Cinco coisas muito úteis para a sua vida acadêmica

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Perca menos tempo usando as coisas certas!

Tempo é um recurso muito valioso e escasso. Na academia, não é diferente. Saber economizar tempo pode fazer toda a diferença, e uma boa organização costuma ajudar a economizar muito tempo. É por isso que no post de hoje vou compartilhar com vocês ferramentas gratuitas que existem na internet que vão te ajudar a economizar tempo e organizar as suas coisas (o que fará você economizar mais tempo).

Essas ferramentas são úteis para qualquer pessoa, independente do seu nível de envolvimento com a academia, mas especialmente pessoas envolvidas com atividades acadêmicas podem se beneficiar bastante delas. Muitas dessas ferramentas não são novas, mas muita gente ainda não as conhece, então aqui vão as cinco ferramentas que podem poupar muitas horas da sua vida!

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O beijo gay do Félix e como a mídia pode ajudar quem precisa

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Ontem, o personagem Félix, de uma novela famosa, deu um beijo em seu companheiro homossexual. Até onde ouvi, a cena de um beijo entre homens em uma novela popular foi algo inédito (ou foi pelo menos bem raro até hoje). Esse “ocorrido” foi recebido de maneira otimista, porém nem tanto, por membros da comunidade LGBT, como é um exemplo o deputado Jean Wyllys que escreveu uma reflexão crítica sobre o tema. Entretanto, esse tipo de exposição “positiva” de membros de grupos que são alvos de preconceito pode ter consequências muito mais interessantes do ponto de vista psicológico do que o ibope de um canal de televisão, as quais eu comentarei daqui há pouco.

Um outro exemplo mais intencional e direto disso é o projeto internacional It Gets Better (“vai ficar mais fácil”). Esse projeto tem o objetivo de dar suporte e esperança a jovens LBGTs ao redor do planeta que sofrem discriminação. No site do projeto, é possível encontrar mais de 50.000 vídeos de pessoas com diferentes orientações sexuais encorajando os jovens a acreditar que “vai ficar mais fácil” (entre essas pessoas, o presidente norte americano Barack Obama marcou presença com um vídeo. Também vale a pena ver o relato de um vereador do Texas sobre a sua experiência pessoal).

A exposição favorável do Félix ocorrida na novela e esse projeto são dois exemplos de como a mídia pode, mesmo que não intencionalmente, oferecer suporte a grupos enfrentando discriminação. Mas como será que esses jovens percebem esse tipo de mídia? Será que eles se sentem realmente mais apoiados e esperançosos? A princípio, tudo indica que sim, mas será que algumas formas de comunicar esse suporte podem ser mais benéficas do que outras?

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Sete razões para buscar um treinamento quantitativo avançado

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Imagem: psdGraphics

No nível da pós-graduação, métodos quantitativos são provavelmente o único treinamento comum entre as subdisciplinas da psicologia; sua sequência de treinamento estatístico no primeiro ano provavelmente incluiu alunos de psicologia biológica, social, clínica, cognitiva, do desenvolvimento e da personalidade. Enquanto todos nós somos treinados no básico da análise de variância (ANOVA) e regressão múltipla, construir uma ciência psicológica mais forte exige que melhoremos as ferramentas analíticas dos psicólogos. Aqui estão sete razões convincentes do porquê todos deveriam buscar um treinamento adicional:

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Aqui estão os seus links (23/01/14)

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Os primeiros links de 2014 (junto com alguns de 2013, já que faz tempo desde os últimos links postados)!

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Resultados de replicação colaborativa em psicologia são otimistas (mas nem tanto)

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Será que os psicólogos já podem comemorar? Só um pouquinho (Foto: Pixabay).

Vem chegando o clima natalino, as festas de ano novo, os fogos de artifícios… mas os psicólogos ao redor do mundo andavam meio para baixo nos últimos meses… sem muitos motivos para comemorar. Isso porque diversas polêmicas acerca da falta de replicabilidade de pesquisas na psicologia e casos envolvendo fraudes em publicações andaram manchando a imagem da área e levantando suspeitas acerca das suas pesquisas (para saber mais sobre isso, ver aqui e aqui). Mas os resultados que acabam de ser divulgados do projeto de replicação ManyLabs (“vários laboratórios”) indicaram que talvez a coisa não seja tão ruim quanto alguns pensaram (e afirmaram). Por isso, agora os psicólogos podem preparar as suas champanhes para o fim do ano e comemorar (só um pouco)! Mas então o que é o tal do projeto e o que ele mostrou?

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Vai começar a 43ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia

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Eis que a reunião anual da Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP) está para começar! Esse ano o congresso ocorrerá em Aracaju do dia 23 a 26. Esse é um dos congressos mais importantes (se não o mais importante) de psicologia no Brasil e apesar de eu ter ido a todas as reuniões anuais desde comecei a graduação, essa foi a primeira vez que eu tive a ideia genial de divulgá-la aqui (antes tarde do que nunca!).

É uma ótima oportunidade para alunos de graduação, pós-graduação e pesquisadores criarem contatos com outros profissionais da área, conhecer o conhecimento que a comunidade psicológica Brasileira está produzindo atualmente e ter também um feedback dos seus pares a partir da apresentação de trabalhos seus em formato de painéis, apresentações orais e outras modalidades. A reunião normalmente conta também com convidados do exterior, como membros da American Psychological Association (APA) e professores de grandes universidades. Independente da área específica pela qual você se interessa, vale a pena viver essa experiência e certamente alguma atividade ou trabalho poderá te interessar na reunião ou te levar a novas reflexões sobre diversos assuntos. Ainda dá tempo de comprar as passagens e se inscrever no congresso! Até lá!

Livro sobre meditação e compaixão livre para download!

Titel.English.iPadFoi com muito entusiasmo que vi na revista Science esses dias uma matéria sobre meditação e compaixão (ambos temas centrais no meu mestrado \o/). A matéria explorava a pesquisa da professora Tania Singer, uma das mais importantes pesquisadoras atualmente no campo da neurociência social da empatia. Ela está conduzindo um estudo de grande porte para testar se a compaixão pode ser treinada e cultivada por meio da meditação. Ela também pretende entender o que ocorre no nosso cérebro enquanto realizamos meditação. Foi nessa matéria também que descobri que ela editou um livro com Matthias Bolz sobre a prática e a ciência da compaixão e disponibilizou o livro online para qualquer pessoa no mundo fazer o download totalmente de graça. O livro parece ser interessante tanto para praticantes iniciantes quanto avançados de meditação, bem como para pesquisadores ou apenas curiosos pelo tema da compaixão. Portanto, se você quer saber um pouco mais sobre a ciência da compaixão e da meditação ou apenas deseja conhecer um pouco mais dessa prática, esse parece um ótimo livro para começar! Ainda não o li, mas em breve estarei comentando sobre ele por aqui! Você pode baixar o livro aqui.

Mas isso funciona mesmo?

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Como saber se um tratamento é realmente eficaz?

Como saber se um tratamento médico realmente cura uma doença? Ou saber em que nível jogos eletrônicos são capazes de influenciar o comportamento agressivo das pessoas? Quando cientistas tentam responder a essas perguntas, normalmente são feitas diversas pesquisas ao redor do mundo. Alguns encontram que “sim”, o tratamento médico realmente parece curar a doença, enquanto outros encontram que “não”, o tratamento tem um efeito muito pequeno na melhora dos pacientes, só funciona para um grupo específico de pacientes ou não tem efeito nenhum.

Se alguns estudos concluem que “sim” e outros que “não”, algo comum na ciência, como podemos chegar a uma conclusão sobre se, por exemplo, um tratamento médico é realmente eficaz no tratamento de uma doença? Considerando as importantes implicações práticas que uma conclusão como essa pode gerar (e.g. implantação do tratamento na rede pública, gastos do governo), seria importante que tivéssemos algum método confiável em mãos para enxergar o que todo um conjunto de estudos tem a dizer sobre a eficácia de um tratamento (por exemplo, a eficácia de antidepressivos no tratamento da depressão). Felizmente, a estatística, a ciência do significado dos dados e de como usá-los para entender como as coisas funcionam, dispõe de uma poderosa ferramenta para avaliar o que um conjunto maior de evidências produzidas em diferentes estudos mostra. Essa ferramenta se chama meta-análise. Agora calma, respire funde e não pare de ler esse texto ainda! Prometo que você não verá nenhuma equação aqui! Eu sei que o nome não é muito atraente… mas a ideia básica não é difícil de entender e a sua utilidade é tão grande que vale a pena tentar entender pelo menos um pouco do que é uma meta-análise. Quem sabe depois disso você mesmo não pense em fazer uma meta-análise (ou, mais provavelmente, cortar os seus pulsos) sobre algum assunto que te interessa!

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Aqui estão os seus links! (12/09/13)

Aqui estão os seus links!

Aqui estão os seus links!

Alguns acharam que eles tinham acabado… mas aqui vai mais um rodada de links!

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No banco dos réus: Reflexões sobre o impacto de jogos digitais no comportamento humano

Autor: Maurício Miranda Sarmet (autor convidado)*

No último dia 06/08, foi publicada no site da Folha de São Paulo a informação que o jovem suspeito pela morte dos pais, avó e tia utilizava, em seu perfil da Facebook, imagens do jogo Assassin’s Creed. Rapidamente, várias mensagens nas redes sociais criticaram a notícia, uma vez que ela associava – mesmo que indiretamente – o jogo a um comportamento violento. Várias piadas do tipo “Se o jogo influenciasse o comportamento, eu seria um encanador por jogar Mário” ou “Jogo jogos violentos desde pequeno e nunca saí matando ninguém” circularam (e ainda circulam) por aí. Além das piadas, circula a preocupação de que o jogo possa, de alguma forma, ter algum papel nesta história trágica.

 Essa não foi a única (nem a última) matéria desta natureza a ser divulgada nos meios de divulgação de massa. Assim como foi com o rádio, o cinema e a televisão, especula-se o tipo de influência que o videogame pode ter na mente e no comportamento de crianças, jovens e adultos expostos a eles. No entanto, mais do que uma questão comercial ou ideológica, trata-se de uma questão cuja resposta passa por um raciocínio empírico. Ou seja, é necessário um conjunto de estudos sistemáticos sobre o tema para chegarmos a alguma conclusão. A boa notícia é que já existem vários estudos sobre consequências positivas e negativas da exposição a jogos eletrônicos. A má notícia… bem, essa eu comentarei ao longo do texto, e nem é tão má assim (pelo menos no meu ponto de vista).

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