A nossa “intelligentzia”

Estive na capital capixaba desde quarta-feira e só retornei hoje. No avião, um dos melhores lugares para eu colocar a minha leitura em dia, comecei a ler “War of nerves”, que havia recém-comprado na livraria Borders, em NY. Trata-se de livro de autoria do biólogo e cientista político Jonathan B. Tucker e que aborda a história da descoberta e desenvolvimento das armas químicas desde a I Grande Guerra até a Al-Qaeda. A linguagem adotada é dinâmica e acessível, sem hermetismos ou preciosismos linguísticos desnecessários. Logo nas primeiras páginas, há a descrição da descoberta acidental do gás Sarin pelo químico Gerhard Schrader, que pesquisava novos pesticidas agrícolas. O nome “Sarin” , não sabia eu até então, é derivado do acrônimo dos quatro indivíduos fundamentais em sua descoberta e aperfeiçoamento: Schrader and Ambros of IG Farben and Rüdiger and Linde of the Army Ordnance Office. O uso mais recente dessa arma se deu no ataque ao metrô de Tóquio em 1995, em que morreram 12 pessoas e mais de 6000 foram intoxicadas. Hitler possuía grande arsenal químico, diz Tucker, mas esse fato só foi descoberto pela intelligentzia aliada após o término da guerra. O ditador alemão não teria lançado mão do uso do Sarin por temor dos “inimigos” também possuírem tal tecnologia, o que poderia acabar provocando uma grande dizimação do “raça ariana”, do “povo escolhido”. Se é que se pode dizer isto, sábia decisão e santa ignorância…

Discussão - 2 comentários

  1. Theo disse:

    Amigo,talvez o céu não mais nos proteja, como quer Sloterdijk - 'privado de seu destino, o indivíduo faz uma experimentação fatal consigo mesmo'. A crueldade humana, a irresponsabilidade... Generais ordenando um ataque sem sentido que sacrificará desnecessariamente a infantaria e o que vem atrás dela. Fanáticos se explodindo daqui e dali. Comerciantes bem vistos na comunidade que sequestram a própria filha e mantém os filhos-netos longe da luz do sol e obrigados a andar curvados... Fome, frrrrio, doença, dores e... ainda assim... a gente continua e às vezes se comunica, vezenquando sorri&canta..;.

  2. Anonymous disse:

    Amigo, o gás sarin é muito pouco perto do que se está fazendo. Tenho muito medo!!!

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