Este post é uma participação especialíssima do meu amigo jornalista Luiz Guedes. Apurando por aí, o editor descobriu que existem bicicletas feitas com garrafas pets!
A receita parece simples: 120 garrafas pets recicladas = 1 quadro de bicicleta. Mas para chegar a isso foram necessários 11 anos de muita pesquisa, incontáveis protótipos e quase R$ 4 milhões em investimentos. A ideia inovadora partiu do artista plástico e “inventor” Juan Muzzi, 62 anos, uruguaio radicado no Brasil – que fez fama na década de 1990 após criar uma mola plástica de brinquedo que se tornou febre entre crianças do mundo inteiro… “O projeto nasceu após eu visitar uma fábrica tradicional de bicicletas e achar tudo aquilo muito dispendioso e ultrapassado”, conta Muzzi, que encontrou no lixo uma alternativa mais barata e ecologicamente correta de trabalhar. “Além de reciclar as temidas garrafas plásticas, a Bike Pet polui menos, já que não inclui nem solda, nem pintura na fabricação”, detalha o idealizador, que promete para os próximos meses o lançamento da “magrela verde” no mercado nacional. “Estamos apenas finalizando detalhes logísticos”, garante Muzzi, que já adiantou: “Haverá um desconto especial para quem fornecer as próprias garrafas. E cada quadro terá garantia de 10 anos”, diz. E o melhor de tudo: “Se houver qualquer problema, basta triturar a peça e convertê-la em uma nova bicicleta…”
Crédito da foto e do texto: Luiz Guedes.
Obrigada por ter lembrado deste blog e cedido seu material para publicar aqui!
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Cadê o horizonte?
Vou iniciar uma série de posts “uma imagem vale mais que mil palavras”. Mas, como gosto de falar, segue a legenda. A foto – clique nela para ampliar – foi tirada no fim de semana passado, na rodovia Rio-Santos, no caminho entre Maresias e Barequeçaba. Se já circulou por essa estrada, com certeza se deslumbrou com a paisagem – mar, praias, ilhas – vista do próprio carro.
Los Roques, que que é isso?
A resposta correta para “Que praia é essa?” é… Gran Roque! Um lugar paradisíaco no Caribe em que estive na minha “luna de miel” – sim, casei. Nunca ouviu falar sobre?
Bom, Gran Roque é o nome da maior ilha – onde estão a maioria das pousadas e a “infraestrutura” – do arquipélago Los Roques. Por sua vez, Los Roques está no mar do Caribe, há cerca de uma hora de teco-teco da cidade de Maiquetía, ao lado de Caracas (Venezuela).
O lugar é ma-ra-vi-lho-so. Do avião, antes de aterrissar, é possível ter uma ideia do arquipélago – já que Gran Roque é a maior ilha voando ao norte. Do alto, é possível observar diversas ilhinhas e bancos de areia com e sem vegetação. Também, acredite, dá para ver a sombra do coral no fundo do mar.
Coral, vida marinha, mar azul-piscina transparente, ilhas de areias cremezinhas e uma vegetação baixa. Pronto. Isso é Los Roques.
Holandeses x espanhóis
Os moradores disseram que os primeiros europeus a chegarem em Los Roques foram os holandeses. Tanto que construíram um farol em Gran Roque, lá por 1700 e bolinhas. Dá para subir o morro e admirar a paisagem e a construção. O fato também explica os nomes impronunciáveis – acentuados pelo sotaque dos venezuelanos – de algumas ilhas: Franciskí, Madrisquí, Crasquí e por aí vai.
Em 1792, Los Roques foi intitulado Parque Nacional. Hoje, é a maior área – 2.251 km2 – de proteção natural da Venezuela. Para entrar, você paga uma taxa – como ocorre em Fernando de Noronha. Mas a ilha principal, Gran Roque, é completamente menor que Noronha. É uma vila, sem ruas asfaltadas, onde os ermitões corajosos – aqueles bichos em conchas – passeiam em frente às casas.
Em outro post contarei sobre a infraestrutura – ou não – do local como o que fazem com o lixo, como captam água doce, etc. Afinal, é uma área de preservação ambiental.
Resultado: A foto foi tirada em qual país?
Acertou quem votou na… b) Venezuela. A imagem captei da janela do hotel em que estive na cidade de Maiquetía, na Venezuela. Ela fica próxima à Caracas, como se fosse Guarulhos – São Paulo. Em Maiquetía, está o aeroporto internacional “de Caracas”.
Quando cheguei de avião à Venezuela, já no processo de pouso, bem que achei algo estranho. Entre as luzes das cidades, havia um breu – era noite. Pensei: será que são montanhas? Montanhas, claro – sempre antes de viajar, dou uma estudada no local destino. Durante o dia, me espantei com o tamanho delas.
Antes de desembarcar, estranhava porque Caracas está a uma altitude de aproximadamente 900 metros acima do nível do mar. E, há poucos quilômetros dessa capital, há mar! Quando observei o tamanho das montanhas, que lembravam a Serra do Mar, entendi.
Fiquei encantada com aquela paisagem de tirar o fôlego. Comentei meu deslumbramento com um morador local que disse ser possível ver picos de mais de 2 mil metros de altura na região. Uau.
Pelo pouco que li, lá eles também sofrem com deslizamentos de terra causados por chuvas. A pensar sobre o hermano.
A foto foi tirada em qual país?
Qual a iluminação mais econômica?
Para falar a verdade, nem curto muitas luzes – deve ser porque minha luz interior já é suficiente, brincadeirinha! Tem gente que mal acorda de manhã e já vai acendendo as lâmpadas da casa. Detesto. Primeiro, porque já há luz natural mais que suficiente. Segundo, porque meus olhos ainda estão se acostumando com o novo dia.
À noite, também não gosto de muitas lâmpadas acesas – estou me referindo às internas da casa. Lá vai a chata de novo: primeiro, porque não creio necessário viver em um estádio. Segundo, porque morar em um dia de jogo é ecologicamente incorreto. Além disso, tenho uma teoria com alguma base científica.
Ao menos no meu caso, muita iluminação artificial, principalmente à noite, atrapalha o sono. Sério, quanto mais claro, mais demoro mais para dormir. Para falar a verdade, são famosas as pesquisas que apontam os problemas de saúde que podem surgir em quem dorme com muitas luzes acesas no local do soninho. Certeza que você já leu ou ouviu falar em alguma.
Fim das incandescentes
Tudo isso para quê? Quero contar que estou na fase iluminação do novo apê. Apesar que, pela falta de tempo, só compramos três luminárias, o resto está com uma incandescente pendurada nos fios à mostra ou sem nada mesmo. Ótimo, com o suficiente para morar.
Na hora de escolher as luminárias, além da belezura delas e da sensação de que é de melhor qualidade, pensamos na economia. Poucas luzes, apenas onde é necessário. Vou colocar abajures e luminárias de chão com lâmpadas que utilizam menos energia, para proporcionar um ambiente mais breu/ aconchegante – do jeito que gostamos – e mais eco.
Além disso, um fator fundamental na hora da escolha das luminárias: as lâmpadas incandescentes pararão de serem comercializadas até 2016. Uma conhecida protestou: “Vou fazer um estoque delas, ninguém pode me impedir de usar as lâmpadas que mais gosto.” A portaria foi publicada no Diário Oficial da União, este ano.
De acordo com a portaria, fazem parte da regulamentação as incandescentes de uso geral, exceto: com potência igual ou inferior a 40 Watts; aquelas específicas para estufas – de secagem e de pintura; para equipamentos hospitalares; incandescentes refletoras/defletoras ou espelhadas.
Deixo a dica: antes de adquirir aquela liiinda luminária nova, veja que tipo de lâmpada utiliza.
Segundo o governo, a medida trará economia – escalonada – de aproximadamente 10 terawatts-hora/ano. O que equivale a mais que o dobro alcançado com o Selo Procel. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, no Brasil existem 147 modelos de lâmpadas incandescentes que respondem por 80% da iluminação residencial. Uau.
Quais as alternativas
Práticas? Três: Led, incandescente e vela. Adorei a ideia da lâmpada Led. Acompanhei a evolução da tecnologia – quando foi lançado no exterior o primeiro Led que poderia ser utilizado no lugar da incandescente – desde 2004, quando trabalhei em publicações da área de arquitetura e de iluminação.
Poxa, vi pela primeira vez ao vivo, com soquete igual ao de incandescente, quando um americano diretor dessas grandes empresas da área trouxe exemplares ao Brasil. Naquela época, lá por 2005, nem existiam ainda para uso doméstico. Rapidinho desenvolveram.
Esses dias, vi no mercado para vender por R$70 prometendo uma vida útil – sem queda na luminosidade – de 30 anos. É o que as pesquisas indicavam. Acredito que com a proibição das incandescentes, o preço dessas lâmpadas Leds tende a cair, mas não muito. Olhe, pretendo comprar uminha para testar. Veremos.
Esquecendo a vela – perigoso – e sem entrar na questão das halógenas – que consomem muita energia e emitem calor, apesar da maravilhosa reprodução de cor -, existem as fluorescentes. Algumas são mais amareladas – e carinhas – se aproximando mais da cor das incandescentes – vou colocar desse tipo na cozinha, nos banheiros e em alguns outros pontos. Porém…
As lâmpadas fluorescentes possuem mercúrio em seu interior. Um metal perigoso para a saúde – muito cuidado para nenhuma quebrar na sua mão – e que pode contaminar o solo, a água… É, o tiro pode sair pela culatra. A economia pode gerar a poluição séria do meio ambiente.
Alguns municípios possuem lei sobre o fim para esse tipo de lâmpada. Por exemplo, no estado do Rio de Janeiro, os fabricantes, distribuidores, importadores, revendedores e comerciantes são obrigados a disponibilizar recipientes adequados para o produto e providenciar o descarte em local apropriado ou enviá-los para reciclagem. Sabia? Algo parecido consta na Lei dos Resíduos Sólidos, aprovada no ano passado. Leia inteira aqui – bonita de ser ver.
Porém, para mim, o descarte é ainda nebuloso. Eu não vi muita campanha de conscientização. Então, se você optou ou optará pela lâmpada fluorescente, dê um destino para ela respeitando a saúde de todos. Entre nesse site – oficial da presidência – e veja lá no final da página uma lista de locais para deixar sua fluorescente.
Bom, o que era para ser um post virou um tratado. O último a sair, por favor, apague a luz. Noite!
Apague a luuuuuuz!
É hoje! É hoje! É hoje a Hora do Planeta! Às 20h30, apague todas as luzes e desligue os aparelhos eletrônicos, de preferência, tire da tomada. Infelizmente, este ano não poderei participar porque, no exato momento, estarei no casamento de uma das minhas melhores amigas – ai que emoção!
Está se perguntando que raios é a Hora do Planeta? Trata-se de um ato simbólico, promovido no mundo todo pela ONG WWF, em que governos, empresas e a população demonstram a preocupação com o aquecimento global apagando as suas luzes durante uma hora.
É uma ação que pegou, viu? Ela existe desde 2007. Segundo a instituição, no ano passado mais de um bilhão de pessoas em 4.616 cidades, em 128 países, apagaram as luzes.
Eu fui uma delas! Estava num “esquenta” na casa do meu respectivo. Antes de ir para a balada comemorar o aniversário de um amigo, a mala “obrigou” todo mundo que estava no apê comigo a ficar no escuro. Eles até que se divertiram. Leia mais aqui.
Gostou da ideia? Quer participar? Cadastre-se aqui, no site oficial. Onde, também, encontrará mais informações.
E olhe que bacana. Uma amiga astrônoma, que trabalha no Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), uma instituição super importante para nossos pesquisadores, está aproveitando a “deixa” para falar sobre o problema da poluição luminosa (clique na imagem do post) – para os animais, para a gente que gosta de ver as estrelas no céu e para os cientistas. Acompanhe as discussões no Twitter oficial do órgão. E bom escuro para você!
Site possui banco de dados sobre reciclagem
O Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre – uma associação sem fins lucrativos, voltada ao meio ambiente, mantida por empresas como AmBev, Coca-Cola, Klabin, Nestlé, Pão de Açúcar, Philips, Unilever… ) reformulou seu site, autointitulado o “mais completo banco de informações sobre a reciclagem no país e sua indústria”. Uma das coisas bacanas no endereço é a lista com locais no Brasil inteiro que recebem lâmpadas, produtos eletroeletônicos, pilhas e baterias para destinar à reciclagem.
Também são interessantes os inúmeros dados fornecidos. Exemplo: “46% do papel que circulou no país, em 2009, retornou à produção por meio da reciclagem. Esse índice corresponde à, aproximadamente, 642.300 mil toneladas de papel de escritório.” Além disso, o site disponibiliza valores de materiais recicláveis no mercado, informações sobre coleta seletiva e o cadastramento de cooperativas de catadores de lixo, entre outros. Ah, há, até, venda de manuais abordando como ganhar dinheiro com a reciclagem.
Bom, o site é parada obrigatória para aqueles que pretendem se aprofundar nas questões ambientais. Pense nisso clicando aqui.
2011: Ano Internacional das Florestas
Parece que “nomear” datas – como Ano Internacional da Astronomia (2009), Ano Internacional de Darwin (2009), Ano Internacional da Biodiversidade (2010) – tem surtido efeito positivo. São inegáveis as inúmeras discussões que rolaram em torno dos temas e as atenções dadas para eles.
Assim, Organização das Nações Unidas (ONU) declara que este ano, 2011, é o Ano Internacional das Florestas.
Pelo que andei xeretando por aí, desta vez, o objetivo da ONU vai além de chamar a atenção para o meio ambiente em si. A ideia é discutir a relação do homem com as florestas, principalmente, a questão da pobreza. Afinal, boa parte das matas mais preservadas do mundo estão localizadas em regiões com populações miseráveis – olha “nóis” aí, gente.
Segundo o site oficial – clique aqui –, o Brasil participará da discussão – com tudo certo, mas nada resolvido. Nossa terra prevê organizar un congresso internacional sobre as cidades e as florestas adivinhe onde? Em Manaus, claro. Só que não foram divulgadas mais informações sobre.
Ah, e por hoje não é só, pessoal, 2011 também foi declarado o Ano Internacional da Química e a ONU estabeleceu a data como o início da Década da Biodiversidade. E viva meu bioma preferido: a Mata Atlântica! Vamos comemorar.
O que fazer com o entulho da reforma ou construção
É fato. Qualquer reforminha em casa gera entulho – muito ou pouco, dependendo do que for feito. E você sabe que não pode colocar o entulho junto com o lixo comum para ser recolhido, certo? Se o saco for grande, os lixeiros nem levam.
E, aí, a questão. O que fazer com o resto de madeira do piso, o granito da pia, a sobra do MDF? Bom, o granito consegui entregar para uma empresa da área que reutilizará o material. O MDF reaproveitável está em casa, esperando um uso correto. Caso contrário… será levado junto com as demais sobras para um EcoPonto.
De tanto as pessoas descartarem o entulho gerado por construções, demolições e pequenas reformas de maneira ilegal em locais públicos – como ruas e praças(!), a prefeitura de São Paulo criou EcoPontos. Em outras palavras, um lugar para as pessoas depositarem os resíduos da construção.
Após a entrega ao EcoPonto, esse material, que antes seria lixo ou poluição visual na cidade, é reciclado ou reutilizado. Ufa. Como diz o ditado, “há males que vêm para o bem”. Para saber mais ou ver os endereços dos EcoPontos, clique aqui. E boa casa nova.
Obs.: Se você mora em outra cidade, sugiro entrar em contato com a prefeitura antes de desperdiçar o entulho. Ou, faça como eu, procure ver se empresas da área aceitam o material – de graça ou pagando por ele.