Alexandre Garcia, não me faça te pegar nojo!

TODOS os seres humanos da Terra são passíveis de erro. T-O-D-O-S. Isso faz parte da nossa humanidade. E eu acho essa uma das características mais lindas que podemos ter. A capacidade de errar e, de repente, reconhecer o erro, se desculpar, mudar de ideia, começar de novo.

Tem uma profissão que eu não gostaria de ter. Jornalista. Eu não ia me dar bem com a coisa. Não é do meu perfil. Jornalismo é uma profissão, pra mim, que exige uma dedicação maior do que 24 horas por dia, 7 dias da semana. O cara tem que estar absolutamente antenado com TUDO o que acontece no universo em volta dele. Quanto mais ele souber do que acontece, mais capacidade ele terá de conduzir bem uma entrevista, de expressar uma opinião, de moderar uma discussão, de escrever bem e claramente sobre um determinado assunto. E mais ele terá capacidade de formar opiniões nos ouvintes/leitores, mais ele terá capacidade de dar o tom certo a uma discussão, mais ele terá capacidade de fazer-nos mudar de ideia e, de repente, de nos direcionar para um ou outro lado – e essa última capacidade é, para mim, a mais poderosa do jornalista: poder ser tão coerente, tão coeso, tão bom argumentador de uma causa, que seja capaz de enrolar/ludibriar/convencer qualquer cidadão do mundo sobre praticamente qualquer coisa.

Pois bem. Jornalista é ser humano – até que se prove o contrário. E, como ser humano, jornalista é passível de erro.

Hoje ouvi a opinião de um jornalista daqueles das antigas, que tem voz, respeitados em seu meio e fora dele, sobre saúde. Sinceramente… Alexandre Garcia pôs-se a falar de um assunto que, claramente, não é a praia dele. Ouçam e tirem suas conclusões:

E, não deixe de observar as notas do Ministério da Saúde sobre o caso

Alexandre Garcia… não sou índia, mas melhor que fosse. E, respeito à diferença e ao livre arbítrio são valores que nós, brasileiros, não gostaríamos de perder. O direito que nós mulheres conquistamos de ter filhos e nossa pátria Brasil respeita tanto passa muito além dos argumentos contra a prática ou a escolha do parto que você mencionou. E, sinto muito que para você, um HIV positivo tenha menos direito do que HIVs negativos. E sinto muito também que saiba tão pouco sobre parto humanizado.

Achei que uma gafe tipo Boris Casoy fosse demorar mais pra acontecer…

Garis! Se vocês, do alto de suas vassouras e dificuldades tem tanta pureza em desejar felicidades para o mundo, quem não terá?

Mas… Boris Casoy e Alexandre Garcia são seres humanos. E como seres humano são passíveis de erro. E também são capazes de mudar de ideia, pedir desculpas e começar de novo.

Um planeta sustentável começa com práticas pessoais sustentáveis. E sustentabilidade significa respeito ao meio ambiente, respeito as possibilidades econômicas e respeito às pessoas.