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Conheça o design do Norte do Brasil

A doce designer gráfica Ana Paula Campos – que poderia facilmente ser sósia da Amélie Poulain -, minha colega na revista Pesquisa Fapesp, passará o mês de abril na Floresta Amazônica catalogando a arte local junto com uma amiga. Depois dessa incrível viagem, trará na bagagem um pouco do conhecimento sobre o design do Norte do Brasil para compartilhar conosco. Conheça o projeto, intitulado Objetos da Floresta, nas palavras da própria Ana Paula e acompanhe on-line a peregrinação das duas moças:

A ideia do projeto Objetos da Floresta começou com o encantamento despertado na designer Andrea Bandoni quando visitou pela primeira vez Belém, no Pará. Objetos, cores, texturas, costumes locais e todo um universo conectado à natureza de maneira intensa, sustentável e tão diferente de nossa realidade na grande metrópole.

Somos amigas de longa data e parceiras em projetos de design. A notícia de um edital de intercâmbio em artes visuais lançado pela Funarte apareceu justamente no momento em que conversávamos sobre esta experiência. Assim veio a ideia de inscrever um projeto propondo uma viagem experimental à Amazônia, com o objetivo de ver a floresta com os olhos do designer, procurando encontrar novas referências para a área que mesclem a cultura – produto humano, racionalizado – com a natureza, o selvagem, em sua forma mais exuberante. Andrea me convidou para embarcar (literalmente) com ela nessa viagem, o que eu prontamente aceitei.

 

Além de ver de perto o cotidiano das pessoas da Amazônia, faremos visitas a diversos locais, como centros de produção e associações comunitárias, instituições ligadas ao estudo e preservação da floresta, museus e universidades, e ofereceremos dois workshops gratuitos de três dias cada, em Manaus (www.museudaamazonia.org.br) e em Belém (sescboulevard.blogspot.com.br). A ideia é refletir e experimentar juntamente com designers e arquitetos locais sobre assuntos como design conceitual, sustentabilidade e identidade. Voltando da viagem, publicaremos um livro eletrônico que ficará disponível para download também gratuito, com reflexões sobre a experiência e alguns dos objetos encontrados.

 

Espero que tenham gostado da nossa ideia e que visitem o objetosdafloresta.com. Lá temos mais informações sobre a parte conceitual do projeto e dos workshops, um roteiro dos locais que pretendemos visitar e, a partir de abril, um diário que acompanhará nossa viagem, mostrando nossas descobertas à medida que forem acontecendo, com um olhar particular sobre a Amazônia.
Sorte e boa viagem!

Google Street View debaixo do mar

As imagens são tão incríveis que preciso compartilhar. O Google e a Universidade de Queensland, na Austrália, com o patrocínio do grupo multinacional de seguros Catlin, estão mapeando fotograficamente a Grande Barreira de Corais australiana, a maior do mundo com 2,3 mil km de comprimento. O objetivo do projeto, chamado Catlin Seaview Survey, é verificar os impactos do aquecimento global nesse ambiente marinho.

Nós, peixes fora d’água, podemos fazer um tour virtual pelo maravilhoso mundo do coral sem molhar um dedinho! As instituições disponibilizam as imagens no esquema Google Street View – Seaview (mar + vista) , pegou? – para qualquer ser humano que navegue na internet. Basta você clicar aqui e cair no mar australiano. Por enquanto, apenas sete pontos do coral estão disponíveis, mas 20 já foram fotografados. O grupo diz que irá publicar as imagens já tiradas – e quem sabe outras novas.

 

Se você tem medo de mergulhar ou curiosidade sobre como é a vida marinha, eis a chance. Não é a mesma sensação que pular no mar carregando um cilindro nas costas, mas dá para saciar a vontade. Além da página do projeto, os organizadores criaram um canal no Youtube – que tem, por enquanto, apenas um vídeo. Para saber mais informações sobre o projeto clique nos links: Catlin Seaview Survey, Universidade de Queensland, press release da Catlin Group, matéria na NewScientist e post no Guizmodo.

Como é mergulhar
Lembro do meu primeiro mergulho com cilindro como se fosse ontem: ponto Cagarras, Fernando de Noronha, 2009. Estava ansiosa no Porto Santo Antônio. Enquanto esperava o barco que nos levaria ao ponto de mergulho, com os cotovelos apoiados no encosto do banco de madeira, observava os siris indo e vindo com a maré no fundo do mar e jogava conversa fora com um forasteiro que se autodenominava “pirata”.

 

Ele morava em São Paulo e, a cada seis meses, seguia para a ilha da fantasia admirar seu animal preferido: a ave fragata. Durante o voo, a pirata aérea rouba o alimento de outros pássaros batendo na cabeça deles até regurgitarem o peixe pescado.

 

O céu da manhã continuava azul límpido pontilhado de próximas aves quando a embarcação aportou. Respirei fundo: a hora se aproximava. Sempre quis mergulhar. Era um sonho, mas ao mesmo tempo, um pesadelo. Sentia falta de ar só por pensar em permanecer debaixo da água presa a um cilindro que tem a metade do meu peso – mal eu sabia seria amarrado, na minha cintura, mais pesos. Mas a curiosidade, para variar, era maior que o meu receio.

 

Após navegarmos por menos de meia hora em direção a outras ilhas do arquipélago mais ao norte, o capitão desliga o motor. Chegamos. Paramos em frente a uma ilha rochosa. O mar estava calmo. O céu também. As aves. Vamos ao que chamam de “bastimo” guiado por instrutores. Tivemos uma breve aula em alto mar sobre mergulho e como proceder com os equipamentos. Beleza! Sou sorteada para ser guiada por um dos instrutores mais experientes – e bem humorados.

 

Vesti o macacão de borracha, os pés de pato, a máscara. O instrutor me ajudou a colocar um colete inflável, pesos na cintura e, por fim, o cilindro. A maioria dos marinheiros de primeira viagem saltaram em direção a água. “Quem garante que o colete suporta na superfície do mar o meu peso e mais o de todos esses equipamentos comigo?”, pensei. Não quis pular. Já na água, o instrutor me deu a mão e eu saltei sentada. Agora, vamos lá!

 

Estava tão tensa que nem reparei no azul profundo em minha volta. Segundos seguidos, fiquei eufórica. U-A-U. Aquele mundo, que só tinha visto em documentário ou da superfície com meu equipamento de snorkeling, se abria. Rapidinho, senti uma paz tomando conta do meu corpo e da minha mente.

 

O guia percebeu que eu não apertava mais a sua mão. Viu minha risada estampada. E me guiou por um mundo de corais que se fecham ao se aproximarem dos dedos, polvo vermelho arredio à nossa presença muito próxima dele, moreias verdes e coloridas ameaçadoras a menos de 30 cm de distância, tartarugas com comportamento parecido ao do filme “Procurando Nemo”.

 

Além da sensação de paz e segurança, o que mais me chamou a atenção foi passar despercebida pelos peixes e tartarugas. Eles não se assustavam com a nossa presença. Pareciam até chegar mais perto por curiosidade. Éramos peixes. Um novo mundo calmo e colorido se abria. Encantador.

 

Atingimos cerca de 15 metros de profundidade. Eu olhava para cima, via o paredão de pedra sobre mim e na superfície o sol refletido. Enquanto viajava naquela nova imensidão, o guia cobrava a subida. A meia hora passou como se fosse um minuto. Eu fazia que não com o dedo e a cabeça. Queria mergulhar mais… De nada adiantou teimar. Colete inflado pelo guia, superfície à vista. Bem que os instrutores alertaram: “Quando estiver lá embaixo, não vai querer subir”. E, assim, eu me apaixonei.

Está chegando a Hora do Planeta!

Anote na agenda. Dia 27 de março, às 20h30, é a hora de apagar todas as luzes por 60 minutos e se juntar à Hora do Planeta. Trata-se de um protesto mundial contra o aquecimento global, organizado pela ONG WWF.
De acordo com a instituição, em 2009, 113 cidades brasileiras participaram do movimento. Ícones como o Cristo Redentor, a Ponte Estaiada, o Congresso Nacional e o Teatro Amazonas ficaram no escuro. Já coloquei meu nome entre os participantes. Faça o mesmo neste link. E, para saber mais, clique aqui também.

Onde reciclar as embalagens de longa vida?

Se a reciclagem não vai até você, você pode ir até ela. A pé, de preferência. Uma leitora do blog indicou este site que mostra qual lugar recebe embalagens de longa vida para reciclagem mais perto de você. Basta digitar o endereço que ele faz uma rota no mapa.
Eu testei capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. O mapa mostrou cooperativas, lugares que compram embalagens e pontos de entrega voluntária. Ao lado esquerdo do site, o link “outros materiais” leva à página da associação Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre). Lá, vale uma xeretada na parte “acesso rápido”, do lado direito.
Se onde você mora não há recolhimento de coleta seletiva pela prefeitura, a sugestão é fazer uma lixeira coletiva com os vizinhos. Uma vez por semana, leve o material para os pontos de recolhimento. Se tem gente que compra o “lixo”, dá até para ganhar um dinheirinho – bem pequenininho – e tentar reverter em algo para o prédio ou ao bairro.
Curiosidade: Você sabia que a tecnologia para separar o plástico, o alumínio e o papelão das embalagens de longa vida foi inventada no Brasil? Acredite se puder.

Primeira universidade online do estado de Sampa

O Estado de São Paulo criou a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). É uma espécie de cooperativa online de ensino da qual participam a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Hoje, elas fornecem cinco cursos: graduação em Pedagogia, Tecnologia em Processos Gerenciais, especialização em Filosofia, extracurricular de inglês básico e extracurricular de espanhol básico.
As inscrições são online, claro. E os cursos são dados parte virtualmente e parte presencialmente. Vale a pena xeretar! De repente, você que mora em outra cidade… Tem uma oportunidade bacana. Saiba mais aqui, no site oficial. Bacana!

Refloreste o mundo sem sair de casa

O Brasil não é suficiente? Cansou de reflorestar a Mata Atlântica e a Amazônia? Quer dominar, ops, quer dizer, quer reflorestar o mundo? Seus problemas acabaram. A multinacional japonesa NEC Corporation mantem, se não me engano desde 2004, o site Ecotonoha.
Funciona assim. Você clica aqui. Escolhe um galho da árvore – uma bolinha vermelha. Depois, escreve seu nome e sua mensagem no quadro que aparecer. A cada 100 mensagens, a empresa planta uma árvore na ilha Kangaroo, localizada na amistosa Austrália.
A empresa afirma que, no ano passado, recebeu 136.566 recadinhos do mundo todo. No total, 1.365 eucaliptos foram plantados. Bem que a gente poderia tirar essas árvores que invadiram nossa querida Mata Atlântica e enviar para eles, não é mesmo? Brincadeirinha.
O fato é que eu já publiquei meu recado lá na árvore japa – só é possível escrever um por dia. Deixe o seu também! E, se conhecer mais links que prometem reflorestar o mundo, coloque no comentário! O Pink e o Cérebro agradecem.