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Divulgação científica: concorra a três bolsas de curso!

bannercurso copyBem amigos do Scienceblogs, vou dar um curso sobre como escrever sobre ciência e meio ambiente focando diversas mídias! Já palestrei algumas vezes, mas essa será a minha primeira vez oficial como “professora”. Estou preparando o conteúdo com muito carinho e vou buscar passar o meu conhecimento nesses 15 anos de jornalismo (sim, escrevo para jornais desde adolescente!), entre eles, cinco anos cobrindo o tema. Espero que gostem!

O curso será ministrado no dia 8 de junho, sabadão inteiro. Ele custa R$ 120. Quem quiser, pode participar do sorteio de três bolsas integrais que está rolando AGORA! Cadastre-se aqui e boa sorte! Mais informações sobre o curso estão disponíveis na página do Aprenda.bio. Olhe o programa:

– O que é divulgação científica;
– História da divulgação da ciência no Brasil;
– Qual a percepção pública da ciência;
– Quais linguagens empregar para divulgar a ciência;
– Como usar técnicas de redação do jornalismo para divulgar a ciência;
– Qual linguagem empregar para cada veículo de comunicação;
– Como divulgar a ciência utilizando as redes sociais;
– Exercício em aula para colocar em prática as técnicas aprendidas.

Beijão e vejo vocês na aula! Quem não puder vir, pode contar comigo para palestras presenciais ou on-line (não é uma ideia?)!

Ativistas ambientais no Repórter Eco, da TV Cultura

[youtube_sc url=”http://youtu.be/AGkA8MaHGUM”]

O blogueiro Tulio Malaspina, do Atitude Eco, o irmão dele Lucas e eu demos uma entrevista para o programa Repórter Eco, da TV Cultura, sobre ativismo na internet e nas redes sociais. A matéria foi ao ar domingo, mas pode ser vista no link acima a partir do 3:50. Divirta-se com nossa conversa gravada via Skype! Aliás, dica: todas as reportagens do Repórter Eco ficam disponíveis no site deles. 😉

Qual a importância do polegar opositor

[youtube_sc url=”http://youtu.be/EDYvGcFqQ_4″]

Claro que você já reparou que um dos dedos das mãos está praticamente de frente aos outros. Agora, alguma vez se perguntou a importância dessa característica do corpo humano? Descubra no vídeo acima que nós não somos os únicos com essa particularidade e agradeça à evolução por ser um homo sapiens!

 

Obs.: Este vídeo foi produzido em parceria pelo Xis-xis e pelo Aprenda.bio. Conheça o nosso canal Além da Bio no YouTube!

Documentário analisa o mundo capitalista em que vivemos

Está com vontade de ver um filme grátis sem sair de casa e, ainda de quebra, ganhar argumentos para uma visão mais crítica sobre o mundo capitalista em que vivemos? Indico o “The Corporation”, vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival Sundance de Cinema.

Resumidamente, o documentário conta como as grandes empresas multinacionais que conhecemos hoje se formaram, qual a força política delas e mostra para onde devemos caminhar. Afinal, essa “cultura” de extrair as matérias-primas da natureza, utilizá-las e, em seguida, descartá-las poderá acelerar o fim do homo sapiens.

Abra a sua mente, prepare a pipoca e ajuste as nádegas no sofá porque o documentário tem quase 2h30 (com legenda em português):

[youtube_sc url=”http://www.youtube.com/watch?v=Zx0f_8FKMrY”]

Obs.: Enquanto eu via esse documentário, feito basicamente nos Estados Unidos, eu me perguntava, “será que no Brasil conseguiríamos produzir um documentário desses sem sofrermos represálias”? Pense nisso.

Saúde: documentários grátis sobre alimentação

Ontem, postei aqui dicas de filmes sobre meio ambiente. Agora, compartilho dois documentários super interessantes sobre saúde, ou melhor (sendo mais específica), sobre alimentação. Se nós somos o que comemos, todos deveriam assistir aos filmes abaixo.

O documentário “Muito além do peso”, amplamente divulgado na mídia, foi patrocinado pelo Instituto Alana, uma ONG que atua a favor das crianças. Apesar de ser voltado à saúde infantil, as lições deixadas nele valem para as pessoas de qualquer idade. Com certeza, se você ver, notará que sabe menos sobre o que come do que imagina. É difícil não se surpreender com as informações divulgadas no vídeo. Imperdível. Veja na íntegra:

O “O veneno está na mesa”, outro documentário interessante sobre alimentação, eu vi na semana passada. Este é bem radical a favor dos alimentos orgânicos. Ele apresenta dados para mostrar que seria possível consumirmos produtos orgânicos a preços completamente acessíveis e mostra a quantidade intolerável de agrotóxicos que ingerimos diariamente. Está disponível no link:

Tenho procurado me alimentar de maneira mais saudável e mais consciente ecologicamente – quanto menos alimentos com produtos embalados eu consumo, menos lixo gero. Em um mês, meu marido (que entrou comigo no carrinho de supermercado seletivo) e eu emagrecemos sem regime apenas optando por mais frutas, verduras, legumes, alimentos pouco processados e pouco industrializados. Ah, tudo isso sem neurose – consumimos açúcar todos os dias e de vez em quando caímos em tentação. Pode ser efeito placebo ou piração, mas já sinto minha pele e meus cabelos mais hidratados.

Se você gostou da ideia de ter uma alimentação mais saudável, deixo outra dica. A jornalista e mestrando em nutrição Francine Lima escreve o blog “Uma equilibrista” apenas sobre alimentação. Olhe, foi lendo o blog dela, já há meses, que fiquei impressionada em saber como o assunto é mais extenso e intenso do que eu imaginava. Mas não se preocupe. Francine traduz de maneira fácil esse vasto universo e as pesquisas científicas ligadas a ele. Tudo isso com uma crítica na ponta da língua, quer dizer, dos dedos.

Devore os conteúdos acima e…

bon appétit!

Documentários grátis sobre meio ambiente

Recentemente, tenho visto documentários incríveis pela internet disponibilizados pelos próprios autores. Uma maravilha. Não preciso passar na locadora ou cruzar os dedos torcendo para que os canais de televisão transmitam algum documentário interessante. Basta eu ligar a internet e aproveitar o filme via YouTube, mesmo. Praticidade total.

O primeiro filme que recomendo, rapidinho, não tem 20 minutos, é o “Agricultura Legal” produzido pela ONG Iniciativa Verde – onde eu trabalho no momento. Não é puxa-saquismo. O breve documentário relata uma experiência bem interessante onde agricultores contam as vantagens em preservar as matas ciliares e outras áreas protegidas de acordo com a lei ambiental. Saiba mais aqui.

O segundo filme, um pouco maior com quase uma hora, “O Vale”, de de Marcos Sá Corrêia (fundador do “O Eco”) e João Moreira Salles, mostra como o Vale do Paraíba, em São Paulo, foi completamente devastado. É um filme emocionante, triste, deprimente, sem final feliz – na verdade, o final feliz depende de nós. Foi também indicado pelo Blog do Planeta. Veja o documentário na íntegra aqui.

 

Aproveite a sessão pipoca e tenha uma boa semana!

Direitos iguais e diferenças respeitadas

Sucintamente, é isso que desejo para nós, mulheres. Somos fisicamente, quimicamente, biologicamente, quase-tudo-mente diferentes dos homens, mas essas particularidades não podem ser usadas como desculpa para que não tenhamos os mesmos direitos que eles. Ao contrário, as diferenças devem ser respeitadas. E, se você acha que somos, é uma sortuda que vive em um meio onde isso é possível (existe algum lugar assim no Brasil?) ou você não é mulher. Eu sou mulher.

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Quero ter TPM. Quero ter hormônios. Quero ter menopausa. Quero ter o direito de escolha sobre conceber ou não o filho. Quero ter equiparação salarial. Quero andar de minissaia. Quero ter acesso à educação e à saúde. Quero ficar com quem eu quiser. Quero andar de bicicleta pela rua. Quero poder ser bonita e inteligente ao mesmo tempo. Quero dividir as tarefas do lar. Quero ser gordinha ou magra sem ser discriminada. Quero fazer topless. Quero ser dona do meu corpo. Quero chegar ao cargo de gerência. Quero ser feminina. Quero poder expor as minhas ideias.

Recomendo para mulheres, homens e aqueles que estão acima das questões do gênero, a palestra no TED (organização sem fins lucrativos devotada a “Ideias Que Merecem Ser Espalhadas”) da escritora chilena Isabel Allende – vi o vídeo por meio da indicação da minha professora de canto e fono, Renata Bee. É imperdível. Você não perderá 18 minutos, e sim ganhará ensinamentos para o resto da vida.

 

Feliz Dia da Mulher para nós, objetos de pesquisas e pesquisadoras da vida.

Evite comprar souvenirs de origem animal em viagens

porcupineVocê vê como desconhecimento pode facilitar a extinção de uma espécie… No ano passado, durante minha viagem à África do Sul – vou continuar postando sobre ela aos poucos por aqui, são muitas informações e pouco tempo para escrever sobre tudo -, eu caminhava pelos corredores de um grande mercado de souvenirs de Cape Town localizado no V&A Waterfront. Ele parecia uma gigante feirinha hippie repleta de estandes. Em alguns estandes, vi uma espécie de palito de prender o cabelo preto e branco com cerca de 25 centímetros de comprimento. A textura era como a de um osso. Perguntei para a vendedora o que era: “Pelo de porco-espinho”. Uau.

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Naquele momento, um balão abriu ao lado da minha cabeça: “Como eles recolheram esses pelos?”. “Quando caem os pelos dos animais, as pessoas pegam esse material para vender.” Tá bom. Não comprei, preferi algumas faquinhas para passar patê feitas com osso de vaca e pintadas de preto e branco como se fossem zebrinhas. Mais seguro. Saindo de Cape Town vimos inúmeras criações de vaca holandesa.

thinktwicePassados cerca de dez dias de pé na estrada pela África do Sul, fomos visitar o centro de reabilitação de vida selvagem – especializado em felinos <3 – Tenikwa Wildlife Awareness Centre, no município de Plettenberg Bay. Parêntese: esse centro merece um post à parte, viu? Se você ama “cats”, deve conhecer o lugar (foi onde tirei a foto em que apareço ao lado de duas chitas/ guepardos). Lá, antes de visitarmos os felinos e outros animais, somos obrigados a ver uma palestra e um vídeo sobre preservação (as informações sobre recuperação animal são dadas durante a visita aos bichos). Em seguida, você pode recolher folhetos com informações sobre os animais do país. Foi quando descobrimos que porcos-espinhos (porcupine, em inglês) são mortos para terem seus pelos arrancados.

Segundo a organização International Fund for Animal Welfare (IFAW), muitos porcos-espinhos são perseguidos com cachorros e mortos com um golpe rápido na cabeça. Os pelos deles são limpos com desinfetante. Em áreas em que há grande concentração de porcos-espinhos, a IFAW afirma que é possível colher apenas cerca de 100 pelos naturalmente, pegando do chão os pelos que os animais perderam sem ser devido à ação do homem. Porém, essa quantidade, de acordo com a organização, não faz da colheita um exercício altamente lucrativo como acontece quando os animais são mortos. Veja aqui uma lista, em inglês, do que nunca comprar em suas férias. E boa viagem!

tenikwa

Crédito da foto do porco-espinho: Bohemianism. As outras são minhas e do maridón.

Feliz 2013!

IMG_9650Foi dada a largada! Hoje, oficialmente, começa meu ano profissional. Depois de um período de recesso mais do que necessário para refletirmos sobre nossas ações, voltei! E a minha primeira promessa de ano novo é tentar escrever mais por aqui. Olhe, é possível que eu consiga colocar em prática… Bom, este ano começa cheio de novidades. A que se destaca neste momento é que saí da revista Pesquisa FAPESP para integrar o recém-formado time de comunicação da OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Iniciativa Verde. Na verdade, já estou lá há pouco mais de um mês, mas gosto de ligar essa mudança ao início deste ano. Durante o ano, espero que muitas outras se concretizem.

E vamos à famosa lista promessas. Este ano será sucinta e objetiva:

– Escrever mais para este blog Xis-xis;
– Plantar mais árvores;
– Praticar atividade física ao menos três vezes por semana (para prevenir diversas doenças e manter os hormônios em forma);
– Ler, ler e ler;
– Sorrir mais;
– Estressar menos;
– Ser workaholic na medida certa;
– Usar mais a bike com meio de transporte;
– Continuar optando por alimentos pouco ou não industrializados;
– Seguir poupando nossos recursos naturais;
– Tentar conhecer novos lugares e novas pessoas;
– Ficar ainda mais perto da minha família e dos meus amigos (eles são tudo para mim);
– Manter a paz interior e a mente límpida.

Agora, me diga quais são as suas promessas para este ano novo. Alguma se encontra com as minhas?

África do Sul: como preservar a natureza usando o turismo

Saudades, leitor! Fiquei o mês de agosto fora, de férias na África do Sul. Foi uma viagem de tirar o fôlego! Estou cheia de novidades. Tentei focar a viagem em passar mais tempo próxima à natureza e em conhecer um pouco a história local. Apesar de o país passar por alguns visíveis problemas, podemos aprender com algumas ações que parecem terem dado certo por lá.

Há menos de 20 anos a África do Sul quase entrava em guerra civil… Segundo o que me contaram, boa parte das vegetações originais tinham sido desmatadas até então. Hoje, existem incontáveis reservas públicas e privadas espalhadas pelo país. E, claro, eles usam o turismo para mantê-las de pé. Como?

Quem não quer fazer um safári? Ou ver baleias de perto? Então… Boa parte das reservas resgataram as vegetações endêmicas para receberem os animais – parece que as reservas públicas foram mais cuidadosas em inserir (com alguns rigores científicos) espécies de bichos que originalmente viviam naquele ecossistema.

É possível dormir dentro das reservas – tanto nas públicas quanto nas privadas. Por exemplo, existe um parque marinho chamado Tsitsikamma. Ele preserva a vegetação e animais costeiros e, claro, espécies marinhas. Lá não há leões, girafas ou elefantes, mas você pode fazer trilhas para ver paisagens de tirar o fôlego, remar e até nadar com as focas.

Se preferir, pode dormir no Addo Elephant. Como o nome sinaliza, é um parque que possui um grande número de… elefantes. Nesse lugar, é possível fazer safári com o próprio carro. Lá há mais de 30 espécies de animais – entre eles os temidos leões e leopardos.

Ou, se quiser, pode pousar no maravilhoso De Hoop (sinônimo de dunas, baleias, florestas e mar transparente) perto das zebras e dos antílopes. Como não há animais que atacam os homens, pode fazer trilhas a pé e de bicicleta. Detalhe: sua reserva marinha é famosa pelas baleias. Eu contei 15 juntas – incluindo bebês. <3

Nesses locais há restaurantes, cozinhas, passeios guiados e acomodações para diversos bolsos. São super seguros – tanto com relação ao ataque de bichos como à violência “humana”. Enquanto esse tipo de uso das reservas e dos parques gera dinheiro para a manutenção dos próprios, os visitantes também acabam sendo mais olhos para ajudar na preservação do lugar. Vi raras ações depredatórias.

Portanto, a natureza, lá, não é apenas para ser admirada e intocada. Ela pode ser respirada, sentida, vivida. Não seria um bom exemplo a se seguir?

Obs.: Para conhecer todos os parques e as reservas públicas da África, clique aqui.