César Ades: Uma entrevista com o mestre
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Os vídeos acimas são as duas partes de uma das últimas entrevistas que o professor César Ades deu antes do seu recente falecimento, que entristeceu muito toda a nossa comunidade. Agradeço ao Vinícius Ferreira por ter compartilhado esta entrevista no seu blog, o Psicologia Cognitiva. Assistindo à entrevista, eu acho que comecei a entender porque ele era tão admirado e querido pelos seus colegas. Não tive o privilégio de conhecê-lo pessoalmente, mas quisera eu ter conhecido ele e poder bater um papo. A nossa perda foi grande, mas o seu legado e a inspiração que ele espalhou pela USP certamente ainda terão reflexos por muito tempo na ciência brasileira.
Divulgar ciência vai ajudar a sua carreira, não atrapalhar
Cientistas precisam publicar artigos, dar aulas, preparar apresentações, escrever projetos e mais um tanto de coisas… isso tudo toma muito tempo. Não é a toa que muitos não se dedicam a atividades vistas como menos importantes para a sua carreira, como a divulgação científica. Com o objetivo de desmascarar alguns mitos sobre esse tema, pretendo mostrar neste texto que divulgar ciência pode tomar pouco do seu tempo e oferecer diversas vantagens com repercussões diretas e positivas para a sua carreira. Continue lendo…
Budismo: O Uso Milenar da Neuroplasticidade
Fonte: NERDWORKING
Autor: Felipe Novaes
Embora ciência e religião pareçam sempre estar vivendo num eterno conflito, existe outro lado dessa história, em que existe o diálogo, a curiosidade e a saudável e frutífera troca de informações. De quebra, esse lado ainda representa um importante diálogo entre Oriente e Ocidente. O Dalai Lama parece ser o catalisador desse tipo de relação, mostrando – juntamente com a ciência ocidental – que a prática budista tem mais a nos ensinar sobre a nossa própria ciência do que nós desconfiaríamos. Mesmo sem saber, o monge budista e líder político e religioso do Tibet colocou o dedo numa questão científica que muito em breve se tornaria uma revolução no nosso conhecimento sobre o cérebro: a relação entre a neuroplasticidade e o suposto poder de a mente influenciar a arquitetura cerebral.
Frequentemente, o Dalai Lama deixa seus aposentos na Índia, em Dharamsala, para ir ao encontro de cientistas políticos ao redor do mundo para conhecê-los melhor, saber mais sobre seus trabalhos. Essa ação tem destaque principalmente em relação ao seu acompanhamento da atividade de cientistas. Porser um monge budista, nós tendemos a imaginar que ele não se interessasse por ciência ou mesmo que fosse em alguma medida contra ela, já que não é raro as descobertas científicas acabarem colocando à prova a fé. Mas ele dialoga prazerosamente com todos os cientistas e tem muita curiosidade.
O que é a terapia cognitiva?
A terapia cognitiva, também conhecida como terapia cognitiva comportamental* (Cognitive-Behavior Therapy, CBT) é um tipo específico de psicoterapia que enfatiza a importância dos processos cognitivos na compreensão e no tratamento de diversos transtornos mentais. A terapia cognitiva é estruturada para ter uma duração curta e se baseia na teoria cognitiva, uma teoria composta por 10 axiomas formais que embasam teoricamente diversos modelos e aplicações na prática clínica [2]. Alguns autores defendem que esta abordagem oferece um arcabouço conceitual sobre o qual diversas abordagens psicoterapêuticas poderiam ser integradas [2].
A teoria cognitiva pode ser entendida como uma “teoria das teorias” que as pessoas possuem sobre a sua realidade [2], ou seja, uma teoria sobre as influências que as construções particulares de significado da realidade têm no comportamento mal-adaptativo de pessoas que apresentam algum transtorno.
Desenvolvida por Aaron Beck no final dos anos 1950, esta especialidade se tornou de lá para cá uma das psicoterapias mais investigadas empiricamente e com mais evidências científicas de eficácia [1]. Muitas evidências indicam a sua eficácia para diversos quadros como transtorno depressivo maior, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico, fobias, abuso de substâncias, transtornos alimentares, problemas de casais, transtorno obsessivo-compulsivo, dor crônica, transtorno de personalidade, transtornos do sono e outros quadros.
Que mundo maravilhoso…
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Vale a pena ver esse vídeo curtinho, mas cheio de filmagens lindas, embalado pelo David Attenborough recitando a lendária what a wonderful world. Depois de assistir, um pensamento específico é quase irresistível de pensar, pelo menos para mim: que mundo maravilhoso!
Burgess: Como o seu cérebro te diz aonde você está
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Discutindo evidências intrigantes sobre os avanços da neurociência cognitiva na compreensão da memória espacial, Neil Burgess, neurocientista associado ao UCL Institute of Cognitive Neuroscience e o UCL Institute of Neurology traz uma palestra breve e didática sobre os mecanismos neurais subjacentes à nossa capacidade cognitiva de memorizar localizações e orientações espaciais. Na palestra postada originalmente no site do TED, é possível ativar as legendas em português.
A psicologia da UnB precisa de atenção, mas “só se for agora”

Nada como salas maquiadas e defasadas para começar bem um semestre... (Foto: Mariana Costa/UnB Agência)
As aulas dos alunos de psicologia na Universidade de Brasília (UnB) tiveram o seu início adiado este semestre por uma semana até agora. O motivo é que a situação da psicologia nesta instituição está grave, muito grave.
Os professores do Instituto de Psicologia (IP) tiveram 60 salas alocadas para darem suas aulas provisoriamente, por conta de obras no Instituto Central de Ciências da UnB. Muitas das salas estão com: janelas quebradas, buracos nas janelas e nas grades (por onde pessoas podem entrar pela sala a qualquer momento), vestígios de urina e fezes nas salas, problemas na iluminação e na fiação, falta de cadeiras para o número de alunos das disciplinas, falta de ventilação em salas pequenas no subsolo do prédio… a lista é grande. Neste vídeo é possível ver um pouco desta situação frustrante com a qual estamos convivendo.
A diretoria do IP alertou inicialmente que poderia adiar o início do semestre por conta da falta de condições mínimas para trabalhar – e foi exatamente o que aconteceu, pois poucas das mudanças necessárias foram efetivadas até o momento pela administração da universidade, de acordo com a diretoria do IP. Continue lendo…