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Três tartarugas marinhas nadando em Fernando de Noronha

Tirei muitas fotos, mais de duas mil (!), e gravei tantos vídeos durante a viagem por Alagoas e Pernambuco que resolvi compartilhar mais estórias. Entre eles, o vídeo de três tartarugas marinhas nadando atrás da rebentação na Baía do Sancho:

Em Fernando de Noronha, existe uma base do Projeto Tamar – Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas. Todas as noites, o local oferece palestras sobre tubarões, aves, tartarugas, entre outras. Tive a sorte de ver uma sobre o próprio arquipélago. Bárbaro! E essencial para entender mais sobre o ecossistema da ilha. Saiba mais sobre as palestras e o projeto em Noronha aqui.
Tartarugas em Noronha
Bom, voltado às tartarugas. Durante a palestra e o “Ilhatur”, passeio que dura o dia todo e percorre os principais pontos turísticos de Noronha, conferi que algumas praias são usadas pelas tartarugas marinhas para reprodução. Entre elas, está a famosa Praia do Leão, eleita uma das bonitas do Brasil diversas vezes.
No arquipélago, as tartarugas marinhas botam os ovos durante o verão. Na Praia do Leão, por exemplo, que possui esse nome devido a uma ilha localizada em frente a ela que parece um leão-marinho, se não me engano entre os meses de novembro e janeiro é proibido ir a praia durante a noite. A partir das 18 horas, as mamães tartarugas saem do mar para botar os ovos. Se elas avistarem um humano, permanecerão na água. Porque têm medo.
Um pouco de história
Antigamente, os descobridores faziam atrocidades com as mamães tartarugas. Os marinheiros passavam meses mais meses no mar. Levavam diversas comidas, muitas vezes até animais vivos como cabras, para se alimentar. Porém, depois de meses, só restavam os alimentos que não eram frescos. Então…
Uma tartaruga quando sai para botar ovo é um alvo fácil dos humanos. Ela é devagar na areia. Os marinheiros, sem nenhuma dificuldade, capturavam elas. E a prendiam no navio por meses. Assim, quando o capitão queria comer carne fresca, os marinheiros matavam a coitadinha.
Projeto Tamar
Um belo dia há 28 anos, um pequeno grupo de jovens pesquisadores resolveu catalogar as tartarugas marinhas no Brasil e os locais de desova. Sem lenço, nem documento. Graças a esses guerreiros – no Brasil, nada, mas nada minha gente é fácil -, nove milhões de filhotes foram devolvidos ao mar. Mas estima-se que apenas dois filhotes de mil que nascem sobrevivem até a fase adulta.
Nos maravilhosos dias que passei em Noronha, cheguei a ver uma tartaruga quase do meu tamanho – tenho 1,64m! Eu acho que era da espécie tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), pois parecia pintada. Estava perto do porto. A vi quando fazia o “Planasub” ou, também, “isca de tubarão”. Um passeio em que somos rebocados pelo barco.
No último dia em Noronha e apenas no período da manhã, contei ter avistado 15 tartarugas! Cheguei a mergulhar, no máximo, com três de uma vez… Creio que a maioria da espécie tartaruga-verde (Chelonia mydas). Isso é sinal de que o Projeto Tamar está, mesmo, obtendo resultado.
Isis estrelando: Procurando o Nemo
No segundo dia em Noronha, fui conhecer a magnífica Baía dos Porcos. Mergulhando entre as pedras avistei uma tartaruga se alimentando. Quando a onda vinha fraca, ela continuava comendo. Quando batia nas pedras e quebrava, a tartaruga dava uma pirueta para lá. Logo em seguida, quando a onda puxava, a tartaruga dava cambalhotas virando de ponta cabeça para cá. E voltava, calmamente, a comer. Sem fazer algum esforço contra a correnteza.
Fiquei ali cerca de 15 minutos observando a tranquila da tartaruga. E aquele olhinho “caído”. As cores da água, das pedras, o jeito da tartaruga… Tudo fez com que eu me sentisse dentro do filme “Procurando o Nemo”. O máximo. Saí zen. Voltei zen.

Dia Sem Sacolas Plásticas

Gentem, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) escolheu o 15 de outubro como o Dia Sem Sacolas Plásticas. Então… o Ecoblogs, uma rede de blogs que se preocupa com o meio ambiente e da qual faço parte, lançou uma campanha: uma semana inteira sem sacolinhas! Topa?
Para te incentivar, lanço mão de algumas informações que apurei para uma matéria sobre sacolas plásticas. São elas:

  • O plástico é comercializado no mundo há 60 anos;
  • As sacolas plásticas se popularizaram nos anos 1980;
  • Estima-se que o consumo mensal de sacolas plásticas em supermercados seja em torno de 18.000 milhões de unidades, no Brasil;
  • Apenas 20% do plástico pós-consumo, o que equivale a 520 mil toneladas, é reciclado por ano no nosso país;
  • Colocar em duas sacolas de supermercado o que poderia ser levado em três reduziria em 20% sua emissão de CO², segundo a ONG Iniciativa Verde.

Eu faço a minha parte. E você?

Sabia que os corais fazem barulho?

Escute no vídeo gravado pelo @gustamn:

Primeira manhã em Fernando de Noronha, naveguei para pasmar nas praias voltadas ao continente… e me encantei pela água do mar. Ela parecia gelatina – sabe quando dá para observar o fundo, mas distorcido? Não via a hora de pular naquela água cristalina.
Depois percorrer a ilha de ponta a ponta – do Porto até a Ponta da Sapata – paramos na Baía do Sancho. Naquela famosa praia considerada a mais linda do Brasil. Na minha opinião, é mesmo e minha praia preferida – bobinha. Porque, além de bela por fora, é encantadora por debaixo d’água. No rasinho, vi arraias, tartarugas, peixinhos coloridos a nadar no mar.
Mais que tudo, fantástico foi pular nessa baía pela primeira vez. O barco atracou próximo a um coral que muitos chamam de “laje”. Creio eu por ser uma laje de pedra onde o coral cresceu em cima. Quanto mais próximo se chega ao coral – é proibido tocar – um barulho estranho aumenta. O coral parece que estala!
Saí do mar curiosa. Para variar, perguntei ao barqueiro: “Que barulho é esse?” Ele disse: “É do coral”. Maravilhoso! Pronto, me apaixonei.
Mas por que o coral faz barulho?
Meu colega Igor Santos, do 42, passou um link da BBC News – aqui, em inglês. De acordo com a matéria, invertebrados – como camarões – emitem um som de alta freqüência e os peixes produzem um som mais agudo. Logo… o barulho dos corais é causado pelos sons dos invertebrados e dos peixes se alimentando. Bárbaro?
Sim, se essa dádiva não estivesse em perigo. De acordo com o Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC, ou Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), o aumento da temperatura do mar poderá prejudicar os corais. Além disso, a poluição deixou os oceanos mais ácidos – como era há 65 milhões de anos. Nessa época, atividades vulcânicas que liberaram gases do efeito estufa causaram a extinção de espécies que viviam em águas profundas.
Segundo os pesquisadores, se nada for feito, os oceanos poderão se tornar inóspitos ou com pouca biodiversidade. E teremos que dizer adeus ao fantástico barulho dos corais. Também, adeus, Noronha.
Este post faz parte do Blog Action Day. Uma iniciativa internacional em busca da união de todos os blogs por uma causa. Este ano, contra as mudanças climáticas. Veja as fotos do passeio de barco aqui.

Educar para socorrer o peixe-boi-marinho

Durante minhas andanças por Alagoas, passei para conhecer o Projeto Peixe-Boi-Marinho no povoado de Porto da Rua, mais especificadamente, no rio Tatuamunha. Foi en-can-ta-dor!
Antes dos colonizadores portugueses comerem o animal até ele – agora – correr risco de extinção, o peixe-boi-marinho habitava quase toda a costa brasileira. Se não me engano, estava presente desde o norte do Espírito Santo até o Pará. Mas no mar? Pois… é.
O Trichechus manatus, nome científico do bicho, é diferente do peixe-boi do Amazonas. A espécie (Trichechus inunguis) da Floresta Amazônica vive apenas em rios. O peixe-boi-marinho nasce nos rios, em meio ao mangue, e fica por lá com a mãe até sair da amamentação. Depois disso, segue para o mar.
Porém ele não vai muito longe da costa. O peixe-boi-marinho prefere as águas rasas. Ele se alimenta de algas que arranca com ajuda de sua unha – veja na foto. Segundo a guia – super atenciosa que quer cursar biologia, tomara que consiga -, de alga em alga ele pode pesar mais de 500 kg!
Apesar do tamanho, o peixe-boi-marinho é um animal super dócil. Esse foi um grande problema. Por ser fofinho – literalmente, não? -, ele se aproximava do homem. Não tinha tanto medo do Homo sapiens. O que facilitou sua caça.
Atualmente, o projeto com patrocínio da Petrobras e apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) busca repopular a costa brasileira. No rio Tatuamunha, há um espaço destinado à readaptação do animal – veja a foto. Os bebês que se perderam da mãe, os indivíduos estressados ou machucados são levados para esse cercadinho.
Biólogos alimentam e acompanham os animais até se certificarem de que eles estão aptos para voltar a serem livres na natureza. Durante 24 horas, um segurança no local checa se está tudo bem com os bichinhos. Qualquer problema, liga para o biólogo de plantão.
Todos podem visitar o projeto, eu escolhi uma guia credenciada pelo Ibama. Paga-se uma taxa, creio que R$ 20 por pessoa, que será revertida para a preservação. O passeio começa no mangue.
Nós andamos por 15 minutos em tábuas fincadas sobre o mangue e sobre o rio. No mangue, o clima é bem abafado. Depois, pegamos uma espécie de balsa que nos leva até o recinto de readaptação. Como tivemos sorte, conseguimos encontrar solto no rio o peixe-boi-marinho Aldo!
A balsa não pode se aproximar do animal. Deve ficar até 200 metros de distância dele. Mas o Aldo é curioso. Foi até nós e abraçou o barco! Apaixonante. Diferente dos outros compatriotas que foram soltos no rio – a fêmea Lua, por exemplo, passeia por toda a costa do Alagoas e vai até Porto de Galinhas, em Pernambuco -, o Aldo não saiu do Tatuamunha. Ainda não se sabe ao certo o porquê.
Para monitorar esses animais, logo após serem soltos, durante um período os responsáveis pelo projeto colocam um rádio no peixe-boi-marinho. Trata-se de um equipamento desenvolvido no Brasil. O rádio é amarrado na cauda, de forma que não atrapalhe e nem machuque o bicho. Depois de checar que está tudo ok com o comportamento do animal, o equipamento é retirado.
Quando chegamos ao rio, uma bióloga recém-formada olhou feio para nossa balsa. Um passarinho verde contou que ela reprova a visita de turistas. Mas, graças aos turistas, o projeto conseguiu empregar os pescadores que antes matavam o animal – o peixe-boi-marinho, diferente das tartarugas, quando se enrosca nas redes de pesca tem força suficiente para rasgá-las. Também gerou emprego para artesãos que fazem souvenir e para habitantes que agora têm o sonho e emprego se cursar biologia.
Além disso, ao conhecer mais sobre os hábitos e ver o quão o animal é cativante, as pessoas tendem a cuidar de seu ambiente. E a respeitar mais o peixe-boi-marinho. Educação é tudo. Confira mais fotos do passeio aqui. Saiba mais sobre o peixe-boi-marinho ali. Dica: faça o passeio no final da tarde para aproveitar o maravilhoso pôr-do-sol no rio Tatuamunha.

Olha o coco!

Continuando sobre minha viagem pelo Nordeste…
O estado de Alagoas é forrado de coqueiros. Eles estão por toda a parte. Inclusive, é bom olhar para cima, eventualmente… Para chegar à Praia dos Morros, por exemplo, tivemos que desviar dos cocos.
Existem algumas maneiras de visitar essa que é considerada uma das praias mais lindas do país: seguindo por uma longa trilha, de carro, caminhando por toda a Praia do Carro Quebrado, atravessando o rio Camaragibe a nado ou de balsa.
Para nós, o caminho mais perto e prático era de balsa. Paga-se dois reais – passagem de ida e volta – diretamente para o jangadeiro remar até a outra margem. O carro pode ficar estacionado na belíssima Barra de Camaragibe.
Para chegar até a balsa, deve-se caminhar pela areia por poucos minutos. Porém… Moradores da região falaram que era mais fácil atravessar uma fazenda de coqueiro. Péssima ideia. Havia pessoas colhendo os cocos – subindo nos coqueiros, cortando os cachos e deixando o coco despencar na caçamba de um caminhão-trator.
Os coqueiros são naturais do Brasil?
Certa vez, li que os coqueiros não são endêmicos do Brasil. Algum lugar afirmava que eles foram trazidos da Ásia pelos colonizadores, mas não achei um artigo que comprovasse essa suspeita. Eu sei que o litoral do Alagoas era forrado de Mata Atlântica. E, para variar, foi desmatado.
Passei por praias praticamente desertas como a do Toque, do Laje, do Patacho. De um lado, os pés são molhados por aquele mar verde-claro, azul-calcinha, verde-esmeralda e verde-água de tirar o fôlego. Do outro… observa-se terrenos com coqueiros e mais coqueiros. Estranho.
Tem pescador que não consegue morar de frente para o mar. Vive em dignos povoados na beira da estrada como São Miguel dos Milagres. Então, por que a faixa litorânea está repleta de coqueiros? Por que os pescadores não moram de frente para o mar?
Segundo alguns moradores com os quais conversei, isso ocorre graças à especulação imobiliária. Veja bem, o que pode ter outro nome. Pessoas de fora dessas cidadezinhas adquirem os terrenos de frente ao mar. Plantam coqueiros para dizer que a terra é produtiva. Pegou? Veja mais fotos aqui.

Aeroporto de Israel funcionará com energia solar

O Aeroporto Internacional Ben Gurion, nos arredores de Tel Aviv (Israel), funcionará com energia solar. O projeto-piloto prevê a colocação de painéis ao longo do aeroporto para captação da energia solar e um sistema para transformá-la em energia elétrica.
A unidade entrará em operação em 2010 e a capacidade inicial de geração será de 50 kilowatts. Com a implantação do sistema, além de ficar mais “ecológico”, o aeroporto Ben Gurion deixará de gastar o equivalente a US$ 15 milhões anuais em consumo de energia elétrica. E ainda poderá receber US$ 100 mil anuais pela venda de energia excedente. Para saber mais leia aqui, em inglês.

Pesquisa diz que 100% das administradoras do lar reutilizam sacolas plásticas

Uma pesquisa do Ibope encomendada pela Plastivida – Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos -, realizada com mulheres das classes B, C e D responsáveis pelas compras de seus lares, revela que 100% delas reutilizam as sacolas plásticas após as compras.
A pesquisa mostra que 73% das entrevistadas utilizam as sacolas para acondicionar o lixo doméstico, 69% consideram embalagem ideal para carregar suas compras e 75% dizem que é função do varejo fornecer as sacolas. De modo geral, elas usam as sacolas para: guardar alimentos, guardar roupas, calçados e documentos, acondicionar o lixo da cozinha ou o do banheiro, recolher fezes de animais.
Um problema é que as sacolas plásticas vendidas para serem usadas como saco de lixeira podem ser recicladas. E as sacolas oferecidas pelos supermercados, farmácias, etc, devem ser não-recicladas. Logo… Vale mais a pena levar uma sacola de tecido para fazer as compras e adquirir as já recicladas para guardar objetos e acondicionar o lixo. Quanto aos alimentos, aí sim, apostaria na “sacolinha de supermercado”. Ou em potes. Não sei o que seria melhor. Acho que potes duram mais…

A cana-de-açúcar não abandonou Pernambuco

Enquanto Alagoas está repleto de coqueiros – vou fazer um post sobre isso -, desde 1500, Pernambuco foi tomado pela cana-de-açúcar. Antes, ela era cultivada para gerar o açúcar. Agora, também é usada na produção de etanol.
Por todas as estradas que passei como a PE-060, a PE-009 e a BR 101 – veja um roteiro resumido da viagem aqui, no Google Maps – apenas lembro de uma única vez cruzar uma Área de Proteção Ambiental (APA) de Mata Atlântica no estado de Pernambuco.
Durante praticamente todo o trajeto, a Mata Atlântica cedeu lugar à cana plantada até a beira das estradas. Inclusive, cultivada em cima dos morros (!) – observe na foto. As matas ciliares dos rios que vi foram preservadas. Mas alguns riachos chegam a cruzar estradas de terras – foto abaixo.
O pior não pára por aí. Para facilitar a colheita – ajudar a despalhar a cana -, em muitos casos ela é queimada. Eu vi a prática. O perigo é que o fogo pode alcançar as matas de preservação. Além disso, segundo pesquisas, as partículas suspensas entram no sistema respiratório. Elas podem provocar reações alérgicas e inflamatórias ou, se caírem na corrente sanguínea, complicações em diversos órgãos.
De acordo com a Fundação Joaquim Nabuco, “a cana-de-açúcar é plantada na zona da mata de Pernambuco, na chamada zona canavieira há quase 5 séculos. A área cultivada tem cerca de 12 mil km², fica situada próxima ao Oceano Atlântico, possui solos ricos para a agricultura, onde não há ameaças de secas e os rios são perenes”. Apesar do histórico, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2007, São Paulo é o estado que mais cultiva a cana-de-açúcar (58,8% da safra nacional).
No Nordeste, o sol da primavera é escaldante. Percorrendo as estradas, nossos braços expostos ao sol ardiam. Quando cruzamos a APA, uma brisa fresca tomou conta do carro. O barulho dos pássaros também nos deixou mais tranquilos.
Foi triste ver a riqueza do bioma-mais-lindo-do-mundo ceder lugar à monocultura da cana-de-açúcar. Minha vontade era de negar o etanol. Porém, ironicamente, o carro que usei no trajeto foi abastecido com álcool. Que, não sei até quando, ainda polui menos que o petróleo. Veja mais fotos aqui.

Por que os golfinhos acompanham os barcos?

Marque a opção que julgar correta:
a) Porque eles são exibicionistas.
b) Porque eles são curiosos.
c) Porque eles são machos pra cacete.
d) N.D.A.
A resposta certa é… “c”. Porque eles são machos pra cacete. Os golfinhos acompanham os barcos para defender as fêmeas. É o seguinte. A fêmea copula em cerca de dez segundos com vários machos. Eles ficam em fila indiana atrás dela. Como não existe exame de DNA, quando o bebê golfinho nasce, ninguém sabe quem é o pai.
Aí, quando aparece uma embarcação perto de onde eles estão, se os machos golfinhos acham que o barco pode trazer perigo para as fêmeas e seus filhotes, eles seguem em volta do barco. Até achar que as fêmeas e os filhotes estão em uma posição segura. Veja aqui fotos de um bando de golfinhos acompanhando meu passeio de barco em Fernando de Noronha.
Confira o vídeo que o @gustamn gravou no naufrágio do navio grego “Eleani Stathatos” na Praia do Porto, em Fernando de Noronha. É possível ouvir os golfinhos bem baixo, ao fundo:

Os golfinhos mais comuns encontrados na ilha são chamados de Rotador. Isso porque, para se comunicar, eles dão piruetas no ar. Conforme o golfinho cai na água, ele produz um tipo de turbulência que os demais interpretam. É apaixonante. Pena que não consegui bater fotos a tempo.
Os golfinhos-rotadores têm duas cores: cinza na parte superior e branca na inferior. Eles são pequenos com, aproximadamente, 1,50 m. Se alimentam à noite e descansam durante o dia. Antes, os turistas podiam nadar com os golfinhos em Fernando de Noronha. Segundo os guias, como muita gente puxava a cauda e as nadadeiras dos bichos, tornou-se proibido nadar com eles. Inclusive, é proibido passar de barco onde eles estão.
Na Baía do Sancho, por exemplo, existe uma placa avisando sobre a proibição. Em cima da falésia de 50 metros, fica um fiscal do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com binóculo. Pronto para multar quem não seguir a lei. Mas… se você estiver nadando ou o barco passando e o golfinho for ao encontro, divirta-se! Para saber mais sobre esse animal, indico o site do Projeto Golfinho-Rotator Fernando de Noronha.

Outra ferramenta de busca “verde”

Ou melhor, negra.
Atualize seus links. O Ecoogler já era. Agora, o Google – confundi, não é do Google, ele usa o sistema do buscador – está com o Eco4planet. Mas que raios é isso? Trata-se de um buscador com fundo preto – para poupar energia. A cada 50 mil buscas feitas uma muda de árvore será plantada. Leia mais sobre o projeto aqui. “As ávorezes, somos nozes”, com vírgula entre sujeito e verbo.