Hoje não estou conseguindo dormir.
Minha mãe sempre teve o sonho de viajar de avião. Mas eu e minha vida de estudante universitária nunca permitiram que eu pudesse presenteá-la com algo do tipo.
Hoje moro nos EUA e sua primeira viagem será para me visitar. Continuo não podendo pagar por isso. E não paguei.
Mas, sinto que contribuí de alguma forma. Isto me tirou sono.
Uma insônia feliz.
E a pegada de carbono mais feliz que já deixei.
Rastro de Mercúrio
Este post é uma parte do InterCiência! O amigo secreto científico dos blogs mais lindos e cheirosos da blogosfera! O trabalho de nossos leitores é descobrir quem foi o autor dessa peça e… descobrir onde foi parar o texto que foi escrito por esta pessoa que vos fala!
E se você ainda quer participar da nossa brincadeira, ainda dá tempo! Instruções aqui
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Rastro de Mercúrio
Não, não vamos falar do rastro que o planeta mais próximo do sol deixa no céu a noite. Vamos falar de sujeira “pesada”. Sim, pesada e suja. O rastro em questão é de um dos elementos mais paquidérmicos do universo: o denso e tóxico mercúrio (o Hg da tabela periódica).
Mercúrio: o esculhambador geral das proteínas
Apesar de ser um elemento bem bonito, parecendo até “prata líquida” (daí que vem o símbolo “Hg”, da palavra para “prata líquida” em latim: “hydrargyrum”), você não vai querer por a mão nesse líquído prateado.
Legenda: O “hydrargyrum”, a “prata líquida”. Vulgo mercúrio!
Essa belezinha é uma substância bem tóxica. Pra falar a verdade é tóxica pra caramba. Não é aquele tipo de coisa que faz você morrer na hora, mas o contato excessivo com essa substância atrapalha o funcionamento e causa danos severos a diversos órgãos. Só pra mostrar quantos lugares ele se acumula, eis uma “pequena” listinha: cérebro, tireóide, seios, miocárdio, músculos, glândulas adrenais, fígado, rins, pele, glândulas sudoríparas, pâncreas, enterócitos, pulmões, glândulas salivárias, testículos e próstata, e etc [1].
O seu variado alvo de toxicidade no organismo se deve ao fato de se ligar à cisteínas e selenocisteínas das proteínas do nosso corpo e alterar suas estruturas terciárias e quaternárias [1]. Ou seja: o mercúrio estraga a maquinaria celular! Além disso, estudos apontam que esse metal pesado interfere também com a transcrição do DNA e a síntese de proteínas [1]. No cérebro em desenvolvimento (De bebezinhos! Veja só!), ele chega a destruir o retículo endoplasmático de células e o ribossomo. Se há alguma coisa horrível de se destruir dentro de uma célula é o ribossomo. Sem ele não existem proteínas – que são basicamente as protagonistas da mágica da vida!
Terroristas Anônimos
OK, sabemos que o mercúrio faz bem mal. Imagine então se o mercúrio fosse usado como arma química! Um veneno! Sim! Imagine se algum grupo terrorista espalhasse mercúrio por aí, colocando-o na sua comida, no ar que você respira e na água que você bebe! Seria horrível não!? Imagine os bebezinhos sem ribossomo! Que tragédia! Mas vamos falar sério agora: tenho duas notícias importantes sobre esse assunto. Uma muito boa e outra muito ruim.
Boa notícia: não há grupos terroristas que espalham mercúrio por aí para matar bebezinhos! Viva a humanidade!
Má notícia: segundo um estudo conjunto de duas organizações em defesa do meio ambiente (o Biodiversity Research Institute e o IPEN – não, não é o IPEN brasileiro!), em amostras de peixe de diversos locais do globo, cerca de 86% estavam contaminados por mercúrio acima dos níveis seguros de consumo [2].
Se não há um grupo terrorista, como diabos estamos sendo envenenados!? Quem está fazendo isso!? Resposta: “nós” mesmos.
Não somente as águas, mas também o ar, estão sendo contaminados principalmente devido a atividades de mineração e a queima de combustíveis fósseis.
De acordo com o estudo, se você morar nas regiões dos 9 países em que foram realizadas coletas, comer peixe mais de uma vez ao mês poderia já exceder os níveis seguros de consumo de mercúrio na dieta. Segundo outro estudo, dessa vez realizado pela UNEP (United Nations Environment Programme), cerca de 260 toneladas de mercúrio são despejadas em rios e lagos todos os anos [3]. É mercúrio pra caramba!
Pegadas Tóxicas
Assim como os famigerados ciclos do nitrogênio, oxigênio e da água, há uma cadeia alimentar que leva o mercúrio até nós – e cada vez mais concentrado.
O mercúrio gasoso, também como quase todos os compostos no ar, vai parar no grande reservatório químico que chamamos de oceano. Lá existem plânctons bem resistentes a esse metal pesado que logo o transformam em metilmercúrio. Pra se ter uma ideia de como a concentração de mercúrio vai aumentando, dentro desses pequenos animaizinhos a concentração de mercúrio chega a ficar 10 mil vezes maior que a do oceano [3]. Então imagine o quão concentrado esse elemento fica em instâncias superiores da cadeia alimentar!? E o peixe que come muitos plânctons!? E o peixe que come peixes-que-comem-plânctons!? O mercúrio só vai aumentando até chegar aos humanos, que recebem de volta aquilo que jogaram indiscriminadamente na natureza.
O metal pesado não é eficientemente excretado pelos peixes, ficando em uma forma estável dentro dos mesmos [1], o que o conserva ainda mais dentro daquilo que será a comida de muita gente.
Como Resolver o Problema
Longo Prazo
A preocupação com metais pesados em água é antiga. Uma das soluções mais interessante é aquela que usa recursos da própria natureza para resolver os problemas ambientais: a bioremediação. Basicamente é explorar o primeiro ponto da cadeia alimentar da transferência de mercúrio, os microrganismos!
Propriedades de resistência à concentrações de mercúrio foram descritas pela primeira vez em 1960, em estudos com o microrganismo Staphylococcus aureus[4]. O que os pesquisadores estavam tentando descobrir na época era como e quais patógenos sobriveviam à desinfetantes e antisépticos à base de mercúrio. Com o desenvolvimento das pesquisas durante o tempo, foram descobertos os “genes chave” para a detoxificação de mercúrio, os genes mer[4] (merA e mer B). Eles basicamente estão envolvidos na quebra das ligações entre carbono e Hg e na redução do átomo de mercúrio a uma espécie não reativa, o mercúrio molecular Hg0. Isso fecha o ciclo do mercúrio na natureza:
Curto Prazo
Se já existe solução para o problema de contaminação de mercúrio, porque ela ainda ocorre!? A resposta pode ser resumida em uma palavra: regulamentação. A ausência de políticas efetivas que gerem legislações combativas e fiscalizações presentes e eficazes fazem o problema persistir. Isso fica bem evidente em outro gráfico de emissão de Hg, também em 2010, indicando como maior contribuidor a atividade de extração de ouro artesanal de pequena escala, o que também corrobora com o gráfico anteior – atividades assim não são triviais de serem fiscalizadas, uma vez que acontecem “quase que” clandestinamente.
Os países mais envolvidos com contaminação de mercúrio na natureza são principalmente os em desenvolvimento, como Índia, China, México e países do leste europeu. É preciso dar grande destaque à China, que provavelmente devido à sua economia constantemente aquecida, é o país com mais focos de poluição. A UNEP vem desde 2003 alertando sobre as questões da contaminação de mercúrio. Em 2009 iniciara-se os esforços para criar instrumentos legais de regulamentação global sobre o mercúrio. Com reuniões de negociação que começaram em junho de 2010, foram concluídas a um pouco mais de uma semana (18 de Janeiro), na Suíça. A organização ligada à ONU planeja firmar um tratado ainda neste ano durante uma conferência diplomática no Japão. Esperamos que de uma vez por todas a pressão política (pelo menos!) para a regularização de atividades poluidoras envolvendo a liberação de mercúrio e seus compostos na natureza seja efetiva!Vale prestar atenção no tempo que em tudo isso demorou: 10 anos, desde 2003 até hoje. Isso sem contar o tempo antes dos estudos iniciados pela UNEP, em que já se sabia dos problemas ambientais e de saúde envolvendo o mercúrio. O rastro ecológico que esse metal deixa é literalmente pesado. A reunião no Japão este ano vai ajudar a definir quais rastros de mercúrio nosso filhos irão se preocupar no futuro: o biológico ou o celeste. Prefiro o celeste!
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[Este texto é parte da primeira rodada do InterCiência, o intercâmbio de divulgação científica. Saiba mais e participe em: http://scienceblogs.com.br/raiox/2013/01/interciencia/]
Referências
1. Bernhoft AB. “Mercury Toxicity and Treatment: A Review of the Literature”. Journal of Environmental and Public Health, volume 2012, doi:10.1155/2012/460508
2. “Global Mercury Hotspots – New Evidence Reveals Mercury Contamination Regularly Exceeds Health Advisory Levels in Humans and Fish Worldwide”. BRI e IPEN, jan de 2013. Disponível em: http://www.briloon.org/uploads/documents/hgcenter/gmh/gmhFullReport.pdf
3. “Global Mercury Assessment 2013 – Sources, Emissions, Releases and Environmental Transport”. UNEP, 2013. Disponível em: Link
4. Barkay T, Miller SM, Summers AO. “Bacterial mercury resistance from atoms to ecosystems”. FEMS Microbiology reviews, vol 27, 2003. Disponível em: Link
Você dividiria seu almoço com alguém que está passando fome?
O Swipe Out Starvation aqui na Purdue University, é uma ação que visa doar parte das refeições retiradas pelos alunos no On-the-go para o combate à fome.
On-the-go é o nome que se dá à “loja de marmitas” da universidade. Nela você pode levar para casa um prato de entrada e dois alimentos secundários (bebidas, sobremesas ou saladas), pelo preço de uma refeição normal nos restaurantes universitários.
Para contribuir com o Swipe Out Starvation, tudo o que você precisa fazer é: ao invés de retirar os três itens dos quais você tem direito, você opta por apenas 2 e no lugar do terceiro você solicita o cartão abaixo:
O valor do seu terceiro item será deduzido do valor total da refeição e destinado à instituições locais e globais, como o Lafayette Food Finders e o Land of a Thousand Hills.
Em dois meses morando nos EUA e fazendo minhas refeições nos restaurantes universitários, pude perceber quanta comida é desperdiçada todos os dias pelos alunos e funcionários da Purdue University. Diariamente, 1 tonelada de alimento vai para o lixo.
No on-the-go, onde obviamente a disponibilidade de alimentos é bem menor, você encontra um ótimo lugar para pensar no que realmente quer comer e pegar apenas o necessário.
Aí vão alguns números interessantes:
- Nos EUA 40% de todo alimento produzido no país é desperdiçado desde a horta até a mesa do consumidor.
- Para produzir alimentos o país gasta: 10% do seu balanço energético, 50% da terra e 80% da água potável para irrigar as lavouras.
Uma nova vida por 9 meses.
Durante os próximos nove meses estarei postando diretamente da terra do tio Sam.
Na minha primeira semana por aqui, vejam só este quadro que encontrei fixado na parede do Lilly Hall of Life Sciences, na Purdue University:
Achei inspirador! 🙂
Consumo Consciente – Por 1º D.
Um dos temas mais polêmicos atualmente é a sustentabilidade, que nos fez acordar para ver que algumas de nossas atitudes vêm trazendo consequências negativas ao nosso planeta e a sustentabilidade nada mais é que tornar nosso planeta sustentável, durável e confortável. O consumo descontrolado vem desencadeado severos problemas para nós mesmos, sendo deles também o aquecimento global, desperdício de água e a poluição de determinados produtos químicos.
Antes de falarmos do aquecimento global, deixaremos claro que o efeito estufa é essencial para que haja vida no nosso planeta, pois nele há gases que absorvem o calor emitido pelo Sol, e um desses gases é o Gás Carbônico (CO²). Mas se é essencial por que tem trazido tanto problema? Como a temperatura sufocante e instável?
Porque a industrialização e a modernização requereram muitos sacrifícios sendo uns deles os recursos naturais, ou seja, o automóvel do qual usamos no dia-a-dia é movido por algum combustível, sendo gasolina, álcool ou gás. Acontece que toda combustão feita não só pela queima desse combustível possibilitando ao veiculo energia suficiente para se mover, mas também a queima de madeira e outros tipos de queima que liberam na atmosfera Gás Carbônico (CO²). Esse gás obsorve e conserva boa parte do calor, deixando a temperatura estável mesmo quando chega a noite, onde não há calor do Sol para aquecer a Terra. Mas o que vem acontecendo é totalmente ao contrario disso! A nossa temperatura tem ficado cada vez mais instável, pois com as indústrias, automóveis e outras formas de emissões de Gás Carbônico vêm liberando muito e cada vez mais esse gás e, com o esse excesso o planeta tem reservado ainda mais calor, desequilibrando a temperatura como as estações dos anos, colocando espécies sensíveis ao calor em extinção devido à esse calor intenso do qual em dia ensolarados podemos sentir e também derretendo as calotas polares. Com tamanha variação de temperatura nos oceanos e na atmosfera podem até nos levar a uma nova era glacial!!! E você achando que o aquecimento global só interfere no suor que escorre no seu corpo? Então aqui vão algumas dicas de como você ajudar o nosso planeta o deixando sustentável:
- Trocar combustíveis fósseis por renováveis.
- Reciclagem de lixo.
- Tratamento adequado ao lixo orgânico.
- Diminuição das queimas.
- Economia na utilização de produtos não renováveis.
- Uma boa ideia que também é saudável para pessoas sem problemas cardiovasculares é a substituição como meio de transporte os carros, motos por uma bicicleta.
A água (H²O) é um dos recursos naturais mais valiosos do nosso planeta e provavelmente sem ela, nos não estaríamos aqui. A água faz parte do nosso dia-a-dia, para a ingerirmos, para tomar banho, para preparar alimentos e outras infinitas tarefas. Apenas 1% de toda a água da Terra é consumível, isso mesmo, apenas 1% e ela só não esgotou ainda, pois a água tem um ciclo, ou seja, ela é renovável. Mas nós interrompemos esse ciclo, intoxicando essa água e mesmo com tratamentos não são suficientes para deixa-la consumível novamente. Aqui vão outras dicas para você economizar a água:
- Utilizar somente o tempo necessário no banho.
- Quando escovar os dentes fechar a torneira.
- Não jogar lixo nas ruas, pois acaba indo para os esgotos que são jogados nos rios.
- Reutilizar quando possível a água da chuva.
- Arrumar encanamentos com defeitos ou goteiras
A poluição é a introdução direta ou indireta pelo homem de substâncias ou energia no ambiente que trás consequências negativas no seu equilíbrio, alterando a vida dos seres vivos de um ecossistema. Uma das poluições é a do Monóxido de Carbono que é emitido pelos veículos a motor e a inalação desse gás poluente pode provocar problemas de visão, e dificuldade para resolução de problemas e podendo também levar a morte por asfixia. A água poluída pode transmitir doenças como a febre tifoide, cólera, disenteria, meningite, hepatites A e B e também por contaminações transportadas por mosquitos como o da Dengue (Aedes Aegypti). A poluição do solo, como a Bioacumulação do pesticida DDT que foi usado na Segunda Guerra Mundial para proteger soldados de insetos da malária e do tifo, e então se tornou popular para combater insetos. Fazendeiros começaram a utiliza-lo contra pestes agrícolas, mas ele é tóxico e se degrada lentamente na natureza, fixando-se nos tecidos dos organismos, ou seja, o pesticida jogado na lavoura corre junto com a chuva para o rio, que entra em contato com as plantas aquáticas que peixes se alimentam e que depois os humanos comem e a cada nível trófico que passa a acumulação dessa toxina aumenta no tecido podendo levar a morte. Mas podemos ficar sossegados, pois já foi proibida a utilização deste pesticida chamado DDT.
Uma das formas para se prevenir da poluição e das doenças são:
- Como já dissemos trocar combustíveis fósseis por renováveis.
- Não ficar exposto a doses elevadas de monóxido de carbono, como lugares urbanos com intensa movimentação de veículos.
- Não jogar lixo nas ruas e dar tratamento adequado ao lixo.
- Não deixar água acumulada parada e fechar recipientes que contém água.
- Sempre se informar sobre substâncias contidas nos alimentos.
E agora que você já sabe tudo sobre consumo consciente e que atitudes prejudicam nosso planeta e a importância que tem mobilizarmos as pessoas, só falta você colocar em pratica tudo o que aprendeu e dar exemplos a outras pessoas para que possamos ter um planeta melhor!
Ah… E aproveitando, saia desse COMPUTADOR!!! Ajude o nosso planeta também economizando energia.
Assista os vídeos e saiba mais sobre o assunto:
e
http://www.youtube.com/watch?v=LIc3C-tjAcM
Fontes: http://br.yahoo.com/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
http://www.youtube.com/?gl=BR&hl=pt
Caderno do Aluno 2012 – Volume 2.
Produzido por: Danka, Júlia, Kamilla e Larissa Rocatti, alunas do primeiro ano D, da escola E.E. Culto a Ciência.
Lixo Espacial – Por 1º ano D
No espaço existem milhares de estrelas, planetas, galáxias, asteroides entre outros. Todos esses conduzidos e movidos sem a necessidade ou interferência da mão do homem. E mesmo sem a interferência do homem, na maioria do tempo esses astros não prejudicam a Terra e nem a nós.
Mas com a Ciência e a tecnologia de hoje, o homem quer chegar ao máximo, com isso temos em nossos dias cientistas criando e lançando naves e satélites para o espaço, ficam lá por muito tempo até não servirem ou não ter mais função.
A partir daí entra a parte do lixo espacial, que pode ser composto de detritos de naves, combustíveis, lasca de naves e de tinta, satélites desativados, partes de foguetes, objetos metálicos e até mesmo alguma ferramenta perdida pelos astronautas no espaço durante explorações espaciais. Isso faz nós pensarmos que seja uma pequena quantidade de objetos não utilizáveis no espaço, o que é totalmente o ao contrário, há de mais variados tamanhos e quantidade de peso, gramas e toneladas. De acordo com os dados divulgados em 2008 pela NASA, a agência espacial americana, foram contabilizados aproximadamente 17.000 destroços acima de 10 centímetros, 200.000 objetos com tamanho entre 1 e 10 centímetros e dezena de milhões de partículas menores que 1 cm. Essa quantidade tem um efeito, os acidentes que podem ser provocados, de vez em quando aparecem notícias dizendo sobre algum objeto que caiu em algum lugar e veio do espaço, a média de lixos que reentram na atmosfera terrestre é 35 por mês. Esse é um número e perigo que nem todos entre a sociedade conhecem.
Já foram propostas várias formas para tentar tirar o lixo do espaço e entre elas redes, lasers e fios, mas ainda são simplesmente propostas entre as agências espaciais e seus grupos. Temos que saber que todos os objetos colocados em órbita algum dia voltarão á Terra, assim por enquanto o jeito é tomar cuidado e sempre olhando para cima.
Referencias:
Grupo:
Mateus Hikari Tanaka
Ricardo Asabino Gallichio Junior
Murilo Massami Takagi
Gabriel Bable Franco
Trabalho de produção de conteúdo para web com alunos do Ensino Médio
Durante meu curso de gradução na Unicamp somos “convidados” a fazer estágios em escolas da rede pública de Campinas, onde podemos ter contato e interagir com alunos que possivelmente farão parte da nossa realidade profissional.
Este semestre, meu grupo de trabalho está estagiando na Escola Estadual Culto à Ciência, participando das aulas de Biologia com os alunos do Ensino Médio.
Esta escola, apesar de ser referência no ensino público, apresenta os mesmos desafios de qualquer escola pública brasileira e muitas vezes os professores se queixam de desinteresse e falta de participação dos alunos nas atividades escolares.
Como parte do nosso trabalho na escola, desenvolvemos uma atividade de produção de conteúdo para a blogosfera com os alunos do 1º ano do Ensino Médio D. E vejam só, descobrimos que o Rastro de Carbono está presente nas referências bibliográficas utilizadas pelos alunos nas aulas de Biologia!
Nós instruímos os alunos em como produzir conteúdos para a internet e distribuímos vários temas relacionados ao meio ambiente para que eles pudessem criar à vontade! Além do texto valer aquele pontinho feliz na nota de Biologia, propusemos publicar o texto do grupo aqui no Rastro de Carbono, para que eles pudessem viver esta experiência e para que servisse como estímulo para a realização do trabalho.
Todos os grupos formados na classe entregaram os textos e durante os próximos dias apresentarei a vocês nossos queridos alunos, que nos deram tanta alegria aceitando participar deste projeto e que com muito carinho produziram novos conteúdos para compôr essa infinidade de opções que a interntet proporciona.
O primeiro trabalho que recebemos foi das alunas:
Emily Santos De Faria
Janiscleidy Dos Santos Silva
Natália Leite Lemes
Rafaela Silva Dias
O tema sorteado por ela foi: Enchentes
Enchentes!
As enchentes são catástrofes ambientais causadas geralmente por chuvas intensas e continuas. São causadas por alto índice pluviométrico, desmatamento, assoreamento do leito dos rios, falta de saneamento básico, falta de consciência da população.
As dificuldades enfrentadas em uma enchente são enormes, casas são alagadas, crianças morrem ou perdem familiares, se não morrem afogadas morrem por doenças que são transmitidas através da agua, animais morrem, as doenças transmitidas são: Amebíase, cólera, febre amarela, hepatite A, malária, poliomielite, salmonelas, teníase, leptospirose, entre outras, contaminação de alimentos.
Como minimizar os problemas das enchentes: Manutenção e prevenção das áreas verdes, criação de novas áreas verdes, evitar jogar lixos nas ruas para não entupir os esgotos das cidades, estimular a educação ambiental desde crianças, evitar a circulação de carros em lugares com alto índice pluviométrico, programar programas de limpeza em bueiros. São pequenas coisas que podem evitar muitas tragédias!
Referências:
Fake shower app. Mais uma do Akatu
Vejam só que novidade interessante o Instituto Akatu trouxe para o Dia Mundial da Água: A app Fake Shower.
O Fake Shower é um aplicativo para iPhone que informa a quantidade de água que desperdiçamos quando abrimos o chuveiro ou a torneira sem necessidade.
Utilizando a intimidade de um casal como exemplo, o software mostra de forma bem humorada como o uso indevido do chuveiro pode levar para o ralo dezenas de litros de água tratada.
Em breve o aplicativo estará disponível na App Store. Enquanto isso, assista ao vídeo de divulgação:
Não conhece o trabalho do Akatu? Saiba mais aqui.
Dia da água: O óleo de cozinha
Passei todo o dia da água pensando em algo interessante para postar como resolver meus problemas com a química.
E falando na química e no día mundial da água, você tem ideia do por quê não se deve descartar óleos vegetais na rede de esgoto?
“Rede pública de óleo”
Os óleos vegetais que comumente utilizamos em casa são extraídos principalmente de sementes: soja, colza, semente de girassol e etc. Estes óleos, por serem menos densos que a água flutuam na sua superfície formando uma camada translúcida de gordura.
Quando na tubulação da rede pública de esgoto, agrega-se a outros resíduos que se encontram no local e pode provocar desde o refluxo de esgoto para dentro das residências até o entupimento da rede. Sem contar o encarecimento do tratamento de água para que ela possa chegar limpa novamente nas residências.
Peixes não fritam coxinhas
Nos rios, o óleo impede que a luz chegue em quantidade satisfatória aos organismos fototróficos (que dependem da luz para obter alimento), impede a troca de gases entre a atmosfera e a água, além de aumentar a quantidade de fósforo e nitrogênio dos rios causando a eutrofização das águas.
Da soja virás, à soja não retornarás
Já no solo, os óleos vegetais podem causar a impermeabilização das raízes e das folhas dificultando as trocas gasosas e a absorção de nutrientes das plantas.
Para onde, manolo?
Para a nossa alegria (hehe), existem milhares de Postos de Entrega Voluntária de Óleos de Cozinha espalhados pelo país, basta se informar na sua cidade. Além disso, condomínios residenciais e grandes empresas tem seus próprios postos de recolhimento. Normalmente, este óleo coletado será utilizado na fabricação de sabão caseiro e depois vendido. Conheço até empresas que destinam a renda dos sabões à instituições de caridade locais.
Acomode seu óleo de cozinha usado em garrafas pet 2L e leve até um posto mais próximo!
Aproveitando o assunto, gostaria de compartilhar com vocês este vídeo rápido, muito rápido mesmo do Ideia Sustentável, que mostra uma reação em cadeia provocada pelo descarte incorreto do óleo de cozinha usado.
Solo Amazônico. Uma riqueza por si só mantida
O Monitoramento feito pelo Boletim do Desmatamento, do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) detectou, durante o mês de Dezembro de 2011, 40 quilômetros quadrados de área desmatada na Amazônia Legal. A maior parte do desmatamento está em áreas privadas ou outros tipos de posse, seguidas de assentamentos de reforma agrária, unidades de conservação e terras indígenas.
O solo amazônico é composto em sua maior parte por minerais argilosos ou mesmo arenosos, caracterizando um solo pobre em matéria orgânica. Toda sua diversidade e beleza é mantida em virtude de uma fina camada de nutrientes proporcionada pela biomassa da floresta (folhas, galhos e frutos senescentes), aliada a um regime pluviométrico favorável e aos microrganismos que habitam o solo.
Os solos desmatados, como os detectados pelo Imazon, perdem rapidamente a matéria orgânica original e seus microrganismos, tornando-se infértil e deixando produtores locais sem meios para recuperar a fertilidade observada no início do cultivo.
Há importantes estudos brasileiros sobre os impactos ambientais do desmatamento na Amazônia, dentre eles podemos destacar o trabalho de Lira et. al., o qual avaliou os impactos ambientais do uso da terra em áreas de assentamento. Este estudo levou em consideração os processos migratórios para a região estudada e os impactos ambientais ocasionados por eles.
Os autores destacam em seu trabalho sistemas de produção inadequados para as condições agroecológicas locais, como o corte e queima (da vegetação primária e secundária) e a adoção da pecuária extensiva em larga escala.
A superexploração dos recursos extrativistas, a ausência de critérios ecológicos e o curto ciclo de utilização da terra, são outras práticas que produzem impactos ambientais negativos, citados por Oliveira (1998) em seu trabalho com os seringueiros do estado do Acre, trabalho também citado por Lira et. al.
Por este motivo, e por tantos outros, é importante a produção associada a planejamentos que considerem a manutenção dos ecossistemas naturais e também a recuperação de áreas degradadas. Estes planejamentos compõem os Sistemas de Uso da Terra, também chamados de SUT.
Os microrganismos, principalmente a mesofauna, atuam indiretamente na decomposição da matéria orgânica. José W. de Moraes et. al., em Diferentes Sistemas de Uso da Terra no Alto do Rio Solimões, registrou os primeiros dados sobre a riqueza da mesofauna do solo em SUTs de comunidades ribeirinhas da Amazônia Ocidental. Este estudo mostrou que SUTs do tipo roça parecem manter uma gama de organismos do solo semelhantes ao da floresta primária, ao passo que o sistema agroflorestal apresenta composição semelhante ao das pastagens.
Outros organismos importantes na manutenção da saúde do solo que são perdidos com o desmatamento são os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs), os quais garantem uma absorção rápida dos nutrientes do solo pelas raízes antes que estes sejam levados pela lixiviação. A eficiência destes fungos em sistemas de uso na Amazônia foram analisados por pesquisadores brasileiros, trabalho de Silva, G. A et. al., publicado na Revista Acta Amazonica, no ano de 2009.
Portanto, estudos sobre as melhores formas de utilização do solo e ações que valorizam os produtos amazônicos, é de suma importância para manutenção dessas áreas. Auxiliar os produtores locais na escolha do uso da terra e reconhecer os limites da exploração dos recursos da região, permite que o manejo preserve condições cruciais encontradas em sistemas naturais e que mantém sua diversidade, quando utilizadas corretamente.
Referências bibliográficas e leituras sugeridas:
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SILVA, Gláucia Alves e; SIQUEIRA, José Oswaldo; STÜRMER, Sidney Luiz. Eficiência de Fungos Micorrízicos Arbusculares Isolados de Solos Sob Diferentes Sistemas de Uso na Região do Alto Solimões na Amazônia. Acta Amazonica, v. 39, n. 3, p.477-488, 2009.
-
MORAES, José W de et al. Mesofauna do Solo em Diferentes Sistemas de Uso da Terra no Alto Solimões, AM. Ecology, Behavior And Bionomics: Neotropical Entomology, v. 39, n. 2, p.145-152, abr. 2009.
-
OLIVEIRA, R. L. Extrativismo e Meio Ambiente: conclusões de um estudo sobre a relação do seringueiro com o meio ambiente. In: HOMMA, A. K. O. Amazônia: meio ambiente e desenvolvimento agrícola. Brasília, 1998.
-
de LIRA, E. M.; Wadt, P. G. S.; GALVÃO, A. de S.; RODRIGUES, G. S. Avaliação da capacidade de uso da terra e dos impactos ambientais em áreas de assentamento da Amazônia ocidental. Revista de Biologia e Ciências da Terra, v. 6, n. 2, 2006.