Luluzinha camp

Eu vou!

Tu vais?

Ela vai…

Nós vamos.

Vós ides?

Elas vão!

E se você não for, é sobre você que elas vão fofocar!

E nada muda…

Inspirei-me pelo Ecodesenvolvimento em seu último post e resolvi me juntar à onda.

Francamente! Até quando teremos empresas ‘espertas’ agindo sobre uma legislação ambiental fraca, uma fiscalização lenta e uma punição fantasma ? Queria realmente que as empresas tivessem o mínimo de bom senso e preocupação ambiental…

Na verdade, pensando em custo, qual seria o custo de pedir para seu departamento de atendimento ao consumidor que sugerisse uma ONG ou cooperativa de reciclagem para seus produtos? E pensar que o custo disso é tão pequeno comparado com o retorno que teriam de seus consumidores! Afinal, o que todos  nós preferiríamos? Uma empresa que coletasse ou destinasse lixo produzido por seus produtos ou uma que não o fizesse? Certamente a que tivesse uma preocupação ambiental mínima. Por essas e outras que eu não me arrependo em nada de não ter uma impressora…

Por outro lado, lembrei-me de uma tirinha… A tradução livre do discurso seria “Nós podemos fazer muito dinheiro lucrando com o ambiente”. Não é o que muitas empresas estão realmente fazendo?

Fonte: http://www.joyoftech.com/joyoftech/joyarchives/1096.html

P.S.:Não me canso fácil e ainda espero um retorno mais consciente da tal empresa de impressoras.

Propaganda da Volkswagen e GEE nos transportes

O vídeo abaixo foi utilizado como campanha publicitária da Volkswagen, com a seguinte mensagem: “os únicos do Brasil feitos sob medida para o seu negócio”. A outra mensagem, essa não tão explicita é: “quase tudo o que você consome é transportado por caminhões, portanto utilize os nossos”

Vou me apoderar dessa segunda mensagem. Claro, desde JK, quando a política nacional preferiu às estradas aos trilhos, quase tudo que consumimos passa por caminhões uma hora ou outra. E, para isso, a propaganda da Volks me serve muito bem. Para lembra-nos que, eventualmente, consumir produtos locais é ambientalmente mais correto do que consumir produtos que vem de muito longe.
A lógica é simples: a viagem de um produto local até a sua casa é bem menor do que a de um produto produzido longe. E, até onde eu saiba, ainda não existem caminhões movidos a álcool, então todo o discurso do biocombustível não se aplica a esse caso.

O que isso significa? Que o produto local tem menor pegada de carbono que qualquer outro produto similar, produzido a quilômetros de distância.
Segundo o primeiro inventário brasileiro de emissões antrópicas de gases de efeito estufa (Emissões de gases de efeito estufa por queima de combustíveis: abordagem bottom-up), publicado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em 2006, referente aos anos entre 1990 e 1994, entre os setores energético, residencial, não energético, comercial, público, agropecuário, industrial e de transportes, o setor de transportes foi o setor que mais emitiu CO2. As emissões corresponderam a 41% das emissões totais provenientes de combustíveis fósseis. Desses 41%, 88% vem do modo rodoviário, no qual se incluem nossos carros de passeio, os caminhões da Volks e todos os outros veículos que trafegam por aí a fora.

Já segundo o “Summary for Policymakers – Working Group III contribution to the IPCC 4º Assessment Report”, pulicado em 2007 (download aqui),13,1% das emissões de gases do efeito estufa (GEE) do mundo são provenientes do setor de transportes. Porém, o documento também relata que é possível mitigar cerca de 1,6 a 2,5 Gt de CO2 equivalente por ano, caso sejam feitos investimentos no setor.

E quais as chaves para mitigar o processo de emissões por esse setor? Primeiro, investimento em outros modos de transporte, como o ferroviário, que transporta muito mais carga por carbono emitido e o hidroviário, que para muitas regiões do país é um meio bastante eficiente. Fora isso, veículos mais eficientes, ou seja, que percorram mais quilômetros por litro de combustível fóssil ou veículos hibridos, que se utilizem de combustíveis não-fósseis e biocombustíveis.

Recomendo – Wall-E

Esta blogueira que vos fala adora animações. E, as da Pixar são fenomenais, no meu mínimo entendimento sobre o assunto.

Terça feira desta semana fui assistir Wall-E. Sem muitas pretensões, só porque se tratava de Pixar, de animação e de um dia duro no trabalho.
Qual minha surpresa! Wall-E é um filme cheio de puxões de orelha ambientais!

Du-vi-de-o-dó que as crianças que foram assistir ao filme sacaram essa parte. Mas eu espero que todos os adultos tenham… Grandes coorporações, monopólio, excesso de consumo, produção de lixo, acomodação com o problema, ignorância frente à resolução do problema, esquecimento… tá tudo lá. Sem tirar nem por.

Mas, o fenomenal em Wall-E é que ele não é ecochato! É o tipo de informação que eu gosto e tento passar. Alarmante, sem ser alarmista. Tá lá, pra quem quiser ver (pena que nem sempre todo mundo quer ver).

Wall-E é um personagem sensacional. Mas mais do que Wall-E, deixe o pano de fundo da historinha do robô te surpreender e verá o verdadeiro filme.

A quem possa interessar: Não… não estou fazendo posts pagos para a Pixar… Sou fã e não nego essa paixão.

Os níveis de CO2 e o pH dos oceanos

Todos já ouvimos falar dos efeitos calientes do CO2 sendo despejado na atmosfera, menos se diz sobre o CO2 que vai para a atmosfera e acaba diluindo-se nas águas do mar. Pois é, o CO2 em água torna-se um ácido fraco: o acido carbônico, que muda o pH da água.
Muitos cientistas crêem que as mudanças provocadas pelo CO2 dissolvido na água serão pequenas, imperceptíveis. Porém, Um estudo que acaba de ser publicado na Nature sugere o contrário. Neste estudo, os pesquisadores analisaram os ecossistemas marinhos afetados por fendas vulcânicas na Itália. Os gases que saem destas fendas, acidifica as águas locais em cerca de 1.5 unidades de pH (lembrando que é uma escala logarítmica, o que significa que é cerca de 80 vezes mais ácido, acho).
Os organismos que mais sofrem são os que possuem esqueletos calcáreos, ou seja, crustáceos e moluscos. As conchas destes animais são mais frágeis, sendo que formas jovens são inexistentes perto das fendas, apesar das áreas mais distantes possuírem uma rica fauna. Além destes animais, ouriços-do-mar, algas calcáreas e corais não são encontrados na área. Para não dizer que tudo eh tragédia, algas vermelhas e marrons crescem mais, devido ao aumento de gás carbónico na água.
Obviamente é difícil saber se estes efeitos locais do CO2 dissolvido na água irão ser os mesmos, e de mesma magnitude em um nível global. Alem disso, a diminuição do pH da água dos oceanos deverá ser gradual, abrindo a possibilidade de se haver uma improvável adaptação gradual dos organismos as novas condições.