Amanhã é o primeiro dia de ALDEIA!

Chegou o dia que eu estava esperando! Amanhã, dia 01 de dezembro, é o primeiro dia de uma semana de ações pessoais para melhoria do meio ambiente, e porque não dizer, melhoria do nosso estilo de vida. (mais sobre a ação, aqui)
Como venho anunciando, na semana entre os dia 01 e 07 de dezembro, você está convidado a praticar uma ação verde, registrá-la na forma de um texto, de uma foto ou de um vídeo e postá-la em seu blog. Para nos juntarmos, basta fazer um pingback pra cá, ou para o Ecodesenvolvimento.
Ah… você não tem blog… Não tem problema! Basta registrar-se no Aldeia Sustentável e colocar suas fotos, textos e vídeos lá. Estaremos acompanhando as ações e torcendo por um mundo mais verde.

By Frans Krajcberg


Frans “Vamos cuidar da saúde do Planeta”
Se ontem George Carlin me trouxe uma mensagem de “se os seres humanos não estão nem aí pra Terra, a Terra vai ficar bem sem eles”, hoje Frans Krajcberg trouxe mais. Trouxe toda a indignação de um senhor polonês que já viu de tudo nesta vida. Viu vida e morte quando, lutando pelo exército russo durante a Guerra, libertou homens e viu pilhas deles em um campo de concentração húngaro. Viu barbárie e absurdo quando, no Alto Amazonas, encontrou seis índios pendurados em árvores sendo devorados por urubus. Viu queimadas na floresta e dela tirou arte.
Arte, esta, que está sendo gratuitamente exposta no espaço da Oca, no Ibirapuera, em São Paulo, em comemoração aos 60 anos do MAM (até 14 de dezembro). Arte, esta, que busca alertar e mostrar para o mundo a falta de consciência ambiental de seres que se dizem humanos. Arte, que segundo o próprio Frans, não teve participação política nenhuma no século XX (apenas comercial) e cita como exceção, Guernica, de Picasso, único quadro a retratar as barbáries da Guerra.
Frans é um senhor que expressa idéias melhor do que palavras. As frases, por vezes sem fim, nos fazem viajar pelos olhos cansados de ver tanta destruição ambiental. Frans deixa mais que clara a sua indignação por as pessoas geralmente não se perguntarem o que está acontecendo com o mundo. De não perceberem que algumas coisas que acontecem hoje, não aconteciam antes. Da indiferença.
Frans termina um de seus pensamentos com a seguintes frases 

Toda vez que ouço os cientistas falarem, dá medo

E, a esperança

Deus vai ajudar

Com vocês, deixo parte de uma das esculturas que mais me tomaram na Oca. Rogo para que um dia, Frans deixe de encontrar matéria-prima para sua arte.

By George Carlin

Dizem que esse cara é conhecidíssimo. Desculpem-me os fãs, nunca tinha ouvido falar. Mas eu adorei!
A @clauchow me mandou esse vídeo hoje. Ela ainda não descobriu se gostou, mas devo dizer que eu amei. Amei porque é verdade! É tudo verdade… infelizmente.
Infelizmente é verdade que o planeta Terra vai se recuperar bem de nossas ações nele. Afinal, o planeta já passou por coisas piores, como raios cósmicos ou tempestades eletromagnéticas. Nós seres humanos é que estamos ferrados. A questão central do porque eu gostei desse vídeo é porque nós, seres humanos, na maioria dos casos não conseguimos nem mesmo cuidar das nossas próprias coisas. Não conseguimos cuidar bem da nossa casa; alguns não conseguem cuidar dos próprios filhos. Algumas vezes tenho dúvidas se alguns seres humanos dão real valor à vida. 
Eu sei, soa pessimista. E, na verdade, pode ser que eu esteja mesmo numa fase estranha. Mas, parafraseando o Saramago. “Não sou pessimista. O mundo é que é péssimo.” Vou então, pra não dizer que não falei das flores (mais uma paráfrase), falar mais uma vez: faça sua ação pessoal, cuide do ambiente onde você vive, viva em paz com você e com o mundo, tente sobreviver. O planeta vai ficar bem.
Espero que gostem do vídeo e que não se esqueçam de que isso não é uma tese de doutorado. É humor.

Pegada 13 – O que é vida sustentável?

É emprego. É viver como sobrevivente. Ter consciência da precariedade dos bens, poupando, conservando, enfim assumindo a abordagem de sobreviventes. Deveríamos viver como sobreviventes, poupar, não desperdiçar, limpar terreno e ar, de modo que se possa viver.

Hoje temos a cultura do mais, em tempos de crise como este, as pessoas caem, a classe média perde sua condição. Os governos são responsáveis pelo que acontece – os ricos, os riquíssimos.

O Estado é inimigo, dizem quanto menos melhor, mas é o Estado que é chamado à responsabilidade para salvar o Citibank, a GM. E o Estado somos nós, nossos impostos.
Não há alternativa política, não há alternativa econômica. E vamos viver de remendos.

É sustentável desde que se tenha emprego.

José Saramago

Vi no Escriba

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“Eu não sou pessimista. O mundo é que é péssimo.” – Essa também é do Saramago… Mas foi o Carlos Hotta que leu em algum lugar e me contou.

Por que chove em Santa Catarina?

Passei algumas horas tentando estabelecer padrões para tentar entender o que acontece em Santa Catarina. Fato é, que não pára de chover, há pessoas desabrigadas, pessoas mortas, pessoas saqueando lojas e lojas saqueando pessoas, vendendo produtos a preços exorbitantes.
Tentei entender se chover no sudeste do país tinha a ver com desmatamento na Amazônia ou com alguma outra relação com mudanças climáticas. Teoricamente, a massa Equatorial continetal (mEc) é quente, úmida e instável, originada na Amazônia, devido a evaporação dos rios e transpiração das plantas. Se o desmatamento fosse única causa, o clima estaria mais seco… mas então não é só isso. Algumas outras tentativas de explicação podem ser lidas AQUI.
Segundo o Climatempo, há um sistema de baixa pressão em altos níveis de atmosfera, intensificado pelo vento de leste que chega do oceano carregado de umidade. Mais detalhes podem sem entendidos e estudados no site do CPTEC, clicando aqui. A chuva não pára. No fim, acabei deixando a resposta para os especialistas…
Mas então, o que podemos fazer? Como várias pessoas estão ilhadas, o que podemos fazer é ajudar de longe.
+ A Defesa Civil do estado de Santa Catarina está recebendo doações em dinheiro. Elas podem ser feitas nas contas do Fundo Estadual da Defesa Civil, CNPJ 04.426.883/0001-57:

Banco do Brasil – Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7
Besc – Agência 068-0, Conta Corrente 80.000-0
Bradesco – Agência 0348-4, Conta Corrente 160.000-1

+ O escritório da Hering em São Paulo está com uma ação para ajudar pessoas das fábricas e escritórios em Blumenau. Várias pessoas perderam coisas e as fábricas foram atingidas. Para ajudar, o pessoal do escritório de SP está se organizando para enviar doações de roupas, alimentos não perecíveis e remédios. As doações podem ser entregues no endereço:

Rua do Rócio, 430, 3º andar – CEP 04552-000 – Vila Olímpia – SP

+ Outros pontos de coleta de doações em todo o Brasil são estes (Clique Aqui)

Alguns blogs onde pode-se saber mais sobre o assunto:

+ Notícias de Blumenau

+ Pensar enlouquece

+ Biajoni!

Mas, uma coisa que não sai da minha cabeça é: os três pontos onde podemos fazer alguma ação sobre mudanças climáticas são:

1) Mitigação: quando deixamos de provocar as mudanças climáticas. É quando deixamos de emitir gases do efeito estufa, diminuimos nosso consumo, mudamos nosso estilo de vida.

2) Vulnerabilidade: quando estudamos quais os locais/populações/zonas de produção/ estão em zonas de de maior risco de sofrer com os efeitos das mudanças climáticas. Isso ajuda a nos anteciparmos e tomarmos providências anteriores aos desastres, diminuindo danos. Políticas públicas, ações governamentais, também entram nesse caso. 

3) Adaptação: quando já temos efeitos das mudanças climáticas e tomamos providências pós-danos. É o correr atrás pra salvar o que dá.

Pensando nesses três itens e considerando que Santa Catarina é um dos Estados mais preparados e com mais recursos do Brasil, temo em pensar nos locais menos preparados e com menos recursos… Está na hora de revermos nossos conceitos e começarmos a agir ativamente!

Pegada 12 – Clipping Aldeia no Planeta!

O Aldeia Sustentável, graças ao @carrapatoso está no blog da Super do Planeta bem AQUI!!!
Estou super orgulhosa do trabalho, da participação e da divulgação que todos estão fazendo por esse projeto. À todos, meus sinceros agradecimentos!

Tudo junto de uma vez só

Semana passada foi curta graças ao Feriado que marca o dia da Consciência Negra e o aniversário de morte de Zumbi dos Palmares. Recomendo leitura do #prontofalei da Charô e os links que seguem no post dela. Mesmo assim, tudo muito corrido por aqui. Deliciosamente corrido, digo, porque muitos eventos sobre sustentabilidade aconteceram na cidade de São Paulo. De alguns, participei e darei uns pitacos aqui. 
Terça-feira, dia 18 de novembro, fui no evento promovido pelo Banco Real e pelo FGVceen (Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios), na Faculdade Getúlio Vargas. Lá, a promessa de discutir sustentabilidade com os empresários Eduardo Ourivio, fundador da rede Spoleto e Edgard Corona, da rede Bio Ritmo. De sustentável mesmo, só uma ação com nome de gosto duvidoso (“corpo verde”) mas ainda assim uma aula de empreendedorismo.
Quarta-feira, dia 19 de novembro, participei do videochat do Real Sustentabilidade com o diretor de Middle Market Altair Assumpção e o superintendente de negócios, Alvaro Silveira. Falamos sobre empreendedorismo e negócios sustentáveis. Falamos, porque várias perguntas das muitas pessoas que estavam participando do chat foram lidas e respondidas pelos entrevistados. Há uma promessa de que logo, logo o videochat estará disponível AQUI (você deve clicar em “Cursos e Palestras” e depois em “Videochat”, e, quanto ele não chega, há três outros videochats já disponíveis.
Na mesma quarta-feira, as pessoas que estavam reunidas no videochat comentando tudo do lado de cá do monitor, resolveram fazer um google grupos para continuar discutindo sustentabilidade. O grupo ainda é pequeno, mas responde por Radar Verde. 
E, por falar em Radar Verde, esse é o nome de um novo e incrível projeto que, vou me impedir de comentar pois só vou falar bem. Então, para tirar suas próprias conclusões e não ler minhas, já apaixonadas, acesse o www.radarverde.com.br.
Quinta-feira teve Global Forum America Latina (twittadas foram feitas com a tag #gfal), que aconteceu na Fecomercio. Algumas impressões acaloradas podem ser lidas DAQUI. Clau Chow, lablogirl como eu, amou o evento. Eu gostei muito da dinâmica proposta: a Investigação Apreciativa. Muito legal, conheci várias pessoas com propostas magníficas, algumas idéias fantásticas surgiram do encontro e espero que várias possam se transformar em ações práticas de fato. Conheci também pessoas sensacionais, twittei pelo Radar Verde, enfim, tudo foi muito muito legal.
E por último, mas não menos importante, a semana passada se materializou o Aldeia Sustentável. Convido todos a conhecerem a ferramenta para que, todos estejamos prontos para a ação da semana que vem.
Ação? Que ação? ESTA!
Acesse: http://aldeiasustentavel.ning.com, inscreva-se e ajude-nos a divulgar essa idéia!

Para você que quer agir


Muitas pessoas têm propostas de ações para melhorar o ambiente onde vive, e, como consequência, melhorar o meio ambiente. São, muitas vezes, propostas simples, ações pessoais, mudanças pequenas nas atitudes e no estilo de vida, e que podem ser feitas em casa, no trabalho, na escola e em muitos lugares pelos quais passamos diariamente.
Você se acha capaz de mudar um pouco seu estilo de vida? Acha que pode ter uma atitude verde?
Faça uma ação entre os dias 01 e 07 de dezembro (mesma data em que algo muito similar estará acontecendo na Inglaterra) e registre. Vale ser uma foto, um post, um vídeo…
Não tem onde postar ou “uploadear” seu registro? Não se preocupe! Organize-se, registre seus feitos que, até o primeiro dia de dezembro, você terá uma surpresa!
Transforme um pouco o mundo em que você vive e conheça outras pessoas que habitam com você essa grande aldeia que chamamos Terra!
Ajude a divulgar essa ação e não se esqueça: entre os dias 01 e 07 de dezembro, faça uma ação ou exponha sua proposta e registre. Vamos conhecer ações pessoais que também podemos fazer no nosso dia-a-dia e outras pessoas interessadas pelo meio ambiente tanto quanto nós.

U$ 7,5 bilhões contra a pobreza, por Dr. Yunus

You may say I’m a dreamer
But I’m not the only one
I hope someday you’ll join us
And the world will live as one
Imagine – John Lennon

Dá pra imaginar que uma pessoa chega um dia em um lugar, percebe que muitas pessoas são pobres e, em um momento de lucidez sem igual, resolve emprestar dinheiro de seu próprio bolso a elas? Dá pra imaginar ainda que, o empréstimo é baseado apenas em uma crença: a de que todo mundo do mundo merece crédito? 
Não conseguiu imaginar? Achou impossível alguém emprestar dinheiro para pobres? Achou demais alguém tirar dinheiro do seu próprio bolso para ajudar pessoas que nem conhece? Pois então, meu caro, minha cara, conheça o Prêmio Nobel da Paz de 2006, Dr. Muhammad Yunus. Semana passada, eu, @mariacarol e @samegui fomos convidadas pelo Real Sustentabilidade para assistir uma palestra desta pessoa iluminada que é o Dr. Yunus.

“Fazer dinheiro com os negócios é um meio e usá-lo no social é um fim. Do contrário por que o ser humano ficaria fazendo dinheiro? Para fazer o quê?”
Além de iluminado, Dr. Yunus é um economista, nascido em Bangladesh, em uma família de mais oito irmãos. Quando voltou a seu país, após fazer Ph.D. nos EUA, emprestou U$ 27.00 para um grupo de 42 mulheres que receberam este (micro-)crédito e usaram para investir em coisas simples, como comprar mais bambu para fazer mais móveis de bambu. Afinal, as mulheres já dominavam a técnica, era o que elas sabiam fazer e isso dava lucro.
Dessa iniciativa simples, nasceu o Grameen Bank (ou Banco do Vilarejo), que buscava oferecer pequenos empréstimos (microcréditos) para quem realmente precisava. E como saber quem realmente precisava? Conhecendo as famílias, tendo contato com todas elas, cadastrando as crianças, observando se estavam indo à escola, o que, segundo Dr. Yunus, dá a elas mais poder para mudar o mundo, mudar sua condição. Parece familiar, mas com um quê diferente: o microcrédito é um empréstimo e os agentes do Grameen conhecem as famílias cara-a-cara.
Quando Dr. Yunus começou o Grameen Bank, os outros bancos de Bangladesh tinham apenas 1%  de seus empréstimos feito para mulheres. O Grameen, depois de anos e com muitas brigas com fundamentalistas religiosos e preconceitos culturais vindos das próprias mulheres, tinha cerca de 97% e atualmente, soma 7,5 bilhões de dólares em empréstimos feitos.

O microcrédito concedido pelo Grameen ajuda famílias a sairem da pobreza e conquistarem dignidade. Obviamente isso tem um impacto absolutamente positivo no meio ambiente. Famílias que deixam a pobreza absoluta passam a extrair menos recursos do meio ambiente de maneira desordenada. E, na verdade, não é aumentando a qualidade de vida de pessoas pobres que se aumentam os gases do efeito estufa. É consumindo exageradamente e desenfreadamente, trocando de celular todo ano, viajando milhas e milhas de avião, etc.
Saiba mais:
A vida como a vida quer

Pegada 11 – O que é isso, Sr. Presidente?

Decreto nº 6640 de 7 de novembro de 2008 traz novas regulamentações para cavernas. E, até onde parece, as novidades não são nada boas.
Pelo decreto, as “cavidades naturais subterrâneas” definidas no Art. 1, parágrafo único, como “caverna, gruta, lapa, toca, abismo, furna ou buraco, incluindo seu ambiente, conteúdo mineral e hídrico, a fauna e a flora ali encontrados e o corpo rochoso”, foram classificadas em termos de importância, como grau de relevância máximo, alto, médio ou baixo.

Os Art. 3 e 4 são os que, a meu ver, exigem mais atenção:
“Art. 3o A cavidade natural subterrânea com grau de relevância máximo e sua área de influência não podem ser objeto de impactos negativos irreversíveis, sendo que sua utilização deve fazer-se somente dentro de condições que assegurem sua integridade física e a manutenção do seu equilíbrio ecológico.” (NR)
“Art. 4o A cavidade natural subterrânea classificada com grau de relevância alto, médio ou baixo poderá ser objeto de impactos negativos irreversíveis, mediante licenciamento ambiental.

Como assim Sr. Presidente?
Não vem me dizer que está tudo bem porque todo e qualquer projeto que venha a causar impactos deverá ter um licenciamento ambiental aprovado, que eu não vou acreditar no que meus ouvidos estarão escutando! Que raios de proteção é essa que abre essa brecha?
Ainda estou esperando que algum especialista me dê uma luz, porque como humana sou passível de erros,  (e de fato espero muito que algum especialista me diga que tá tudo bem mesmo). Até lá, ainda vou me perguntar em que colete o Minc estava metido enquanto isso acontecia!
Mais sobre o assunto:
+ Laudas Críticas
+ Decreto autoriza destruição de cavernas – Agência da Folha