Pessoas com tetraplegia conseguem controlar braço robótico pela mente

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Pela primeira vez em 15 anos, Cathy Hutchinson foi capaz de tomar novamente o seu café matinal por conta própria, embora ela ainda não tenha recuperado o movimento pleno das pernas ou dos braços. O que permitiu este feito foi o uso das tecnologias mais avançadas atualmente de interface entre o cérebro e as máquinas. Cathy usou apenas o seu pensamento para controlar um braço robótico capaz de pegar o copo e levá-lo até a sua boca. O vídeo acima mostra Cathy manuseando o braço e o relato dos cientistas envolvidos no projeto.

ResearchBlogging.orgEsta foi a primeira demonstração que indivíduos com tetraplegia de longa data podem ser capazes de manusear um braço robótico a partir dos sinais neurais emitidos por uma região específica do seu cérebro, relacionados à sua atividade mental. Esta grande realização foi relatada em um artigo na revista Nature esta semana. No estudo, duas pessoas com tetraplegia de longa data e sem treinamento prévio foram capazes de realizar com sucesso movimentos tridimensionais com um braço robótico.

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Ser otimista é saudável?

Romance protagonizado por "Pollyanna", uma menina cuja filosofia de vida é sempre encontrar algo para ficar contente

“Pense positivo”, “vai dar tudo certo, você vai ver”, “isso não vai acontecer com a gente, a probablidade é muito pequena”. Estes exemplos são familiares para você? Já ouviu isso de alguém hoje (ou ontem)? É cotidiano observar a capacidade que muitos de nós possuem de ser extremamente otimista, mesmo quando existem evidências claras de que deveriamos estar mais preocupados com o que está por vir.

Seja em relação ao contágio de doenças, ao furto de bens ou à acidentes graves, o ser humano parece tender a ver tais riscos como distantes de si e improváveis. Ser otimista já foi relacionado em alguns estudos com uma série de efeitos psicológicos benéficos, como menor ansiedade e melhor bem-estar. Este excesso de confiança, todavia, pode nos tornar ainda mais vulneráveis do que já somos, exatamente por pensarmos que não corremos certos riscos e não tomarmos ações necessárias de precaução.

O otimismo pode ser entendido tanto como uma superestimação de eventos futuros positivos quanto uma subestimação de eventos negativos futuros [1]. O que alguns estudos recentes tem indicado é que nós somos propensos a apresentar um otimismo exagerado, “irrealista”, em relação à eventos futuros [1,2]. Na psicologia social, uma propensão similar à esta já havia sido identificada nos anos 1970 e batizada de crença em um mundo justo [3]. Obviamente, esta crença (a de que o mundo é inerentmente justo) é bem otimista em relação à realidade cruel que salta aos nossos olhos diariamente, quando lemos ou ouvimos um noticiário. De acordo com esta ideia, as pessoas acreditam que o mundo é fundamentalmente justo e que coisas ruins acontecem com pessoas ruins – todos passam pelo que merecem [4].

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Enterrados por Más Decisões

A espécie humana se encontra hoje em uma situação grave em relação ao seu ambiente. São problemas sérios a serem enfrentados e que oferecem riscos para a nossa sobrevivência, como o aquecimento global, a expansão populacional, a escassez de recursos naturais e a destruição de florestas.

Mesmo com uma capacidade de raciocínio lógico tão suprema no reino animal, não fomos capazes até aqui de cuidar do nosso ambiente de forma sustentável, mesmo que soubessemos o que deveriamos fazer já há algum tempo. Nossas péssimas decisões no passado poderão ter consequências drásticas para a vida da nossa espécie na Terra.

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O psicólogo social Daniel Gilbert da Universidade de Harvard explica em um recente artigo publicado na revista Nature que possuimos cérebros otimizados para buscar comida e parceiros na savana africana, mas não tão bons para estimar consequências de longo prazo ou o impacto do consumo excessivo de recursos (Gilbert, 2011). Somos “pré-programados” para tomar decisões baseadas em necessidades de curto prazo. Continue lendo…

Bebês têm noções de moralidade?!

Muito se discute hoje em uma área de pesquisa da psicologia chamada de Moral Psychology (Psicologia da Moral) sobre os aspectos genéticos e culturais envolvidos no desenvolvimento do julgamento moral e das noções de certo e errado que nós temos sobre os nossos e os comportamentos dos outros.

Por muito tempo uma idéia dominante foi a de que esses padrões de moralidade só podem existir através de um aprendizado formal, alguns chegando até a afirmar que só através de uma educação religiosa isso é possível e que sem a religião nós seríamos selvagens, violentos e desumanos.

A despeito das nações mais desenvolvidas hoje em dia serem as menos religiosas (e.g. Suécia, Noruega, Dinamarca), como descreve Phil Zuckerman em seu livro Society Without God, esse argumento ainda vêm sendo usado, até mesmo pelo pobre papa Bento XVI, em várias declarações infelizes recentemente, apontando o dedo para novos inimigos (ateus) na tentativa de mostrar a importância da igreja no mundo e tirar o foco da atenção nos casos de abuso sexual que há muito tempo a igreja vêm abafando nos seus bastidores (aonde está essa moralidade tão imponente que a educação religiosa oferece nesses padres abusadores de criancinhas?).

ResearchBlogging.orgUm artigo publicado em 2007 na Nature, uma das revistas científicas mais importantes no mundo e de maior impacto, traz dados sobre a “avaliação” de comportamentos sociais por parte de bebês de 10 e 6 meses de idade. Os resultados indicaram que ao observar uma interação entre um boneco que ajudava o outro a subir uma montanha e um boneco que atrapalhava o outro a subir uma montanha, mais de 90% dos bebês escolheram o boneco que ajudava o outro a subir a montanha. Mais precisamente, 14 dos 16 bebês de 10 meses de idade e 12 dos 12 bebês de 6 meses de idade escolhiam o boneco que havia ajudado o outro na interação que o bebê tinha assistido. Continue lendo…