no raso, para as benditas não morderem as pessoas. Uma amiga me contou que um colega dela foi atacado bem nessa praia!
Leia a matéria que publiquei sobre o assunto no Yahoo! E veja as fotos da belíssima e pequena praia no Flickr do Yahoo! Notícias.
Obs.: Foi bem nesse lugar da foto do post que coloquei a mão na água.
Veja o Cerrado ameaçado pelo fogo
Tenho tanta coisa para contar sobre o Rally dos Sertões, mas algumas tarefinhas – bacanas e trabalhosas – me exigiram bastante. Bom, um dia antes de embarcar destino Palmas (TO) – de onde começou minha aventura – lembro-me de ver em um telejornal bombeiros apagando o fogo de espaços públicos dentro da cidade – como praças e canteiros. Aquela imagem ficou gravada na minha memória. Pensei: “Como pode?” Inacreditável.
Um dia depois, sobrevoando Palmas…
Quando observei o entorno e a cidade, já do avião, entendi. Primeiro, fiquei pasma positivamente com a cor da represa/ rio Tocantins. Era um azul-turquesa-esverdeado que lembrava Fernando de Noronha. Impressionantemente, lindo – aliás, os rios do Tocantins podem disputar a beleza com os de Bonito (MS). Agora, nas margens… A cor que prevalecia era o preto-queimada. Aí, fiquei triste.
Tudo estava queimado. As vegetações ao lado do aeroporto ainda emanavam fumaça. Inúmeros focos de fumaça preta. Na cidade, canteiros mais canteiros – fazendo divisa com as casas (!) – destruídos. Não diria que eram cinzas, porém fuligens caídas ao chão. Misturadas com tocos, troncos, folhas chamuscando.
Eu vi o Cerrado, que já é ameaçado por nossas plantações, completamente indefeso. Suas árvores belíssimas pareciam mortas em pé. Com meus botões, surge a questão. Certa vez, ouvi um especialista dizendo que, em alguns casos, as pessoas não podem culpar o meio ambiente pelos desastres “naturais”.
Isso porque existem técnicas e estudos que tentam prever possíveis problemas. Sem contar as construções que não respeitam o ambiente que já prevalecia naquele lugar. Coisas óbvias como, por exemplo, construir casas sem fundação em encostas de morros. Um dia, com as chuvas, elas podem desmoronar.
Todo mundo sabe que temos no Brasil períodos de seca. Não seria possível criar algum mecanismo para conter as chamas? Pesquisei sobre técnicas como, inclusive, escavar uma pequena faixa de clareira no entorno de uma reserva para evitar que o fogo a atinja.
Em todos os quilômetros rodados de Palmas até Fortaleza, vi apenas um carro com autoridades observando as labaredas de fogo na margem da rodovia. Creio que estavam receosos delas atingirem os veículos na estrada.
Enfim, feliz Dia 21 de Setembro. O Dia da Árvore.
Observação: As fotos foram tiradas na saída de Palmas, próximo à Serra do Lajeado. Tudo o que é preto foi queimado. Onde há fumaça, há fogo. Veja mais no Flickr do Yahoo! Notícias. Também confira, em imagens, como o Tocantins resiste e é maravilhoso.
O fantástico mundo do sertão brasileiro
O Rally dos Sertões foi uma das coisas mais fantásticas das quais já participei. E, sem dúvida, também o maior perrengue da minha vida. Bom, a corrida é o fio condutor para algo muito maior: a troca de cultura e as paisagens deslumbrantes (meio ambiente). O interessante, e óbvio, é que todas as pessoas que participam de alguma forma de um evento desses – seja como mecânico, médico, motorista – tem detalhes em comum: o espírito aventureiro, a vontade “explorar” o desconhecido e uma imensa curiosidade. Porque, sem isso, zero dois, é pede para sair.
O perrengue. Fui cobrir os bastidores da competição para o Yahoo! – veja as fotos aqui – da maneira mais roots possível, dormindo na Vila Sax. Trata-se de uma “vila” que, como um circo, é montada de cidade em cidade – a competição começa em Goiás e acaba no Ceará, não há uma cidade “sede”. Isso significa que eu dormi em barracas, tomei banho em um banheiro de lona comunitário com quatro chuveiros de água fria – no chão do box, havia uma caixa de água cortada ao meio para pisarmos, vulgo “jacuzi” para os rallyzeiros -, escovei os dentes em um tanque e fiz xixi no matinho – um vaso sanitário para cerca de 100 pessoas que dividiam a vila era inviável em determinadas horas do dia. Às vezes, faltava água e luz. Outras, a vila era montada no asfalto. E, em todas, os veículos que participavam do Rally eram consertados ao lado das barracas durante toda a noite – imagine barulho de motor acelerando e de maçarico até o amanhecer. Quem conseguia dormir entre tantos roncos – inclusive humanos – deveria acordar cedo, algumas vezes antes do sol raiar, para passar o dia chacoalhando na estrada de terra, areia ou asfato esburacado. Fácil.
A beleza. Fui para lugares que nunca imaginei conhecer como Palmas (TO) e Teresina (PI). Juro, até fiquei emocionada ao chegar nesta capital. Segundo minha referência, São Paulo, Teresina era um lugar muito distante sobre o qual não conhecia sua cultura – que é rica e pesquisei antes de pisar lá. Também foi impressionante observar a Caatinga de perto. Aquilo, sim, é sertão. Lugar seco. Solo empoeirado e com pedregulhos. Mata áspera que parece fantasma – ao contrário dos seus habitantes solícitos que conheci no interiorzão do Piauí. O Cerrado também tirou o fôlego. Porém, a cereja do bolo esperada por todos era o Jalapão. Não tive tempo para ir a suas cachoeiras e me banhar em seus rios, nem ver suas dunas. Mesmo assim, o pouco que presenciei é de chorar de lindo – vide foto. Ainda bem que o lugar é um pouco inacessível, uma forma de o manter protegido do turismo predatório. Em seguida, uma surpresa boa foi atravessar um parque estadual – que não encontrei o nome (!) – localizado entre o Tocantins e o Maranhão. Lugar divino. Lá vi araras azuis e canindés voando aos pares. E passei por trilhas como um devido rally off road. Brevemente, incluo também nesta beleza as pessoas que conheci – “locais” e de passagem como eu. Primeiro, a curiosidade entre os habitantes dos povoados mais distantes do Brasil por nós era a mesma que sentíamos por eles. Em segundo, como em um reality show, fomos obrigados a conviver com pessoas de diversos lugares do mundo que acompanhavam a caravana de cerca de 1700 pessoas do Rally dos Sertões. Convivência, entre desconhecidos, em situações extremas 24 horas por dia. Lá fiz grandes amigos. Sejam de uma semana ou de uma vida. O tempo dirá.
Só sei que me senti em um mundo paralelo. Em um Brasil completamente desconhecido dos “cosmopolitas” das capitais do Sul e do Sudeste – sem preconceito, ok? Parênteses: ao chegar em São Paulo, pela primeira vez do avião achei a cidade bonita – o piloto sobrevoou nossas represas. E me senti como se estivesse voltando de uma viagem ao exterior. Com uma nova e completamente diferente cultura na bagagem – sensação parecida com minha volta do meu “mochilão” na Europa. Não sei o quanto isso irá impactar nas profundezas do meu ser – que bonito isso. Agora, para os que só pensam em comprar, digo uma coisa. Vi com meus próprios olhos que essa terra há de comer que quanto menos consumo, mais a natureza é preservada. Paralelamente, o triste, nisso tudo, é ver compatriotas passando necessidades por não terem luz, água encanada e esgoto – vou tentar encaixar isso em ciência ou meio ambiente para relatar aqui no blog e, quem sabe, desta maneira dar uma força para ajudá-los. Vidas secas.
Estórias para dormir sorrindo
É verdade que o perrengue rende as melhores piadas internas e as mais engraçadas histórias – incluindo as coisas mais nojentas. Como, por exemplo, uma “participação especial” minha. Na última viagem de Sobral para Fortaleza (ambos CE), eu, muito cansada, dormia na banco de trás do carro. O motorista e um colega jornalista conversavam sobre viagens – entenda que eu não participava da conversa, pois estava com Morfeu. O jornalista disse que foi para Fernando de Noronha pela Trip – só ouvi essa parte. Acordei e perguntei: “Você foi de dupla hélice?” Ele disse: “Sim”. Em seguida, emendou: “E você? Como foi pela Gol?” Tarde demais. Eu já dormia como um anjo. Após o silêncio, acordei com as risadas deles. E, aí, entendi o que aconteceu.
Rally dos Sertões: aí vou eu!
A partir de amanhã, domingão, vou respirar muita poeira na estrada. Embarco num avião rumo à segunda maior competição de rally do mundo. Avião? Sim. A disputa já começou, vou cobrir o trecho desde Palmas (TO) até… Fortaleza (CE). Maravilha, não?
Para muitos, seria um “programa de índio” – que expressão preconceituosa. Para mim, é algo que desde a primeira prova queria acompanhar de perto – este ano a competição atingiu a maioridade, completou 18 anos. Vou cobrir o evento – surpresa sobre os detalhes – para o portal do Yahoo! Leia as matérias aqui!
Passarei pelo Cerrado, Jalapão (!), Caatinga, verei o capim dourado em seu estado natural, costumes diferentes, culturas ricas e muita pressa. Aliás, deixo a deixa para pesquisar um pouco mais sobre Parque Estadual do Jalapão. Um lugar que reúne dunas, rios de água cristalina, cachoeiras, ainda preservado. Fui! Na volta, trago novidades! Afinal, o esporte é uma maneira de chamar a atenção para a natureza do interior brasileiro.
O que aconteceu com os caranguejos da praia?
Peço ajuda aos colegas biólogos. Desde que começou o outono, reparei que o número dos meus amigos caranguejos da espécie Maria-farinha (Ocypode spp.) – mais conhecido como siri, sirizinho, siri-fantasma (!) – diminuiu no litoral norte de São Paulo. Para mim, antes de qualquer coisa praia é lugar de meditação. De pasmar, mesmo. É uma viagem observar esses bichinhos cavocando ao lado da minha canga ou fugindo enquanto caminhamos a beira mar. Ai, cheiro bom de maresia.
Só que os amiguinhos sumiram… Fuçando sobre o assunto, li em algum lugar que praia com Maria-farinha significa praia limpa. Concordo que a poluição no estado de São Paulo continua aumentando. Mas sumir de uma hora para outra? Chuto que a diminuição dos bichinhos deve estar relacionada com reprodução ou época do ano. Não gostariam do “frio”?
Para piorar, não foram apenas os caranguejos que zarparam. Neste final de semana à noite, fomos curtir um luau na areia fria. A essa hora, como de praxe, o holofote não se volta apenas aos violonistas e afinados – ou desafinados – cantores de ocasião. Justiça seja feita. Quem também brilha no breu da praia se chama plâncton. Já contei aqui que esses seres causam catarse.
Agora, vou te falar. Neste final de semana ficamos a ver navios. Aliás, bem lá no fundão, mesmo. Cargueiros. Os plânctons desapareceram. Mais uma especulação desta curiosa nata. Era noite de lua cheiona. Sua luz refletida do sol também era refletida pelas ondas. Podíamos enxergar nitidamente nossas sombras na areia. É claro que os seres bioluminescentes não apareceriam.
E o mar? Se eu fosse surfista, pegaria tubos. Muito agitado. Como não sou, preferi as noites brindadas ao lado dos meus amigos! Para você, também desejo paz e amor.
Dez lugares para conhecer no Brasil antes de morrer
Muitos brasileiros desprezam o próprio país, incluindo suas descobertas científicas e até as belezas naturais – acredite. Aliás, prefiro concluir que isso se dá devido a falta de educação – formal, mesmo. O que, como consequência, reflete no “novo” Código Florestal – assunto para outro post – e, claro, no desmatamento. Bobinhas essas pessoas. Na matéria que escrevi sobre quais seriam as dez maiores descobertas da arqueologia, figuravam duas brasileiras. Ju-ro.
Uma era a nossa vovó Luzia – “O crânio de 11.500 anos de uma mulher (Homo sapiens), desenterrado em Minas Gerais, revolucionou as teorias sobre a ocupação do continente americano. Sugeriu que os humanos com traços negróides migraram para a América três milênios antes dos antecessores dos índios”. A outra, o Parque Nacional Serra da Capivara – “O homem já vivia na região do Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí, há 100 mil anos – foram cadastrados 1.301 sítios arqueológicos e 292 vestígios como aldeias. No local, duas figuras rupestres possuem 36 mil anos. ‘A descoberta derrubou a teoria de que a América do Norte teria sido povoada inicialmente e somente por volta de 15 mil anos atrás os homens teriam chegado à América do Sul’, explica a arqueóloga Niéde Guidon, diretora presidente da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham)”.
É óbvio que pirei, principalmente, no parque. Afinal, a Luzia está guardada no Museu Nacional/UFRJ, no Rio de Janeiro. Estive lá e não vi o crânio. Agora, as pinturas rupestres do Piauí tenho mais chance de conhecer pessoalmente. E requer o contato com a natureza! Divagando com meus pensamentos – para variar -, concluí que preciso conhecer muitos lugares no Brasil, antes que eles sejam destruídos. Locais de valor, principalmente, ambiental e, consequentemente, científico. Assim, resolvi fazer uma lista com os dez lugares brasileiros que todos deveriam conhecer antes de morrer – ou de serem destruídos.
Priorizei os valores ambientais – ou científicos muito antigos – do país. Infelizmente, ainda não conferi todos com meus próprios olhos. Mas a lista serve para lembrar que temos muito o que preservar e valorizar no Brasil. Haja tempo e dinheiro para tanta viagem. Bom, vamos à lista. E os dez lugares no Brasil para conhecer antes de morrer são:
Abrolhos
O arquipélago é o primeiro parque marinho do país com a maior biodiversidade no mar do Atlântico Sul.
Bonito
Localizado no Cerrado, possui águas transparentes graças ao calcário e abriga fósseis de mamíferos gigantes.
Cataratas do Iguaçu
Suas quedas possuem, em média, 65 m de altura e sua formação geológica data de aproximadamente 150 milhões de anos.
Chapadas
São as formações de relevo mais antigas do Brasil, entre elas estão a da Diamantina, dos Guimarães e dos Viadeiros.
Fernando de Noronha
O arquipélago vulcânico abriga as maiores colônias reprodutoras de aves em ilhas oceânicas do Atlântico Sul Tropical.
Floresta Amazônica
Possui o Arquipélago de Mariuá, maior de água fluvial do mundo, e tudo o mais que a floresta abriga.
Lençóis Maranhenses
São 155 mil hectares com dunas de até 40 metros de altura e lagoas de água doce, raro fenômeno geológico.
Mata Atlântica do Estado de São Paulo
Nesta, eu roubei. Incluo o Petar, com mais de 300 cavernas, a Serra do Mar e o Litoral Norte de beleza indescritível.
Pantanal
A maior planície alagável do mundo, ligado às Bacias do Prata e Amazônica.
Parque Nacional Serra da Capivara
Localizado na Caatinga, possui pinturas rupestres e indícios de que o homem esteve por lá 100 mil anos atrás.
Conheça todas as trilhas de São Paulo
Você sabia que existem várias trilhas submarinas no estado de São Paulo? É a prática do snorkeling – ou mergulho com snorkel – acompanhada por um guia. Uma delas fica na Ilha Anchieta, meia hora de barco de Ubatuba. Para falar a verdade, quando estive na ilha – quando era jovem, brincadeira – não consegui fazer a trilha. A bióloga que acompanhava já havia saído da água.
Na realidade, descobri essa trilha lá. Entrei de gaiato no navio porque meu pai foi escavar uma espécie de antigo engenho de açúcar junto com a orientanda dele. Aproveitei a carona para conhecer a ilha – lê-se fazer trilhas. Claro que fiquei um tempo no meio do mato, naquele calor úmido, acompanhando a escavação. E fazendo mil perguntas sobre como eles sabiam que aquele amontoado de pedras foi, um dia, um forno – devido ao formato e aos restos de pó encontrados dentro dele.
Depois de ter matado a curiosidade, resolvi deixar os pesquisadores trabalhar em paz. Peguei um bote para seguir até a parte principal da ilha, que recebe as escunas e outras embarcações. Além do antigo presídio, que é possível visitar, fiz as duas trilhas: do Saco Grande e da Praia do Sul.
A segunda é mais bacana. O mirante no meio do caminho é de tirar o fôlego – mesmo porque é uma subida, ai como estou engraçada. Ao chegar na praia, encontra-se uma pequena piscina natural formada pela maré. Fiquei sozinha pasmando nos peixinhos coloridos.
Depois, voltei para a outra parte da ilha, em busca de um antigo cemitério que havia no local. Me avisaram: “Não tente encontrá-lo, porque não há trilha e você vai se perder”. Sabe como é… Pensei, “pelo barulho das ondas acho a praia de volta”. Ãham. Dez metros dentro daquela vegetação meio rasteira, já não ouvia o barulho do mar. Não querendo dar trabalho para os bombeiros, retornei.
Dei toda essa volta para contar que existe um site mantido pelo governo do estado sobre todas as trilhas que há dentro das unidades de conservação paulistas. O “Trilhas de São Paulo” possui uma lista com todas elas, o grau de dificuldade, onde ficam, mas não passa muitos detalhes a mais. De qualquer maneira, mostra que o estado ainda oferece mais do que a capital de concreto – graças.
E aí, se interessou pela maravilhosa a ilha? Leia mais sobre o Parque Estadual da Ilha Anchieta aqui. Até a próxima caminhada.
Já pensou em navegar de barco pelo sujo rio Tietê?
Amigo, deixo aqui minhas desculpas pelo sumiço do blog. Muitas coisas acontecem em nossa vida! Além disso, morar em São Paulo é bacana, mas o tamanho da cidade e o trânsito dificultam o que temos a fazer. Bom, deixando as chorumelas de lado, vamos ao que interessa: um passeio de barco pelo sujo rio Tietê. Acredite se puder, eu fiz!
A Rede Ecoblogs, da qual este Xis-Xis faz parte, organizou o “programa de índio” – algumas pessoas falaram que navegar no sujo Tietê é roubada. Eu, como uma perfeita curiosa, sempre quis fazer esse passeio. Assim, é claro que não desperdiçaria a oportunidade. Se quer saber, é uma passeio fedido, mas mágico.
Imagine que bizarro embarcar em plena marginal Tietê, debaixo daquele nó de viadutos que é o Cebolão. Depois, em uma manhã ensolarada, observar a cidade de dentro daquele gigante esgoto a céu aberto. Juro, a gente vê cocôs bioando enrolados em cabelos, troncos e tudo o mais.
Ao mesmo tempo, passa um filme na cabeça que eu nunca vivi. Pessoas mergulhando no rio, competição de remo, gente pescando, velejando até as represas, barzinhos na margem. Como seria o rio Tietê – e o Pinheiros, e o córrego que corta seu bairro – limpo? Um parque de diversões aquático natural. Mais qualidade de vida para toda a cidade.
Escrevi uma matéria para o Yahoo! Brasil sobre o passeio. Leia aqui. Veja aqui, também, as fotos que tirei para o veículo. Um beijo.