Publicado
23 de out de 2014

Você já deve ter ficado nervoso ao falar em público ou ao conhecer alguém novo. Isso é comum. Mas coisas como essas podem ser obstáculos quase intransponíveis para algumas pessoas. Atendendo a muitos pedidos de vocês que comentam nos nossos vídeos, o tema do vídeo de hoje é a fobia social. Assista o vídeo da semana abaixo ou clicando aqui.
[youtube_sc url=”http://youtu.be/Uf5Bx-Zwlik”]
Referências recomendadas
Clark, D. A., & Beck, A. T. (2010). Terapia cognitiva para os transtornos de ansiedade: Ciência e prática. Porto Alegre: Artmed.
Boa parte do que falamos no vídeo é explorado também nesse manual voltado para os transtornos de ansiedade, tendo entre os coautores ninguém mais ninguém menos do que o fundador da terapia cognitiva, o professor Aaron Beck. Esse é um grande volume que explora os mais diversos tópicos relacionados à ansiedade e é voltado para a preparação de psicoterapeutas.
Nesse texto, um dos maiores nomes da terapia cognitiva atualmente, o professor Robert L. Leary, fala algumas dicas sobre como superar a fobia social.
Esse mesmo autor escreveu um livro que foi traduzido para o Português, chamado aqui de “Livre da ansiedade”. O livro explora de maneira ampla o tema da ansiedade, incluindo na sua discussão a fobia social, suas causas, características e como lidar com ela.
Por fim, vale sempre citar o livro A mente vencendo o humor. Esse livro introduz de maneira simples e objetiva pessoas que não tem nenhum conhecimento em psicologia aos princípios da terapia cognitivo-comportamental e como podemos entender e lidar com diversas condições que geram sofrimento, incluindo a fobia social. Livro recomendadíssimo!
Publicado
2 de out de 2014

A empatia é uma capacidade que nos permite se colocar no lugar do outro e compartilhar a dor ou alegria que alguém está sentindo. No vídeo de hoje, falaremos sobre o que é empatia, como ela se diferencia de algo conhecido na psicologia como teoria da mente e como essas duas capacidades fazem toda a diferença no caso de pessoas com psicopatia e autismo. Veja o vídeo abaixo (ou veja aqui).
[youtube_sc url=”http://youtu.be/aPs6q5vqnFs”]
Referências recomendadas
Singer, T., & Tusche, A. (2013). Understanding others: Brain mechanisms of theory of mind and empathy. In P. W. Glimcher, & E. Fehr (Eds.), Neuroeconomics: Decision making and the brain (2nd ed., pp. 513-532). London: Academic Press.
O capítulo de livro acima faz uma descrição e diferenciação entre empatia e teoria da mente, enfatizando os aspectos neurais subjacentes à essas capacidades. Muito do que citamos no vídeo é explorado nesse trabalho.
De Waal, F. B. M. (2008). Putting the altruism back into altruism: The evolution of empathy. Annual Review of Psychology, 59, 279–300. doi:10.1146/annurev.psych.59.103006.093625
Já esse artigo, embora também focado na empatia, explora mais as questões biológicas e evolutivas da empatia. Muitos trabalhos comparativos com outros animais são descritos no trabalho, bem como algumas das mais influentes teorias da evolução da empatia.
Baron-Cohen, S. et al. (2001). The “reading the mind in the eyes” test revised version: A study with normal adults, and adults with Asperger Syndrome or high functioning Autismm. Journal of Child. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 42(2), 241-251.
Simon Baron-Cohen, um dos maiores pesquisadores sobre o assunto, desenvolveu uma medida de teoria da mente utilizada vastamente na psicologia, as imagens que exibimos no início do vídeo são também usadas nessa medida.
Decety, J. & Ickes, W. (2009). The social neuroscience of empathy. Cambridge: MIT Press.
Por fim, esse livro é uma compilação da pesquisa em neurociência social da empatia nos últimos 20 anos. O simples fato de existir um livro tão específico sobre esse tema demonstra a importância que a empatia têm recebido nessa área.
Também vale citar o livro da Tania Singer sobre compaixão e meditação disponibilizado de maneira gratuita na internet já divulgado aqui no blog, no qual treinamentos de empatia são descritos além de muitos outros temas.
Publicado
23 de set de 2014

Como você decidiu em quem irá votar nessas eleições? E o que você acha que leva as pessoas a votarem em um candidato ao invés de votar em outro? Exploraremos no vídeo de hoje o que às vezes está por detrás das nossas escolhas políticas. Uma dica: nem sempre, essas escolhas são feitas apenas pelos motivos racionais que imaginamos. Veja o vídeo logo abaixo (ou aqui).
[youtube_sc url=”http://youtu.be/gIe4dbl0OcQ”]
Referências recomendadas
Nosek, B. A., Graham, J., & Hawkins, C. B. (2010). Implicit political cognition. In B. Gawronski & B. K. Payne (Eds.), Handbook of implicit social cognition (pp 548-564). New York: Guilford.
Muito do que falamos sobre atitudes implícitas no vídeo é resumido nesse capítulo de livro que revisa as pesquisas sobre vieses automáticos envolvidos na cognição política, explorando muitos outros aspectos além do que exploramos no vídeo.
Todorov, A., Mandisodza, A. N., Goren, A., & Hall, C. C. (2005). Inferences of competence from faces predict election outcomes. Science, 308, 1623-1626.
Esse é principal trabalho científico sobre percepção de competência pela face descrito no vídeo. Os estudos subsequentes reafirmaram e estenderam ainda mais a generalidade desse efeito em outros países.
Sussman, A. B., Petkova, K., & Todorov, A. (2013). Competence ratings in US predict presidential election outcomes in Bulgaria. Journal of Experimental Social Psychology, 49, 771-775.
Esse é um dos último estudos publicados por pesquisadores dessa linha de pesquisa. Esse é o estudo citado no vídeo no qual os resultados das eleições para presidente na Bulgária foram preditos com alto nível pela aparência dos candidatos.
Publicado
10 de set de 2014

Já conhecemos as falácias desde que Aristóteles, um filósofo que viveu na Grécia há muuuuitos anos atrás, sistematizou pela primeira vez uma lista de erros comuns de raciocínio cometidos em debates. Mesmo a humanidade conhecendo tais erros há tanto tempo, continuamos propensos a usar falácias para argumentar e a ser persuadidos por falácias usadas pelos outros. Para não cair mais nesse tipo de armadilha, conheça um pouco mais sobre falácias no vídeo de hoje! Veja o vídeo abaixo (ou aqui).
[youtube_sc url=”http://youtu.be/rjSw-XoL-IM”]
Existem MUITAS outras falácias do que as que abordamos no vídeo. Em época de eleição, vale sempre a pena rever elas e ficar atento durante as falas de políticos! Esse site lista algumas das falácias mais comuns em debates. Também recomendamos conhecer esse site, que descreve bem falácias e de uma maneira mais simples. Essa aqui foi uma das listas mais completas que nós encontramos.
Publicado
3 de set de 2014

Desde há muito tempo, nossa espécie tentou entender onde estamos e como as coisas funcionam à nossa volta. Para isso, diferentes sistemas de compartilhamento de sentido foram desenvolvidos ao longo de séculos e atualmente alguns desses sistemas mais estabelecidos são a arte, a filosofia e a ciência. Hoje falaremos um pouco sobre o que essas diferentes tentativas de entender o mundo têm em comum e o que elas têm de diferente. Veja o vídeo abaixo (ou clicando aqui).
[youtube_sc url=”http://youtu.be/L36LQBJeMP8″]
Referências recomendadas
Jaccard, J., & Jacoby, J. (2010). Theory construction and model building skills: A practical guide for social scientists. New York: Guilford.
Nesse livro, o psicólogo James Jaccard discute como cientistas sociais podem criar teorias para explicar os seus fenômenos de interesse. Em um dos capítulos do livro, Jaccard explora a diferenciação entre os sistemas de compartilhamento de sentido, e foi na maneira como ele abordou essa questão que nós nos baseamos no vídeo.
Sagan, C. (2006). O mundo assombrado pelos demônios: A ciência vista como uma vela no escuro. São Paulo: Companhia das Letras.
O astrônomo citado no início do vídeo é o já falecido Carl Sagan. Ele pode ser considerado um dos maiores, se não o maior, divulgadores da ciência. No livro citado acima, um dos mais famosos dele, Sagan fez uma das suas mais apaixonadas defesas da ciência e da necessidade de conscientização científica da população. E foi lendo livros como esse que eu acabei vindo parar aqui, em um blog e em um canal de divulgação científica =)
Publicado
26 de ago de 2014

Quem nunca se sentiu triste alguma vez na vida? Na maior parte das vezes, é uma tristeza momentânea e que não demora muito a passar. Mas, em alguns casos, essa tristeza pode quase paralisar a vida da pessoa e durar muito tempo. A pessoa pode se sentir mal a maior parte do tempo e por longos períodos, levando-a a perder interesse pelas coisas que lhe traziam prazer. Falaremos hoje sobre depressão no Minutos Psíquicos.
[youtube_sc url=”http://youtu.be/T2XLwjy65LA”]
Referências recomendadas
Beck, A. T. (1997). Terapia cognitiva da depressão. Porto Alegre: Artmed.
Esse foi um dos livros mais importantes sobre a terapia cognitiva da depressão, escrito pelo próprio fundador da terapia cognitiva, Aaron Beck.
Pergher, G. K., Stein, L. M., & Wainer, R. (2004). Estudos sobre a memória na depressão: Achados e implicações para a terapia cognitiva. Rev. Psiq. Clín., 31, 82-90.
Powell, V. B. et al. (2008). Terapia cognitivo-comportamental da depressão. Rev Bras Psiquiatr., 30, 573-80.
Esses são dois artigos em Português sobre a depressão e as características psicológicas da mesma, bem como do tratamento dela por meio da terapia cognitiva e do uso de medicamentos.
Nesse número especial da revista Science sobre depressão, vários trabalhos exploram diferentes aspectos da biologia subjacente à depressão, tais como os dados que descrevemos sobre o efeito do estresse no funcionamento cerebral.
Esse link e esse link são do site da Organização Mundial da Saúde e trazem informações gerais sobre depressão (o site parece estar um pouco instável, então caso não consiga acessar os links, tente de novo depois).
Vale a pena conferir aqui os nossos ídolos do canal ASAP Science que fizeram um vídeo sobre a ciência da depressão
Publicado
21 de ago de 2014

Pode ocorrer uma espécie de tempestade elétrica no cérebro de algumas pessoas. Uma corrente elétrica se espalha desordenadamente por diferentes regiões cerebrais e isso pode ter repercussões bem ruins para quem vive isso. Essa é uma condição conhecida como epilepsia, e hoje falaremos um pouco sobre o que é a epilepsia e os avanços conquistados no tratamento dela. Um agradecimento especial ao Pedro Paulo pela ajuda com o roteiro!
[youtube_sc url=”http://youtu.be/3UXvJ7vUGyA”]
Referências recomendadas
No site da Epilepsy Foundation é possível ter acesso a uma grande quantidade de informações e respostas às perguntas mais frequentes sobre epilepsia.
Catterall, W. A. (2014). Sodium channels, inherited epilepsy, and antiepileptic drugs. Annual Review of Pharmacology and Toxicology, 54, 317–38. doi:10.1146/annurev-pharmtox-011112-140232
Russell, J. F., Fu, Y.-H., & Ptáček, L. J. (2013). Episodic neurologic disorders: Syndromes, genes, and mechanisms. Annual Review of Neuroscience, 36, 25–50. doi:10.1146/annurev-neuro-062012-170300
Leeman, B. a, & Cole, a J. (2008). Advancements in the treatment of epilepsy. Annual Review of Medicine, 59, 503–23. doi:10.1146/annurev.med.58.071105.110848
Esses são três trabalhos recentes de revisão sobre diferentes aspectos relacionados com a epilepsia.
Perez-Reyes, M., & Wingfield, M. (1974). Cannabidiol and electroencephalographic epileptic activity. JAMA, 230(12), 1635-1635.
Cunha, J. M., Carlini, E. A., Pereira, A. E., Ramos, O. L., Pimentel, C., Gagliardi, R., … & Mechoulam, R. (1980). Chronic administration of cannabidiol to healthy volunteers and epileptic patients. Pharmacology, 21(3), 175-185.
Miller J. W. (2013). Slim evidence for cannabinoids for epilepsy. Epilepsy Currents, 2, 81–82. doi: 10.5698/1535-7597-13.2.81
Esses são alguns dos trabalhos científicos sobre o efeito da administração de canabidiol a pacientes com epilepsia.
Publicado
12 de ago de 2014

Neurônios são células especiais que compõem o nosso sistema nervoso e estão por detrás da aparente magia que é o funcionamento da mente humana. Elas são diferentes das células que compõem os outros órgãos do nosso corpo, pois são especializadas na transmissão rápida de informações. Falaremos hoje sobre o que são neurônios, células da glia e sobre um dos processos mais básicos que ocorrem no nosso sistema nervoso – como neurônios transmitem informações uns para os outros. Você pode ver o vídeo abaixo (ou aqui).
[youtube_sc url=”http://youtu.be/XsLNJSshq34″]
Observação (21/08/2014): Nós falamos no vídeo que a sinapse é o ponto no qual o axônio de um neurônio entra em “contato” com os dendritos ou corpo celular de outro neurônio, mas não há um contato físico literalmente falando entre eles. Essa é apenas a região na qual eles se comunicam, ficando bem perto um do outro. Normalmente o espaço entre eles varia de 20 a 40 nm. Agradecemos ao telespectador atento que nos chamou a atenção para isso.
Referências recomendadas
Bear, M. F, Connors, B. W., & Paradiso, M. A. (2008). Neurociências: Desvendando o sistema nervoso. Porto Alegre: Artmed.
Esse é um dos livros didáticos de referência sobre neurociências em Português, para quem quiser começar a estudar mais a sério o assunto, esse é um bom começo!
Publicado
7 de ago de 2014

De quantos grupos você faz parte? Já parou pra pensar nisso? Provavelmente você faz parte de vários grupos, e o que não notamos é que o simples fato de achar que alguém faz parte de algum grupo seu molda muito de como você percebe e se comporta com aquela pessoa. É sobre isso que o vídeo de hoje do Minutos Psíquicos tratará, veja o vídeo abaixo (ou aqui).
[youtube_sc url=”http://youtu.be/fewuAz-ckuA”]
Referências recomendadas
Brewer, M. B. and Silver, M. (1978), Ingroup bias as a function of task characteristics. European Journal of Social Psychology, 8: 393–400. doi: 10.1002/ejsp.2420080312
Essa é a referência da pesquisa sobre a preferência por pinturas do Klee ou Kandinsky.
Aronson, E.; Wilson, T. D. & Akert, R. M. (2002) Psicologia social. São Paulo: LTC.
Esse é um livro importante de psicologia social em Português, e todos os temas e pesquisas citados no vídeo são mais detalhadamente explorados nesse livro.
FIlme: A onda
O filme “A onda” ilustra o processo de formação de grupos muito bem, além de ser um filme muito bom, recomenda-se!
Filme: O senhor das moscas
Esse também é um filme que ilustra a formação de grupos de um jeito até parecido com o estudo do acampamento que falamos no vídeo. Um grupo de crianças sobrevive a um acidente, mas ficam isolados em uma ilha… o que será que acontece?
Publicado
31 de jul de 2014

O que são emoções? Para que servem as emoções? Veja hoje no Minutos Psíquicos um pouco sobre a psicologia das emoções! Veja o vídeo abaixo, (ou aqui).
[youtube_sc url=”http://youtu.be/GyFQj64amhY”]
Agradeço especialmente o Hugo Rodrigues, um aluno de doutorado especialista em emoções que escreveu comigo o roteiro do vídeo! Ainda falaremos mais sobre esse assunto, aguardem!
Referências recomendadas
Ekman, P. (2007). Emotions revealed: Recognizing faces and feelings to improve communication and emotional life. Nova York: Holt.
Esse é um livro de divulgação científica escrito por aquele que pode ser considerado um dos maiores, se não o maior, pesquisadores sobre o assunto. O psicólogo Paul Ekman foi pioneiro no estudo da expressão das emoções e hoje é uma referência mundial no assunto.
Lewis, M., Haviland-Jones, J. M., & Barrett, L. F. (2008). Handbook Of emotions. Nova York: Guilford Press.
Esse é um dos trabalhos acadêmicos mais completos sobre emoções. Trata-se de um handbook sobre emoções. Esse é um tipo de publicação no qual alguns dos principais pesquisadores de uma área (normalmente de um a quatro pesquisadores) se juntam para organizar uma compilação densa e volumosa das pesquisas mais relevantes na área, convidando os pesquisadores mais ativos e importantes de cada linha de pesquisa sobre o tema para escrever um capítulo do handbook. É uma obra, portanto, que sintetiza o conhecimento produzido sobre um assunto até aquele momento.
Schachter, S., & Singer, J. E. (1962). Cognitive, social and physiological determinantes of emotional states. Psychological Review, 69, 379-399.
Esse é o trabalho que descrevemos no vídeo sobre como as pessoas percebiam a emoção que estavam sentindo depois de tomar uma dose de adrenalina na presença de outra pessoa.