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A verdade sobre a ararinha-azul do “Rio”

rio_filme.jpgDepois de mais de um ano de espera após saber da produção da animação “Rio”, de Carlos Saldanha, finalmente, vi o filme. Confesso que o enredo ficou abaixo da minha expectativa, mesmo assim, a película é imperdível para quem gosta do gênero – atenção aos detalhes – e para quem quer mostrar ao filho o problema de se ter um animal de estimação silvestre. “Rio” conta as aventuras de Blu, uma ararinha-azul domesticada, que é levada à cidade para garantir a continuação da espécie. Leia minha resenha sobre o filme que publiquei no Yahoo!. Porém, essa é aquela arara-azul que tanto divulga-se estar em risco de extinção – e que, por sorte, vi voar em bando durante o Rally dos Sertões (!)? Não.
De acordo com a Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil), “Rio” foi inspirado na história real da ararinha-azul – é com diminutivo, mesmo, que se escreve o nome popular. A espécie (Cyanopsitta spixii) foi extinta da natureza devido ao tráfico de animais. Hoje, restam apenas exemplares em cativeiro. Porém, diferente do que mostra o filme – a aventura se passa na cidade do Rio de Janeiro -, pesquisadores afirmaram que a espécie é proveniente do bioma Cerrado. O diretor rebate alegando licença poética. Ok, vai. Mesmo porque ele é fiel ao aspecto físico do bichinho.
A SAVE Brasil aproveitou a deixa do filme para divulgar uma série de tristes números relacionados ao tema. Segundo a instituição, o tráfico de animais já causou a extinção de 400 espécies de aves do mundo inteiro. O Brasil, exaltado no cinema, está entre os três – Colômbia e Peru também – países do mundo que mais possuem pássaros, são 1834 espécies catalogadas. E, o primeiro em número de aves ameaçadas de extinção: 124 espécies.
O problema é grave. Para evitar, o melhor a fazer é nunca comprar ou manter em cativeiro um pássaro silvestre. Mesmo que o vendedor apresente licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No ano passado, no Dia Internacional da Biodiversidade (22 de maio), publiquei uma matéria no Yahoo! sobre o tráfico de animais. Veja:
Tráfico de animais: uma das principais ameaças à biodiversidade
Na feira livre, em São Paulo, rapaz anuncia: “Papagaio, só 50 reais”. Entre as barracas de verduras e frutas, consegue chamar a atenção de uma senhora. Ela se encanta pelo animalzinho, pequeno, ainda sem coloração nas penas. O pássaro era preto e branco. Ela não resiste à ternura e leva o animal para casa. Essa ação, que parece de amor à natureza, na realidade destrói a biodiversidade. Hoje (22), no Dia Internacional da Biodiversidade, o alerta. O tráfico de animais é uma das principais causas da perda de biodiversidade no Brasil. Apenas perde para a destruição dos habitats naturais e para a caça ilegal.
“O Brasil é o primeiro país em biodiversidade do mundo devido à diversidade de biomas”, afirma Mariana Napolitano e Ferreira, analista do Programa de Áreas Protegidas e Apoio ao Arpa da ONG WWF-Brasil. “Possuímos florestas tropicais, savanas, áreas montanhosas como a Serra do Mar, áreas secas como a caatinga. Toda essa variedade colabora para ocupar a posição mundial”, completa. No entanto, a bióloga alerta que o tráfico está completamente ligado à crise de biodiversidade mundial. “E nossa vida depende disso. Por exemplo, o antídoto contra o veneno da cobra precisa de cada espécie viva”, explica Mariana.
De acordo com Raquel Sabaini, chefe da divisão de fiscalização de fauna do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), em 2009, foram aprendidos 30 mil animais. No entanto, o instituto estima que 500 mil animais são retirados por ano dos ecossistemas brasileiros. “A polícia militar e federal também faz apreensão, mas não conseguimos consolidar todos os dados”, afirma Raquel. Em 2008, foram recuperados cerca de 55 mil animais devido a um contrato do Ibama com a polícia ambiental de Minas Gerais. Dependendo da condição dos bichos e do local que foram recuperados, eles voltam para a natureza ou são enviados para zoológicos e criadoros oficiais. “Mas não são comercializados os filhotes deles”, diz Raquel.
Quem compra tantos animais? Mariana e Raquel afirmam que existem dois perfis de compradores. As pessoas que querem ter um bicho silvestre como animal de estimação e colecionadores. O primeiro comprador, que é o caso da senhora da feira, se interessa mais por aves. “A maioria, 80% deles, adquirem aves canoras – que cantam – como o canário”, diz a estudiosa. “No entanto, os traficantes pegam esses bichos dos ninhos, de forma cruel”, completa Raquel.
Possivelmente, a senhora que adquiriu o pássaro na feira não sabia que, segundo a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Rencta), para cada 10 papagaios capturados, nove morrem. Além disso, a Raquel fez uma estimativa de conclusão impactante. Cada papagaio capturado deixa reproduzir cerca de 20 mil filhotes em 30 anos livre no habitat natural.
Jpa o tráfico mais elitizado é estimulado por colecionadores. “Eles procuram répteis e espécies ameaçadas de extinção. Quanto mais ameaçada, mais cara é a espécie no mercado negro”, conta Raquel. Ela diz que, geralmente, eles encomendam os animais. Afinal, o preço dos animais legalizados é alto. Um arara pode custar entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. “O custo de produção é caro, eles se reproduzem pouco em cativeiro”, explica Raquel. Um papagaio sai entre R$ 500 ou R$ 1 mil. De modo geral, os animais são retirados da natureza no Nordeste e no Norte do país para abastecer o mercado interno do Sudeste. Alguns animais, os mais raros, são exportados.
Para evitar o problema, quem tem interesse em adquirir um animal silvestre deve procurar criadouros registrados no Ibama. E, sempre, comprar com nota fiscal. De preferência, para evitar adquirir um animal que foi retirado da natureza, mas legalizado como se tivesse nascido em cativeiro, Raquel indica para a pessoa visitar o criadoro. Inclusive, pedir um teste de paternidade. “Um teste de DNA custa em torno de R$ 30”, diz Raquel.
“Quem compra um animal na feira, ou de qualquer maneira ilegal, está financiando o tráfico”, afirma a chefe do Ibama. O tráfico de animais, no Brasil, perde apenas para o de drogas e o de armas. Sem contar que, uma pessoa pega com um animal silvestre, pode pagar multa de até R$ 5 mil e ser preso. Porém, quem tiver um animal desses como de estimação e voluntariamente entregar ao Ibama, não será punido. “De qualquer maneira, quem ver um comércio desses, deve denunciar para o Ibama ou para a Polícia Ambiental”, alerta Raquel no Ano Internacional da Biodiversidade. As Nações Unidas declararam 2010 como o ano dessa riqueza natural insubstituível para alertar sobre a perda da biodiversidade.
Conheça os biomas – conjunto de vida (animal e vegetal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças – brasileiros e suas principais ameaças segundo dados do IBGE e da Mariana Napolitano e Ferreira, analista do Programa de Áreas Protegidas e Apoio ao Arpa da ONG WWF-Brasil:
Amazônia: ocupa 49,29% do território nacional. As principais ameaças são o desmatamento para a agricultura, pecuária e infraestrutura como aberturas de estrada, hidrelétricas e centros urbanos.
Cerrado: 23,92% do território brasileiro. A agricultura, principalmente monocultura, como plantio de soja e algodão ameaçam a região. A construção de infraestrutura, o crescimento populacional e a produção de carvão também.
Mata Atlântica: 13,04% do Brasil. Ela já foi desmatada e algumas áreas estão sendo recuperadas. No entanto, o crescimento urbano, a poluição, as indústrias e as pequenas agriculturas ameaçam o local.
Caatinga: 9,92% do território brasileiro. O desmatamento, principalmente associado à pecuária, é o maior risco para a região.
Pampa: 2,07% do Brasil. A agricultura, como de soja, deixa a região em estado de alerta. Foi o primeira bioma explorado pela monocultura.

Qual a iluminação mais econômica?

DSC06122.JPGPara falar a verdade, nem curto muitas luzes – deve ser porque minha luz interior já é suficiente, brincadeirinha! Tem gente que mal acorda de manhã e já vai acendendo as lâmpadas da casa. Detesto. Primeiro, porque já há luz natural mais que suficiente. Segundo, porque meus olhos ainda estão se acostumando com o novo dia.
À noite, também não gosto de muitas lâmpadas acesas – estou me referindo às internas da casa. Lá vai a chata de novo: primeiro, porque não creio necessário viver em um estádio. Segundo, porque morar em um dia de jogo é ecologicamente incorreto. Além disso, tenho uma teoria com alguma base científica.
Ao menos no meu caso, muita iluminação artificial, principalmente à noite, atrapalha o sono. Sério, quanto mais claro, mais demoro mais para dormir. Para falar a verdade, são famosas as pesquisas que apontam os problemas de saúde que podem surgir em quem dorme com muitas luzes acesas no local do soninho. Certeza que você já leu ou ouviu falar em alguma.
Fim das incandescentes
Tudo isso para quê? Quero contar que estou na fase iluminação do novo apê. Apesar que, pela falta de tempo, só compramos três luminárias, o resto está com uma incandescente pendurada nos fios à mostra ou sem nada mesmo. Ótimo, com o suficiente para morar.
Na hora de escolher as luminárias, além da belezura delas e da sensação de que é de melhor qualidade, pensamos na economia. Poucas luzes, apenas onde é necessário. Vou colocar abajures e luminárias de chão com lâmpadas que utilizam menos energia, para proporcionar um ambiente mais breu/ aconchegante – do jeito que gostamos – e mais eco.
Além disso, um fator fundamental na hora da escolha das luminárias: as lâmpadas incandescentes pararão de serem comercializadas até 2016. Uma conhecida protestou: “Vou fazer um estoque delas, ninguém pode me impedir de usar as lâmpadas que mais gosto.” A portaria foi publicada no Diário Oficial da União, este ano.
De acordo com a portaria, fazem parte da regulamentação as incandescentes de uso geral, exceto: com potência igual ou inferior a 40 Watts; aquelas específicas para estufas – de secagem e de pintura; para equipamentos hospitalares; incandescentes refletoras/defletoras ou espelhadas.
Deixo a dica: antes de adquirir aquela liiinda luminária nova, veja que tipo de lâmpada utiliza.
Segundo o governo, a medida trará economia – escalonada – de aproximadamente 10 terawatts-hora/ano. O que equivale a mais que o dobro alcançado com o Selo Procel. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, no Brasil existem 147 modelos de lâmpadas incandescentes que respondem por 80% da iluminação residencial. Uau.
Quais as alternativas
Práticas? Três: Led, incandescente e vela. Adorei a ideia da lâmpada Led. Acompanhei a evolução da tecnologia – quando foi lançado no exterior o primeiro Led que poderia ser utilizado no lugar da incandescente – desde 2004, quando trabalhei em publicações da área de arquitetura e de iluminação.
Poxa, vi pela primeira vez ao vivo, com soquete igual ao de incandescente, quando um americano diretor dessas grandes empresas da área trouxe exemplares ao Brasil. Naquela época, lá por 2005, nem existiam ainda para uso doméstico. Rapidinho desenvolveram.
Esses dias, vi no mercado para vender por R$70 prometendo uma vida útil – sem queda na luminosidade – de 30 anos. É o que as pesquisas indicavam. Acredito que com a proibição das incandescentes, o preço dessas lâmpadas Leds tende a cair, mas não muito. Olhe, pretendo comprar uminha para testar. Veremos.
Esquecendo a vela – perigoso – e sem entrar na questão das halógenas – que consomem muita energia e emitem calor, apesar da maravilhosa reprodução de cor -, existem as fluorescentes. Algumas são mais amareladas – e carinhas – se aproximando mais da cor das incandescentes – vou colocar desse tipo na cozinha, nos banheiros e em alguns outros pontos. Porém…
As lâmpadas fluorescentes possuem mercúrio em seu interior. Um metal perigoso para a saúde – muito cuidado para nenhuma quebrar na sua mão – e que pode contaminar o solo, a água… É, o tiro pode sair pela culatra. A economia pode gerar a poluição séria do meio ambiente.
Alguns municípios possuem lei sobre o fim para esse tipo de lâmpada. Por exemplo, no estado do Rio de Janeiro, os fabricantes, distribuidores, importadores, revendedores e comerciantes são obrigados a disponibilizar recipientes adequados para o produto e providenciar o descarte em local apropriado ou enviá-los para reciclagem. Sabia? Algo parecido consta na Lei dos Resíduos Sólidos, aprovada no ano passado. Leia inteira aqui – bonita de ser ver.
Porém, para mim, o descarte é ainda nebuloso. Eu não vi muita campanha de conscientização. Então, se você optou ou optará pela lâmpada fluorescente, dê um destino para ela respeitando a saúde de todos. Entre nesse site – oficial da presidência – e veja lá no final da página uma lista de locais para deixar sua fluorescente.
Bom, o que era para ser um post virou um tratado. O último a sair, por favor, apague a luz. Noite!

Já viu batente de ferro?

Sem querer, batemos no batente – ãh – de uma porta do apê novo e uma lasca da tinta saiu. Eis a surpresa: o batente é de ferro. Ferro?!? Que estranho. Desde que me lembro no mundo, nunca vi batente de ferro – sempre de madeira.
Meu respectivo, que trabalha na área de construção, arriscou uma explicação. Em São Paulo, como já publiquei por aqui, é mais difícil adquirir madeira ilegal – procedente de desmatamento – para a construção devido a algumas imposições do governo. É o chamado Programa Madeira Legal – saiba mais aqui.
Então, seguindo essa “teoria”, optar por batente de ferro se tornou mais “simples” e barato. Será?
Eu tenho mais perguntas do que respostas – deve ser um dos motivos para gostar tanto de ciência. Se alguém tiver uma resposta sobre esse assunto, por favor, deixe no comentário.
De modo geral, o batente de ferro não me agradou. Prefiro um de madeira certificada, mesmo.
Obs.: Não vou para o céu por ser completamente ecológica. Não, também caio em tentações – tenho que assumir antes de ser apedrejada. Acho lindo cadeiras de acrílico e sou apaixonada – há muitos anos – pela cadeira Panton, um clássico do designer criada pelo dinamarquês Verner Panton, em 1967. Objeto que, aliás, tem tudo a ver com a história do uso dos derivados do petróleo – e o encantamento dos criadores pelo volúvel plástico. Um marco orgânico.

Diretor de cinema “explica” como os continentes se separaram

Fazendo uma retrospectiva nas obras de Carlos Saldanha, o famoso diretor brasileiro das sagas “A Era do Gelo” e da esperada – por mim! – animação “Rio“, encontrei uma explicação para o fim da Pangéia – um continente único que, segundo cientistas, existiu no nosso planeta há 200 milhões de anos.
Para os pesquisadores, forças internas da Terra culminaram na separação do grande continente em várias partes – veja como os litorais da América do Sul e da África se “encaixam” como um quebra-cabeças. Carlos Saldanha, também criativo, tem outra ideia para o fim da grande massa unida de terra à vista…
Divirta-se com a animação “Gone Nutty” (2003), de 4 minutos e pouco, em que o neurótico esquilo Scrat – aquele engraçadinho do “A Era do Gelo” -, para variar, recolhe nozes desesperadamente. Imperdível:

Aliás, esse curta-metragem, criado descompromissadamente por Carlos Saldanha e equipe, ganhou o primeiro lugar no Los Angeles Art Film Festival e foi indicado ao Oscar de 2004. Tá bom, uma explicação bem facinha e mais científica sobre a Teoria da Deriva dos Continentes você encontra aqui, no site do IBGE.

Apague a luuuuuuz!

hora_do_planeta_itajuba.jpgÉ hoje! É hoje! É hoje a Hora do Planeta! Às 20h30, apague todas as luzes e desligue os aparelhos eletrônicos, de preferência, tire da tomada. Infelizmente, este ano não poderei participar porque, no exato momento, estarei no casamento de uma das minhas melhores amigas – ai que emoção!
Está se perguntando que raios é a Hora do Planeta? Trata-se de um ato simbólico, promovido no mundo todo pela ONG WWF, em que governos, empresas e a população demonstram a preocupação com o aquecimento global apagando as suas luzes durante uma hora.
É uma ação que pegou, viu? Ela existe desde 2007. Segundo a instituição, no ano passado mais de um bilhão de pessoas em 4.616 cidades, em 128 países, apagaram as luzes.
Eu fui uma delas! Estava num “esquenta” na casa do meu respectivo. Antes de ir para a balada comemorar o aniversário de um amigo, a mala “obrigou” todo mundo que estava no apê comigo a ficar no escuro. Eles até que se divertiram. Leia mais aqui.
Gostou da ideia? Quer participar? Cadastre-se aqui, no site oficial. Onde, também, encontrará mais informações.
E olhe que bacana. Uma amiga astrônoma, que trabalha no Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), uma instituição super importante para nossos pesquisadores, está aproveitando a “deixa” para falar sobre o problema da poluição luminosa (clique na imagem do post) – para os animais, para a gente que gosta de ver as estrelas no céu e para os cientistas. Acompanhe as discussões no Twitter oficial do órgão. E bom escuro para você!

Site possui banco de dados sobre reciclagem

cempre.jpgO Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre – uma associação sem fins lucrativos, voltada ao meio ambiente, mantida por empresas como AmBev, Coca-Cola, Klabin, Nestlé, Pão de Açúcar, Philips, Unilever… ) reformulou seu site, autointitulado o “mais completo banco de informações sobre a reciclagem no país e sua indústria”. Uma das coisas bacanas no endereço é a lista com locais no Brasil inteiro que recebem lâmpadas, produtos eletroeletônicos, pilhas e baterias para destinar à reciclagem.
Também são interessantes os inúmeros dados fornecidos. Exemplo: “46% do papel que circulou no país, em 2009, retornou à produção por meio da reciclagem. Esse índice corresponde à, aproximadamente, 642.300 mil toneladas de papel de escritório.” Além disso, o site disponibiliza valores de materiais recicláveis no mercado, informações sobre coleta seletiva e o cadastramento de cooperativas de catadores de lixo, entre outros. Ah, há, até, venda de manuais abordando como ganhar dinheiro com a reciclagem.
Bom, o site é parada obrigatória para aqueles que pretendem se aprofundar nas questões ambientais. Pense nisso clicando aqui.

Natureza: fotos fantásticas do mar

Estou na fase “casa e decoração” da minha vida. Após passar pela parte “pesada” de montagem do apê novo – colocamos os pisos, os armários embutidos, etc -, estamos terminando a pintura. E ansiosos para o momento clímax: a decoração em si.
Como já escrevi no Twitter, a decoração será “minimalista” – quero dizer, apenas com o necessário. Aliás, não queremos muitos objetos para o apê novo. Só pretendemos adquirir eletros e utensílios que realmente terão uso. É uma forma de poupar o meio ambiente, tornar a vida mais simples, viver com praticidade.
Porém, de uma coisa não abro mão! Ter uma casa que faça alusão à praia – lugar que tanto amo. Sou fascinada pela natureza. Pelo ambiente marinho. Pela rusticidade – ainda bem que o Senhor Isis também. Tanto que ele sugeriu comprarmos uma foto do surfista aposentado Clark Little. Claro que topei! As imagens são fantásticas.
Sand_monster.jpgEsse fotógrafo é um doido – no bom sentido. Ele mora no Havaí – invejinha – e tenta tirar as fotos de dentro das ondas ou bem de perto delas. O pontapé inicial foi em 2007, quando a mulher de Clark queria uma foto do oceano bacana para decorar a parede do quarto – o que seriam dos homens sem nós, mulheres?
Deixo essa super dica para você que também ama a natureza e, em especial, o mar. Ainda não sei qual foto prefiro. É uma dúvida cruel. Todas são maravilhosas. Acho que vamos escolher a imagem pelo ângulo e pelos tons das cores – para “ornar” com as outras peças do apê.
king_kamahameha.jpgDivirta-se navegando no site do Clark Little – clique aqui! Bom mergulho!

Ipea divulga estudo sobre biodiversidade do Brasil

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou o estudo “Biodiversidade – Genes e Espécies e Biomas Brasileiros” – Comunicado do Ipea nº 78 – que faz parte da série Eixos do Desenvolvimento Brasileiro. Ele aborda questões como o conhecimento sobre a diversidade de espécies no Brasil, animais ameaçados de extinção, desmatamento na Amazônia, Unidades de Conservação, entre outros. Leia inteiro aqui e um resumo em forma de apresentação ali.
O estudo é dividido em duas partes: Genes e Espécies e Biomas Brasileiros. Na primeira, questões como o estado de conservação da flora e fauna brasileiras, a conservação do patrimônio genético do Brasil e o nível de conhecimento sobre o número de espécies no país são exploradas. Na segunda, são abordados os biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Pampa e a Zona Costeira – que tem sido mencionada como o sétimo bioma brasileiro.
O objetivo do Ipea é que o estudo sirva como uma sistematização e reflexão sobre os desafios e oportunidades do tema meio ambiente, de forma a fornecer ao Brasil o conhecimento crítico necessário à tomada de posição frente aos desafios da sustentabilidade ambiental. Na semana que vem, serão publicados novos comunicados da série Sustentabilidade Ambiental no Brasil: dia 23, mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL); 24, direito ambiental.

Cientistas falam sobre “novo” Código Florestal

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) preparam uma reação – oficial – aos argumentos ruralistas para a aprovação das mudanças no Código Florestal propostas pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Para os pesquisadores, redução das áreas de preservação é ruim para a própria agricultura; ruralistas discordam.
As instituições divulgaram – leia mais no Jornal da Ciência – um resumo do estudo que deve provar cientificamente que as flexibilizações previstas no “novo Código Florestal” comprometem o futuro das florestas do país.
Os cientistas argumentarão que a área utilizada pela agropecuária no país pode ter a produtividade maximizada sem necessidade de novos desmatamentos, com investimentos em pesquisa e tecnologias. E que também é possível recuperar as áreas desmatadas de forma irregular.
Além disso, os pesquisadores discordam da redução da Área de Preservação Permanente (APPs) na margem de rios, da possibilidade de regularizar plantios em topos de morros e da recomposição de áreas de reserva legal com espécies exóticas.
“O contraponto do sucesso econômico da agricultura tropical se manifesta no aumento das pressões sobre o meio ambiente, com agravamento de processos erosivos, perda de biodiversidade, contaminação ambiental e desequilíbrios sociais. Fica evidente que há necessidade de medidas urgentes dos tomadores de decisão para se reverter o atual estágio de degradação ambiental provocada pela agropecuária brasileira”, diz o sumário executivo publicado pela Agência Brasil.
A votação do novo código deveria acontecer em março, mas como decidiu-se criar um grupo com representantes das bancadas ruralista e outro ambientalista para discutir o tema, a votação deve ser adiada. O texto foi aprovado em uma comissão especial em julho do ano passado e está pronto para ir a Plenário. Rola uma pressão dos ruralistas.

Quais as 10 florestas mais ameçadas do mundo?

DSC08177.JPGO povo não tá falando muito nisso, são tantos acontecimentos importantes e trágicos pelo mundo, mas este ano é o Ano Internacional das Florestas, declarado pela ONU. Aliás, hoje é o último dia de uma espécie de conferência que está rolando em Nova York para lançar a efeméride.
Sugerindo para escrevermos algo sobre o assunto no Yahoo!, acabou chegando o difícil pedido: conte quais são as florestas mais ameçadas do planeta. Gostei – a curiosidade é mais forte que eu. Fui atrás de pesquisadores – a maioria de férias. Bom, após apurações e conversas “em off”, corri para as ONGs que, geralmente, contam com estatísticas internacionais.
A Conservação Internacional (CI) possui dados de regiões do planeta que possuem uma enorme diversidade biológica, mas que já perderam 90% ou mais da vegetação original – os chamados “hotspots”. Adivinha? Um bioma brasileiro está entre os primeiros lugares.
Veja a lista das dez florestas mais em perigo no mundo – fonte CI:

  • Bacia do Mediterrâneo, Sul da Europa, Norte da África, Oeste da Ásia (a mais ameaçada, com 5% da sua cobertura original preservada);
  • Indo-Birmânia (nos países asiáticos Mianmar, Cambodia, Laos, Tailândia e Vietnã, com 5% da vegetação natural);
  • Nova Zelândia (também 5%);
  • Sunda (Indonésia, Malásia, e Brunei, com 7%);
  • Filipinas (7%);
  • Mata Atlântica (no Brasil, com 8%);
  • Montanhas do Centro-Sul da China (8%);
  • Província Florística da Califórnia, nos Estados Unidos (10%);
  • Florestas de Afromontane (em Moçambique, Tanzânia, Quênia e Somália, com 10%);
  • Madagascar e Ilhas do Oceano Índico (Madagastar, Seichelles, Ilhas Maurício, União das Comores e Reunião, 10%).

E saiba mais lendo a matéria na íntegra. Pense nisso.