De onde vem a energia que você consumiu na Campus Party?

É campuseiro… a energia que você usou não é limpa. Não veio do sistema de hidrelétricas que alimenta a cidade de São Paulo. Tampouco veio da temível termelétrica de Piratininga, ao menos. A energia que supre as demandas da bienal vem de geradores, movidos a Diesel. Para a Campus Party foram 24. Fora todo o sistema de ar-condionado. Não consegui obter dados da quantidade de litros de diesel usado. Mas se eu tivesse que “chutar”, diria, que pra alimentar tudo MENOS o ar condicionado, deve ter dado pelo menos uns 100 litros por dia por gerador, pelo menos. Segundo dados oficiais, consumimos por aqui 750.000 Watts de energia.
Triste? Sim. Ainda mais sabendo do teto plano que o prédio da Bienal tem potencial para abrigar muitos painéis solares. Mais triste ainda é que esta condição deve se repetir para outros eventos, como o SP Fashion Week e todos os mega-eventos que acontecem aqui.
Onde estão os administradores do parque? Será que não é hora de um projeto que garanta a energia para o prédio da Bienal de maneira limpa? Isso não é tarefa da prefeitura de São Paulo?
Vereadores, Prefeito! O Campus Party acabou, outros eventos virão. Seria uma ótima maneira de embelezar mais a cidade, diminuir as emissões de gases do efeito estufa e valorizar o Parque do Ibirapuera! Espero que políticas públicas de qualidade venham ter vez aqui no prédio da Bienal!

Rastro de Carbono na Folha Online

Rastro de Carbono na Folha Online, link aqui

Paula Signorini (São Paulo/SP) – Blog: Rastrodecarbono
O melhor
O melhor da Campus Party é a oportunidade de conhecer pessoas novas em diversas áreas, estabelecer contatos, fazer parcerias, colaborar, mostrar seu trabalho. A Campus Party é um evento um pouco independente da organização e por isso fatos como o caos durante o cadastramento, na segunda-feira, já foram esquecidos e nem são mais comentados.
O pior
Sem dúvida, o pior da Campus Party é o fracasso nas questões ligadas ao meio ambiente. Um evento deste porte deve servir de exemplo para outros eventos menores em relação à gestão do lixo, ao consumo consciente de energia elétrica e água. Nota zero para a sustentabilidade do evento.

Cuide de sua saúde no Campus Party

O pessoal que está de plantão no posto médico do Campus Party avisa: as maiores ocorrências de entrada registradas são hipotensão e cefaléia
Estes sintomas aparecem principalmente devido a desidratação e hipoglicemia
Portanto, campuseiros queridos, a maratona foi grande, a festa está acabando, os últimos contatos estão sendo feitos mas NÃO DEIXE DE BEBER ÁGUA, IR AO BANHEIRO E COMER. Nossa cabeça está tão concentrada no computador e no networking que deixamos de fazer estas coisas que parecem tão óbvias. Cuide-se!

Nana faz sucesso no Campus Party

Nana Hayne faz um trabalho belíssimo que quero divulgar aqui no blog. Ela faz peças de bijuterias com materias dispensados pela maioria dos técnicos de informática. Lixo tecnológico! Lixo nada. Veja as lindas peças produzidas pela Nana no blog da própria designer e entre em contato para as compras!
Assim vale a pena estar na moda!
Blog Vem do Lixo – divulgue esta idéia. Assim que eu recuperar a minha máquina, posto os updates com as fotos que tirei das peças da Nana produzidas especialmente para o Campus Party!
UPDATE: Agora com fotos!

Um post incoveniente

Aqui quem escreve é o Carlos, marido da Paula, ela me pediu para adicionar a ferramenta que permite vocês receberem os posts do Rastro de Carbono por email (está aí na barra lateral).
Vou aproveitar e colar uma parte de um post que rolou no Radar Cultura:

A bióloga e dona do blog Rastro de Carbono (um dos melhores sobre a questão), Paula Signorini, ressalta que é importante lembrar que há dois blocos do Campus Verde, o de conteúdo e a o de infra-estrutura. Para ela, o primeiro está muito bem representado e estruturado, com boas palestras acontecendo. “A única ressalva é que as palestras estão espalhadas nas diversas áreas, o que acaba diluindo um pouco a questão. Seria importante ter uma área física específica para os debates do tema.” Na quarta-feira, os campuseiros verdes “tomaram” uma área ao lado do estande de massagens no primeiro andar. 

Não precisa falar que estou todo orgulhosos, não é?

Sustentabilidade como se deve na Campus Party

Pena, leitores, que não foi uma melhoria na estrutura da Campus Party. Mas foi uma palestra pra lá de sensacional, da Maluh Barciotte, que fez até um blog pra vir pra cá. (espero que ela continue com as postagens pós-CP).
O tripé da sustentabilidade é Ambiental, Social e Financeiro. E qualquer projeto sustentável deve levar em consideração as três coisas. Como disse a Maluh, é ridículo colocar lixeiras para recicláveis quando não se dá infra-estrutura pra uma cooperativa vir trabalhar e ganhar seu dinheiro com o projeto. É mais estúpido ainda não informar os usuários do espaço sobre o processo de coleta. É necessário conscientização em todos os níveis, e o CP não poderia ser diferente. “O foco deve ser na pessoa. Não adianta só colocar lixeira”, completa.
Um dos pontos levantados pela Maluh é que o enfoque da produção do lixo deve ser modificado. O lixo, segundo ela, é um problema de produção industrial. Antes de reciclar é necessário reduzir, fazer com que o produto tenha mais valor que a embalagem. “Fazemos mais lixo do que poesia”, finaliza Maluh.

Dados embasbacantes:
Em 2004, a cidade de São Paulo destinou 500 milhões de reais para coleta de lixo e manutenção dos lixões. Isso é 2/3 do valor empreendido nas escolas, 6 vezes mais do que recebeu a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e 3 vezes mais o recebido pela Secretaria, o que demonstra a importância de uma gestão consciente do lixo.

Opinião do leitor

Por Felipe Barbirato
Vi no seu blog agora ha pouco que o assunto esteve em discussao em seus ultimos posts.
Alias, excelente cobertura do Campus Party.
Só gostaria de fazer um comentário: a questão da neutralização hj em dia é muito mais marketing do qualquer outra coisa.
A SOS Mata Atlantica, que é “referencia” no mercado (para os desinformados) , só nao foi pro buraco ainda por conta dos recursos do banco Bradesco por tras da fundacao.
O plano deles para plantio e monitoramento é altamente questionável também ,até porque inexistem.
Se você receber alguma prova (fotos, referencia,etc) de areas que foram plantadas com os recursos obtidos me avise, pois estou pra ver isso até hoje. Eles começam a ser fortemente criticados por quem trabalha no meio, por essa falta de organização e comprometimento.
Fechar contratos e vender árvores é fácil, quero ver cumprir e plantar as árvores. Monitorar, etc…
Enfim, vc é super engajada no tema, achei por bem te falar isso, a titulo de informação. Nem sempre as coisas são o que parecem. Na maioria das vezes, eu diria.
Gostei da reutilização do lixo eletronico! hehehe, massa!
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Oficina de MetaReciclagem do Acessa SP no Campus Party

O Acessa SP está oferecendo uma oficina muito bacana na área Campus Futuro, na Campus Party. Trata-se da MetaReciclagem, processo que usa materiais de computadores obsoletos ou quebrados para montagem de novos computadores ou de robôs, como no caso da oficina que está sendo oferecida por aqui.
A oficina faz sucesso entre todas as idades e gêneros. É bem bacana saber que com chave de fim de curso, pilha, CD e um motorzinho de 1,5V, usados em toca fitas é possível fazer um robô-inseto, como é chamado entre os oficineiros.
Com isso o Acessa São Paulo divulga o MetaProjeto, que oferece um espaço para o público aprender sobre manutenção e montagem de computadores, num ambiente de muita experimentação. A oficina é permanente e um modo interesssantíssimo de inclusão digital a partir de computadores doados e máquidas recicladas. Mais uma dica para quem não sabe o que fazer com o lixo tecnológico que tem em casa.
Leia mais sobre o projeto social envolvido nas oficinas de MetaReciclagem:

Ganhei um texto só pra mim!!!!

Mando o link do texto que ganhei do meu marido “invejoso”.
Confissões de um marido trocado pelo Campus Party 2008

Como fazer um trabalho sério com lixo reciclável

Para não parecer que fazer coleta seletiva é só distribuir um monte de lixeiras coloridas por aí e também para mostrar que é possível fazer um trabalho legal, “linko” o excelente texto e vídeo do Viajante Consciente em “Onde está o Campus Verde da Campus Party?