Eletrônicos ecologicamente corretos

Na linha dos produtos ecologicamente corretos, fico feliz ao encontrar, na indústria de eletrodomésticos, através de legislação pertinente do Ministério de Minas e Energia, uma preocupação com a eficiência energética.
Segundo a ELETROS – Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, 100% dos produtos das linhas de refrigeradores, freezers e condicionadores de ar fabricados já estão totalmente enquadrados nas novas exigências de eficiência energética desde o início de 2007. Mas existem tecnologias cada vez mais limpas disponíveis por aí.
Em recente pesquisa do Instituto Akatu (“Como e por que os brasileiros praticam o consumo consciente?“), 37% dos consumidores brasileiros aceitam pagar entre 25 a 35% a mais pelos produtos que tenham um selo verde, que dão crédito aos produtos que estão de acordo com a legislação ambiental vigente.
Com a indústria aberta aos desafios de se produzir produtos ecologicamente corretos e os consumidores, dispostos a pagar pelo desenvolvimento das pesquisas, encontramos alguns produtos realmente muito bons, por exemplo:
Ar condicionado que usa em seu processo de refrigeração água, no lugar de gás. O aparelho economiza até 95% da energia consumida por um modelo tradicional.
Máquina de Lavar Roupas que possui sensores que identificam a quantidade de roupa na máquina e calcula o volume de água necessário para cada ciclo, evitando o desperídicio.
Refrigerador que utiliza o gás isobutano, ao invés de HFCs para refrigeração.
Saiba mais:
+ Instituto Akatu
+ Revista Veja (para assintantes Veja e UOL)

A sopa de plástico do Giro do pacífico Norte

Eu fiquei sem palavras. Então vou deixar que imagens, vídeos e textos falem por mim.
Imagens

 
Vídeo (em inglês)
Parte I:

Parte II:

Texto (com excelentes referências)
Brontossauros em meu Jardim
NÃO USE SACOLAS PLÁSTICAS PARA CARREGAR COMPRAS DO SUPERMERCADO
PREFIRA PRODUTOS SEM EMBALAGENS PLÁSTICAS
CONSUMA REFRIGERANTES QUE UTILIZEM GARRAFAS DE VIDRO RETORNÁVEIS
ENCAMINHE SEU LIXO PARA RECICLAGEM

Rastro de Carbono no Repórter Eco

Hoje o Rastro de Carbono foi ao ar pela primeira vez! E entrou em cena com estilo, numa reportagem do Repórter Eco, exibido pela TV Cultura.
Basicamente, falei sobre o que penso sobre o papel deste blog. Para quem chega agora, o Rastro de Carbono é uma tentativa de desassociar a causa ambiental, principalmente relativa à mudanças climáticas, de um pensamento negativista e catastrofista – que na minha opinião só traz insegurança, desconforto e uma sensação de impotência para mudanças de padrões de vida e de consumo, principalmente.
Sendo assim, nestes posts o leitor deve encontrar informações científicas sobre às causas e consequências das emissões de gases do efeito estufa, divulgação científica, com as recentes discussões travadas nas melhores revistas científicas do mundo e algumas dicas de ações pessoais que, sem danos grandes à comodidade da vida, podem ajudar a reduzir o consumo pessoal de carbono equivalente de cada um de nós.
Se você é novo por aqui, divirta-se comigo nestes posts. Se você é um leitor antigo, deve encontrar um Rastro de Carbono ainda mais ousado e amplo daqui pra frente, com temas como sustentabilidade, empreendimentos no setor, denúncias de falsos “ecologicamente corretos” e muito mais.
Aí vai o link do vídeo da matéria exibida hoje, APROVEITE!
http://www.tvcultura.com.br/reportereco/materia.asp?materiaid=768
É só clicar em “ASSISTA AO VÍDEO”. Devo dizer que apareço só nos minutos finais!

Maluh Barciotte, uma diva!

O que é bom merece propaganda. E como estou marketeira hoje, publico também o link para acesso aos excelentes vídeos protagonizados pela querida Maluh Barciotte. Quer saber mais sobre sacolas plásticas, lixo “invisível”, os 3 R´s e reciclagem?
Acesse Reciclagem – Lixo invisível, Reciclagem – Sacos plásticos, Reciclagem – Os 3 erres e Reciclagem – Reciclar é simples (desconsidere as propagandas da multinacional) e assista aos vídeos.
Parabéns Maluh!

Os Clubes da Cidade

Novata em São Paulo, descobri recentemente os Clubes da Cidade. Tenho o imenso privilégio de morar do lado de um deles. Para mim, os clubes da cidade refletem o que uma prefeitura pode fazer de admirável, numa administração. Se um dos tripés da sustentabilidade é o respeito ao cidadão, nos clubes da cidade vemos esse respeito levado a sério.
Primeiro. Os Clubes da Cidade são inteiramente grátis. Desde a inscrição, até os exames médicos, tudo é grátis. Como se não bastasse, os clubes da cidade oferecem cursos como de hidroginástica, natação, vôlei, futebol, capoeira, ginástica localizada, alongamento e há quem diga que alguns deles ainda fornecem cursos de garçons, baristas e artesanatos em geral.
Segundo. Depois das atividades físicas, os inscritos ganham “lanchinhos” para recobrar as energias. Para a criançada que faz natação por aqui, barras de cereal e achocolatados!
Terceiro. Os professores são de qualidade. Por vezes, muito melhores do que de muita academia que eu já tive o desprazer de frequentar.
Quarto. A administração do clube da cidade fica responsável por fazer pedidos de material para a prefeitura. E, pelo menos da área da piscina, que é o que mais me interessa, os materiais são muito bons. Pranchas, bastões para hidroginástica, tudo de ótima qualidade.
O bom é saber que o dinheiro dos impostos é, em parte, direcionado para uma iniciativa tão saudável como esta. E, engana-se quem acha que é impossível conseguir uma vaga. Infelizmente vivemos num país onde nossas experiências passada nos alertam, às vezes erroneamente, de que, o que é público, é ruim. No clube da cidade aqui pertinho de casa sobram vagas para os mais diversos esportes.
E antes de me chamarem de “Poliana”, eu sei sim que a Cidade de São Paulo, como exemplo para todo o Brasil, tem problemas. Mas fazer propaganda do que é bom, não custa nada. Pelo menos pra mim.

Agenda – 7 a 9 de março

O que: 3ª Conferência Estadual do Meio Ambiente
Onde: Belém, Pará
Quando: de 7 a 9 de março
Tema do encontro: “Amazônia e as mudanças climáticas globais”.
Objetivo: Fortalecer as políticas ambientais e o uso sustentável dos recursos naturais do Estado do Pará.
Mais informações: www.sema.pa.gov.br

Atividade solar, aerossóis, cientistas e outros bichos

Duas matérias que eu li hoje e que são absolutamente contraditórias.
A primeira, publicada na FolhaOnline sob o título: “Grupo contraria teorias sobre o aquecimento global e critica IPCC“, fala sobre a visita de um grupo de cientistas brasileiros ao Ministro Sérgio Rezende (MCT) para entregar um documento questioando a influência da ação humana no aquecimento global. Segundo a FolhaOnline, os dados apresentados no documento fazem parte de um estudo internacional, o Cloud, que se concentra nas análises da influência de raios cósmicos na atmosfera terrestre. Segundo os dados do Cloud, a temperatura média do planeta Terra estará mais baixa em 20 anos. Por estes dados, as modelagens climáticas que consideram vários fatores e os cenários de elevação de temperatura (não só raios cósmicos), propostos pelo IPCC estariam todos equivocados e as emissões antrópicas seriam uma falácia.
A segunda matéria vêm do Agência FAPESP, sob o título: “Contramão climática“, que aborda os estudos feitos pelo Cloud (uia! o mesmo lá do primeiro artigo!), que, como já dito, defende o resfriamento do planeta nos próximos anos, devido à influência dos raios cósmicos sobre a concentração da poeira cósmica, que por sua vez altera a concentração de aerossóis na atmosfera, que por sua vez aumenta a probabilidade de ocorrência de nuvens baixas, com consequente diminuição na temperatura do planeta (uma vez que mais nuvens significa menos radiação incidindo sobre a superfície terrestre). “Nos próximos 50 anos o número de raios deverá aumentar consideravelmente, elevando a produção de nuvens baixas. Isso deverá gerar um resfriamento da Terra que não apenas vai compensar o aquecimento causado pela ação antropogênica, mas que deverá superá-lo, podendo levar a um efetivo resfriamento global”, disse Stozhkov, um dos autores do estudo.
Destaque meu vai para a parte em que Stozhkov reafirma a participação antropogênica num provável aquecimento global, obtido pela análise de vários modelos matemáticos para o clima. E aí vem a questão: Dá pra acreditar nos cientistas brasileiros que foram até o MCT hoje? É o velho hábito de tentar dar mais valor ao seu próprio estudo do que a um estudo grande, feito por vários cientistas, como no caso do IPCC. Este hábito, acompanhado daquele que não analisa as reais conclusões de um estudo e extrapola resultados e pronto!, está feita a confusão.
Fora tudo isso, sabe-se que há grande controvérsia em relação a participação dos aerossóis na formação de nuvens e consequente resfriamento da superfície terrestre, como já publiquei AQUI e AQUI e pode ser lido com mais detalhes AQUI. Como se não bastasse, ainda existem os estudos de Lockwood e Froehlich que mostram a diminuição da atividade solar nos últimos 20 anos, pelo menos, reiterando a não participação dos raios solares no fenômeno do aquecimento global, AQUI. Agora, se a atividade solar está diminuída nos últimos 20, como pode haver aumento da incidência de raios cósmicos.
Sento e espero o resultado desta luta.

Agenda – 19 de fevereiro

O que: Uma verdade incoveniente
Onde: Auditório da Prefeitura de São Paulo. Viaduto do Chá, 15 – 7º andar
Quando: HOJE! 19 de fevereiro
Tema do encontro: Juan Negrillo, organizador da Campus Party Brasil 2008 e diplomado pelo “The climate project USA”, pelo próprio Nobel da Paz Al Gore, apresenta os últimos dados científicos que cooroboram os dados apresentados no filme “Uma Verdade Inconveniente
Confirme sua presença: smri@prefeitura.sp.gov.br ou pelos telefones 3113-8544, 3113-8514 ou 3113-8535.

Ascher X Antunes, se é que dá pra competir…

Li, boquiaberta assim como Arnaldo Antunes (leia a réplica do poeta e compositor aqui), as opiniões de Nelson Ascher (“Quente ou Frio?“), publicadas na Folha de São Paulo do dia 04 de fevereiro. Tais concepções, como “plastificaram as genitálias alheias para limitar a produção de bebês” e “criminalizaram a obesidade, o fumo, etc.” não só me parecem errôneamente ligadas a ecologia e meio ambiente, como mostram a imensa falta de conhecimento do poeta (???) que largou a faculdade de medicina (Ah! Agora está explicado), para fazer administração na GV (afinal, o que este cara entende de meio ambiente?).
Como um adulto que ensina uma criança explico: usar camisinha é mais uma tentativa de diminuir as taxas de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis e promover o sexo seguro do que “limitar a produção de bebês” (para isso existem pílulas anticoncepcionais, laqueaduras e vasectomia, DIU, diafragma, etc.). Do mesmo modo, “criminalizaram a obesidade, o fumo, etc.”, mais como uma tentativa de aumentar a sobrevida da população do que ser preconceituoso com quem fuma e com quem gosta de comer. Fora que “criminalizaram” não é exatamente o que se propõem, uma vez que não se vê fumantes nem obesos indo pra cadeia por terem prazer em fumar e comer, ou simplesmente por terem uma disfunção hormonal.
Ascher parece uma criança com raivinha da educação dos pais. Veja a cena:
– “Manhêêê, “baniram bifes” e “proscreveram os vôos internacionais”. E, dando de ombros, “Não estou nem aí! Sou vegetariano e já conheço a Europa”.
Egoísta, não? – Isso sem falar que existe carne no supermercado e os vôos internacionais continuam saindo (ou estou enganada?).
Tudo bem, eu entendo que Ascher pode ter uma visão muito deturpada das preocupações que a maioria das pessoas tem com relação a causa ambiental. É mesmo de irritar tais panorâmas de devastação total que alguns eco-chatos teimam em impor a maioria da população (como já critiquei um pouco aqui). Mas existem vários pensadores muito centrados que observam atentamente os problemas do ambientais do mundo e tem opiniões muito positivas sobre o que podemos fazer para evitar o caos ambiental (alguns dos que eu quase sempre concordo AQUI, AQUI e AQUI. Talvez por conta de experiências ruins, Ascher não consiga enxergar que “fanatismo religioso e conflitos interétnicos, terrorismo e banditismo internacionais, contrabando de armas e narcotráfico, migrações descontroladas, ditaduras genocidas em vias de adquirir armamentos nucleares” podem piorar muito caso os cenários climáticos devidos ao aquecimento global se concretizem. Guerras por água, competição por recursos, migrações por falta de comida, ditaduras e políticas públicas que privilegiem alguns segmentos da população mundial, descontentamento e rebeliões das camadas mais pobres de populações que vivem em países ainda mais pobres não só podem ocorrer como por vezes já ocorrem.
Por outro lado, Ascher pode estar simplesmente mal informado e por isso acha que tudo não passa de “fé apocalíptica”. Espero que ele esteja certo, mas prefiro agir agora pra não correr o risco do pior.

Nota de Agradecimento

O Campus Party acabou. Pena, eu estava gostando. Ainda bem, eu estava bem cansada. Seria injusto não agradecer a todas as pessoas que me ajudaram, deram dicas, trocaram idéias, cartões de visita, horas de boa conversa e risadas.
Dos blogueiros presentes na CP, meus agradecimentos especiais à GabrielaBia, Netto, JonnyKen, Kriz, Fugita, ClauChow, GuilhermeFelitti, Débora, CarlosHotta que postaram comentários e links do Rastro de Carbono. Por favor, se eu me esqueci de alguém, mande o link que eu faço o update.
Não poderia deixar de agradecer o Planeta Sustentável pelo convite e oportunidade de comparecer ao evento.
Aos novos amigos blogueiros, às oportunidades oferecidas, aos novos e antigos leitores e comentaristas do Rastro de Carbono, OBRIGADA!
UPDATE: Não poderia, mas esqueci, do JoãoMalavolta. Espero que a correção tenha vindo em tempo.