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Mata Atlântica: site com a maior fonte de dados

Segundo e com apoio da Petrobras e das ONGs Conservação Internacional e The Nature Conservancy, foi criada a mais completa base de dados online sobre a Mata Atlântica. Ela está disponível na página chamada… GeoAtlântica! O site possui informações de mais de 50 fontes públicas e privadas sobre as atividades humanas e os recursos naturais no bioma.
Em desenvolvimento desde 2006, o GeoAtlântica é administrado pelo Instituto BioAtlântica – organização da sociedade civil sem fins lucrativos. Naveguei no site para checar as informações. Apesar do bioma cobrir 17 estados brasileiros, ele apenas disponibiliza dados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. Melhor do que nada…

Passarela para macacos


São Paulo tem de tudo. E esse é um dos charmes da metrópole. Há um tempinho a prefeitura instalou uma passarela para macacos, mas acho que serve para preguiças também. Ela cruza a Av. Miguel Stéfano, ao lado do Zoológico de São Paulo. Liga os dois trechos cortados pela via no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI). Toda vez que passar por lá, dê uma olhadinha para cima. Quem sabe tem a sorte de ver um macaquinho feliz, alegre e contente. Segundo fontes confiáveis, a passarela foi instalada porque os animais atravessavam a rua entre os carros.
Dica valiosa: Na quinta-feira passada, dia 9, o congestionamento para chegar ao Zoológico começava na Av. 23 de Maio. Isso dá cerca de 10 km de transtorno! Imagine, você, ficar duas horas com as crianças no carro parado no trânsito. Então, jamais tenha a belíssima ideia de visitar o Zoológico aos domingos e feriados, principalmente, ensolarados. Prefira os sábados ou os dias nublados. Sério. Observe o caos pela foto que tirei no último feriado.

Caneca, squeeze e tapeware

“Uma mulher prevenida vale por duas”, diz o ditado. Então, colegas, preparem-se. Não basta levar apenas uma sacolinha de tecido na bolsa para nossas comprinhas na farmácia ou no supermercado.  Recentemente, durante uma palestra Thaís Horta, pedagoga e coordenadora do programa A3P na cidade de São Paulo, disse que se recusa tomar cafezinho ou água em copos plásticos. A solução? Ela sempre leva na bolsa uma caneca e um squeeze.
Se alguém oferece uma bebida em copo ou xícara de plástico, Horta lança mão da sua super caneca de cerâmica. O squeeze, como já é o costume de muitas pessoas, “serve” para beber água. E o que tem a ver o tapeware do título? A-há. Quando vai à padaria comprar frios, ela leva um tapeware! Assim, poupa plástico e papel que virariam lixo.
Meninas, para o banho, outra sugestão da pedagoga. Tirar o condicionador do cabelo exige muita água – ainda mais se as madeixas são compridas, como meu caso. Então… Horta opta pelo produto sem enxagúe. Ela disse que o cabelo fica solto – o fato é que o dela, realmente, brilhava bastante.
O que é o A3P
A Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) é um programa que implanta práticas, em órgãos públicos, para poupar o meio ambiente. As ações vão desde usar papel reciclado até checar a parte hidráulica das construções. Horta contou que o Edifício Martinelli, prédio histórico localizado no centro da cidade de São Paulo, gastava em água o equivalente a 10 piscinas olímpicas por dia. Após reforma, o condomínio economiza 100 mil reais por mês na conta de água. Outro exemplo do trabalho do A3P. O equivalente à 10% do PIB brasileiro é gasto em compras públicas. O programa do governo estimula que invista esse dinheiro comprando produtos “verdes” – menos prejudiciais à natureza. Para saber mais sobre o programa, clique aqui.
Obs.: Acabei de ver, da janela do meu quarto, um bando de aves migratórias voando sentido litoral. Que lindo!

A árvore que refloresta é a mesma que polui

Ironia do destino. Geralmente, quando você compra uma arvorezinha, a raíz dela e a terra que a cerca estão fixadas por um saco plástico preto. As mudas utilizadas em reflorestamento também são “empacotadas” em sacos. Agora, imagine quanto plástico é jogado fora após o plantio – eles não são reutilizados em novas mudas para evitar contaminação.
Pensando nisso… Cientistas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com a Corn Products Brasil e a BASF, criaram um plástico rígido “ecologicamente correto” que pode ser usado na fabricação de tubetes – nome desses sacos plásticos.
O novo material é feito com EcobrasTM – um plástico biodegradável e compostável da BASF que possui polímero vegetal a base de milho – e fibras vegetais como casca de mandioca em pó ou fibras de coco. Sua decomposição que ocorre ao entrar em contato com os microorganismos do solo gera água, CO2 e biomassa.
Segundo Elias Hage Júnior, professor coordenador do projeto, a parceria entre a UFSCar e as multinacionais deveu-se ao fato do EcobrasTM ser flexível e não permitir a fabricação de peças moldadas suficientemente rígidas. Ele afirma que o novo composto pode gerar qualquer peça moldada – a casca de mandioca tem a função da rigidez e a fibra de oferece resistência mecânica, deixando o material menos suscetível a ruptura – com uso descartável como bandejas de embalagens.
A primeira etapa do projeto, responsável por adequar o uso da casca de mandioca e fibra de coco, acabou no início de 2009. A partir de agora será necessário otimizar o processo e melhorar o produto. Depois, gerar em larga escala.
A ideia é boa. Mas há uma discussão. Alguns especialistas afirmam que o plástico biodegradável se decompõe mais rápido por virar pedacinhos bem pequenininhos. Isso poderia poluir rios. Outros afirmam que o fato dele se “despedaçar” facilita ainda mais na decomposição e a não prejudicar o meio ambiente. Ai como, ultimamente, estou crítica.

Dicas para plantar árvores em cidades

Fiz um post para o Blog do Planeta sobre as espécies invasoras e exóticas na Mata Atlântica. Conversei com Helena de Godoy Bergallo, pesquisadora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Ela mostrou que algumas ações, que as pessoas fazem achando que irão preservar o meio ambiente, acabam prejudicando-o. Como, por exemplo, alimentar cachorros de rua e deixar os gatos de estimação passear telhados afora.

Esse bate-papo me fez lembrar a questão das árvores na cidade. Desde a colonização do Brasil, é comum as pessoas plantarem em frente às suas casas e nos quintais espécies provenientes de outras partes do país e do mundo. Por exemplo, a cantada mangueira – “quando eu piso em folhas secas, caídas de uma mangueira” – é asiática. No entanto, há anos foi escolhida pela própria prefeitura para ornamentar vias públicas. Veja o risco disso lá no post.
Quais árvores podem ser empregadas na arborização urbana? Ué, as endêmicas (nativas) da área em questão. Vale ressaltar um detalhe. Minha amada Araucária, exemplificando, é nativa da Mata Atlântica. Mas não é vista no litoral de São Paulo. Então, ela não deve ser plantada na praia. Tenha em mente que o bioma também tem suas particularidades.
Pois é… Urbanização e paisagismo são um pouquinho complicados. Na hora de plantar sua sementinha ou muda, entre em contato com a Secretaria de Meio Ambiente da sua cidade. Exija ajuda para escolher a espécie correta. Eles podem – e deveriam – fornecer uma lista de endêmicas. Além disso, se for plantar na calçada, saiba que existem medidas urbanas técnicas que devem ser respeitadas. Em Sampa, a largura mínima que ela deve ter é de 1,20 m. A árvore não pode atrapalhar essa medida. Sei que na prática…
Bom, deixo aqui algumas observações sobre as árvores nas cidades. Divirta-se:

  • Devem ter porte adequado para o espaço disponível;
  • De preferência que deem frutos pequenos para não causar acidentes;
  • A copa deve ser compatível com o espaço, permitindo livre trânsito e evitando danos às fachadas;
  • Nas calçadas, prefira espécies de enraizamento profundo para não estragar o passeio público;
  • Escolha espécies resistentes a pragas e doenças, é desaconselhável o uso de fungicidas e inseticidas;
  • Cuidado com a fiação, canos de água, esgoto e gás e placas de sinalização. Elas não podem interferir ou danificar esses patrimônios;
  • Confira se não irá prejudicar a iluminação natural dos imóveis e a iluminação artificial;
  • É interessante evitar espécies com espinhos nos troncos ou ramos;
  • Quando caem, as folhas podem entupir calhas e bueiros, prefira aquelas com folhas pequenas.

Obs.: A Prefeitura de São Paulo está com o concurso de fotografia “Árvores da Cidade de São Paulo” aberto. Veja aqui. Todos que tiverem uma foto bem linda, poética, conceitual, sei lá, de uma árvore inserida na caótica metrópole pode participar. Eu vou inscrever as minhas – a foto acima tirei da janela de casa. Beijo. Boa sexta.

É preciso saber viver

“Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida, impondo-se ao poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”, artigo 255 da Constituição Federal.


Hoje é comemorado o dia do bioma mais lindo e rico em biodiversidade do planeta: a Mata Atlântica. Nem preciso dizer que é o meu preferido, certo? Mas, infelizmente, restam apenas 7% da sua cobertura original. Ela foi completamente devastada.
Tudo começou com a vinda dos europeus para o Brasil e aquela exploração – madeireira, mineira, agrária, etc – toda. Repare que, hoje em dia, as maiores cidades e mais ricas do país estão localizadas bem onde existia a Mata Atlântica. A área original da floresta também concentra pólos industriais, petroleiros e portuários, respondendo a 80% do PIB nacional!
Sabia que a United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (Unesco) declarou a Mata Atlântica como Reserva da Biosfera – local para conciliar a conservação da biodiversidade com o seu uso sustentável? Pois é… E que uma entre duas espécies nativas da região tem como habitat exclusivo o bioma – cerca de 55% das árvores estão nessas condições?
Quero fazer um protesto-proposta. É preciso saber viver. Perceber a grandiosidade das “pequenas” coisas. Observar a riqueza do que está a nossa volta, mas os olhos não veem mais. Pasmar, mesmo. Minhas sugestões para celebrar a Mata Atlântica:

  • Ao passar por um lugar com muita árvore, abra os vidros do carro. Se tiver a pé, respire fundo. Sinta o ar gelado entrar nos pulmões;
  • Quando for para a praia no Sul ou Sudeste, repare o quanto a Serra do Mar é imponente. Imagine a vida que corre dentro dela. Os animais caçando, as cachoeiras descendo em direção ao mar;
  • Sente em um parque ou praça repleto de árvores e pássaros feche os olhos. Ouça a sinfonia composta pelo canto dos pássaros, o deslizar das folhas, as falas das crianças;
  • Veja as minúcias escondidas nas borboletas pelos jardins, no centro das flores, nas veias das folhas;
  • Ouça o barulho da chuva quando estiver na cidade. Depois, perto de locais com grama, terra ou planta que absorvem a água. Perceba a diferença. Apure o olfato;
  • Perceba o brilho da fauna e da flora iluminadas pelo sol. Repare no contraste com o azul do céu, principalmente no outono;
  • Próximo aos rios ou ao mar, fique em silêncio. Escute o barulho calmante da água;
  • Dedique cinco minutos do dia para cada uma dessas ações. Depois, me diga a diferença que sentiu no seu sentido e ritmo de vida.

Obs.: A Mata Atlântica chegou a cobrir 15% do território nacional. Estava presente na região litorânea, de planaltos e de serras do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul passando pelos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Ceará e Piauí. Remanescentes mais conservados estão nas encostas inacessíveis da Serra do Mar no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Ah… a ONG SOS Mata Atlântica está no twitter, @SOSMata. A foto foi tirada pela minha amiga Andreza em Ubatuba (SP), praia de Itamambuca, abril deste ano. Feriado lindo.

Vote na arte da ciência

A lei suprema da arte é a representação do belo,

Leonardo da Vinci.

A Universidade Princeton, localizada nos Estados Unidos, pela terceira vez organiza o concurso “Art of Science” – ou “A arte da Ciência”. O nome diz tudo. Professores, estudantes, graduados e cientistas ligados à instituição podem inscrever sua “obra-prima”. Por exemplo, quando eles percebem que a foto do objeto estudado possui algo maior. É poética.

Participam do concurso, 48 obras. Excelência estética e interesse científico ou técnico foram os critérios. Aliás, os jurados já escolheram os três primeiros colocados. A acima corresponde ao primeiro lugar. São embriões da espécie de lula Loligo pealeii, fotografados por Celeste Nelson.
Mas até o dia primeiro de julho, os internautas podem votar na sua favorita. A mais aclamada reberá o “Prêmio do Público”. Para ver todas as fotos, clique aqui. Para votar, ali. Só uma observação. O site é chatinho. Ele apenas mostra duas opções de uma vez durante o voto.  Para ver as outras, é necessário ficar recarregando a página. Eu escolhi o “Tadpole Vortex Formation” – são girinos. Daria um quadro lindo na minha futura sala minimalista.

SP terá instituto voltado à investigação da biodiversidade do Sudeste

Toda vez que viajo para o litoral de São Paulo, gosto de abrir os vidros do carro na Serra do Mar. Sentir a brisa gelada, a umidade, escutar o barulho da floresta, observar aquela abundância de espécies, ver as cachoeiras quase escondidas, o mar azul lá em baixo encontrar com o céu… Se o mundo fosse pegar fogo amanhã e pudesse escolher um bioma para salvar, sem dúvida. Optaria pela Mata Atlântica, incluindo a imponente Serra do Mar.
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) inaugurou dia quatro, no campus São Carlos, a sede do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Hymenoptera Parasitóides da Região Sudeste Brasileira (Hympar-Sudeste) – um dos cerca de 50 Institutos Nacionais criados em 2008 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
O Hympar-Sudeste será um centro de investigação e gestão da biodiversidade da região brasileira. Para a implantação, o Hympar-Sudeste receberá do Ministério R$ 4,79 milhões, que serão investidos em equipamentos e bolsas de pesquisa de iniciação científica à pós-graduação.
Por que “hympar”?
Os Hymenoptera parasitóides são um grupo de insetos que incluem as vespas, abelhas e formigas que se alimentam de outros insetos – bingo, que têm hábito de parasita. De acordo com Angélica Maria Penteado Martins Dias, coordenadora do Hympar-Sudeste, os Hymenoptera Parasitóides são importantes por funcionarem como reguladores naturais das populações de outros insetos, mantendo os ecossistemas em equilíbrio.
“Eles podem ser utilizados como inimigos naturais de pragas agrícolas, sendo usados em programas de controle biológico. Além disso, são importantes bioindicadores do estado de preservação de ambientes, pois sua presença depende da ocorrência de outras espécies que são seus hospedeiros, que por sua vez dependem das suas plantas nutridoras”, explica a professora.
“O conhecimento da biodiversidade brasileira, em especial de grupos de invertebrados como os insetos, pode embasar o trabalho dos que decidem sobre o destino das unidades de conservação ou daqueles que se preocupam com a garantia de melhores condições para a produção agrícola do País”, diz. De acordo com Angélica, os resultados obtidos também serão utilizados como ferramenta para a divulgação da importância de se preservar a biodiversidade brasileira junto a vários segmentos da sociedade como, por exemplo, estudantes de vários níveis de ensino.
Vivam os Hymenoptera parasitóides da Serra do Mar! Conheça o instituto aqui.

Em pleno verão, pinguins continuam chegando no Brasil

As simpáticas aves, da espécie pinguim-de-magalhães, são provenientes da Patagônia, nossa querida Argentina. O alerta é dado pela ONG Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha. O primeiro pinguinzinho de 2009 chegou à praia de Puruba, no  extremo norte de Ubatuba, com  falha nas penas, magro e extremamente debilitado. Por isso foi parar na areia. Desde setembro até janeiro, 47 desses animais foram encontrados no litoral e levados para o Aquário de Ubatuba.
Por que param aqui?
O trajeto de deslocamento dos pinguins, da Patagônia ao Brasil, é realizado por meio da corrente marítima chamada Malvinas. Ela ocorre em nossa costa durante o inverno e é repleta de alimentos. Normalmente, os animais tendem a retornar para o Sul no inicio da primavera, auxiliados pela corrente do Brasil – corrente quente. Entenda mais sobre correntes em uma matéria que fiz aqui.
Porém, na primavera e verão, os pinguins não necessitam descansar em terras brasileiras. Assim, qualquer animal dessa espécie que apareça nas praias – fora da região das suas colônias reprodutivas argentinas – representa uma anormalidade no ciclo daquele indivíduo ao menos.
Nos últimos 12 meses, as equipes do Instituto Argonauta e do Aquário de Ubatuba registraram um recorde de ocorrências na região compreendida entre Angra dos Reis (RJ) e São Sebastião (SP). Ambas resgataram cerca de 660 animais – a maioria da espécie magalhães. Em setembro de 2008 foi realizada, a primeira soltura de alguns animais ao mar na região Sudeste, que anteriormente ocorria exclusivamente na região Sul do país.
Você viu o filme hollywoodiano, nacionalista e catastrófico – quanto pleonasmo -“O Dia Depois de Amanhã”? Claro, é uma viagem e um exagero. Mas a idéia dos pinguis e do filme é a mesma. No começo da película, o cientista explica que o aquecimento global altera as correntes marítimas afetando a vida em toda a Terra. Precisavam de mais pesquisas científicas para justificar, realmente, essa sendo a causa das nossas visitas dos bichinhos de smoking.
Pinguim viajante
Esse fenômeno sempre ocorreu. Existem registros de pinguins em sambaquis – leia mais sobre essa “arquitetura” aqui, outra matéria que fiz – no Brasil há mais de 5000 anos. A principal causa da mortalidade durante o percurso é uma menor habilidade de sobrevivência genética de alguns indivíduos. Como disse Darwin, os mais fortes sobrevivem. Segundo o Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha:

Entretanto, com o aumento do impacto da atividade humana nos mares, outros fatores surgiram e tem que ser considerados para a conservação do grupo tais como a falta de alimento em função da pesca predatória, derrames de óleo, ingestão de lixo, captura em redes de pesca, alterações climáticas que interferem nas correntes marinhas, etc.

Conheça os protagonistas
Os pinguins-de-magalhães, nome científico Spheniscus magellanicus, são aves marinhas que frequentam a costa brasileira durante os meses de inverno desde o Rio Grande do Sul até Alagoas. A espécie faz ninhos em grandes colônias na costa da Patagônia, Argentina, Chile e Ilhas Malvinas entre outubro e janeiro.
Saiba mais: Leia aqui um post sobre o pinguim que vi no Paraná e ajude os projetos do instituto ali. Foto, link G1.
Obs.: O Conselho Regional de Biologia da 4ª Divisão – que engloba os estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Distrito Federal – agora tem blog! Chama-se Biologia na Rede. Confira!

Macaca é famosa na Inglaterra

Essa é para começar a semana com a macaca! Explorando o fantástico mundo da internet, acabei caindo no site do zoológico de Londres. Além da página ser gracinha e útil – veja aqui -, o zoo possui um canal de vídeos no Youtube – ali. Dentro dele, o diário da macaquinha chamada Conchita ainda é um sucesso. Sua vida documentada em vídeo alcançou 350.000 acessos. Da espécie mangabei-da-nuca-branca ou Cercocebus atys lunulatus – nome científico -, nasceu no ano passado. Parece um bebê humano. É impressionante e impossível não se apaixonar. Veja o diário e leia a história dela aqui. Só para constar, outro vídeo cutcho-cutcho é esse aqui, de corujas nenês.
[youtube=http://br.youtube.com/watch?v=YZ7XsXPelrg]
Tudo isso começou porque… Como todos os anos, um funcionário abre sua caderneta de anotações e sai zoológico adentro. Contando, pesando e medindo os bichinhos. Até as formigas são somadas no censo animal. Neste caso, para facilitar, os inspetores podem contar por colônia e não uma a uma. Segundo o jornal britânico “Times Online”, os suricatas – essa palavra remete à incansável série que passou milhares de vezes na TV por assinatura sobre uma família desses em pé animais – deram um trabalhão. Os malditos cavaram uma cova profunda. Em seguida, esconderam seus filhotes dentro dela. Leia matéria aqui.
Aliás, em terras tupiniquins também houve contagem de bichinhos. E qual não foi a surpresa quando se notou que faltavam três aves? Pois é. No zoológico do Rio de Janeiro, três papagaios-do-mangue, um araçari-banana e uma arara-canindé sumiram. Matéria aqui. Um absurdo!
Obs.: Acabou a votação dos melhores blogs de ciência. O Xis-xis ficou em segundo lugar. Obrigada pelos votos!