“Uma curta viagem de um próton, mas um salto gigantesco para a humanidade!”, Nigel S. Lockyer, diretor do laboratório Canadá’S TRIUMF, disse, hoje, a célebre frase.
Um, dois, três… valendo! Aperte o botão e lá vamos nós! Os cientistas ligaram aquela gigantesca máquina para fazer o primeiro teste. Jogaram um bando de prótons no buraco e botaram eles para girar. Deu certo! Deram uma voltinha completa.
Às 10:28 do horário local, hoje de madrugada no Brasil, o Large Hadron Collider (LHC) foi acionado marcando um momento histórico. Nós estamos vivenciando isso – do mesmo modo que observamos o 11 de setembro.
A física será dividida entre antes e depois do LHC. Graças a ele, possivelmente confirmarão se o que foi comprovado matematicamente sobre detalhes físicos – como a possível existência do Higgs, uma partícula que deu origem a tudo – faz sentido na prática. Caso contrário, quase tudo o que foi “comprovado” até hoje pode cair por água abaixo. E novos conceitos deverão ser estudados.
“It’s a fantastic moment,” disse Lyn Evans, líder do projeto. “Agora nós podemos olhar para uma nova era e entender detalhes sobre a origem e evolução do universo”, se maravilha.
Apesar da minha brincadeira, não basta apertar um botão vermelho para o colosso funcionar. Ele possui milhares de elementos individuais que precisam trabalhar em harmonia. Os horários devem ser sincronizados em um bilionésimo de um segundo. Vigas de partículas mais finas que um fio de cabelo precisam ser colocadas em linha de colisão.
Como funcionou com sucesso, deu o primeiro passo para que nas próximas semanas os prótons possam ser colocados em colisão. Quando essas “batidas” derem certo, os cientistas deverão calibrar os quatro principais laboratórios que ficam lá em baixo no túnel. Aí, sim, inicar para valer as pesquisas. Espera-se que dentro de um ano apareçam novos resultados. Por exemplo: como surge a massa e o que é a matéria escura.
O LHC foi criado pelo European Nuclear Research Centre (CERN). Dizem as más línguas que os Estados Unidos não participam como estado-membro – como a maioria dos países europeus – porque, há algum tempo, tentou competir e criar um LHC só deles.
Porém, algumas coisas não podemos fazer sozinhos – nem teria graça. Uma máquina dessas é uma delas. Assim, os EUA participam ao lado da Índia, Israel, Japão, Rússia e Turquia como observadores. Apesar que nem isso o Brasil é – e nem por falta de capacidade. Daí, outras más línguas dizem que é problema de investimento em ciência.
Leia aqui uma matéria completa que fiz sobre o tema e aqui um post. VEJA AQUI UM VÍDEO QUE EXPLICA COMO SERÁ CRIADO O BIG BANG. ELE NÃO ENGOLIRÁ A TERRA.
Obs.: Essas fotos foram tiradas agora. São oficiais. Que feliz fiquei com esse post do blog Noticiência – puts, continuo me sentindo! E sorry por ter escrito este post correndo. O dever me chama!