O meio ambiente é um grande negócio

Um produto deveria ter qualidade, marca conhecida e ser barato. A ordem era essa. Agora, também precisa ser “ecologicamente correto”. As empresas que ainda não perceberam a nova característica e valor agregados, a cada dia serão mais “excluídas” do mercado consumidor. E não é apenas uma fase não. Depois, não diga que não avisei…
Veja três novíssimas campanhas ecos de empresas e instituições:

  •  A multinacional 3M do Brasil lança a promoção EcoNomad. Inédita, a campanha facilita a troca de tapetes Nomad usados por novos. Ao adquirir um tapete Nomad, a 3M – por meio de seus distribuidores – comprará, dos estabelecimentos clientes, os tapetes antigos e usados por R$ 27,00 o m², caso sejam tapetes Nomad e por R$ 24,00 o m² os outros. Os produtos recolhidos serão vendidos para empresas de reciclagem, que poderão utilizá-los como matéria-prima para a produção de sacolas plásticas, tubos de PVC, mangueiras, entre outros. A receita gerada pela compra dos tapetes usados será revertida em brinquedos educativos, confeccionados com tapetes Nomad novos. Amarelinhas, jogos da velha e jogos de letras são alguns exemplos doados para a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Veja mais no site: www.ecoNomad.com.br . A campanha começa em 1º de julho e vai até 31 de dezembro de 2008.

 

  • O Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) está promovendo o Brasil durante o Brazilian Film Festival em Roma, na Itália, que faz parte do Circuito Inffinito de Festivais 2008 e apresenta o que há de novo no cinema nacional. Durante o evento, que acabou ontem, foram distribuídas sacolas personalizadas com a Marca Brasil produzidas com papel reciclado.

 

  • Dia 18, sexta-feira, o Ministério do Meio Ambiente (MMA),o  governo do Pará e o setor madeireiro que opera no estado assinou o “Pacto pela Madeira Legal e Sustentável”. Ele visa banir madeira ilegal e de desmatamento de parte da cadeia produtiva do estado. A medida, de caráter ainda local, fortalece iniciativas internacionais, como o atual processo em discussão pela União Européia para barrar a entrada de madeira ilegal no mercado europeu. Estima-se que entre 63% e 80% de toda a madeira produzida na Amazônia seja ilegal.

Ao menos é um bom costume. Quem sabe, assim, não diminuímos nossas pegadas na natureza?
COMENTE TAMBÉM AQUI.

Como “mudar o mundo” sozinho

Não sou ecochata. Nem paranóica com questões ambientais. Mas acredito que todos nós temos direitos e deveres com relação ao meio ambiente. Por isso, adoro e faço questão de escrever matérias sobre o tema – leia uma sobre pegadas de carbono aqui e outra sobre reciclagem ali.
Porém, eu não só falo, também reajo – ó, coloque peso na voz feminina. Recentemente, uma revista semanal publicou uma daquelas matérias sobre “faça você mesmo” algo para salvar a natureza. No meu dia-a-dia, há mais de dois anos, inclui ações para poupar o meio ambiente. São coisas simples que faço já no automático. Claro que de acordo com a minha realidade. Veja como é fácil:
Manhã

  • Não acendo as luzes quando o dia está claro;
  • Abro e fecho rapidamente a porta da geladeira;
  • Quando encho o copo de água para beber, tomo tudo. Não jogo aquele restinho fora;
  • Escovo os dentes com a torneira fechada;
  • Não desperdiço pasta de dente;
  • Aliás, uso tudo até o finalzinho. Shampoo, condicionador, cremes e afins;
  • Abro as janelas para ventilar o ar;
  • Abro as cortinas até o final da tarde para aproveitar a claridade natural;
  • Não uso duas toalhas para me secar depois do banho. Tem gente que pega uma só para o cabelo;
  • Coloco TODO o lixo reciclável à reciclagem. Inclusive o papelão do final do papel higiênico.

Tarde ou trabalho

  • Quando uso aquecedor ou ar-condicionado, fecho todo o ambiente;
  • Desligo a tela ou o computador quando não estou usando;
  • Em saídas de 15 minutos longe dele, também apago a tela;
  • Quando saio do lugar e não tem mais ninguém, como na hora do almoço, apago as luzes;
  • Reaproveito o verso papéis impressos ou escritos como bloco de anotações;
  • Uso canetas, lápis e borrachas até o final;
  • Quando possível, ando a pé;
  • Até o terceiro andar, subo ou desço de escada;
  • Não fico tomando água e jogando copinho plástico no lixo. É um por dia ou um que possa ser lavado;
  • Procuro deixar tudo limpinho para não desperdiçar produtos químicos de limpeza – mas sou limpinha.

Noite

  • Durmo com uma luz fluorescente acesa e não incandescente;
  • Tiro TODOS os aparelhos da tomada ao deitar ou quando não estou usando – isso ajudou a economizar até 30% de energia, se não me engano;
  • Onde não tem ninguém, todas as luzes e aparelhos permanecem desligados – faço isso até na casa do meu namorado;
  • Prefiro cobertas e lençóis de produtos naturais como o algodão.

Demais

  • Reciclo roupas ou dou para quem não tem;
  • Roupas muito detonadas faço de pano de chão;
  • Dou móveis que não preciso ou não quero para quem necessita;
  • Com os eletrodomésticos e eletroeletrônicos faço o mesmo;
  • Procuro comprar as coisas que quero ou preciso quando acaba. Por exemplo, base de rosto tenho uma. Quando acabar compro outra;
  • Não coloco no prato mais do que eu como. Não gosto de jogar comida fora;
  • Não gosto de deixar os alimentos vencerem;
  • Procuro adquirir produtos com embalagens maiores ou que não venham embalados um por um;
  • Como muita fruta, faz bem à saúde e se decompõe mais rápido;
  • Compro pilha recarregável no lugar da outra;
  • Só troco o celular quando ele “morre” de vez;
  • Não vou para a padaria de carro. Ou outro lugar próximo de onde esteja;
  • Prefiro pendrive no lugar de gravar CDs e DVDs;
  • Ao lavar louça ou afins, uso o suficiente de detergente;
  • Cultivo flores em casa. Tenho miniorquídeas lindas;
  • Não compro plantas na estrada, elas podem ter sido retiradas da floresta;
  • Não acelero o carro antes do farol abrir;
  • Ofereço carona;
  • E por aí vai.

Com certeza, existem mais coisas que não lembro agora. Sei que isso tudo não mudará o mundo, mas já é o meu começo.

Sampa terá integração carro-metrô e bicicleta-metrô

Sem dúvida, a melhor notícia do dia! Sei que ainda não dá para dizer isso, mas posso desafogar? ADEUS TRÂNSITO, POLUIÇÃO, ESPIRROS, OLHOS ARDENDO E GORDURINHA INDESEJADA! Sim à baldiação na Sé às seis da tarde! Isso tudo porque o Metrô lançará, ainda neste ano, o projeto-piloto do programa “Metrô Fácil Estacionamento“.
Funciona assim:
Ao pagar o valor do estacionamento com o cartão, o veículo terá direito a 12 horas de estadia e o passageiro a duas viagens – ida e volta – dentro desse mesmo período. Caso ultrapasse as 12 horas, será cobrado R$ 1 a mais por hora. Até o momento, o valor da integração não foi definido, mas a idéia é que seja algo que incentive a integração metrô-carro.
Além de receberem carros, os estacionamentos contarão com espaços para motos e bicicletas. A estação Corinthians-Itaquera terá 250 vagas na primeira fase. Posteriormente, mais 300, totalizando 550 lugares. Na estação Imigrantes, estarão disponíveis aos usários 117 vagas. Por enquanto, só haverá o esquema nessas duas estações.
O cartão poderá ser adquirido e carregado com créditos no próprio local do estacionamento ou em todas as estações do Metrô e postos autorizados da SPTrans. O Metrô pretende instalar 16 estacionamentos, que serão implantados em pontos estratégicos ao longo das linhas. A definição dos locais está baseada em levantamentos preliminares de demanda. Ainda não sei o fatídico dia. Inveje: vou deixar meu carro em casa e ficar com as pernas mais malhadas!
LINKS BALDIAÇÕES PERIGOSAS
Só temos um problema, ou melhor, dois. Se o metrô já é abarrotado, como irá ficar? Alguém já viu ciclovias na cidade? Caro leitor que não mora em São Paulo, delicie-se com o que você está perdendo clicando nos links rosas:

  • Usuária filma sobre o que ela está cansada;
  • O que o maquinista vê;
  • Parece metrô do Japão;
  • Esse dia eu não estava no trânsito;
  • Como é andar de bicicleta em Sampa;
  • “Guerrilheiros” pintam faixa para biquicleta – meu irmão falava assim quando era pequeno!

Serão criados 50 institutos nacionais de ciência e tecnologia

Durante esta 60ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) falou sobre um edital para formar ao menos 50 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia. O Programa será coordenado pelo CNPq e terá, inicialmente, R$ 270 milhões para serem aplicados em três anos. A participação das fundações de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), do Rio de Janeiro (Faperj) e de Minas Gerais (Fapemig) poderá elevar o total para R$ 400 milhões.
Os institutos serão constituídos por instituição reconhecida pela excelência de produção científica ou tecnológica. Que tenha alta qualificação na formação de recursos humanos e seja associada a um conjunto de laboratórios ou grupos de outras instituições. Todos serão articulados na forma de redes científico-tecnológicas. Também, com capacidade de alavancar recursos de outras fontes. 
Sergio Rezende, ministro da Ciência e Tecnologia, disse que mais da metade do centros será destinada a áreas consideradas estratégicas para o país como biocombustíveis, agricultura, saúde, Amazônia, pesquisa nuclear e espacial. Se a quantidade terá qualidade ainda não sabemos. Mas já é um indício de que alguém se preocupa, se interessa e vai investir na ciência. Quado a ciência for realmente reconhecida no país, me sentirei com dever cumprido.

Inacreditável: a ciência do skate

Quem disse que andar de skate não requer a ciência? O site Ciênciadoskate.com – clique aqui – coloca até artigos científicos sobre a prática! Pasmei. Por exemplo, o “Aspectos Psicomotores na Prática do Skate” mostra como trabalhar na escola com o skate com segurança – seria possível? – e conta até a história do esporte.
Veja: “Existem indícios que durante os anos 30 e 40 o aparelho já existia, mas nessa época era utilizado apenas como um brinquedo, onde os praticantes experimentavam as primeiras manobras e possibilidades de movimentos que foram descobrindo. Os movimentos do skate como um esporte foram criados nos EUA durante o final da década de 60 e inicio da década de 70, quando alguns surfistas que andavam de skate começaram a utilizar o skate em rampas retas (planos inclinados) marginais paralelas as quadras de poli-esportivas de alguns colégios e dentro de piscinas de concreto que tinham o fundo redondo em Santa Mônica na Califórnia”.
Um outro artigo, sobre o que o esporte pode fazer pelo corpo, conclui: ” Estes resultados sugerem a existência de equilíbrio músculo-esquelético dos membros inferiores e cintura pélvica, bem como, equilíbrio postural látero-lateral, independente da freqüência de alternância do pé de embalo ou da base utilizada na pratica do skate”.
Adorei, um achado da internet. Alguém conhece algo de patins? Sou adepta das oito rodas…

Três lendas sobre a Araucária

 

O site TeBol, da cidade de Telêmaco Borba – onde nasci! – colocou um link para este blog! Como agradecimento, posto três versões de uma lenda sobre a Araucária e a Gralha-Azul. Para quem não sabe, ambas são símbolos na minha terrinha, o lindo-maravilhoso-sensacional Estado do Paraná. Elas foram publicadas no Guia de Árvores do Brasil, da Online Editora.

A união entre a Araucária e a Gralha-azul
De acordo com estudiosos, a Gralha-azul (Cyanocorax caeruleus) é dispersora da Araucaria angustifolia. Ela transporta as sementes para se alimentar em outro local. Possui o hábito de esconder no solo os frutos para comer depois e acaba, involuntariamente, plantando-a. Por isso, os dois símbolos do Paraná são protagonistas de inúmeras lendas. Confira três versões:
● Certo dia o caçador de uma tribo encontrou uma onça no local onde estava, também, a curandeira da tribo inimiga. Como ele era apaixonado por ela, matou a onça e se aproximou da curandeira que, ao se assustar, desmaiou. Em seguida, os índios da tribo contrária o encontraram à beira do rio com a curandeira nos braços e pensaram que ele havia feito mal à ela. Por isso, o mataram a flechadas. Devido ao amor de ambos, ele se transformou em Araucária e ela na Gralha-azul. As gotas de sangue que pingaram com a flechada tornaram-se os pinhões que o pássaro enterra; as flechas, os espinhos; e o índio, a árvore.
● Descansando em um galho de Araucária, a Gralha-negra acordou com o som dos golpes do machado. Para não presenciar a morte do pinheiro, voou para as nuvens. No céu, uma voz pediu para ela voltar aos pinheirais, pois seria revestida de azul-celeste e passaria a plantar Araucárias. Conforme o desejo sublime, retornou e começou a espalhar a semente da árvore.
● Um Gralha-parda sempre se lamentava humildemente para Deus dizendo que nada valia, que seu trabalho se restava a estragar plantações. Deus, ouvindo o pedido do pássaro, entregou um pinhão para a ave que o prendeu no bico e martelou contra um galho até lascar. Depois, comeu a melhor parte e depositou o restante do pinhão em uma cova rasteira e mal coberta de terra. Quando a podridão consumiu a haste, o broto já havia germinado e nasceu um lindo pinheirinho. Repetidas vezes a Gralha fez isso com as sementes que Deus lhe dava até cobrir o Paraná de pinheiros. Para premiar a ave, Deus a deu uma plumagem da mesma cor de seu manto celestial.
Para entender mais sobre o tema, também indico a leitura do post “A gralha-azul e a araucária“, do blog Guto e Dadá. Obs.: Tirei a foto de uma árvore da espécie em Telêmaco – para os íntimos.

A ciência comprova o amor eterno

“Até que a morte os separe”, dizem os padres há séculos. Toda mulher, por mais feminista/ blasé/ bravinha que possa ser – hãn-hãn -, sonha com um lindo amor encantado que seja infinito e imortal sem apagar a chama – sorry, Vinicius. Psicólogos e cientistas vivem em busca da chave capaz de explicar esse amor eterno. Quem procura, acha.
Segundo um estudo das universidades Saint Andrews (Escócia) e Edimburgo, o hormônio oxitocina ou ocitocina é a causa para a existência da satisfação sexual com uma só pessoa. De acordo com Elisabeth Cornwell, do departamento de Psicologia da Universidade de Saint Andrews, a capacidade de prolongar as relações amorosas dependente desse hormônio. Ele permite modificar milhões de circuitos no cérebro e, assim, influencia a percepção de cada indivíduo. Pessoas que produzem menor quantidade de ocitocina têm dificuldade em permanecer muito tempo apaixonadas.
Liderada por essas moléculas, a química sexual dura em média dois anos. Esse é o tempo da paixão. O amor surge quando a ocitocina toma o lugar das neutrofinas. O desejo dá lugar à ternura. Mas, os psicólogos afirmam que a bioquímica não faz tudo sozinha. Manter a relação depende também da razão, compreensão, habilidade e até do contexto histórico. Eu concordo. Não quero gostar de quem não gosta de mim.
Agora surge outra pergunta. O humano é ou não é poligâmico? Deve haver amostras que tendem a ser poligâmicas e outras não. Nossa, será que venderão essa tal de ocitocina? Por garantia…
Leia matéria completa no Correio da Manhã, de Portugal. Mais informações sobre a ocitocina aqui.

Veja vulcões ao vivo e a cores

Sensacional – porque moro longe! A internet nos proporciona momentos únicos…
Não precisamos mais viajar para ver vulcões “trabalhando”. Alguns centros de pesquisa e monitorização dessas atividades da natureza instalaram câmeras que focam por 24 horas os gigantes. Basta entrar nos endereços dos sites: Apolo 11 – que reuniu vulcões de todo o mundo – e Centro Nacional de Prevención de Desastres (CENAPRED) – do México.
Neste exato instante, o segundo site exibe alerta amarelo para o vulcão Popocatépetl – ativo, localizado a 60 km da capital Ciudad de México. Isso significa que a população próxima deve ficar esperta – no linguajar chulo. Literalmente, se preparar para evacuar a área. Veja aqui o que os moradores devem fazer – em espanhol.
Um amigo meu escalou um vulcão. Disse que foi uma das coisas mais maravilhosas que já fez. Eu ainda vou ver um de pertinho… Tête-à-Tête…

Destruição de áreas úmidas pode acabar com a água

“O desperdício, a exploração indiscriminada, a poluição e o desmatamento comprometem os estoques mundiais. É uma situação que precisa ser transformada”, afirma o pesquisador Paulo Teixeira de Sousa Júnior, secretário-executivo do Centro de Pesquisas do Pantanal, entidade que está organizando a 8ª Conferência Internacional de Áreas Úmidas em parceria com a Associação Internacional de Ecologia e a Universidade Federal de Mato Grosso. O evento será realizado pela primeira vez na América Latina entre 20 e 25 de julho, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, Mato Grosso.
O evento traz a esperança de que os brasileiros percebam a necessidade de políticas públicas mais abrangentes para tratar do assunto. “Estamos sobre o Aqüífero Guarani, o maior manancial de água doce subterrânea do mundo, e até hoje nem há uma regulamentação clara sobre sua exploração. Não podemos prever o futuro, mas com base em informações atuais podemos chegar à conclusão de que há risco para os mananciais de água”, afirma Cátia Nunes, doutora em ecologia e conservação de recursos naturais.
Outro problema enfrentado pelas áreas úmidas é a concepção errônea de que muitas delas são locais sem importância para a natureza. É o que acontece com charcos, mangues, brejos e pântanos. “Estes lugares têm uma grande biodiversidade. Os mangues são o início da vida marinha. Sem eles, que vive da pesca estaria perdido. O Brasil é um país muito grande e cheio de beleza. Acho que é o momento das pessoas olharem adiante e se planejarem para não perder essas paisagens”, alerta Eugene Turner, presidente da Associação Internacional de Ecologia.
O que são áreas úmidas?
Áreas úmidas são ecossistemas que estão em toda parte, inclusive no Cerrado, e têm um papel importante na manutenção dos estoques de água. Algumas também filtram sedimentos e ajudam na purificação da água. “O Pantanal Mato-grossense é um bom exemplo dessa dinâmica. As áreas úmidas funcionam como esponjas. Elas absorvem a água e depois fazem a conexão para o lençol freático, promovendo a redistribuição”, explica. “A destruição desses lugares pode trazer problemas graves”, alerta. Nos rios Reno, na França, e Mississipi, nos EUA, o desmatamento trouxe como conseqüência grandes cheias.
A água potável vai acabar?
Calma! Segundo alguns especialistas que conversei, a água potável não acabará. Não tão cedo! Temos o maior reservatório de água de rios e aqüíferos do mundo. Aí, sim, entra a importância do debate sobre as áreas úmidas.

Biocombustível x petróleo. Qual degrada menos?

Recentemente, o Brasil se destacou com tecnologia própria para fazer carros funcionarem com biocombustíveis como o álcool. Em seguida, alguns meios de comunicação, veja a revista Times, afirmaram que os biocombustíveis são os culpados pelo desmatamento dos últimos anos no país. Ao mesmo tempo, de acordo com “fontes”, a Petrobras ainda vai revelar que a nova descoberta de petróleo na Bacia de Santos é maior do que se diz.
Bom, nessa hora, uma questão apareceu. O que polui menos? Usar o biocombustível ou o petróleo? Complexo… Para tentar solucionar minha dúvida, conversei com alguns pesquisadores. A idéia era deixar de fora dessa discussão a importância econômica de cada um.
Para produzir quantidade suficiente de biocombustíveis para toda a frota de veículos do país – só a cidade de São Paulo possui por volta de 6 milhões – e para exportar é necessária uma área vasta de terra. Nela é cultivada a cana-de-açúcar – de onde se extrai o biocombustível etanol. É importante lembrar que não basta plantar, deve-se considerar o ciclo de crescimento da planta e o tratamento que o solo vai receber. Um processo “natural”, porém que exige desmatamento.
Por outro lado, o petróleo também é natural. “Admite-se que esta origem esteja ligada à decomposição dos seres que compõem o plâncton – organismos em suspensão nas águas doces ou salgadas tais como protozoários, celenterados e outros (…). Estes seres decompostos foram, ao longo de milhões de anos, se acumulando no fundo dos mares e dos lagos (…)” – leia mais aqui.
O problema dele é ser feito de carbono. Este carbono estava quieto lá em baixo do solo. Quando utilizado, vem para o ciclo das substâncias aqui de cima. Aumentando, assim, sua concentração nesta “camada” do planeta – onde nós vivemos com outros seres. De acordo com alguns cientistas, um dia esse carbono será reabsorvido. Mas isso demorará mais de mil anos.
Cientificamente falando, não obtive uma resposta para minha questão. Debati, perguntei, matutei… E nada! Apenas concluiu-se que o uso de ambos devasta o meio ambiente. Ponto. Dada a situação, eu prego o equilíbrio. Nem desmatar demais, nem usar muito petróleo. Volto a apostar nos transportes públicos, nas bicicletas – mesmo que o pneu seja feito de petróleo -, no caminhar, em comprar quando for necessário…
O gasto e o uso de energia é sério. Vou acabar com outro problema. Afinal, quem precisa e pode gastar energia somos nós que estamos virando uma população de obesos. Em 2004, segundo o IBGE, 40% do povo brasileiro estava fora do peso. Que tal comermos melhor, também? Com certeza, parte do que é plantado para fazer comidas não tão nutritivas poderia virar floresta… Sexta, vi um desses eco programas de “reality show”. O cara pedalava para fazer funcionar a torradeira. Que idéia! Ih… outra discussão!

A ciência e o meio ambiente vistos por um olhar atraente e feminino