Berlim: música entre escombros
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Mstislav Rostropovich faleceu em maio de 2007. A música, sob os regimes totalitários que ceifaram um sem-número de vidas no último século, sempre foi uma das grandes saídas para a maldade irracional produzida por homens bárbaros. O cellista russo abandonou o seu país e, quase que imediatamente, tornou-se o embaixador da Rússia livre. Fez com a música o que Solzhenitsyn fez com as palavras. Em novembro de 1989, assim que soube da queda do muro de Berlim, viajou para lá, e, por entre brechas de blocos de concreto, tocou as suítes de Bach por toda a noite.
Cada quarteirão da Alemanha, cada esquina de Berlim – histórias de um mundo que vive sob a frágil ilusão da racionalidade. O imponderável não é um mero detalhe. E, definitivamente, a vida não é para amadores.
Discussão - 3 comentários
A frase em itálico é frankfurtiana, caro Amigo? Temo que o gris berlinense contaminou-o. Com as idas e vindas psicanalíticas, a eleição da música mais triste no twitter, recomendo um pouco de música dessas ensolaradas paragens. Quem sabe o futebol não o anima? Grande abraço
Caro Karl,você tem razão. O futebol tem me animado bastante. Vejamos se continuará a fazê-lo.Abs!
essa música sempre me dá vontade de chorar (de emoção, karl, não de tristeza - vale a pena). pareada com o relato, imaginando os sons do violoncelo e a emoção do homem em meio ao muro derrubado... as lágrimas se concretizaram.obrigada.