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Aqui quem fala é da Terra!

terra_globe0047.jpgEm ritmo de samba: “Parabéns pra você (tchica tchica bum), nesta daaata queriiida (*cuíca*). Muitas feeelicidaaades, muitos aaanos de viiida!”. Na verdade, a gente não tem muito o que comemorar. Para variar, só estou bem humorada. A música é dedicada ao Dia da Terra, que faz 40 aninhos hoje.
A data nasceu quando o americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacional – lá nos EUA, correto – contra a poluição. Aos poucos, os países foram aderindo ao movimento. A data nada mais é que um alerta. Estamos poluindo nossa agradável casa azul.
Porque, na verdade, calcula-se que nosso planetinha perdido no universo possui entre de 4,5 a 4,6 bilhões de anos. Esses cálculos foram feitos por meio de rochas radioativas, provenientes da crosta terrestre. Quando elas sobem para superfície, se solidificam – por exemplo, por meio de erupções tais como o do vulcão islandês de nome impronunciável Eyjafjallajokull.
Esse tipo de rocha mais antiga encontrada até hoje data de 3,8 bilhões de anos. Elas estão na Groenlândia. Analisando esse dado, conclui-se que a Terra já havia se solidificado nessa remota época. Assim, os cientistas analisaram meteoritos. Com as duas contas, chegaram à idade da Terra. Mesma época em que acreditam que teriam se formado os primeiros corpos “sólidos” do Sistema Solar. Seja lá o que isso significa.
Agora, voltando para o Dia da Terra, vamos lembrar-nos de cuidar da nossa casinha azul. Afinal, se algo mais catastrófico acontecer devido a nossas ações poluidoras – como o aquecimento global -, a Terra continuará seguindo seu caminho pelo universo e sua rota elíptica em torno do Sol. Nós, por outro lado, nos tornaremos poeira desse belo planeta.
Foto: Nasa, claro.

Como saber se a madeira é proveniente de desmatamento?

Ando mergulhada nas certificações – florestais, da agricultura, orgânicas… O que é útil para os leitores que saberão distinguir o melhor, para mim que aprendo a cada pauta e para os próximos – coitados, ouvem querendo ou não novas dicas a cada matéria por mim apurada.
Certo é: depois que escrevi esta matéria “Aprenda a identificar a procedência da madeira usada para construção ou reforma” há umas semanas, fiquei um téquinho mais ecochata. Comerciantes de madeira se preparem, porque aí vou eu.
Leu a matéria indicada no link? Então, agora tome nota desse resumo. Fiz um roteirinho para metralhar com perguntas a loja onde está adquirindo madeira bruta ou o produto final feito dela. Veja o que exigir na hora de comprar, em ordem decrescente:

  • Cheque se a madeira possui o selo FSC (Forest Stewardship Council, em inglês) – se tiver, vai fundo e esqueça os passos a seguir;
  • Solicite o Documento de Origem Florestal (DOF) ou a Guia Florestal (GF) – uma espécie de RG da madeira;
  • Para quem mora em São Paulo, confira se a loja possui o selo “Madeira Legal”;
  • Veja se a madeira possui a Certificação do Manejo Florestal pelo Programa Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor);
  • Na dúvida, compre móveis feitos de MDF ou outros aglomerados de madeira;
  • Independente de qualquer ação acima, exija sempre a nota fiscal – ela torna o sistema da ilegalidade mais caro.

Calendário ambiental e científico

Dias desses, entrevistei funcionários e diretores de zoológicos para uma matéria. A educadora ambiental de um deles disse que costuma realizar eventos para crianças de acordo com datas comemorativas. Uma ideia simples, mas que parece ser eficiente. Matutando sobre isso… Resolvi criar um calendário ambiental e científico permanente. Ele pode ser útil, principalmente, para professores. Quem souber de mais datas comemorativas, deixe nos comentários. Em seguida, eu atualizo o post.
JANEIRO
02 – Dia da Abreugrafia
09 – Dia do Astronauta
14 – Dia do Enfermo
20 – Dia do Farmacêutico
31 – Dia do lançamento do 1º Satélite
FEVEREIRO
11 – Dia Mundial do Enfermo
27 – Dia Nacional do Livro Didático
MARÇO
03 – Dia do Meteorologista
10 – Dia do Telefone
14 – Dia dos Animais
20 – Início do Outono
22 – Dia Mundial da Água
23 – Dia Mundial da Meteorologia
26 – Dia do Cacau
31 – Dia da Saúde e Nutrição
ABRIL
04 – Dia Nacional do Parkinsoniano
07 – Dia Mundial da Saúde
08 – Dia Mundial do Combate ao Câncer
09 – Dia Nacional do Aço
10 – Dia da Engenharia
12 – Dia do Obstetra
15 – Dia da Conservação do Solo
16 – Dia da Voz
19 – Dia do Índio
22 – Dia do Planeta Terra
23 – Dia Nacional da Educação de Surdos
28 – Dia da Educação
MAIO
02 – Dia do Taquígrafo
05 – Dia de Rondon
05 – Dia Nacional do Expedicionário
06 – Dia do Cartógrafo
07 – Dia do Oftalmologista
07 – Dia do Silêncio
08 – Internacional da Cruz Vermelha
10 – Dia do Campo
12 – Dia Mundial do Enfermeiro
15 – Dia do Assistente Social
17 – Dia Internacional da Comunicação e das Telecomunicações
18 – Dia Internacional dos Museus
19 – Dia dos Acadêmicos do Direito
21 – Dia da Língua Nacional
22 – Dia do Apicultor
29 – Dia do Estatístico
29 – Dia do Geógrafo
30 – Dia do Geólogo
JUNHO
01 – Semana Mundial do Meio Ambiente
05 – Dia da Ecologia
05 – Dia Mundial do Meio Ambiente
09 – Dia da Imunização
10 – Dia da Língua Portuguesa
11 – Dia do Educador Sanitário
18 – Dia do Químico
21 – Início do Inverno
26 – Dia do Metrologista
JULHO
01 – Dia da Vacina BCG
02 – Dia do Hospital
06 – Dia da Criação do IBGE
08 – Dia do Pesquisador Brasileiro
12 – Dia do Engenheiro Florestal
13 – Dia do Engenheiro de Saneamento
14 – Dia do Propagandista de Laboratório
17 – Dia de Proteção às Florestas
20 – Dia da 1ª Viagem à Lua (1969)
AGOSTO
05 – Dia Nacional da Saúde
11 – Dia da Televisão
11 – Dia do Estudante
14 – Dia do Cardiologista
15 – Dia da Informática
22 – Dia do Supervisor Escolar
27 – Dia do Psicólogo
28 – Dia da Avicultura
29 – Dia Nacional do Combate do Fumo
31 – Dia da Nutricionista
SETEMBRO
01 – Dia do Profissional de Educação Física
03 – Dia do Biólogo
05 – Dia Oficial da Farmácia
05 – Dia da Amazônia
08 – Dia Internacional da Alfabetização
09 – Dia do Médico Veterinário
16 – Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio
21 – Dia da Árvore
21 – Dia da Luta Nacional das Pessoas com Deficiências
23 – Início da Primavera
26 – Dia Nacional do Surdo
27 – Dia Mundial de Turismo
29 – Dia do Petróleo
OUTUBRO
03 – Dia Mundial do Dentista
03 – Dia do Petróleo Brasileiro
03 – Dia das Abelhas
04 – Dia da Natureza
04 – Dia do Cão
05 – Dia das Aves
05 – Dia Mundial dos Animais
10 – Semana da Ciência e Tecnologia
12 – Dia do Engenheiro Agrônomo
12 – Dia do Mar
12 – Dia do Descobrimento da América
13 – Dia do Terapeuta Ocupacional
13 – Dia do Fisioterapeuta
15 – Dia do Professor
16 – Dia Mundial da Alimentação
16 – Dia da Ciência e Tecnologia
16 – Dia do Anestesiologista
17 – Dia da Indústria Aeronáutica Brasileira
17 – Dia do Eletricista
18 – Dia do Médico
19 – Dia do Profissional da Informática
24 – Dia das Nações Unidas (ONU)
25 – Dia da Democracia
25 – Dia do Dentista Brasileiro
29 – Dia Nacional do Livro
NOVEMBRO
04 – Dia do Inventor
05 – Dia da Ciência e Cultura
05 – Dia do Radioamador e Técnico Eletrônica
07 – Dia do Radialista
08 – Dia Mundial do Urbanismo
08 – Dia do Radiologista
10 – Dia do Trigo
14 – Dia Nacional da Alfabetização
20 – Dia do Biomédico
21 – Dia da Homeopatia
25 – Dia Nacional do Doador de Sangue
DEZEMBRO
01 – Dia Internacional da Luta contra a AIDS
02 – Dia da Astronomia
02 – Dia Panamericano da Saúde
03 – Dia Internacional do Portador de Deficiência
04 – Dia do Pedicuro
04 – Dia do Orientador Educacional
09 – Dia do Fonoaudiólogo
09 – Dia do Alcoólico Recuperado
10 – Declaração Universal Direitos Humanos
10 – Dia Internacional dos Povos Indígenas
11 – Dia do Arquiteto
11 – Dia do Engenheiro
13 – Dia do Ótico
13 – Dia do Engenheiro Avaliador e Perito de Engenharia
18 – Dia do Museólogo
22 – Início do Verão

Transgênicos: estarei no Roda Viva, TV Cultura, hoje

3531255558_62c2db987c.jpgHoje, às 22 horas, na TV Cultura, estarei no programa Roda Viva como “tuitera”. No centro do fogo cruzado, contamos com o jornalista norte-americano Jeffrey Smith. O programa foi gravado, por isso posso dizer que é imperdível. Pegou fogo.
O jornalista sabatinado é radicalmente contra os transgênicos – se quer minha opinião, ainda estou em cima do muro, mas não gosto de nenhum extremo. Durante o programa, ele foi acusado de citar pesquisas científicas que não existem em seu livro. Além disso, os cientistas brasileiros super o questionaram.
Se você quer entender um pouco mais sobre as discussões que envolvem o tema, não deveria perder o programa. No pouco tempo que vai ao ar, o Roda Viva conseguiu se aprofundar o possível no assunto. E jogar no ventilador os dois lados da moeda.

Sou da geração ECO-92

isisrndpequena.jpgGosto de, eventualmente, analisar. Checar os pontos que quero melhorar. Onde obtive êxito. Se estou feliz com o que tenho e, caso contrário, o que fazer para mudar a situação. Uma maneira saudável de reavaliar o momento.
Numa dessas divagações recentes, cheguei à óbvia conclusão que sou da geração ECO-92. Daí uma das explicações para minha vontade de ativismo ambiental. E satisfação em estar fazendo uma parte – nem que seja escrevendo.
Quando criança, entre tantas coisas que queria ser quando crescer – jornalista, inventora, oceanógrafa, egiptóloga, música, geóloga, zoóloga, publicitária, paleontóloga, bióloga, professora, bailarina, médica -, uma delas era ecologista.
Desde que me conheço por gente, lembro-me de andar pelos corredores de museus. Ver as estrelas pela luneta. Correr entre as árvores e no gramado de parques. Observava rochas – pedras, não! Sabia identificar inúmeras delas – tenho uma coleçãozinha de “pedras” até hoje.
Também era encantada por fósseis. Lembro-me do fóssil de um dinossauro pequeno – espécie? – exposto lá em cima da parede branca de um museu (?). Só que, nessa época, eu era bem pequena. No máximo, tinha sete anos.
Poucos anos depois, quando estava com 10 anos, foi realizado o primeiro grande evento mundial no Brasil para discutir temas relacionados ao meio ambiente. Era a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em junho de 1992, no Rio de Janeiro. Ou, a ECO-92.
Na escola, a gente debatia o assunto. Fazia trabalhos sobre a conferência. Entendia a importância de se preservar o meio ambiente e o que a ciência tem a ver com isso. Foram horas mais horas de aulas sobre o tema na, então, quarta série.
Durante a ECO-92, duas convenções que foram aprovadas repercutem até atualmente: uma sobre biodiversidade e outra sobre mudanças climáticas. Pode-se afirmar que o Protocolo de Kyoto – para a redução na emissão de gases de efeito estufa -, assinado em 1997, foi um desdobramento da convenção que ocorreu no evento de 1992.
Esses dias, em uma entrevista para uma matéria, o diretor de um Zoológico me disse que muitos dos veterinários que trabalham no local foram crianças que participaram de ações educacionais em zôos. Educação é tudo. Aqui se planta, aqui se colhe.
Obs.: Na foto, com cerca de três anos, brincava na balança de pneu reaproveitado com minha mãe, em Itanhaém, litoral de São Paulo. Ah, e vocês faziam muita “arte” usando como matéria-prima a, então, sucata?

Como foi a sua Hora do Planeta?

horadoplaneta.jpgMuita gente diz que vai aderir ao protesto, mas depois não sabemos o que houve… Pois, então. Este ano, combinei de receber uns amigos antes de irmos para um aniversário de outro. O encontro estava marcado às 20h00. Meia hora antes da Hora do Planeta!
Conforme as pessoas chegavam, eu pensava: “e agora”? Seria muita má educação pedir licença e apagar as luzes do apartamento? Bom, como estávamos entre amigos, estávamos em casa. Não tive dúvidas, perguntei para um que horas eram e… já era a hora de apagar as luzes!
Todos toparam – ao menos, educadamente, não resmungaram. E, eu, assumi minha parte ecochata mesmo. É melhor falar a verdade, né? No começo, foi até engraçado. E estranho. Alguns contaram como foi sua Hora do Planeta no ano passado. Enquanto isso, a gente conversava sem enxergar o rosto um dos outros. Até que nos sentamos mais perto. E os nossos olhos começaram a se acostumar com a escuridão.
Peraí, escuridão em São Paulo? Impossível. Com o tempo, a luz que vinha de fora passou a iluminar a sala inteira. Até comentamos que nosso céu estava verde. Quando não reflete uma luz alaranjada. Só não dava para ver o rosto de quem estava de costas para a janela.
Alguém reclamava que outros apartamentos não aderiram. Paciência. Apagar a luz não nos impediu de conversar, rever os amigos, dar risadas, contar “estórias”, matar a saudade e bebericar algo.
E assim, entre amigos, sem que percebêssemos, passou uma hora. Quando nos demos conta, acabou a Hora do Planeta. Mas já estávamos tão acostumados com a luz indireta, que acendemos apenas luminárias – e a luz da varanda.
Só tenho que agradecer. Foi um sábado maravilhoso como, com eles, sempre é. I love my friends.
E você? Como foi a sua Hora do Planeta?

Reciclagem na praia

junduelixeira.jpgUma imagem para o sabadão. A cidade de São Sebastião espalhou lixeiras na beira e nos condomínios das praias – uma obrigação que todas as cidades deveriam cumprir. Agora, uma dúvida surgiu. Além da lixeira para materiais orgânicos, ela colocou algumas para a reciclagem de plástico. Poderia inserir de outras coletas seletivas. De qualquer maneira, a imagem é instigante.
Obs.: Olhe o Jundu em volta da lixeira aí, minha gente!

Não pise na grama! O mato da praia está em extinção

jundu.jpgDias desses, estava caminhando pela praia de Maresias, litoral de São Paulo, quando vi uma placa. A curiosa foi checar o que estava escrito. Ela alertava que o Jundu, aquele “mato” rasteiro das praias, estava em extinção. Desse modo: 1) descobri o nome do matinho; 2) caiu a ficha.
junduflor.jpg Veio na minha cabeça, como um relâmpago, as praias do litoral sul da Bahia. Elas eram forradas por esse mato. Eram quilômetros de Jundu acompanhando-as. Nele, lá naquela delícia de estado, vi lagartos e caranguejos se esconderem. Em seguida, meu cérebro me levou para as dunas de Florianópolis (SC). Em uma das mais altas, uma florzinha roxa ornamentava o Jundu – foto ao lado.
Alguém, recentemente, viu Jundu em Ipanema, em Copacabana, na Pitangueiras (Guarujá) ou na Praia Grande (cidade do estado de São Paulo)? Eu que não. O Jundu cedeu lugar aos calçadões, shoppings, barracas de praia ou seja lá o que for. Pô, praia que é praia limpa tem que ter Jundu. As usadas como exemplo não seriam mais bonitas com a mata rasteira?
Pesquisando mais sobre o assunto, verifiquei que o Jundu não é uma espécie. Trata-se de uma mata formada por gramínias e arbustos que “seguram” os grãos de areia na beira da praia. Assim, o Jundu faz parte da biodiversidade da Zona Costeira e, ainda, a protege. Além de dar, para qualquer praia, um ar mais selvagem. Adoro.
Obs.: Não tirei foto da placa porque estava sem máquina e celular.

Ecoblogs comemora dois anos!

redeecoblogs cópia.jpgQuando a Rede Ecoblogs nasceu, o Xis-Xis ainda era um embrião! E, hoje, ela completa dois anos de existência! Para quem não sabe, faço parte da Rede Ecoblogs – um blog no estilo pioneiro de tratar o meio ambiente. Ele é escrito por seis blogueiros – Denise Rangel, Lúcia Freitas, Rodrigo Barba, Victor Vasques, Carol Costa e yo – , além dos nossos fantásticos administradores.
O assunto da pauta? Bem… O nome do blog já diz. O mais bacana dessa história, na realidade, é que cada participante tem uma pegada. O pessoal é fera. Alguns manjam de construir soluções mais sustentáveis, enquanto outros estão atentos às novidades que poupam mais o meio ambiente. Um complementa o outro.
Desde que comecei a escrever o Xis-Xis, em abril de 2008, eu xeretava o Ecoblogs. Lia, curtia, colocava algumas ideias em prática… Até que não resisti e me ofereci – cara de pau que eu sou – para fazer parte da rede. Na época, lembro-me que a Lu Freitas e acho que o Rodrigo também me explicaram, simpáticos, que não cabia mais um. Entendi. Mas acreditei na promessa de que logo, logo poderia pintar uma vaga. E… cá estamos!
No meu caso, mais “ecochata” do que nunca. Mas, como sempre, procurando argumentos científicos para fundamentar as ações a favor do meio ambiente. Só tenho que agradecer por fazer parte de um projeto que busca preservar a natureza e, consequentemente, a nossa vida. Sozinho, é muito difícil explicar como é importante preservar o meio ambiente. Unidos é mais fácil espalhar – como os passarinhos – as sementes “verdes” por todo o mundo. Parabéns a todos que fazem parte!

Os velhos costumes permanecem…

praia.jpgEstava eu, esta semana na praia – uma das vantagens de ser frila -, tomando sol e lendo revistas. O dia estava perfeito. Céu quase sem nuvens. Pouca maresia. Calor na medida certa. Pouco vento. Água morninha. O mar uma piscina. Cinco pessoas na praia – contando comigo. Marias-farinha, siris pintados, cardumes coloridos, moluscos, bolachas-do-mar, andorinhas, quero-queros e uns passarinhos que não sei o nome dividiam a restinga e o mar comigo. Tudo na santa paz e harmonia. Até que… o bicho homem resolveu mostrar ao mundo suas garras.
Enquanto eu pasmava naquele ecossistema, duas pessoas caminhavam na beira da água. Uma estava com a mão cheia. Fiquei observando. O cara catava as conchinhas, restos de corais e sei lá mais o que da beira da água! Todo-mundo-sabe que não se deve tirar nada da praia, apenas observar sua beleza. No máximo, tirar uma foto.
concha.jpgTive que contar até cem para não ser desagradável e ir falar com ele. Ao mesmo tempo, não me conformava! Como pode? Você via que não era uma pessoa sem estudo que estava caminhando na beira da água. Mas nem por isso deixava de ser ignorante, no sentido literal da palavra. Sugiro que as prefeituras coloquem placas na praia dizendo o que não é permitido – em Fernando de Noronha é assim. Ou alertando sobre os riscos dessas ações. Seria mais uma educação ambiental.
Ainda bem que o molusco, dono dessa concha da foto, era esperto, pois estava no mar. Caso contrário, tenho certeza que o rapaz pegaria para levar para a casa. Mesmo habitada! Deixei o bichinho na beira da água para tirar essa foto – teria que dividir essa beleza aqui no blog. Depois, devolvi no lugarzinho que encontrei. Aliás, me arrependo de não ter colocado lá no fundão do mar. Assim, a chance de alguém levar a concha para casa seria menor.
É, minha gente. É preciso saber admirar.