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Passeio virtual é novidade do Google Maps

Ai, estou até emocionada! Lendo o jornal El País, me deparei com mais uma novidade do Google. A empresa lançou um sistema onde é possível navegar pelas cidades, como se realmente estivesse andando por elas.
A instituição passou meses fotografando ruas da América do Norte, Europa, Japão e Austrália. O resultado é sensacional. Dá para ver direitinho as luminosidades, as arquiteturas, as pessoas, os climas, as modas… Apenas os cheiros das cidades européias e a sensação de caminhar ainda são indescritíveis – *suspiro*.
No Google Maps, clique em “Street View” ou “Vista da Rua”. Em seguida, escolha uma das camerazinhas que aparecem no mapa para começar o passeio. Arrastando o bonequinho com o mouse é possível pular quarteirões. Quem nunca teve essa idéia coloque o dedo aqui, porque já vai fechar!
Agora, pude matar a saudade do meu futuro lar quando eu for senhora. Afinal, quem casa quer Casa Batlló. Não custa sonhar, minha gente!
Leia a matéria em espanhol, claro, aqui. Navegue pelo “Street View” ou “Vista da Rua” aqui.
Mais uma dica: O El País possui vários blogs interessantes. Um deles, chamado Mundo Insólito, é divertido, crítico e também publica notícias sobre ciência. O post sobre caças soviéticos encontrados no quintal de uma igreja é hilário. Só vendo aqui.

Planta escreve no Japão


Depois dos animais falarem, é a hora das plantas escreverem. Lá no Japão, em um restaurante bem gracinha chamado Donburi Cafe Dining, a plantinha Midori-san posta (!) diariamente no seu blog. Veja bem: trata-se da primeira planta que escreve em um blog!
Para tal proeza, a companhia Kayac e o laboratório Hiroya Tanaka, da Universidade de Keio, criaram um “sistema de interface da planta”. Sensores na superfície “lêem” a leve corrente bioelétrica que flui em toda a superfície das folhas. Captando, dessa maneira, os pensamentos da mocinha. Em seguida, tais sentimentos são postados uma vez por dia.
Se você for até lá e tocar delicadamente a Midori-san, ela dirá a química que existe entre vocês. Em seguida, poderá tirar uma foto com ela, transferir para o celular e, então, postar no seu blog.
Agora, para tratar a plantinha à distância, existe um widget do lado direito do blog – pode colocar no seu. Digite uma palavrinha de amor e clique em “OK”. Pronto, as lâmpadas fluorescentes acenderão para tratar a Midori-san com uma dose de luz. Ah, e no quadrinho aparecerá – em japonês, claro – a palavra: “Arigatoo”. Afinal, a planta agradece.
Veja o blog da planta aqui. Sem ofensas, coisa de japonês, né?
Obs. 1: Aliás, algum biólogo conhece essa espécie de planta?
Obs. 2: Roberto Carlos, e há quem duvide de que as plantas sentem e se comunicam… Sayoonara!

Software interpreta a fala dos animais

-Tô com fome, disse a galinha.
-E eu tô com frio, reclamou o porco.
-Fiquem quietos, vocês me deixam estressada!, a vaca.
Por meio de uma técnica agrícola chamada zootecnia de precisão – análise de imagens do comportamento de animais -, um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), desenvolveu um software capaz de interpretar a vocalização dos animais suínos, bovinos e aves. Ele identifica se estão com frio, fome ou sob algum tipo de estresse. Claro que não é igual esse diálogo que criei…
“A busca pelo bem-estar tornou-se preocupação recorrente dos produtores, não somente para atender a demandas de exportação, como para se adequara novos paradigmas do setor”, diz a pesquisadora e coordenadora do projeto, Irenilza de Alencar Naas. A voz dos bichinhos fornece dados sobre o bem-estar do animal, seu estado de saúde e a adaptação social de forma não-invasiva.
O software foi desenvolvido por alunos no Laboratório de Conforto Térmico da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp e permite a gravação e configuração dos dados. “Em uma fazenda comercial no estado de São Paulo gravamos os sinais de vocalização de suínos. O software nos permitiu analisar e interpretar a dos leitões em situações estressantes e não estressantes, apresentando resultados distintos da caracterização dos sons emitidos em ambas as situações”, explicou a pesquisadora Daniela Moura, que participou do grupo.
Exemplos
Em um experimento, os pesquisadores separaram cinco bezerrinhas em dois grupos em função da idade. “As mais jovens apresentam maior estresse com a separação da matriz (mãe)”, explicou o estudante de engenharia agrícola, Rafael Augusto da Silva, bolsista de Iniciação Científica do CNPq. Segundo o estudante, a separação dos bezerros no manejo de vacas leiteiras é importante na produção comercial de leite. Eles são mantidos em baias individuais para evitar comportamentos como a agressividade. Agora, como foi comprovado que eles ficam tristonhos, esse manejo deve ser adequado às novas normas de bem-estar animal para não haver comprometimento futuro.
De acordo com Daniela, a comparação dos parâmetros do som gravado revela a diferença dos gritos dos leitões. Os pintinhos, por sua vez, nas primeiras três semanas piam menos quando expostos a um ambiente com conforto térmico. Se a temperatura diminui, eles mandam ver na “piadeira”. O software está em fase de patente e, segundo o CNPq, terá um custo barateado.

Saiba os sintomas desconhecidos da depressão

Depressão é uma doença difícil para quem tem ou convive com alguém nesse estado. Daqui alguns anos, mais que um terço da população mundial sofrerá do mal. Dores vagas e difusas, cefaléia, dor nas costas, problemas digestivos, alterações no apetite e fadiga podem estar relacionados a única doença.
Dados sobre a relação entre depressão e dor foram divulgados no último Encontro Mundial da Associação Americana de Psiquiatria, realizado entre 24 e 26 de maio, em Atlanta, nos United States of America. A pesquisa revela números importantes que indicam a falta de diagnóstico adequado da depressão, além da negligência por parte de médicos e pacientes em relação ao assunto. Algumas delas:

  • 72% dos pacientes não sabiam que dores vagas ou difusas, de cabeça, nas costas ou mesmo distúrbios gastrintestinais também eram sintomas da doença;
  • Somente 38% dos médicos acreditam que as dores físicas são sempre ou na maioria das vezes um sintoma deste mal;
  • 30% dos pacientes apresentam os sintomas físicos dolorosos por mais de cinco anos antes de receberem diagnóstico apropriado. Além disso, chegam a procurar um médico cerca de cinco vezes até ser constatado o quadro depressivo.

Sobre a depressão
A depressão interfere na habilidade para trabalhar, estudar, comer, dormir e apreciar atividades antes agradáveis. Tem como uma de suas causas uma disfunção no sistema nervoso central – cujo resultado é um desequilíbrio nas concentrações de serotonina e noradrenalina – daí, fazer exercício físico é uma boa.
Os dois neurotransmissores têm um papel importante no aparecimento e equilíbrio das emoções assim como na percepção de estímulos dolorosos relacionados à depressão e, portanto, aos sintomas físicos e emocionais mencionados anteriormente.
No tratamento da depressão é fundamental que a resolução dos sintomas – físicos e psíquicos – seja total. Isso diminui o risco de recaídas do paciente. Afinal, a pessoa pode ter quadros críticos da doença em várias fases da vida. “Mente sã, corpo são”. E vice-versa.

Energético: os dois lados da latinha

Na primeira vez que cobri o SPFW, mergulhei nos energéticos. Tinha um frigobar lotado deles na redação. E de graça. Nos últimos dias eu tomei tanto, mas tanto, que quase fiquei rosa. O que seria um luxo, vai. Bom, só sei que, no outro dia… Meu estômago não podia mais ver a marca nas ruas. Agora, pintou uma informação curiosa sobre eles. E, recomposta, continuo tomando.
Os energéticos possuem carboidrato – ai que engordativo! -, cafeína e taurina – usada devido ao seu efeito desintoxicador, facilitando a excreção pelo fígado de substâncias não mais importantes e intensificando os efeitos da insulina, mas quem tem problema hepático ou renal deve tomar cuidado. Geram, mesmo, um efeito estimulante voltado ao estado de alerta do corpo.
“Os energéticos são grandes influentes à capacidade de diminuir a sonolência durante um certo período”, afirma o nutrólogo Maximo Asinelli. Normalmente, são fabricados em unidades de 200 a 250ml. Se ingeridos em pequenas quantidades, podem ser insuficientes para que o estado de alerta seja restabelecido.
“A cafeína só gera o efeito estimulante se consumida em uma proporção de seu peso corporal vezes três. Para que seja perceptível os efeitos um homem de 80kg, por exemplo, deve consumir no mínimo 240mg de cafeína”, explica – mas tenho certeza que o cafezinho matinal me faz acordar das noites passadas em branco trabalhando.
Se ingeridos em excesso, os energéticos podem causar efeitos colaterais como aumento do batimento cardíaco e insônia – puxa, experiência própria. Além disso, a cafeína acelera também a perda de cálcio, magnésio e potássio, o que pode facilitar o surgimento de câimbras.
“Como essas bebidas diminuem a absorção de cálcio pelo organismo, futuramente podem causar uma perda de massa óssea. O certo é manter um controle. Os energéticos criam fortes dependências por serem compostos, em maioria, por cafeína e isso pode trazer conseqüências maléficas ao organismo”, finaliza o nutrólogo.
Obs.: Essa foto tirei em uma balada fashionista, no Love Story.

O que acontece quando morremos

Por enquanto, ninguém voltou para contar. Mesmo quem acredita em reencarnação não sabe dizer como foi morrer – e o que aconteceu após o fato. O que os estudiosos, principalmente psiquiatras e psicologistas, fazem é pesquisar o estado da mente de quem está quase morrendo. Ou de quem “morre” e, depois, vive para contar.
O médico Sam Parnia é um dos especialistas mundiais em estudos científicos sobre a morte – ou o estado da mente humana em experiências de quase… morte. De acordo com uma matéria publicada este mês no jornal inglês Guardian – leia aqui – médicos de 25 hospitais do Reino Unido e dos Estados Unidos irão estudar 1.500 pacientes em estado terminal para entender a natureza das experiências “fora do corpo”.
O estudo deverá durar três anos, feito em parceria com os médicos Peter Fenwick, Stephen Holgate e Robert Peveler. Teve início na universidade de Southampton, que leva o nome da cidade onde está localizada, na Inglaterra – leia ainda mais sobre o estudo aqui. Uma série de recentes pesquisas científicas mostrou que entre 10% e 20% das pessoas que passam por ataque cardíaco e morte clínica fazem um relatório lúcido e bem estruturado dos processos de pensamento, raciocínio, memórias e, muitas vezes, lembram, detalhadamente, dos acontecimentos durante o seu encontro com morte.
“A morte não é um momento específico. É um processo que começa quando o coração para de bater, o pulmão de funcionar e, consequentemente, o cérebro também. Uma condição médica denominada parada cardíaca que, a partir de uma perspectiva biológica, é sinônimo de morte clínica” explica Parnia. “Durante um ataque cardíaco, todos os três critérios de morte estão presentes. Só após um período de tempo, que pode durar de poucos segundos a uma hora ou mais, em que a emergência médica de esforços bem sucedidos muda o processo de morrer”, diz. “A experiência das pessoas, durante esse período, fornece a única compreensão sobre a morte”.
No estudo, os médicos utilizarão tecnologia sofisticada para verficar a mente e a consciência durante a parada cardíaca. Ao mesmo tempo, testarão a validade das experiências fora do corpo e as alegações de sermos capazes de “ver” e “ouvir” durante a parada cardíaca. Nela, o coração para e, após 11 segundos, a consciência e a atividade cerebral cessam. A partir daí nenhuma área de função cerebral permanece para manter consciência. Na recuperação, muitos pacientes relatam ter deixado seus corpos e que viram o processo de ressuscitação.
Existem três explicações sobre o porquê dessas experiências fora do corpo. A primeira é que as pessoas podem ter imaginado. Segunda, que abriram os olhos enquanto eram observados e reavivaram os fatos na memória. Por fim, menos provável, é que a mente humana e a consciência – sendo o mistério que é – pode ser não-local para o cérebro. Os pacientes podem, sim, ter flutuado perto do teto e olhando para baixo. Se for verdade, significaria que as nossas opiniões sobre a mente precisam ser revistas.
Para testar, médicos também colocarão imagens no teto e no chão. Se as pessoas virem as fotos do teto, as experiências extracorpóreas podem ser ilusões. Agora, se virem no chão… Preparem-se. No Brasil, o livro “O que acontece quando morremos”, do médico Parnia, acabou de ser lançado pela Editora Larrousse. Ele apresenta um estudo – já realizado – sobre o quase-morte e fatos vivenciados na UTI.
Em um trecho, a mãe de uma criança de três anos, paciente do Childrens’ Hospital, nos Estados Unidos, conta que seu filho pedia insistentemente para voltar a um parque. Isso foi após ele sair de um coma. A mãe dizia que o parque não existia. A criança contou que sobrevoou por esse parque em companhia de uma mulher no período do coma, que a experiência havia sido fantástica e, por isso, queria repeti-la. Ao mostrar fotos antigas ao filho, a criança identificou a avó materna, já falecida, como a mulher que havia sobrevoado o parque com ele.

Descoberta revolucionará a fotografia – e o mundo – digital


Se achava que não tinham mais o que inventar em termos de máquinas digitais… Prepare-se, suas fotos nunca mais serão as mesmas. Graças a acidental descoberta do silício negro! Calma, ele é do bem, não irá engolir a Terra ou qualquer coisa que o valha.
É o seguinte. A máquina capta a luz por sensores que poderão, no futuro, ser substituídos por esse silício negro. Para ter uma idéia, ele é de 100 a 500 vezes mais sensível à luz do que uma bolacha de silício tradicional. Por isso, também poderá ser usado para captar a energia solar e ter visão noturna.
O silício – normal – é usado na fabricação de chips e processadores de computadores. Sem ele não haveria internet, telefones celulares ou eletrônicos em geral. O negro pode substituí-lo para construir computadores mais finos e detectores de poluição, vapor d’água ou outros líquidos que alteram a qualidade do ar.
Foi sem querer querendo
O silício negro foi descoberto em 1999. Num certo entediante dia, lá no laboratório de física da Harvard, alguns estudantes e seu orientador, Eric Mazur, decidiram apontar um laser de alta intensidade para o silício normal. Eles estudavam que química pode ocorrer quando lasers brilham em metais como a platina – vai que surge uma nova molécula…
Colocaram um chip de silício cinza em uma câmara a vácuo, adicionaram alguns gases e mandaram a ver no laser. Cada pulso durou meros 100 milionésimos de um bilionésimo de um segundo. Mas ele é muito forte. Um pulso é o mesmo que concentrar toda a luz do Sol que bate na Terra de uma vez em um espaço do tamanho de uma unha.
Depois de mais de 500 pulsos, o silício ficou preto. Os inventores coloram no microscópio para ver se foi queimado e… Surpresa! Sua superfície, gravada pelo calor e pelo gás, se transformou em uma floresta deslumbrante de milhares de milhões de mini agulhas em forma de espigas – veja imagem. A luz que incide sobre essa superfície, repetidamente, salta para frente e para trás entre os picos e nunca volta de novo.
Eles ficarão ricos! E, sim, dominarão o mundo! Uma matéria no The New York Times – leia aqui – disse que a Harvard possui patentes licenciadas do silício negro com a empresa SiOnyx e que já levantou US$ 11 milhões em financiamentos.
Veja a história completa aqui e mais sobre o silício negro ali. Foto do The New York Times.

Europa projeta megalaser colossal

Gentem! A Europa está com síndrome de Pinky e o Cérebro. Adoro! Você não imagina o que os europeus estão construindo agora… um MEGALASER para fusão nuclear!
O objetivo do High Power laser Energy Research (HiPER, pegou a sigla?) é produzir muita – mas muita – energia, usando a fusão nuclear, que não polui tanto o ambiente. As pesquisas tiveram início este mês. Entre os anos de 2010 e 2012, serão feitos alguns testes para ver se a teoria dará, realmente, certo na prática. Seu funcionamento está previsto para o ano de 2020.
Ele é gigante. Sua estrutura é do tamanho de um estádio de futebol! Veja a “bola” e os raios vermelhos na imagem. O laser “gera” energia ao comprimir átomos de hidrogênio. Os atuais reatores nucleares usam a fissão nuclear para gerar energia – obtida a partir da divisão de um átomo em dois. Na fusão nuclear, a energia é obtida quando dois átomos são agrupados para formar um.
A criação do megalaser envolve a participação de 25 instituições de onze países. A Grã-Bretanha é a líder! Por isso, o HiPER pode ser instalado dentro da ilha. A Comissão Européia investiu 13 milhões de euros em dindin vivo e, aproximadamente, 50 milhões em assistência material – como fornecimento de hardware e de especialistas.
Como o HiPER funciona?
O laser “gigante” apertará o hidrogênio – uma gás incolor, inodoro e inflamável. Dessa maneira, o hidrogênio ficará com uma densidade 30 vezes maior do que a do chumbo. Em seguida, um segundo laser aumentará a temperatura do hidrogênio acima de 100 milhões de graus Celsius.
Nessas condições, os núcleos do hidrogênio se fundirão e formarão o hélio – aquele usado para os dirigíveis voarem. No momento em que os núcleos forem fundidos, será perdida uma pequena quantidade de massa e liberada uma colossal quantidade de energia.
A idéia é a mesma aplicada pelos motores de carro. Assim, essa ação será repetida várias vezes, gerando muita muita muita energia. Leia mais aqui, no site do HiPER.
A propósito, será que ele colaborará com o final do mundo? Afinal, LHC + HiPER + 2012 = Calendário Maia… Brincadeirinha, viu?!?
Obs.: Sexta à noite, o Igor Zolnerkevic, do Universo Físico, e eu demos uma entrevista sobre jornalismo científico para o Canal Universitário. Assim que for ao ar aviso, mas está previsto para o ano que vem… E a palestra sobre os números da indústria farmacêutica – de sábado – foi interessante. Gráficos, mais gráficos que não cabem aqui. Conhecimento interno.

Einstein no Brasil, eu no Ibirapuera

Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta.

Sábado, dia que mais adoro da semana, vou dedicar à ciência. Ossos do ofício… Pela manhã, verei um workshop sobre a indústria farmacêutica – só para jornalistas. À tarde, pretendo acompanhar a primeira da série de mesas-redondas organizadas pela Fapesp e pelo Instituto Sangari. Marcelo Leite, jornalista, será o mediador e lançará seu novo livro: “Ciência: use com cuidado”. Lá no Ibirapuera. Se tudo ocorrer bem, trago como foram os eventos na semana que vem.
Sobre a mesa-redonda: Até o final do ano, aos sábados, se debaterá o tema “O tempo em dois tempos”, sobre a noção do tempo e do espaço, com um físico e um pesquisador das ciências humanas. Aos domingos, na série “Muito além da relatividade”, físicos e escritores especializados em física do abordarão aspectos da vida, do contexto histórico e da obra de Einstein. Esses encontros fazem parte da programação que acompanha a exposição sobre o gênio. Confira a programação aqui.
Sobre a exposição: “Minha vida é uma coisa simples, que não interessa a ninguém”, disse, certa vez, Albert Einstein. Coitado, pleno engano. A exposição – localizada na antiga sede do Prodam, no Parque do Ibirapuera (SP), até dia 14 de dezembro – procura desvendar o homem por trás da ciência e apresenta suas teorias. Conta com objetos pessoais, fotos, fac-símiles de cartas e manuscritos e uma série de instalações interativas que usam tecnologia de ponta. Para completar a exposição, há diversas obras de arte de renomados artistas nacionais. Vista por mais de dois milhões de pessoas no mundo, a mostra foi ampliada e adaptada especialmente para o Brasil. Foram criadas duas novas seções: “Átomos” e “Einstein no Brasil”. Site do evento aqui.
Quero ir. Todo último domingo do mês é de graça. Hum… Vou economizar e adquirir mais conhecimento. Ah, no final, para variar, tem uma lojinha! Puts, AMO “quinquilharias” ou “souvenires” de museus e exposições. Em breve, haverá também uma loja pelo site. Tô perdida.
Confira as melhores frases do cientista – na minha modesta opnião, claro. São irresistíveis:

  • Deus não joga aos dados.
  • Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.
  • Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.
  • O único lugar onde sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.
  • O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.
  • A curiosidade é mais importante do que o conhecimento.
  • O segredo da criatividade é saber como esconder as fontes.
  • Se os factos não se encaixam na teoria, modifique os factos.
  • Não tentes ser bem sucedido, tenta antes ser um homem de valor.
  • Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.
  • Eu nunca penso no futuro. Ele não tarda a chegar.
  • A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.
  • Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio – e eis que a verdade se me revela.
  • O homem erudito é um descobridor de factos que já existem – mas o homem sábio é um criador de valores que não existem e que ele faz existir.
  • A ciência sem a religião é coxa, a religião sem a ciência é cega.
  • Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela.
  • A coisa mais difícil de compreender no mundo é o imposto profissional.
  • A fama é para os homens como os cabelos – cresce depois da morte, quando já lhe é de pouca serventia.
  • A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia.
  • É a teoria que decide o que podemos observar.
  • Não se pode manter a paz pela força, mas sim pela concórdia.
  • Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando os criámos.
  • A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro.
  • A realidade é apenas uma ilusão, ainda que muito persistente.
  • A educação é o que resta depois de se ter esquecido tudo o que se aprendeu na escola.

Fonte: Citador.

Dia da Descarga Mundial

Lembra-se do World Jump Day? Não? Então, leia aqui. Sob o slogan “Porque pular não é legal. Vamos dormir, minha gente!”, lançaram – com um senso de humor apurado – o World Sleep Day 2009. Dia 11 de janeiro do ano que vem, às 6h34, todos devem nanar. Veja comunidade no Orkut aqui. Curioso é que existe um site na internet – aqui, em inglês – que marca o mesmo dia mundial da naninha para dia 20 de março.
Como criatividade pouca é bobagem, um engraçadinho inaugurou o World Descarga Day. Dia sete de dezembro, às 15 horas, todos devem dar descarga para fazer com que a rede de esgoto transborde. Veja comunidade no Orkut aqui. Acredito que não passa de uma brincadeira, uma sátira para todos os dias de comemoração que temos ao ano. Existem os clássicos comerciais – dos Namorados, Pais, Mães -, os de protesto – da Terra, Água, Oceano -, os de Santos e afins – São Sebastião, Nossa Senhora Aparecida – e por aí vai. É para lotar qualquer ano – será por isso que o Calendário Maia “prevê” o final dos dias em 2012?
Deixando a brincadeira de lado, dar descarga sem ter o menor propósito de eliminar os excrementos é uma idéia sem cabimento. Atualmente, a revista The Economist promove um debate online sobre a água. Em tempos de crise econômica e ambiental – longe de mim ser ecochata – mandar água pelo ralo é uma completa bobagem. Sob o tema “A água, um recurso escasso, deveria ser negociada de acordo com seu valor no mercado?”, a página é a mais acessada da revista. Vote também aqui. Neste exato momento, 59% das pessoas são contra.
Mas será que a água irá acabar? Segundo hidrogeólogos, não. A água não irá acabar. Isso porque além das superficiais, existem os lençóis freáticos com a substância purinha – na maioria dos casos. Além disso, é possível extrair água potável do mar. Por fim, se toda a H2O do mundo for poluída, basta tratá-la. Então, por enquanto, podemos ficar sossegados. Mas, claro, sem mandar para ralo abaixo um bem tão essencial para a vida.
Em tempo, uma bacia sanitária gasta 12 litros de água por descarga! Quer saber quanto se consome mensalmente de água na sua casa? Faça o teste aqui.