Comprei uma sandália nova – linda e em super promoção, diga-se de passagem. Bom, entendo que comprar é uma afronta ao meio ambiente – já que estamos consumindo recursos ao ter tal ação. Mas, como sou econômica, na maioria das vezes adquiro o que necessito. Agora, algumas coisas não precisavam vir junto com o produto.
Alguém me explica: por que as caixas de sapato estão repletas de papel dentro? Para que embrulhar a sandália em tantos, mas tantos papéis? Não tolero nem aquele bolinho de papel, que colocam onde deveria estar o pé, para deixar a sandália “no formato”.
O que fazer para as empresas entenderem o desperdício?
Uma amiga adora uma bolacha – biscoito para os cariocas – carinha, aí. A bolacha vinha em um pacote e cada unidade embrulhada em saquinhos diferentes dentro desse pacote. Além disso, a embalagem tinha uma base de plástico para proteger o produto.
Minha amiga, cansada de pagar caro pela bolacha, começou a encher o saco da empresa. Ela sugeriu que parasse de embrulhar cada bolacha individualmente – o que, convenhamos, é tão desnecessário quantos aos papéis do sapato. Isso diminuiria o custo do produto para o consumidor final e pouparia o meio ambiente. O argumento deu certo. Eis que, passado um tempinho, a empresa aboliu essa embalagem individual. Pense nisso.
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Está chegando a Hora do Planeta!
Anote na agenda. Dia 27 de março, às 20h30, é a hora de apagar todas as luzes por 60 minutos e se juntar à Hora do Planeta. Trata-se de um protesto mundial contra o aquecimento global, organizado pela ONG WWF.
De acordo com a instituição, em 2009, 113 cidades brasileiras participaram do movimento. Ícones como o Cristo Redentor, a Ponte Estaiada, o Congresso Nacional e o Teatro Amazonas ficaram no escuro. Já coloquei meu nome entre os participantes. Faça o mesmo neste link. E, para saber mais, clique aqui também.
Supermercados lutam contra as sacolas plásticas
Na guerra contra as sacolas plásticas, os supermercados foram um dos mais criticados. Afinal, eles são os maiores provedores da sacolinha para o lar. No exterior, algumas redes cobram por cada sacola plástica. O que ajuda a poupar o meio ambiente e o investimento da empresa.
Em terras tupiniquins, o Walmart Brasil anunciou que estenderá para as lojas das regiões Sudeste e Centro-Oeste o programa “Cliente Consciente Merece Desconto”. O projeto-piloto começa no Walmart Osasco, Tamboré e Morumbi. Em dois meses, quer atingir todas as 436 lojas do país.
O programa devolve ao consumidor o valor de custo da sacola não utilizada na compra. O desconto de R$ 0,03 por cada sacolinha será calculado diretamente no caixa. O valor corresponde ao custo unitário da sacola ou a cinco itens adquiridos – quantidade média de produtos embalados em uma sacola, segundo estudo do Instituto Akatu. Em uma compra de 200 itens, o cliente “ganhará” R$ 1,20. E caso leve para casa menos de cinco itens, também recebe o desconto referente a uma sacola.
O “Cliente Consciente Merece Desconto” já funciona nas lojas do Nordeste e Sul do País. De acordo com a empresa, o programa tirou do meio ambiente 16,6 milhões de sacolas plásticas e concedeu R$ 498.000 em descontos. Além do programa, também em 60 dias todas as lojas terão um caixa preferencial para quem não usa os sacos plásticos.
Já o Grupo Carrefour Brasil disse que eliminou o uso das sacolas plásticas na sua unidade de Piracicaba, interior de São Paulo. Para estimular os clientes, a loja em questão distribuirá, gratuitamente, sacolas retornáveis até 31 de março e oferecerá opções para compra – entre R$ 1,90 a R$ 15, sendo que uma delas, vendida a R$ 2,90, tem capacidade para 35 quilos. O cliente também terá à disposição caixas de papelão gratuitas para poder acondicionar as compras.
As lojas da rede na França, China e Polônia já não oferecem a sacola plástica tradicional. Segundo a empresa, o lixo da loja de Piracicaba passará a ser jogado em sacos plásticos reciclados de garrafas PET. Até 2014, a rede quer dizer adeus às sacolas plásticas tradicionais.
Quantas sacolas plásticas usamos?
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) estima que o Brasil consome a cada ano cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas tradicionais. Em outras palavras, cada brasileiro utiliza em torno de 66 unidades por mês. Essa embalagem demora cerca de 400 anos para se decompor.
Sortudos ganharam a série completa do documentário “Planeta Terra”!
Tchan, tchan, tchan, tchan… Semana passada, anunciei que sortearia três caixas da megaprodução “Planeta Terra” – gentilmente, cedidas pelo pessoal do Discovery Channel. Saíram os ganhadores!
Antes de dizer os nomes, explico como foi realizado o sorteio. Entrei neste site. Em seguida, escolhi para sortear uma pessoa por vez que seguisse o Twitter http://twitter.com/isisrnd. O intuito era presentear os seguidores que “retuitaram” a mensagem: “Quer ganhar a série “Planeta Terra”? O Xis-Xis está sorteando 3 caixas! Dê RT neste tweet p/ concorrer! http://migre.me/nakc“.
E… os vencedores são:
1. @mabegalli
2. @marinhobrandao
3. @carlasoffi
Parabéns! Para os que não foram sorteados, aguardem mais novidades. Quem sabe descolo outros presentes tão bacanas quanto este para dar aos leitores do blog e do Twitter? Lembrando que, nesta quinta-feira, estréia a nova série “Vida” no Discovey Channel – dos mesmos produtores do “Planeta Terra”. Boa sessão pipoca.
O 6º maior Canyon do mundo fica no Paraná!
A cerca de sete horas de viagem de São Paulo, uma surpresa aparece ao fundo da PR-340 cercada pelas infinitas plantações de milho e soja: o Canyon Guartelá! Da estrada, apenas os mais atentos conseguem ver a parte de cima dele. E, tristemente, observar que os agricultores plantam até o limite do despenhadeiro. A floresta nativa de Araucária foi despedaçada… Mas, ao que parece, nem tudo está perdido.
O Canyon Guartelá possui, aproximadamente, 32 km de extensão! Veja um filme da cachoeira Ponte de Pedra de 200 metros de altura, no despenhadeiro do cânion, que fiz no início de um temporal:
Podemos visitar o cânion de pertinho pelo Parque Estadual do Guartelá. E de graça! Ele foi criado no município de Tibagi, em 1992. Possui uma trilha de, aproximadamente, 2,5 km, sinalizada e com monitores espalhados ao longo dela – com recursos para grávidas e cadeirantes.
Nessa trilha, podemos observar o despenhadeiro por dois mirantes, entrar nos “Panelões do Sumidouro” – buracos no percurso da cachoeira que formam hidromassagem natural – e andar entre a floresta de araucária. Há uma outra trilha, possível apenas com guia, que leva às pinturas rupestres de 4 mil anos.
Atualmente, antes de iniciar o percurso, é obrigatório conferir um vídeo no “Centro de Visitantes” sobre a fauna e flora do Paraná e sobre a conservação do meio ambiente. Além dessa atenção com a educação ambiental, outra notícia boa. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que administra o parque, quer aumentar a área de 690 hectares para 2,69 mil. Maravilha! Fico na torcida.
O parque é uma das 64 unidades de conservação do Paraná – 27 abertas à visitação como o de Vila Velha. Para saber mais sobre como chegar ao Parque Estadual do Guartelá, clique aqui.
Obs.: A foto acima mostra os “Panelões do Sumidouro”. Ao lado, o começo da trilha.
Por que a Lagoa Dourada é dessa cor?
Principalmente ao entardecer, a Lagoa Dourada – que faz parte do Parque Estadual de Vila Velha (PR) – parece ser… dourada. Isso porque o fundo da lagoa está forrado de pequeninos pedaços do grupo mineral chamado mica. Alguns desses minerais são dourados. Essa é a explicação científica.
Desde criança queria conhecer – também – essa famosa paisagem do Paraná. Pena que, quando consegui este ano, ela estava um pouco marrom! Choveu tanto, mas tanto lá por aquelas bandas, que as águas barrentas dos rios da região correram para a lagoa. Além disso, as duas trilhas que dão acesso à ela estavam interditadas pela água! Claro que a xereta colocou o dedo no alagamento. Afinal, querendo ou não, ali tem água do lençol freático.
Sério. A Lagoa Dourada, com 320 metros de diâmetro, é uma furna em processo de extinção. Ela foi assoreada por inúmeros motivos – naturais e de intervenção humana. Sua profundidade geral é de, aproximadamente, 3 metros. Mas há uma parte que, se não me engano, chega até 18 metros.
Ela está ligada às outras furnas por meio do lençol freático. De acordo com o monitor do parque, não é como um rio debaixo da terra. Entre as furnas, metros abaixo do nível do solo, há rocha porosa. A água “corre” entre os poros de um lado para o outro. Lindo, não?
Para saber mais indico o site da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), aqui.
Quer ver o lençol freático?
Desde criança queria conhecer as furnas do Parque Estadual de Vila Velha (PR). Meus primos contavam de um elevador. Ele descia no meio do buraco até alcançar a água. Achava tudo aquilo fantástico. Até que, neste carnaval, realizei o sonho. Mas, hoje, percebendo que o elevador era uma ideia de jerico.
Bom, que raios de buraco é esse? Essa formação geológica se chama Arenito Furnas. A terra das furnas foi “feita” da mesma maneira que os arenitos do post anterior. A diferença é que lá em baixo do “buraco” está a água do lençol freático. Incrível, não? Veja:
Existem 14 furnas na região dos Campos Gerais do Paraná – onde está localizado o município de Ponta Grossa e minha terrinha, Telêmaco Borba. Seis dessas furnas estão dentro do parque. Para a visitação, três estão abertas – a Furna 1, do vídeo, a Furna 2 (da foto) e a Lagoa Dourada. Essa do vídeo possui mais de 100 metros de profundidade – se minha memória não falha, são 58 metros visíveis e 53 metros abaixo da água.
As furnas possuem diâmetro médio de 80 metros. Suas paredes são verticais. A Furna 3, que não está aberta ao público, é a única que ainda não alcançou o lençol freático. Seria um buraco gigante no meio do campo. A furna chamada Lagoa Dourada – sim, ela é uma furna – foi, naturalmente, aterrada. Em outro post contarei mais sobre a Lagoa e a origem do seu nome.
Como essas crateras foram formadas? Segundo pesquisadores, processos erosivos da ação de águas acidificadas – pela presença de matéria orgânica – foram cavando, naturalmente, os buracos em meio aos arenitos.
Que elevador é esse? Na década de 1980, foi colocado o elevador para explorar o turismo na região. No entanto, ele trepidava conforme era movimentado. Essa trepidação estava danificando a borda da furna – que é derivada da areia. Com o tempo, o elevador poderia destruir esse monumento natural e até cair com pessoas dentro. Agora, ele está desativado. Mas podemos caminhar por sua plataforma sem problemas e admirar a paisagem.
Borboletas do Paraná: risco de extinção
Tenho receio de dizer que o Paraná está repleto de borboletas. Medo de incentivar a caça dessas encantadoras criaturas. Então, evitarei muitos detalhes sobre as infindáveis espécies que vi e não direi os locais mais frequentados por elas.
Como minha máquina digital está chegando ao final da sua intensa vida, foi difícil fotografar as belíssimas borboletas. Mas não poderia deixar de registrar a espécie acima. Que bichinho mais maravilhoso. Ela é pink com rococós pretos e brancos! Quando abre as asas, a cor rosa se revela completamente!
Sabe qual o nome popular desse inseto? 88. Dispensa explicações… Cientificamente, ela é chamada de Diaethria clymena (Cr). Essa espécie é pequena, encontrada no Cerrado e na Mata Atlântica. A envergadura das asas possui, em média, seis centímetros. E ela gosta de locais abertos e iluminados. Se alimenta dos frutos caídos das árvores.
Outra borboleta que não conhecia era a Azulão-branco (Morpho Athena). Ela é grande, a envergadura das asas pode atingir até 14, 5 centímetros. Voando ao longe, aparenta ser branca. Porém, ao chegar perto, percebemos que reflete a cor azul clara. A Azulão-branco vive em regiões com altitudes superiores a 1.500 metros e se alimenta de frutos maduros.
Enquanto fazia trilhas, me deparava com borboletas na cor azul metálica. Não consegui distinguir qual a espécie. Elas eram “gigantes” e mais inquietas. De acordo com Museu Nacional do Rio de Janeiro, as borboletas de coloração azul metálica eram usadas como adorno por muitos povos nativos brasileiros, pois representavam a força da natureza.
Agora, segundo o Museu, a maioria dessas lepidópteras – borboletas adultas com quatro asas, largas ou em forma de lança, comumente recobertas com escamas e brilhantemente coloridas – estão em risco de extinção. A culpa é da destruição de seus habitats e das coletas indiscriminadas.
Obs.: Clique nos links para saber mais sobre essas espécies. E dê um Google Imagens!
Por que está chovendo tanto?
Não é culpa do aquecimento global. Ao menos foi o que três meteorologistas me disseram em pré-entrevistas – para a televisão a gente entrevista a pessoa por telefone antes de falar, pessoalmente, com microfone. Eles disseram que não dá para afirmar que as chuvas de hoje já são consequência do aquecimento global. Mas eles têm certeza de que a “culpa” é do danado “El Niño”.
De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), o El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Tropical – na altura da Linha do Equador. Esse aquecimento pode afetar o clima global mudando os padrões de vento. O que, por sua vez, atinge os regimes de chuva das regiões tropicais.
Resumindo de maneira bem simplista, a água do mar aquece lá no Equador. Forma nuvens. O vento empurra elas para cá. E, aqui no Sudeste, elas nos molham. Mas… nem sempre foi assim. O El Niño já deixou o clima do Sudeste equilibrado.
Segundo alguns pesquisadores, talvez por ter chovido muito lá no Norte do Brasil no início do ano passado – lembram-se das inundações? – há mais águas para evaporar. E vir parar aqui no Sudeste. Assim, cada vez que aparece, sua intensidade pode ser diferente.
O El Niño pode ocorrer entre 3 e 7 anos. E, ter duração de um ano. Por isso muitas águas ainda irão rolar. Para entender melhor o fenômeno, apesar da linguagem técnica, encontrei uma animação no site do CPTEC. Veja aqui.
Bom, o fenômeno foi batizado como El Niño pelos pescadores do Peru e do Equador em referência ao Niño Jesus – ou Menino Jesus. Isso porque as águas ficam mais quentes nesses países perto da época de Natal. Agora, sabendo disso, deixemos o aquecimento global para outra conversar de bar. Fui tomar chuva!
Alô. É do árvore delivery?
Quando estive em Recife, nem fiquei assustada com a visível violência. Já tinham me avisado. Aliás, achei a cidade uma mini São Paulo, mas com um belíssimo mar povoado de tubarões. O único detalhe que não esperava – bobinha – era o calor. Ô cidadezinha quente! Parecia que iria derreter junto com aquela onda de calor que sobe do asfalto e turva a nossa visão.
Só que, dia desses, descobri que “Récife” tem um serviço bárbaro: o “Disque Árvore”. Quem quiser plantar uma árvore, sem gastar um tostão, basta ligar para o 156 e… pronto! Uma belíssima espécie nativa zerinha em folha estará mais perto de você. Não é divertido?
Quem faz o serviço pesado é a prefeitura. Ela possui uma sementeira com mais de 4,5 mil mudas de 55 espécies prontas para serem plantadas. Segundo matéria que li no site “Observatório do Recife” – um movimento da sociedade -, a sementeira recebe cerca de 350 solicitações de plantio de árvores por mês. Pouco, não, para uma cidade com mais de 3,5 milhões de habitantes?
Bom, como deve ser, a prefeitura planta e faz a manutenção das árvores. O que resta da poda é usado como adubo. E, assim, aquela cidade quente, mas quente, se torna mais agradável. Mais fresca e silenciosa – as árvores ajudam a conter o ensurdecedor ruído da cidade. “As árveres somos nozes”.
Obs.: Li em algum lugar que, entre essas árvores, estão algumas exóticas. Pô, não vale plantar árvore de outro lugar na cidade, né? Todos sabem que isso não é bacana – o Rio de Janeiro, por exemplo, está substituindo as árvores exóticas pelas naturais da região. E, pelo que entendi, a imagem acima foi elaborada pelo blog Plante Árvores.