Frase do dia

O que transformou o mundo não foi a utopia, foi a necessidade.

José Saramago, 2005

O uso inapropriado do Eco

Este texto faz parte da Blogagem Inédita proposta pelo Interney: Trata-se de um assunto não publicado em nenhuma outra fonte. Todas as pesquisas, fotos e entrevistas necessárias para a publicação desse conteúdo foram feitas exclusivamente pelo Rastro de Carbono.
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Depois da chegada da nova onda pró-ambiental, devido ao aquecimento global e toda a ciência e política envolvida no caso, fica cada vez mais comum empresas, indústrias, publicidades, e afins, buscarem clientes prometendo, digamos, “eco-coisas”.
Os produtos que se dizem ecologicamente corretos invadem as propagandas de TV, a gasolina do seu carro, o guarda-roupa, os lançamentos em eletrodomésticos, as prateleiras dos supermercados e toda uma gama de produtos “verdes” começa a invadir nossa vida.
Vamos ao estudo de caso, que pesquisei durante essa semana:
A empresa “eco-coisas” em questão é dona de empreendimentos imobiliários. Entre as vantagens de se ter um imóvel “eco-coisa” estão a captação de água de chuva, um pomar na área comum, rochas vulcânicas vindas de sei lá de onde pras churrasqueiras individuais em cada apartamento e um tal de elevador ecológico, revestido com madeira de reflorestamento com som ambiente e imagens da natureza.
A crítica começa aqui. Som e imagens da natureza no elevador é um consumo de energia absolutamente desnecessário. Fora a área comum com brinquedoteca, sauna, fitness, sala de estudos e mais um sem número de “vantagens” que todo mundo que mora em apartamento sabe que depois da festinha inicial da novidade ninguém mais usa, só mostram o total descaso com o meio ambiente.
Aliás, as empresas “eco-coisas” em geral, mostram que na verdade, a idéia não é promover uma discussão ou uma conscientização sobre o tema, mas sim vender um produto com uma roupagem “verde” que não existe.
Voltemos ao estudo de caso. O empreendimento “eco-coisa” foi lançado esse final de semana, e, como não podia deixar de ser, botou propagandas espalhadas por todo o bairro onde o dito cujo do empreendimento está. Folhetos com propaganda no semáforo, meninas com bandeirolas na esquina, cartazes e cartazes – aqueles que junto com os panfletos estão proibidos pela lei cidade limpa – e garotas menores de idade trabalhando por um dinheiro mínimo pra saírem correndo com as tais propagandas caso alguma fiscalização apareça.
Benditos produtos “eco-coisas”! O mínimo do bom senso e da coerência seria esperar que os tais futuros moradores do empreendimento “eco-coisa” não estejam buscando um empreendimento “verde”. Espero que eles estejam plenamente conscientes de que, de “verde” o produto que eles compram não tem nada. Pelo menos assim, a propaganda não teria servido de nada e seria só mais um empreendimento imobiliário como os vários, todos voltados para o consumo excessivo de toda e qualquer “novidade” que apareça por aí e faça brotar mais dinheiro nos cofres de alguém.
Mando as fotos de um dos cartazes da “eco-coisas” (acima à esquerda) e mais a fachada do apartamento decorado, com holofotes de luz todas as noites apontando o céu de Sampa (à direita).

Mulheres…

Não é a toa que Pachamama é a deusa da Terra. Nem que Yara é a deusa das águas. Parece que a muito tempo se sabe que, se alguém tem que dar atenção ao planeta, esse alguém somos nós, mulheres.
Nós mulheres somos os seres dotados da força, da vontade, do poder de dar continuidade à humanidade. E, fato é, somos as responsáveis pela educação ambiental das pessoas que nos cercam. E é a partir de nós que mudanças são feitas no estilo de vida da nossa família.
+ Quem controla o tempo do banho dos filhos?
+ Quem vai ao supermercado e leva sacolas retornáveis, caixas desmontáveis?
+ Quem é que controla os gastos de água e energia elétrica de casa?
+ Quem escolhe o cardápio da semana?
Se “uma mulher” não for pelo menos 80% das respostas dadas para as perguntas, eu me dou por vencida e me calo.
Somos nós as verdadeiras responsáveis pelas mudanças de hábitos na nossa casa, no nosso trabalho, com os nossos amigos. Querendo ou não, somos exemplos para nossos pais, nossa família. O poder de mudar hábitos está nas nossas mãos. Se inventamos não comer carne um dia da semana, a família toda vai ter que ser vegetariana por um dia. Se inventamos que o banho em casa não pode ser no horário de pico e deve ser curto, a família responde. Se resolvemos não usar sacolas plásticas do supermercado, não usamos. E, até podemos mudar alguns amigos se resolvemos levar um copo de vidro pro escritório, evitando os plásticos.
Mulheres! Fato é que somos todos os dias, um pouco Mãe-Terra.

Catch the wind


Clicando na figura acima, você verá uma das mais recentes propagandas da GE, empresa de energia limpa, desalinização de águas entre outras atividades. Para ver mais propagandas do grupo, vá em Ecomagination.
Via: Folha Verde
Letra da música:
Catch the wind
Donovan
In the chilly hours and minutes,
Of uncertainty, I want to be,
In the warm hold of your loving mind.

To feel you all around me,
And to take your hand, along the sand,
Ah, but I may as well try and catch the wind.
When sundown pales the sky,
I wanna hide a while, behind your smile,
And everywhere I’d look, your eyes I’d find.
For me to love you now,
Would be the sweetest thing, ‘twould make me sing,
Ah, but I may as well, try and catch the wind.
When rain has hung the leaves with tears,
I want you near, to kill my fears
To help me to leave all my blues behind.
For standin’ in your heart,
Is where I want to be, and I long to be,
Ah, but I may as well, try and catch the wind.