Houve recuo. Veremos muito isso.
Vocês, caros leitores, acompanharam essa semana as discussões do presidente eleito e sua equipe de transição sobre a junção de Ministérios. Teremos pelo menos dois superministérios, já chancelados (até agora). Tivemos também um recuo, o da junção dos Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura já chancelado (até agora). Deu em vários jornais. Vou colocar aqui apenas um, mas vocês podem buscar outras fontes.
Para mim, um dos problemas de superministérios é que perde-se a possibilidade do diálogo entre partes com objetivos diferentes dentro de pautas comuns. Mas, claramente estamos lidando com super heróis super capacitados que não erram e que não precisam de segundas opiniões. (Talvez, é claro, do barbeiro, mas todos precisam da opinião do barbeiro, da cabeleireira, da esteticista – afinal, essas pessoas talvez sejam as que melhor representam a voz do povo).
Enganam-se os que pensam que foram as pressões dos ambientalistas que mudaram o rumo dessa história. Foram as pressões dos ruralistas e as opiniões dos Ministros da Agricultura, atuais e passados, sobre essa união. Aguardo ansiosa uma redistribuição de atribuições do Ministério do Meio Ambiente. A ver (ainda é novembro, ainda temos chão).
Salvam-se, por enquanto, as atribuições do Ministério da Agricultura. Apoiemos esse Ministério, ele não é uma instituição que devemos massacrar. Nenhuma é, mas não é o que estamos vendo há anos. As instituições, uma a uma, caem como dominós e precisamos estar atentos e parar com isso. As instituições são sólidas, feitas e conduzidas por pessoas capacitadas e, eventualmente, uma ou outra pessoa incapacitada. Vamos substituir as incapacitadas, vamos manter as intituições. Combinado? Precisaremos delas mais do que nunca!
Recuos são vistos a todos os momentos. Felizmente, recuos são mudanças de opinião, em geral, bastante saudáveis. Eis que você lança uma carta na mesa, e amigos, familiares, vizinhos, colegas de trabalho, barbeiros ou não, olham e dizem pra você, naquela camaradagem que é esperada de quem te conhece desde criançinha e sabe do seu verdadeiro eu: “É uma cilada, Bino!’. E é o suficiente para que se mude de ideia. Sejamos o barbeiro, sim?
Vam´bora! Sempre atentos.