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Natureza: fotos fantásticas do mar

Estou na fase “casa e decoração” da minha vida. Após passar pela parte “pesada” de montagem do apê novo – colocamos os pisos, os armários embutidos, etc -, estamos terminando a pintura. E ansiosos para o momento clímax: a decoração em si.
Como já escrevi no Twitter, a decoração será “minimalista” – quero dizer, apenas com o necessário. Aliás, não queremos muitos objetos para o apê novo. Só pretendemos adquirir eletros e utensílios que realmente terão uso. É uma forma de poupar o meio ambiente, tornar a vida mais simples, viver com praticidade.
Porém, de uma coisa não abro mão! Ter uma casa que faça alusão à praia – lugar que tanto amo. Sou fascinada pela natureza. Pelo ambiente marinho. Pela rusticidade – ainda bem que o Senhor Isis também. Tanto que ele sugeriu comprarmos uma foto do surfista aposentado Clark Little. Claro que topei! As imagens são fantásticas.
Sand_monster.jpgEsse fotógrafo é um doido – no bom sentido. Ele mora no Havaí – invejinha – e tenta tirar as fotos de dentro das ondas ou bem de perto delas. O pontapé inicial foi em 2007, quando a mulher de Clark queria uma foto do oceano bacana para decorar a parede do quarto – o que seriam dos homens sem nós, mulheres?
Deixo essa super dica para você que também ama a natureza e, em especial, o mar. Ainda não sei qual foto prefiro. É uma dúvida cruel. Todas são maravilhosas. Acho que vamos escolher a imagem pelo ângulo e pelos tons das cores – para “ornar” com as outras peças do apê.
king_kamahameha.jpgDivirta-se navegando no site do Clark Little – clique aqui! Bom mergulho!

Ipea divulga estudo sobre biodiversidade do Brasil

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou o estudo “Biodiversidade – Genes e Espécies e Biomas Brasileiros” – Comunicado do Ipea nº 78 – que faz parte da série Eixos do Desenvolvimento Brasileiro. Ele aborda questões como o conhecimento sobre a diversidade de espécies no Brasil, animais ameaçados de extinção, desmatamento na Amazônia, Unidades de Conservação, entre outros. Leia inteiro aqui e um resumo em forma de apresentação ali.
O estudo é dividido em duas partes: Genes e Espécies e Biomas Brasileiros. Na primeira, questões como o estado de conservação da flora e fauna brasileiras, a conservação do patrimônio genético do Brasil e o nível de conhecimento sobre o número de espécies no país são exploradas. Na segunda, são abordados os biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Pampa e a Zona Costeira – que tem sido mencionada como o sétimo bioma brasileiro.
O objetivo do Ipea é que o estudo sirva como uma sistematização e reflexão sobre os desafios e oportunidades do tema meio ambiente, de forma a fornecer ao Brasil o conhecimento crítico necessário à tomada de posição frente aos desafios da sustentabilidade ambiental. Na semana que vem, serão publicados novos comunicados da série Sustentabilidade Ambiental no Brasil: dia 23, mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL); 24, direito ambiental.

Cientistas falam sobre “novo” Código Florestal

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) preparam uma reação – oficial – aos argumentos ruralistas para a aprovação das mudanças no Código Florestal propostas pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Para os pesquisadores, redução das áreas de preservação é ruim para a própria agricultura; ruralistas discordam.
As instituições divulgaram – leia mais no Jornal da Ciência – um resumo do estudo que deve provar cientificamente que as flexibilizações previstas no “novo Código Florestal” comprometem o futuro das florestas do país.
Os cientistas argumentarão que a área utilizada pela agropecuária no país pode ter a produtividade maximizada sem necessidade de novos desmatamentos, com investimentos em pesquisa e tecnologias. E que também é possível recuperar as áreas desmatadas de forma irregular.
Além disso, os pesquisadores discordam da redução da Área de Preservação Permanente (APPs) na margem de rios, da possibilidade de regularizar plantios em topos de morros e da recomposição de áreas de reserva legal com espécies exóticas.
“O contraponto do sucesso econômico da agricultura tropical se manifesta no aumento das pressões sobre o meio ambiente, com agravamento de processos erosivos, perda de biodiversidade, contaminação ambiental e desequilíbrios sociais. Fica evidente que há necessidade de medidas urgentes dos tomadores de decisão para se reverter o atual estágio de degradação ambiental provocada pela agropecuária brasileira”, diz o sumário executivo publicado pela Agência Brasil.
A votação do novo código deveria acontecer em março, mas como decidiu-se criar um grupo com representantes das bancadas ruralista e outro ambientalista para discutir o tema, a votação deve ser adiada. O texto foi aprovado em uma comissão especial em julho do ano passado e está pronto para ir a Plenário. Rola uma pressão dos ruralistas.

Quais as 10 florestas mais ameçadas do mundo?

DSC08177.JPGO povo não tá falando muito nisso, são tantos acontecimentos importantes e trágicos pelo mundo, mas este ano é o Ano Internacional das Florestas, declarado pela ONU. Aliás, hoje é o último dia de uma espécie de conferência que está rolando em Nova York para lançar a efeméride.
Sugerindo para escrevermos algo sobre o assunto no Yahoo!, acabou chegando o difícil pedido: conte quais são as florestas mais ameçadas do planeta. Gostei – a curiosidade é mais forte que eu. Fui atrás de pesquisadores – a maioria de férias. Bom, após apurações e conversas “em off”, corri para as ONGs que, geralmente, contam com estatísticas internacionais.
A Conservação Internacional (CI) possui dados de regiões do planeta que possuem uma enorme diversidade biológica, mas que já perderam 90% ou mais da vegetação original – os chamados “hotspots”. Adivinha? Um bioma brasileiro está entre os primeiros lugares.
Veja a lista das dez florestas mais em perigo no mundo – fonte CI:

  • Bacia do Mediterrâneo, Sul da Europa, Norte da África, Oeste da Ásia (a mais ameaçada, com 5% da sua cobertura original preservada);
  • Indo-Birmânia (nos países asiáticos Mianmar, Cambodia, Laos, Tailândia e Vietnã, com 5% da vegetação natural);
  • Nova Zelândia (também 5%);
  • Sunda (Indonésia, Malásia, e Brunei, com 7%);
  • Filipinas (7%);
  • Mata Atlântica (no Brasil, com 8%);
  • Montanhas do Centro-Sul da China (8%);
  • Província Florística da Califórnia, nos Estados Unidos (10%);
  • Florestas de Afromontane (em Moçambique, Tanzânia, Quênia e Somália, com 10%);
  • Madagascar e Ilhas do Oceano Índico (Madagastar, Seichelles, Ilhas Maurício, União das Comores e Reunião, 10%).

E saiba mais lendo a matéria na íntegra. Pense nisso.

Por que água da chuva não é absorvida pela terra?

É sempre assim. Chega o verão o telefone não para de tocar em casa. É época daquelas chuvonas de verão – ou de tempestades, mesmo – no Sudeste e em parte do Sul. Os jornalistas – vamos ajudar essas criaturas – discam ávidos em busca de meteorologistas e geólogos. Afinal, com a enxurrada, veem os deslizamentos de terra. Meu pai, para quem não sabe, é geólogo. Melhor: hidrogeólogo.
Dia desses, entre um pingo e outro, meu pai deu entrevista para a Globo News e participou de uma mesa-redonda na rádio CBN. As pautas? Consequências das chuvas, claro. Na CBN, a discussão foi bem bacana. Os participantes estavam animados. Ouça aqui uma parte.
Na Globo News, meu pai contou que há transtorno com as chuvas porque os terrenos não são apropriados para infiltração da água – condições geológicas não favorecem. Para piorar, as áreas ocupadas começam a interferir no acúmulo dela. Veja no vídeo a resposta para a questão.

Menos é mais

Escrevi no Twitter que meu apê será minimalista. Meio que tirando um barato de não poder mobiliá-lo todo antes de me mudar. Aí, a @samegui mandou: “nosso apê é minimalista – aprendemos em Tokyo (…) mas vcs naturalmente perceberão – eu só aprendi depois de casada, ao montar o apê onde tem terremotos, que não precisamos de muito.”
Fiquei com esse problema geológico do Japão na cabeça o dia todo. Esse deve ser um dos motivos para os orientais serem tão práticos. E, graças à @samegui e uma conversa com a @jucmartins, percebi que na realidade estou tirando da minha vida tudo o que “sobra”. Aquilo que não terá utilidade. A futilidade. Ao mesmo tempo, só estou adquirindo o que terá um variado – ou muito – uso.
Essas foram as nossas – meu respectivo e yo – posições antes de nos mudarmos. Roupas em bom estado que não visto mais? Estou dando para quem irá usar. Móveis e objetos que quero levar? Reformo e destino um uso. Lembrancinhas? Algumas, claro, fazem parte da minha memória – como meus diários e minhas publicações que irão como “HD externo”. Para outras… o destino é a reciclagem.
Estou sendo bem feliz assim. A cada objeto/sapato/roupa/livros que dou, um peso sai dos meus ombros. A vida – boa ou não – foi vivida. Não adianta carregarmos a carapaça – a não ser aquilo, como disse anteriormente, insubstituível com grande apelo emocional. Mesmo porque o que realmente nos faz feliz – e a ciência comprovou – são os momentos ao lado dos que gostamos e de aprendizado. É disso que quero “lotar” o apê.

A culpa dos desmoronamentos é da chuva?

DSC00129_mini.jpgEu ia fazer um post super elaborado, mas resolvi ser sucinta devido ao meu grau de indignação e tristeza. Assim, responda você mesmo. Darei as pistas, apenas.
Está vendo a foto? Foi tirada sexta-feira passada, dia 14, de um morrinho ao lado de uma rua importante para os bairros da região onde moro. Esse desmoronamento aconteceu há um ano – você leu certo, um ano. Desde um ano atrás, foi colocada essa faixa alertando o perigo.
Ah, há poucos meses, saquinhos que pareciam ser de areia foram postos em cima de uns cortes horizontais da terra. Deveria ser, creio eu, para conter possíveis desmoronamentos. Tirei a foto porque iria publicar o post na sexta, mesmo. Porém, não tive tempo.
DSC00148_mini.jpgAí, segundona dia 17, passando pelo mesmo caminho do santo dia… Tirei essa foto mais escura. Juro. Não dá para ver direito porque usei a câmera do meu celular, de dentro do carro, na chuva, durante a noite. Mas desmoronou. Juro. A terra caiu em parte da rua e de uma área de retorno. Parece brincadeira, mas não é.
Agora, dada as pistas, me diga. A culpa dos desmoronamentos é da chuva?
Obs.: Amanhã, vou tentar tirar uma foto durante o dia para comprovar. E os matinhos que aparecem no morro na primeira foto só mostram que, realmente, faz um ano que ocorreu o desmoronamento. Nada foi feito. Deu tempo até deles crescerem.

O quati não late, mas morde

DSC01025.JPGEstava pasmando no Parque Nacional Iguazú, parte argentina das Cataratas do Iguaçú, do lado de fora de uma lanchonete. Enquanto isso, uma gringa desavisada – não deu atenção às placas – comia seu delicioso lanche. Entre uma mordida e outra colocada no prato, num momento de distração, um quati subiu na mesa. Ele agarrou com a boca o sanduíche e correu para debaixo da mesa.
A moça nem tentou brigar por sua comida. Já gritou com medo do bichinho. O pessoal em volta tentou obter a deliciosa refeição de volta, sem sucesso. Aliás, nem os guardas florestais do parque conseguiram espantar o animal para muito longe. Os bichos se acostumaram.
DSC00633.JPGNa parte brasileira das Cataratas, os guardas usam uma varinha para espantar a espécie. Eles batem com força no chão sempre que um quati se aproxima de nós. Aqui, no Brasil, eles fogem. Porém, essa aproximação acontece porque os animais devem ter se acostumado com pessoas, no passado recente, dando comida para eles. Aí, quem quer se alimentar na floresta se ganha na boca gordura trans?
No Parque Estadual de Vila Velha – também no Paraná -, com a reformulação do lugar, os quatis ficam longe das pessoas. Hoje, eles têm medo de nós. De certa maneira, é bom para ambos. Afinal, eles seguem com uma alimentação e costumes adequados. Apesar deles serem bonitinhos, sua mordida passa raiva – uma doença infecciosa.
Recentemente, recebi em uma newsletter da ONG S.O.S. Mata Atlântica com informações interessantes: “O quati (Nasua nasua) é um mamífero comum na Mata Atlântica brasileira. Possui um nariz comprido, que utiliza para farejar suas presas, a maioria pequenos vertebrados e insetos que busca na terra e nos troncos podres. Também se alimenta de frutas e ovos, e gosta de subir em árvores. Os machos adultos vivem sozinhos. As famílias de quatis são formadas pelas fêmeas e seus filhotes, que permanecem junto da mãe até os dois anos de idade. É conhecido pelo fato de, ao se sentir ameaçado, se fingir de morto, se jogando no chão de patas para cima. Outras espécies, como o Gambá, também usam este artifício”.
Obs.: A foto acima foi tirada na Argentina; e, a ao lado, no Brasil. Boa semana!

2011: Ano Internacional das Florestas

anointernaionaldasflorestas.jpgParece que “nomear” datas – como Ano Internacional da Astronomia (2009), Ano Internacional de Darwin (2009), Ano Internacional da Biodiversidade (2010) – tem surtido efeito positivo. São inegáveis as inúmeras discussões que rolaram em torno dos temas e as atenções dadas para eles.
Assim, Organização das Nações Unidas (ONU) declara que este ano, 2011, é o Ano Internacional das Florestas.
Pelo que andei xeretando por aí, desta vez, o objetivo da ONU vai além de chamar a atenção para o meio ambiente em si. A ideia é discutir a relação do homem com as florestas, principalmente, a questão da pobreza. Afinal, boa parte das matas mais preservadas do mundo estão localizadas em regiões com populações miseráveis – olha “nóis” aí, gente.
Segundo o site oficial – clique aqui –, o Brasil participará da discussão – com tudo certo, mas nada resolvido. Nossa terra prevê organizar un congresso internacional sobre as cidades e as florestas adivinhe onde? Em Manaus, claro. Só que não foram divulgadas mais informações sobre.
Ah, e por hoje não é só, pessoal, 2011 também foi declarado o Ano Internacional da Química e a ONU estabeleceu a data como o início da Década da Biodiversidade. E viva meu bioma preferido: a Mata Atlântica! Vamos comemorar.

Como seria o litoral sem as construções?

IMG_0365.jpgGosto de fazer um exercício, principalmente, quando desço para o litoral sul de São Paulo pela rodovia Anchieta ou viajo para o Rio de Janeiro, capital. Observar o litoral do alto da Serra do Mar – ou a cidade de um morro do Rio – é deslumbrante. Sempre, não enjoo. Agora, imagine como era a paisagem antes das modernas construções!
IMG_0367.JPGRios, mangues, córregos, cachoeiras, morros livres do concreto ou de grandes desvios artificiais. Panorâmicas das praias sem uma pedra de concreto no caminho. De tirar o fôlego – apesar que os prédios brancos do Rio as casinhas das favelas têm sua poesia; os pescadores em seus barquinhos e os portos que parecem fantasmas também.
Sei lá de onde surgiu essa ideia. Deve ser culpa das aquarelas, gravuras, pinturas a óleo que observei desde criança nos museus cariocas. Não lembro os autores, com exceção do Debret que adoro, quando não eram anônimos. Se você quer estimular sua imaginação com uma visão da Cidade Maravilhosa mais pelada – ou vestida, dependendo do ponto de vista – indico um charmoso lugar em especial, o Museu Chácara do Céu, na Santa Teresa (Rio).
Se não me engano – isso porque acho que já xeretei todos os museus da capital fluminense – lá é o local que reúne um grande número de quadros panorâmicos. Sem contar que a chácara é uma graça. Faz jus ao nome: “A construção atual, projetada em 1954 pelo arquiteto Wladimir Alves de Souza, destaca-se pela modernidade das soluções arquitetônicas e por sua localização, que integra os jardins e permite magnífica vista de 360 graus sobre a cidade e a baía da Guanabara”. Preciso dizer mais?
Ano passado, em São Paulo, fui visitar uma exposição e aproveitei para ver a “Coleção Brasiliana Itaú” – ela estava “no caminho”. Assim, sem compromisso, fui dar uma olhadela. Qual foi a minha surpresa em encontrar essas panorâmicas – inclusive algumas que nunca tinha visto da capital paulista? Ah, fiquei extasiada. Se tiver a oportunidade, não perca.
E boas férias! Xis-xis também é cultura!
Obs.: Tirei as fotos quando seguia semana passada para o litoral sul de São Paulo.